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Estar em um relacionamento com um cônjuge controlador tende a ser muito árduo. Ele busca administrar cada detalhe, criticar e limitar as ações do outro. Dependendo da seriedade e da frequência do comportamento controlador, é possível que o casal consiga melhorar seu relacionamento por conta própria ou com a ajuda de um terapeuta. Por outro lado, caso a conduta seja tão séria que não melhore com ajuda profissional, a melhor opção é o fim do casamento.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Tratando os pormenores do comportamento controlador

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  1. Para muita gente, discutir é a forma mais natural de responder ao comportamento controlador. Mas, infelizmente, uma pessoa controladora jamais cederá, e o resultado dessa estratégia será apenas aumentar o problema em questão. Substitua a discussão, a gritaria e o desrespeito pela calma e a compostura. É possível discordar de seu parceiro sem perder a cabeça.
    • Quando precisar discordar, tente evitar dizer que o outro está errado e que a sua ideia é melhor. Prefira algo como: “Entendo o seu ponto de vista, mas você já tentou dessa forma?”.
    • Existem casos em que você pode concluir que concordar é a melhor opção, mas teme ter que se submeter ao comportamento controlador. Para evitar ser controlado, tome a iniciativa de ter sua própria ideia sem deixar de levar em conta a opinião do outro.
  2. Em algumas ocasiões é possível usar a tendência controladora de seu parceiro para resolver alguns problemas menores do relacionamento. Explique o problema e apele para o lado controlador dele, pedindo-o para que desenvolva um plano para resolvê-lo. [1]
    • Seja o mais específico possível ao descrever o problema. Por exemplo, não faça uma descrição desse tipo: “Você é muito controlador”; mas, opte por algo do tipo: “Você controla todos os detalhes das minhas atividades e não confia em mim para fazer nada sozinho”.
    • Entretanto, a estratégia pode não funcionar com uma pessoa que não admite possuir problemas.
  3. Tente ver da perspectiva dele o que as exigências e o controle podem significar. Tire um momento para refletir sobre o porquê de ele agir de tal maneira. Assim, pode ser que você fique menos nervoso ao encarar certos comportamentos.
    • Não use esta técnica para desculpar atitudes desrespeitosas, apenas para conseguir explicar o porquê de determinadas atitudes controladoras.
  4. Quando você começar a ser criticado ou interrogado, mude imediatamente o foco usando as perguntas certas. Elas revelarão ao controlador que as expectativas dele são irracionais e o comportamento inaceitável. Por exemplo, tente dizer: “Você me explicou exatamente o que era para eu ter feito?” ou “Vou embora se você não começar a me tratar com respeito. É isso mesmo que você quer?”
    • Evite ficar defensivo, pois é uma das atitudes que aumentam o comportamento controlador.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Corrigindo os padrões de repetição do comportamento controlador

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  1. Um controlador, geralmente, não sabe que é controlador. Na verdade, muitos deles pensam que estão sendo controlados, o que explica a necessidade deles de serem tão rígidos. Se você pretende convencer seu cônjuge de que ele é, de fato, controlador, prepare-se, pois pode levar tempo. [2]
    • Tenha o máximo possível de respeito durante a conversa. Para salvar o seu casamento, não faça ataques à personalidade do seu parceiro. Ao contrário disso, concentre-se somente nas atitudes negativas que ele tem.
    • Dê o maior número possível de exemplos que puder para ilustrar o comportamento controlador dele.
  2. Assim que terminar a conversa, deixe bem claro o que você está disposto ou não a tolerar a partir de então. Explique detalhadamente todas as atitudes que precisam ser corrigidas. [3]
    • Faça uma lista contendo os maiores problemas e, baseando-se nela, elabore com seu cônjuge soluções específicas para evitá-los no futuro.
    • Lembre-se de que você também pode ser acusado de estar querendo controlar, então escute os limites que o controlador proporá.
  3. Os limites precisarão ser relembrados sempre, portanto decida quais tipos de comportamento terão consequências e quais serão elas. Aplique-as somente a ofensas mais sérias, que não possam ser tratadas de outra forma.
    • Para pequenos deslizes, aplique apenas um lembrete.
    • Não abuse das consequências. Negar privilégios ou carinho como consequência para os menores equívocos é um comportamento controlador.
    • As consequências devem ser severas. Por exemplo, imponha que sairá de casa, caso seu cônjuge não se esforce para tratá-lo com mais respeito ao longo do próximo mês.
  4. Se vocês dois, a despeito dos esforços, não venham a conseguir superar os problemas ou se o controlador não estiver querendo assumir seu comportamento, será preciso buscar ajuda profissional. Um terapeuta será capaz de fazê-lo enxergar as próprias atitudes negativas. [4]
    • Vocês podem tentar terapia de casal, já que poderão conversar um com o outro na presença de um profissional que os guiará.
    • Seu cônjuge também pode experimentar terapia individual para tentar entrar em contato com problemas íntimos que podem estar por trás do comportamento controlador, como baixa autoestima e traumas de infância.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Reconquistando o controle de sua vida

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  1. Muitas vítimas de parceiros controladores são impedidas de sair com os amigos ou têm seu tempo deliberada e totalmente preenchido. Se esse for o seu caso, levante-se e mostre ao seu cônjuge que não aceitará sacrificar suas amizades ou demais atividades.
    • Faça-o entender que você também precisa ter um tempo para estar a sós com seus pensamentos, bem como para correr atrás de seus próprios interesses e se dedicar a seus passatempos. Convencê-lo a investir em algum hobby pode ser uma maneira de conseguir seus objetivos mais facilmente.
    • Para garantir a saúde do seu casamento, não deixe de passar um tempo de qualidade com seu parceiro – praticando uma atividade agradável juntos, por exemplo.
  2. Quanto mais você se deixar colocar para baixo por causa delas, mais vai começar a pensar que fez algo de errado para merecê-las. Lembre-se de que você merece sempre o melhor, portanto, esforce-se para não aceitar as críticas. [5]
    • Aceitar as críticas fará com que você acabe duvidando de si mesmo. Se isso acontecer com você, tente se recordar de suas metas e planos do passado e trabalhe para esquecer as dúvidas a respeito de suas habilidades – elas foram implantadas em sua mente. Para conseguir se livrar do controle ao qual encontra-se submetido, dê pequenos passos em direção à realização de suas metas e planos.
  3. Muitos usam a culpa para manter o controle. Sabendo disso, avalie se esta tática está sendo usada contra você e não a deixe afetar suas decisões. [6]
    • Para fazer o parceiro se sentir culpado, o controlador pode ameaçar se fazer algum tipo de mal ou especular sobre o quão terrível seria sua vida caso fosse abandonado.
    • Outros podem colocar o parceiro em posição de devedor pelo amor ou pelo sustento recebidos do controlador.
  4. Não se deixe ser doutrinado sobre o que pensar e quais valores professar. Se suas crenças ou opiniões forem divergentes, faça uso do direito de manter a sua individualidade. [7]
    • Continue a frequentar as reuniões de sua religião ou crença sozinho ou com familiares, como sempre fez.
    • Não deixe de votar no partido que representa suas opiniões políticas.
  5. Em muitos casos, o comportamento controlador pode ser corrigido e substituído por uma atmosfera de respeito mútuo. No entanto, ainda é frequente que um indivíduo controlador não consiga mudar; e você deve estar aberto à possibilidade de abandonar o sofrimento causado por ele. [8]
    • Determinados comportamentos nunca devem ser tolerados. Se você é abusado verbal, emocional ou sexualmente, a melhor opção é terminar o relacionamento. Quando necessário, ligue para a DDM (Delegacia da Mulher – Telefone: 180).
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