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Muitas pessoas acreditam que têm pais superprotetores. Caso seus pais liguem para você constantemente para saber se está tudo bem ou o bombardeiem com perguntas sobre sua vida pessoal, esforce-se para comunicar suas necessidades de modo produtivo. Expresse suas frustrações, defina limites firmes e tente reduzir a ansiedade de seus pais para começar.
Passos
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Escolha bem a hora e o local para a conversa. O primeiro passo para se lidar com a situação é ter uma conversa franca sobre suas preocupações. Para que tudo corra bem, escolha uma hora adequada e um bom ambiente para conversar.
- Escolha um local onde vocês três se sintam confortáveis, como a sala de casa. Se você não mora mais com seus pais, escolha um local neutro, como uma cafeteria, para que ninguém tenha "vantagem".
- Livre-se das distrações. Guarde o celular, desligue a TV e não converse em ambientes barulhentos como bates e restaurantes. Para uma boa conversa, as distrações devem ser mínimas.
- Escolha uma hora onde não existam limitações externas, para que tenham tempo suficiente para conversar sem que ninguém se sinta deixado de lado. Por exemplo, prefira conversar logo após o jantar, não na hora que todos vão dormir ou antes de saírem para trabalhar.
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Fale na primeira pessoa do singular. É muito importante não jogar a culpa em ninguém durante as discussões. Sempre comece as suas frases com "Eu sinto" e variantes. Assim, você se concentra nos seus próprios sentimentos, em vez de julgar seus pais por algo.
- Ao falar sobre seus sentimentos, deixe claro que está discutindo a sua visão da situação, e não que está fazendo uma avaliação geral dos ocorridos. Por exemplo, não diga algo como "Acho demais quando vocês me ligam a cada cinco minutos quando estou com meus amigos", pois você parecerá ignorar o lado de seus pais e presumirá coisas sobre as ações deles.
- Experimente dizer algo como "Fico estressado quando vocês me ligam um monte quando estou fora de casa. Assim, eu sinto como se não confiassem em mim".
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Comunique suas necessidades e seus desejos. Lembre-se de que seus pais não são capazes de ler mentes. Quando estiver tendo uma conversa complicada, tente ser o mais claro possível quanto às suas necessidades.
- Pense no que gostaria de tirar da conversa. Você quer que seus pais diminuam a frequência das chamadas quando estiver fora de casa? Quer que perguntem menos sobre os estudos ou o trabalho? Que simplesmente deem um pouco de espaço para você? Pense bem em quais os seus objetivos antes de começar a conversa. Crie metas especificas e expresse-as bem.
- Expresse as suas ideias de modo firme, mas com respeito e sem fazer julgamentos. Por exemplo: "Eu queria que vocês me dessem mais espaço quando saio com meus amigos. Não me importo de chegar em casa em um horário definido, mas queria não precisar responder mensagens ou atender chamadas a cada meia hora".
- Demonstre que valoriza seus pais. O lado bom dos pais superprotetores é o fato deles simplesmente quererem amá-lo e protegê-lo sempre. Ensine-os a expressar tais sentimentos de modo mais produtivo. Deixe claro que sabe que eles o amam e querem o melhor para você.
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Não menospreze o ponto de vista deles. Por mais frustrante que seja lidar com pais superprotetores, não se deve ignorar o lado deles. Se a sua ideia é ter uma conversa sincera e que dê resultados, veja as coisas pelo lado deles.
- Os sentimentos, principalmente aqueles causados pela ansiedade, são subjetivos. Por mais que seus pais não precisem se preocupar com todos os seus resfriados e problemas pequenos, deixe que eles se expressem sem fazer julgamentos. Reconheça que compreende as preocupações deles.
- O mais importante para compreender seus pais é descobrir o porquê de eles sentirem o que sentem. Tente compreender as questões que motivam a superproteção deles. Se eles se preocupam demais com sua saúde por exemplo, pense se eles já perderam um parente ou amigo por conta de uma doença inesperada. É possível que eles tenham bons motivos para os medos com base em experiências passadas. Não se deve deixar que os medos de seus pais ditem sua vida, mas é importante compreender a raiz do problema para solucioná-lo.
- Por exemplo, no filme Procurando Nemo , o peixe pai Marlin perdeu a família inteira, com exceção de um único ovo. Por conta disso, ele superprotege o filho, Nemo. O passado traumático cria uma sensação de medo extremo em Marlin, portanto, a superproteção faz sentido para ele, mesmo que ela prejudique o desenvolvimento do filho.
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Aprenda a deixar claro quando precisa e quando não precisa de ajuda. Os limites são importantes em qualquer relação; para que se torne um adulto independente, você precisa de espaço para tomar suas próprias decisões e, às vezes, cometer seus próprios erros. Defina limites bastante claros quanto à quando precisa ou não da assistência de seus pais.
- A maioria das pessoas busca autonomia dos pais, principalmente durante a adolescência. Os pais superprotetores podem ter dificuldade para permitir que você tenha mais liberdade, pois a preocupação é um modo de expressar carinho. A superproteção normalmente é uma forma de controle indeliberada. Deixe claro para seus pais que deseja criar limites firmes.
- Deixe seus pais cientes do que é apropriado e do que não é. Por exemplo, você pode dizer que tudo bem que eles se preocupem com o seu bem-estar, mas que lembrá-lo todos os dias das novas doenças da cidade não vai ajudar em nada. Diga que eles podem ligar uma vez na semana, mas que conversar no telefone todos os dias é demais .
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Limite o contato sempre que possível. Se você não mora mais com seus pais, limitar o contato pode ser bastante útil. É bom manter um relacionamento com eles, mas pode ser preciso cortar um pouco os laços para reduzir o problema da ansiedade.
- Se saiu de casa, lembre-se de que não é preciso contar tudo para seus pais. Pode ser melhor não comentar do novo namorico ou da festa que vai no fim de semana. Caso tais conversas costumem resultar em conselhos não pedidos ou interrogatórios, omita certos detalhes do seu cotidiano. [1] X Fonte de pesquisa
- Seus pais podem apresentar resistência à falta de contato, mas é possível encontrar jeitos sutis de fugir as conversas. Caso eles comecem a questioná-lo em detalhes sobre o fim de semana, por exemplo, faça um resumo e diga algo como "Não posso falar muito, pois tenho que lavar roupa hoje". [2] X Fonte de pesquisa
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Não se deixe levar pela negatividade. Às vezes, os pais superprotetores reagem negativamente quando os filhos começam a estabelecer limites. Seus pais podem resistir aos seus desejos de autonomia, mas não se deixe abalar e nem entre na deles.
- Caso seus pais façam drama, tente ser firme e não deixe que descontem em você. Caso o pressionem a insistir na conversa, corte-os e diga algo como: "Está bem, acredito que vão se preocupar menos na próxima vez". Em seguida, troque de assunto. [3] X Fonte de pesquisa
- Encontre um amigo com quem possa discutir as suas frustrações. Desabafar sobre a situação pode evitar bastante as discussões desnecessárias. Expresse as suas frustrações para uma pessoa sem investimento emocional na situação para que você não acabe brigando com seus pais. [4] X Fonte de pesquisa
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Seja paciente. É pouquíssimo provável que seus pais mudem da noite para o dia, principalmente se a superproteção for da natureza deles. Saiba que haverá um período de adaptação após a definição de novos limites e regras. Não fique irritado demais com os deslizes deles e lembre-se de que podem ser precisos alguns meses para que eles se ajustem à nova situação. [5] X Fonte de pesquisa
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Saiba quais são os limites adequados. Se deseja definir limites com seus pais, é preciso saber quais são os adequados para a sua idade. Por exemplo, um adolescente no ensino fundamental vai ter limites muito diferentes de um jovem adulto na faculdade.
- Lembre-se de que seus pais querem definir limites para protegê-lo e ajudá-lo a crescer. Às vezes, jovens descontrolados querem que os pais definam limites para sentirem-se mais seguros. Seus pais estão agindo com o melhor de seus interesses em mente.
- Se você é um pré-adolescente, não é exagero de seus pais querer saber onde você está, com quem está e o que está fazendo. Esteja disposto a informá-los de modo tranquilo. Mesmo assim, nessa idade já há uma necessidade maior de privacidade. Você pode, por exemplo, pedir que seus pais não fiquem fuçando nas suas coisas.
- Se você é adolescente, seus pais vão esperar um pouco mais de independência, afinal, você está nos estágios iniciais da vida adulta e logo sairá de casa. É natural que você queira chegar mais tarde em casa e ter outras liberdades e é completamente aceitável pedir isso para eles. Lembre-se, entretanto, de que discutir apenas aumentará o estresse para os dois lados. Seja respeitoso ao pedir mais liberdades e, ao sentir que a conversa está esquentando, vá embora e respire fundo. Depois de se acalmar, volte a tocar no assunto, mas pergunte quais os motivos deles para não acatarem seu pedido. Tente fazer concessões e encontrar soluções vantajosas para todos.
- Caso esteja na faculdade e tenha saído de casa, lembre-se de que seus pais podem precisar de um tempo para se acostumarem. Pode ser assustador ver seu filho entrar no mundo adulto. Peça que eles não liguem todos os dias ou façam perguntas muito pessoais sobre a vida amorosa ou social, mas aceite caso eles queiram ligar uma vez por semana para saber se está tudo bem.
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Pense bem no papel que a ansiedade desempenha na superproteção. Você considera seus pais pessoas ansiosas? Eles costumam se preocupar com os pequenos detalhes da vida cotidiana, além de se preocuparem com você? Muitos pais superprotetores têm problemas com ansiedade que fazem com que vigiem ainda mais os filhos. Tente lembrar que seus pais querem sempre o melhor para você. Aceite que a ansiedade, sensação sobre a qual eles não têm nenhum controle, é um fator importante no comportamento deles. [6] X Fonte de pesquisa
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Demonstre que é capaz de tomar boas decisões. Se quer que seus pais se preocupem menos, demonstre ser responsável. Faça pequenas mudanças na sua rotina para deixar claro que eles não têm com o que se preocupar.
- Se ainda mora com seus pais, converse com eles o quanto antes na hora de pedir permissão para algo. Já fale logo de cara quem vai estar com você e por quando tempo ficará fora. Eles certamente valorizarão a sua maturidade. [7] X Fonte de pesquisa
- Os adultos normalmente seguem as mesmas regras que definem para os filhos. Por exemplo, é complicado desaparecer e não dizer para ninguém onde está indo, mesmo na vida adulta. Os adultos, quando estão em relacionamentos amorosos e saudáveis, informam um ao outro onde estão indo. Se quer ser tratado como um adulto, demonstre ser digno de confiança.
- Faça a lição de casa sem que eles precisem cobrar, alimente-se de modo saudável e faça as tarefas domésticas para reduzir a ansiedade deles quanto à sua capacidade de decisão. Demonstre maturidade! [8] X Fonte de pesquisa
- Se não mora mais com seus pais, deixe-os por dentro de suas conquistas e dê indicações de que é capaz de se cuidar sozinho. Alimentou-se bem durante a semana? Limpou a sua casa? Tirou boas notas no semestre? Mencione tudo isso durante as ligações semanais para eles. [9] X Fonte de pesquisa
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Seja receptivo aos conselhos. Lembre-se de que os pais podem saber mais do que você em alguns assuntos. Eles são mais velhos e têm mais experiência: se está confuso com algo, peça conselhos para seus pais e seja receptivo para o que eles têm a dizer. Caso eles percebam que você é maduro o suficiente para pedir ajuda, eles podem se preocupar menos com suas decisões. [10] X Fonte de pesquisaPublicidade
Dicas
- Caso se preocupe que seus pais sofram com problemas de ansiedade, sugira que eles procurem tratamento, reforçando que se preocupa com eles e quer vê-los felizes. Tenha tato ao sugerir que as pessoas se tratem por transtornos mentais, sempre! Diga que fará terapia com eles para encontrar modos mais produtivos de definir limites e se comunicar.
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Referências
- ↑ https://www.psychologytoday.com/blog/high-octane-women/201203/how-deal-people-who-drain-you
- ↑ https://www.psychologytoday.com/blog/high-octane-women/201203/how-deal-people-who-drain-you
- ↑ https://www.psychologytoday.com/blog/high-octane-women/201203/how-deal-people-who-drain-you
- ↑ https://www.psychologytoday.com/blog/high-octane-women/201203/how-deal-people-who-drain-you
- ↑ http://www.healthguidance.org/entry/16086/1/Dealing-With-Overprotective-Parents.html
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- ↑ http://www.healthguidance.org/entry/16086/1/Dealing-With-Overprotective-Parents.html
- ↑ http://www.healthguidance.org/entry/16086/1/Dealing-With-Overprotective-Parents.html
- ↑ http://www.healthguidance.org/entry/16086/1/Dealing-With-Overprotective-Parents.html
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