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Não há nem o que argumentar: a rejeição machuca, e muito! Ser desprezado por alguém que, em teoria, deveria amá-lo e aceitá-lo, é de dilacerar o coração. A rejeição dos pais causa insegurança e raiva – e ter esses sentimentos é absolutamente normal em uma situação como essa! Aprenda a lidar com as emoções dolorosas reagindo de forma saudável e tentando superar os efeitos negativos da questão. Você também pode buscar ajuda com terceiros para receber estímulos e apoio.

Método 1
Método 1 de 3:

Reagindo à rejeição

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  1. Por mais estranho que possa parecer nessa situação, é provável que você não tenha tido a chance de contar o seu lado da história. E se for o caso, tente dizer aos seus pais o que sente, seja pessoalmente, pelo telefone ou através de uma carta ou e-mail.
    • Fale sobre a decepção e a dor que sente por causa do desprezo deles, e tente ser o mais detalhista possível. Se eles estiverem abertos a ouvir você, aproveite a oportunidade para dizer tudo o que está reprimido em seu coração. Se eles o tiverem rejeitado por escolhas religiosas, por exemplo, explique os motivos de ter escolhido determinada religião.
    • O acesso mais fácil à essa conversa vai depender do tipo de relação que você mantém com eles. Se tiver se afastado, o ideal é se expressar por carta ou e-mail. [1]
  2. Ser rejeitado pelos pais machuca de verdade. Fazer de conta que nada disso está acontecendo só vai atrapalhar o seu processo de recuperação. Permita-se sentir as emoções, sejam elas quais forem. Faça o que puder para colocar os sentimentos para fora: chorar, escrever no seu diário ou assistir a um filme que envolva emoções semelhantes às suas. [2]
    • Se não quiser passar muito tempo imerso no sofrimento, estabeleça um prazo. Diga para si mesmo, por exemplo: “Em uma semana vou sair dessa!”.
    • Estabelecer um prazo não significa processar o sofrimento por completo. É apenas um estímulo para seguir a vida normalmente, apesar da dor.
  3. Busque apoio com alguém que se importe de verdade com você. Pode ser um amigo, um irmão, um professor, ou até um dos seus pais, caso o problema seja com o outro. [3]
    • Se não souber como abordar o assunto, comece com algo do tipo “Oi, Ronaldo. Podemos conversar? Estou sendo desprezado pelo meu pai, e achei que talvez pudesse me abrir com você a respeito desse problema”.
  4. Se você mora com seus pais, permanecer com eles pode agravar ainda mais a situação. Você pode acabar sendo ignorado ou tratado de forma injusta por eles. Converse com seu pai ou sua mãe, se o problema for apenas com um deles, com algum parente ou com amigos para ver a possibilidade de ficar um tempo com eles. [4]
    • Se estiver sofrendo violência física, busque abrigo e denuncie os agressores.
    • Se for adulto, talvez a melhor alternativa seja se distanciar por completo e se mudar para outra cidade.
    • Com a sua nova família - seja ela de amigos, de parentes distantes ou de pessoas que o acolheram – você vai poder construir uma vida muito mais feliz, saudável e emocionalmente estável.
    • Afaste-se de quaisquer circunstâncias em que o amor seja limitado, condicional ou baseado em julgamentos negativos.
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Método 2
Método 2 de 3:

Combatendo os efeitos da rejeição

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  1. Crianças e adultos que lidam com a rejeição dos pais podem ter uma maior propensão à raiva e à agressão. Tente combater esses sentimentos e atitudes buscando uma maneira positiva de lidar com a raiva. [5]
    • Faça uma atividade física dinâmica, como boxe ou corrida. Outras formas de liberar a raiva reprimida são através de práticas artísticas, como dança, pintura ou escrita. [6]
  2. A rejeição às vezes faz com que as pessoas comecem a questionar suas escolhas e até a própria existência. Tente superar esse dilema aceitando quem você realmente é. Não se sinta pressionado a mudar sua essência por causa do desprezo dos seus pais.
    • Comece escrevendo uma história. Tente detalhar todos os acontecimentos que levaram ao problema e como a rejeição o afetou. Inclua todos os pensamentos e sentimentos que você está vivenciando, não tente analisar as circunstâncias sob a perspectiva dos seus pais. [7]
    • Ao escrever um pouco de sua história, compartilhe com outras pessoas. Comece mostrando a um amigo ou ao orientador da sua escola. Se você for adulto, compartilhe com seu parceiro ou com um amigo próximo. [8]
  3. Você vai ter muitos relacionamentos durante a vida, mas o único constante é com você mesmo. O amor próprio é um recurso poderoso para lidar com problemas como a rejeição.
    • Repita afirmações positivas, como “Estou em paz com tudo o que aconteceu e com o que ainda vai acontecer, porque tudo vem para o meu próprio bem”. [9]
    • A repetição dessas afirmações serve para reafirmar o amor próprio. Pode parecer estranho no início, mas, como o passar do tempo, você vai estar recitando essas frases em voz alta e com plena confiança. Talvez até passe a acreditar em todas elas.
  4. O desprezo dos pais pode desencadear um enorme sentimento de insegurança em relação aos relacionamentos e à vida de modo geral. Uma maneira de superar a insegurança é estimular o otimismo e aprender a enxergar o lado positivo das coisas.
    • Uma das formas de desenvolver o otimismo é compreender que você não é responsável por tudo o que acontece. [10]
    • Lembre-se de que os julgamentos e a rejeição dizem mais sobre a pessoa que age assim, e não sobre você. Se seus pais o criticam ou o desprezam, pare de tentar conquistar a aprovação deles. Deixe que eles venham até você se quiserem construir um relacionamento positivo.
    • Você não pode controlar o comportamento deles, mas pode controlar o seu. Em outras palavras, não se culpe pelo modo com que eles o tratam, é dever dos pais amar e respeitar os filhos. Se eles não conseguem fazer isso, a culpa não é sua. [11]
    DICA DE ESPECIALISTA

    John A. Lundin, PsyD

    Psicólogo Clínico
    John Lundin é um psicólogo clínico com 20 anos de experiência no tratamento de problemas mentais. O Dr. Lundin tem como especialidade o tratamento de ansiedade e problemas de humor em pessoas de todas as idades. Recebeu seu título de Doutor em Psicologia Clínica pelo Wright Institute e atua em San Francisco e Oakland.
    John A. Lundin, PsyD
    Psicólogo Clínico

    Compreenda que seus pais são responsáveis pela rejeição, não você. Superar a rejeição é trabalhoso, mas é importante se lembrar de que a culpa por ela não é sua. A rejeição não é fruto de uma falha de sua parte.

  5. A insegurança ocasionada pela rejeição dos seus pais pode afetar sua maneira de agir com amigos, familiares e futuros parceiros amorosos. É possível que sua primeira reação seja a de se isolar ou a de afastar as pessoas por medo de se sentir abandonado ou desprezado novamente. [12]
    • A primeira coisa que você precisa fazer é não depender de ninguém para desenvolver sua autoestima. Saiba que você é uma pessoa de valor, os outros gostando ou não de você. Refletir e aceitar essa ideia vai refletir positivamente nos seus relacionamentos.
    • A segunda coisa é ir com calma nos relacionamentos. Dê tempo para a pessoa desenvolver os sentimentos em relação a você naturalmente, sem tentar adivinhar nada que ela pensa ou sente, e sem tentar pressioná-la a ser quem não é. Tente suprimir os sentimentos de carência tão logo eles comecem a surgir. [13]
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Método 3
Método 3 de 3:

Buscando fontes de apoio

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  1. Uma das melhores maneiras de lidar com a rejeição é encontrar sua própria tribo: pessoas que compartilham dos mesmos interesses, valores e crenças que você. Junto dessas pessoas você certamente vai se sentir mais confiante e mais seguro para compartilhar sua história.
    • Você pode conhecer pessoas novas frequentando clubes e organizações, tanto na sua cidade como online.
  2. Só porque alguém o rejeita, não significa que outras pessoas vão fazer o mesmo. Se a rejeição for por parte de um dos seus pais apenas, peça ajuda ao outro. Você também pode contar com seus irmãos, tios e avós. Se eles estiverem dispostos a ajudá-lo, aceite. [14]
  3. Mesmo que seja difícil de acreditar, muita gente está passando ou já passou pela mesma experiência que você. Busque online por grupos de apoio na sua região para criar uma nova perspectiva em relação ao problema que está enfrentando.
    • Se seus pais o tiverem rejeitado por conta da sua orientação sexual, por exemplo, você pode buscar grupos de apoio para pessoas que assumiram a sexualidade recentemente.
  4. A rejeição parental estimula uma série de efeitos negativos, como raiva, insegurança e depressão. Com o passar do tempo, você vai precisar aprender a lidar com esse desprezo e assumir as rédeas da sua vida e dos seus sentimentos. Um profissional especializado em saúde mental pode ajudá-lo a conquistar a segurança emocional que você precisa. [15]
    • Peça indicações de terapeutas no seu grupo de apoio ou ao seu médico.
    • Você também pode conversar com o psicólogo ou com o orientador da escola.
    DICA DE ESPECIALISTA

    John A. Lundin, PsyD

    Psicólogo Clínico
    John Lundin é um psicólogo clínico com 20 anos de experiência no tratamento de problemas mentais. O Dr. Lundin tem como especialidade o tratamento de ansiedade e problemas de humor em pessoas de todas as idades. Recebeu seu título de Doutor em Psicologia Clínica pelo Wright Institute e atua em San Francisco e Oakland.
    John A. Lundin, PsyD
    Psicólogo Clínico

    Se você for um menor de idade lidando com problemas de autoestima ou outras questões advindas da rejeição de seus pais, é importante procurar ajuda de um psicoterapeuta qualificado e especializado no trato com crianças e adolescentes. Porém, dependendo de onde você vive, será necessário ter permissão de, pelo menos, um dos pais antes de fazer qualquer tratamento. Se não vir maneira alguma de fazer algum tratamento, considere conversar com o assistente pedagógico de sua escola, com o conselho tutelar ou com qualquer outra entidade que possa ajudar você.

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