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Os pais devem amar, proteger e guiar os filhos, ajudando-os a crescer e se tornar pessoas independentes. Infelizmente, alguns abusam, negligenciam, tratam mal e até mesmo abandonam os filhos. Sentir que não é amado emocional ou fisicamente por eles certamente não é uma coisa boa. O melhor modo de superar isso é aceitar a impossibilidade de mudar os outros e focar apenas em si próprio! Vamos lá?
Passos
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Converse com um amigo ou um parente de confiança. Muitas vezes, falar com alguém sobre o que está passando em casa pode ajudá-lo a se sentir melhor. [1] X Fonte de pesquisa Procure uma pessoa de confiança, seja ela da família ou não, para se abrir.
- Por exemplo, você poderia conversar com um amigo da escola sobre as coisas que seus pais fazem. Escolha uma pessoa com a qual se sinta confortável e que saiba que não vai espalhar o que disse ou dedurá-lo para seus pais.
- Evite se tornar dependente demais dessa pessoa para suprir suas necessidades emocionais. Fale apenas quando precisar de alguém que o ouça! Caso se pegue ligando várias vezes ao dia para essa pessoa, é possível que você esteja desenvolvendo um relacionamento de codependência. Converse com um terapeuta ou com o conselheiro pedagógico da sua escola nesse caso.
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Encontre um mentor. Ter uma pessoa para guiá-lo nas decisões importantes da vida e ensinar coisas que seus pais não ensinam será bem útil. Esse adulto pode ajudá-lo a aprender a navegar em situações difíceis, se sair bem na escola e avançar profissionalmente. Converse com uma pessoa responsável e de confiança, como um professor, para ser seu mentor. [2] X Fonte de pesquisa
- Caso seu chefe ou o técnico do time de futebol da escola se ofereça para ser seu tutor, aceite a oferta! Ou, você pode simplesmente chegar na pessoa e pedir que ela o ajude: "Admiro muito o seu sucesso na vida e espero conquistar muitas dessas coisas algum dia, mas não sei como chegar lá. Você pode me ajudar?".
- Evite depender demais do mentor. Ele não pode substituir os seus pais, portanto, você não deve esperar isso. O mentor é apenas uma pessoa que pode ajudá-lo a conquistar seus objetivos na escola, no trabalho ou em outra área específica da vida.
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Procure a ajuda de um terapeuta ou um conselheiro pedagógico. Aprender a lidar com o comportamento dos seus pais é difícil, e a ajuda externa pode ser muito útil. Um terapeuta o auxiliará a desenvolver mecanismos de enfrentamento que o ajudarão a se sentir melhor consigo mesmo. [3] X Fonte de pesquisa
- Se a sua escola tem um terapeuta disponível, passe na sala dele e agende uma sessão. Caso não se sinta confortável com isso, converse com um professor de confiança. Se a escola não tiver um terapeuta, procure o conselheiro pedagógico e diga algo como "Estou tendo dificuldade com algumas coisas e acho que gostaria de me consultar um terapeuta sobre isso. Você pode me ajudar?".
- Saiba que, caso seus pais sejam abusivos , o terapeuta será obrigado a denunciá-los.
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Resista à tentação de comparar o seu tratamento e o dos seus irmãos. Caso seus pais tenham um filho preferido, isso não significa que eles não o amem. Pode haver algum motivo para eles tratarem o outro irmão de modo mais carinhoso ou protetor. Na maioria das vezes, essa diferença de tratamento não é intencional e os pais nem percebem que estão fazendo isso.
- É possível que seus pais não estejam tentando fazer com que se sinta menos amado, mas não saibam como as ações deles afetam você. [4] X Fonte de pesquisa
- Tente não focar em como eles tratam seus irmãos. Pense apenas no seu relacionamento com seus pais.
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Não leve para o lado pessoal. É muito difícil deixar as críticas de lado, principalmente quando elas vêm de pessoas que deveriam amar você. Mesmo quando se sabe que os comentários não refletem a realidade, ainda é difícil. Lembre-se de que o comportamento dos seus pais diz mais sobre eles do que sobre você. [5] X Fonte de pesquisa
- Na próxima vez em que seus pais disserem algo maldoso ou fizerem algo para machucar você, repita: "Eu sou uma pessoa digna de amor e carinho. Meus pais estão sofrendo com problemas pessoais e é por isso que me tratam assim".
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Seja gentil consigo mesmo. Algumas crianças são maltratadas pelos pais e acabam tentando se machucar ou se prejudicar de alguma forma, seja abusando de bebidas e drogas, se automutilando, etc. Acredite, isso não vai fazer com que se sinta melhor no longo prazo. Em vez dessas coisas, experimente:
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Substitua os pensamentos negativos por pensamentos amorosos . Quem cresce com pais pouco carinhosos tem mais chances de repetir padrões negativos de pensamento e desenvolver baixa autoestima. Treine a sua mente a pensar coisas positivas sobre si próprio!
- Por exemplo, ao se pegar repetindo algo que seus pais dizem, como "Você é muito burro se não consegue nem resolver problemas de divisão", substitua esse pensamento por algo como "Aprender divisão é desafiador, mas eu consigo se me esforçar. Eu também posso pedir ajuda para o meu professor".
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Escreva uma tabelinha de positividade para momentos ruins. [6] X Fonte de pesquisa Quando os pensamentos negativos estiverem atrapalhando sua capacidade de se amar, confira a tabela e substitua-os por opções mais positivas. Comece com uma tabela de quatro colunas.
- Na primeira coluna, escreva uma lista dos comentários negativos, como por exemplo: "Não sou bom em tomar decisões" ou "Não sou muito inteligente".
- Na segunda, explique o que há por trás desses pensamentos. Seus pais disseram isso para você? Eles fizeram algo que o levou a pensar assim?
- Na terceira, pense em como essa crença é prejudicial para sua vida emocional e pessoal: você é deprimido, isolado, tem medo de experimentar coisas novas, não consegue confiar nos outros, etc.? Faça uma lista breve, mas específica, das coisas que está perdendo ao dar continuidade ao comportamento negativo.
- Na quarta coluna, reescreva o pensamento de modo positivo. Por exemplo, o comentário sobre inteligência citado anteriormente pode virar algo como "Eu sou uma pessoa inteligente e capaz que já conquistou muitas coisas usando a cabeça".
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Saia mais de casa. Levar uma vida feliz e completa longe dos seus pais vai ajudá-lo a se sentir mais feliz, mesmo quando estiver passando por momentos ruins. [7] X Fonte de pesquisa Encontrar formas significativas de contribuir com o mundo e ser parte ativa da sua comunidade pode ajudá-lo a reconstruir seu valor próprio e sua confiança. Foque sua atenção no seu bem-estar e em sua felicidade.
- Faça trabalhos voluntários para organizações sem fins lucrativos, encontre um emprego legal ou participe de alguma organização da juventude. Curta a vida e ajude os outros!
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Denuncie abusos físicos ou sexuais . Se está sofrendo algum tipo de abuso, procure ajuda imediatamente . Converse com um professor, um médico, um terapeuta, um policial ou um assistente social e peça ajuda. Quanto mais tempo dura o abuso, mais fácil é se recuperar dele: não permita que ninguém, nem mesmo um parente, cause danos físicos e emocionais permanentes em você. Retire-se dessa situação o quanto antes.
- Ligue para o Disque 100 (100) para denunciar qualquer forma de abuso infantil ou adolescente.
- Caso haja perigo imediato, ligue para a polícia imediatamente no número 190. [8] X Fonte de pesquisa Acredite, você não vai se meter em problemas por denunciar uma violação!
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Corte laços, se possível. Caso consiga cortar qualquer contato com seu pai abusivo, faça isso. É muito difícil abrir mão de uma pessoa importante, principalmente da família, mas o importante é cuidar de si próprio. Não se sinta culpado por cortar o contato com seus pais se acredita que isso vai ser melhor para você.
- Se não acredita que cortar contato é necessário, compare a quantidade de dor e a quantidade de felicidade que eles causam em você. Pais disfuncionais podem demonstrar amor às vezes, normalmente quando podem se beneficiar da situação. Um pouco de amor de vez em quando não é justificativa para se manter em um relacionamento nocivo! [9] X Fonte de pesquisa
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Resista à tentação de se isolar de outras pessoas. Muitos acreditam que evitar relacionamentos completamente vai impedi-los de ficarem magoados novamente, mas os seres humanos precisam do contato social para viver. As crianças que crescem na ausência de um pai amoroso ou de uma figura paterna são menos bem-sucedidas e menos felizes, muitas vezes se tornando adultos com problemas físicos e psicológicos. [10] X Fonte de pesquisa Mantenha o contato com amigos e outros familiares, passando um tempo com eles sempre que possível, e não se feche para conhecer novos amigos.
- O fato de seus pais o tratarem mal não significa que outros adultos farão o mesmo. Não tenha medo de ser amado!
- A solidão prolongada pode causar problemas sérios de saúde, piorando ou até mesmo ocasionando doenças neurológicas e cardíacas, além da diabetes. Em alguns casos, isso pode acelerar o desenvolvimento de cânceres. [11] X Fonte de pesquisa
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Aprenda a ser independente . Caso seus pais disfuncionais não o ensinem a levar uma vida de adulto, peça ajuda de outro adulto de confiança para prepará-lo para o "mundo real".
- Aprenda coisas como criar orçamentos , lavar roupas, e fazer outras tarefas domésticas.
- Faça uma estimativa dos custos de vida independente para saber o que precisará para começar. Arranje um emprego e guarde dinheiro para poder investir em um lugar para morar.
- Mantenha boas notas na escola e foque nos estudos, apesar dos problemas em casa. Assim, você conseguirá entrar em uma faculdade e tomar um rumo na vida adulta, sem depender dos seus pais. As bolsas de estudo são ótimas para quem não quer ajuda dos pais para bancar a faculdade, mas também não tem um emprego que ajude a pagar todas as contas.
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Avalie como seus pais respondem às suas conquistas. Um sinal clássico de um relacionamento tóxico entre pais e filhos é a falta de reconhecimento às conquistas dos filhos. Eles podem se recusar a reconhecer algo que você fez ou simplesmente diminuir a importância do que aconteceu. Alguns podem até mesmo ridicularizar os filhos. [12] X Fonte de pesquisa
- Por exemplo, se tirou uma nota boa na escola, o ideal era que seus pais o parabenizassem por isso. Pais tóxicos, por outro lado, podem ignorar o que o filho diz, mudar de assunto ou até mesmo dizer algo como "E daí? É só uma prova".
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Analise os comportamentos controladores deles. É normal que pais queiram guiar os filhos, mas tentar controlar completamente o comportamento deles é tóxico. Isso pode variar de pequenas decisões, como o que vestir para a escola, até coisas maiores, como em qual faculdade estudar e qual curso fazer. Se acredita que seus pais exercem muito controle sobre suas decisões, é melhor ficar esperto. [13] X Fonte de pesquisa
- Por exemplo, um pai que o encoraja a tomar as próprias decisões pode perguntar onde você quer estudar e porquê; por outro lado, um pai controlador pode simplesmente dizer onde você vai estudar, sem ouvir o que você acha do assunto.
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Identifique a falta de conexão emocional. Em relacionamentos saudáveis, os pais demonstram os laços emocionais fazendo contato visual, sorrindo e demonstrando afeto para os filhos. Pais tóxicos, por outro lado, dificilmente farão essas coisas. [14] X Fonte de pesquisa
- Por exemplo, um pai com conexão emocional adequada com o filho pode confortá-lo quando ele estiver triste. Se a conexão emocional for fraca ou inexistente, o pai pode ignorar o choro ou até mesmo gritar para que o filho pare.
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Analise os limites entre vocês. Limites saudáveis são muito importantes em relacionamentos de pais e filhos. Caso esse ponto seja bem resolvido, você não deve sentir que vive a mesma vida que eles. [15] X Fonte de pesquisa
- Por exemplo, em uma relação saudável, o pai pode perguntar para o filho como as coisas vão com os amigos dele, mas não insistir em sair com o filho e os amigos.
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Pense nos abusos verbais que já sofreu. Trata-se de outra forma de comportamento tóxico. Caso seus pais o xingam, colocam para baixo ou dizem coisas para magoá-lo, você é vítima de abuso verbal. [16] X Fonte de pesquisa
- Por exemplo, os pais devem dizer coisas para fazer com que o filho se sinta bem com quem é, mas ninguém se sentiria bem ouvindo coisas como "Você não presta para nada!" ou "Não aguento ficar no mesmo lugar que você!".
- Obviamente, mesmo pais abusivos não são cruéis o tempo inteiro. É normal que eles ajam com carinho em um dia e com agressividade em outro.
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Identifique os comportamentos narcisistas. Pais focados demais em si próprios são incapazes de notar os filhos e tratá-los com o devido respeito e carinho. Caso seus pais o ignoram ou só o reconhecem quando está fazendo algo que possa trazer louros para eles, isso é um exemplo de comportamento narcisista. [17] X Fonte de pesquisa
- Por exemplo, os pais devem encorajar os seus próprios interesses. Pais narcisistas, por outro lado, prestam atenção nos filhos apenas se os interesses dos pequenos forem render algo do qual possam se gabar, como dizer para os amigos que o filho ganhou uma bolsa na escola, mesmo que ele nunca demonstre interesse ou interesse os hábitos de estudo da criança.
- Alguns pais narcisistas têm transtornos de personalidade. Trata-se de um tipo de transtorno mental que pode apresentar sintomas diversos, incluindo: emoções rasas, autojustificativas constantes, não aceitar responsabilidades, sensação de merecimento forte, entre outras coisas. Nesse caso, é normal que o pai trate o filho como um fardo ou um impedimento de conquistar os próprios objetivos, utilizando a manipulação emocional para controlá-lo. Quem tem transtorno de personalidade costuma também criticar demais os filhos e, às vezes, praticar abusos físicos.
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Pense nos papéis de pai que você teve que assumir. Alguns pais são imaturos demais ou têm outros problemas (como vícios) que dificultam a criação dos filhos, fazendo com que os pequenos assumam responsabilidades que seriam dos adultos. Tente se lembrar de momentos em que teve que se mostrar responsável pois seus pais não podiam ou não queriam cuidar de você ou dos seus irmãos, o que inclui cozinhar e limpar a casa. [18] X Fonte de pesquisa
- É normal que os pais repassem algumas tarefas domésticas para os filhos, pois isso ensina responsabilidade. Um pai tóxico, entretanto, acaba jogando as tarefas nas mãos dos pequenos para fugir dessas responsabilidades. Por exemplo, se não quer cozinhar ou limpar a casa, ele pode acabar obrigando um dos filhos a fazer isso.
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Julgue mais o comportamento, não o que é dito. Algumas crianças não sentem que são amadas pelos pais, mesmo se eles dizem que as amam com frequência. Isso acontece pois esse amor não é refletido no tratamento que recebem. Portanto, tente não presumir que sabe como seus pais se sentem sobre você sem um bom motivo.
- Por exemplo, um pai que diz "Eu te amo" com frequência, mas ignora constantemente os filhos não está demonstrando esse amor. Do mesmo modo, um pai que sempre diz que quer filhos independentes, mas nunca deixa que eles tomem decisões, não está se comportando de acordo com o que fala.
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Dicas
- Tente enxergar as coisas pelo ponto de vista dos seus pais. Por mais que sofrer abusos não é justificativa para tratar os outros mal, é possível que seus pais tenham passado por maus bocados quando cresciam. Tenha um pouco de empatia por eles e torça pela recuperação deles!
- Caso sinta que está sozinho e "quebrado" por dentro, feche os olhos e tente se lembrar de momentos nos quais alegrou o dia de outra pessoa. Isso pode ajudar a reduzir a dor que está sentindo.
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Avisos
- Não desconte suas mágoas e frustrações nos outros, principalmente nos seus irmãos. Ser tratado mal por alguém nunca é uma boa desculpa para destratar os outros.
- Não repita os comportamentos negativos dos seus pais. Muitos filhos de pais tóxicos acabam reproduzindo os mesmos padrões de comportamento e tratando mal os outros quando crescem. [19] X Fonte de pesquisa Se identificou esse tipo de padrão, faça um esforço consciente para não reproduzi-lo, mesmo que acidentalmente.
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Referências
- ↑ https://www.psychologytoday.com/blog/emotional-fitness/201103/talk-about-your-problems-please
- ↑ http://psychcentral.com/lib/teens-coping-with-being-unwanted-unloved-and-unhappy/
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- ↑ http://www.vision.org/visionmedia/parenting-issues/family-favoritism/43568.aspx
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- ↑ http://kidshealth.org/en/teens/coping-alcoholic.html#
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- ↑ https://newrepublic.com/article/113176/science-loneliness-how-isolation-can-kill-you
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- ↑ https://www.psychologytoday.com/blog/tech-support/201502/8-types-toxic-patterns-in-mother-daughter-relationships
- ↑ https://www.psychologytoday.com/blog/tech-support/201502/8-types-toxic-patterns-in-mother-daughter-relationships
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- ↑ http://www.heysigmund.com/toxic-parent/
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