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Se você já tentou decorar uma redação, monólogo ou outro texto, provavelmente teve que repetir as palavras várias e várias vezes até conseguir falá-las de cor. No entanto, esse não é o melhor método para memorizar dados, ainda mais se estiver trabalhando com um escrito longo. É hora de aprender algumas técnicas de fixação que se adequem ao seu estilo de aprendizagem, e o ajudem a se lembrar do texto ao invés de simplesmente reproduzi-lo. [1]

Método 1
Método 1 de 3:

Dividindo a composição em partes

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    Separe os blocos por tema. Para começar, leia a obra inteira; preste atenção nos padrões dos assuntos. Depois, de acordo com eles, divida o texto em partes, que não necessariamente terão parágrafos ou frases inteiras. O importante aqui é unificar as ideias que se repetem ao longo do escrito. [2]
    • Digamos que você precise decorar a letra de “O Portão”, de Roberto Carlos. Embora na hora da interpretação seja necessário cantar na ordem certa, entender a linha da história ajuda nesse processo: um homem, que havia saído de casa há muito tempo, retorna e encontra tudo igual a antes, inclusive uma pessoa querida e o seu amado cachorro. Resuma as atitudes do personagem em partes.
    • Destaque as frases já conhecidas para economizar tempo. Se, por exemplo, você já souber o trecho “Eu cheguei em frente ao portão”, passe para a próxima oração.

    Dica: Para facilitar, reescreva o texto. Faça uma versão à mão, ou digite a obra com bastante espaço entre os blocos. Se quiser, você pode até criar subtítulos.

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    Estude um segmento por vez. Com os temas separados, é hora de memorizá-los. Concentre-se no primeiro, até conseguir recitá-lo sem consultar a obra. Quando já estiver craque, passe para o próximo fragmento, e assim por diante. [3]
    • Decore bem cada parte antes de tentar juntá-las. Se estiver tendo dificuldade com alguma em especial, tente dividi-la em pedaços menores, e depois unifique tudo novamente.
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    Misture os dois primeiros fragmentos. Quando tiver uma boa noção de todos os temas, vem a fase de reuni-los. Comece praticando a primeira parte e já passe para a segunda, sem parar. [4]
    • Ensaie essa sequência até conseguir entoar os dois segmentos sem erros. A partir daí, você já pode tentar adicionar o terceiro trecho.
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    Repita o processo até memorizar a composição toda. A cada tema incorporado, pratique junto todos os outros que já decorou; assim, você fixará melhor as partes anteriores, e se lembrará do texto completo. Continue com esse método até terminar a obra. [5]
    • Se algum pedaço em específico estiver mais complicado, concentre-se só nele até tirar de letra. Depois, basta integrá-lo novamente ao pedaço original.
    • Procure identificar pequenos trechos que possam servir de lembrete e dar coesão aos blocos. Se não encontrar nada do tipo, crie você algumas referências mentais; só tome cuidado para não falá-las em voz alta.
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Método 2
Método 2 de 3:

Criando um palácio da memória

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    Use um lugar familiar como modelo. A técnica do palácio da memória, também conhecida como método de loci, existe desde a Grécia Antiga. A ideia é escolher um local conhecido, e atribuir o texto em fragmentos a cada parte desse ambiente. Assim, esse espaço se torna o seu palácio da memória. [6]
    • Uma boa é usar a sua casa para esse exercício, pois é bem mais fácil lembrar onde ficam os cômodos e objetos.
    • Também pode ser um lugar fictício que você goste muito. Vamos supor que você seja fã de Harry Potter e conheça Hogwarts como a palma da sua mão; essa seria uma base excelente para a prática.

    Dica: O seu palácio não precisa ser um ambiente fixo. Também pode ser um trajeto conhecido, como o da escola para casa, por exemplo.

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    Distribua os trechos da composição entre os cômodos do “palácio”. Divida o texto em partes fáceis de memorizar. Depois, visualize os vários ambientes do palácio e os objetos presentes. Estabeleça uma certa ordem e comece a atribuir cada bloco a um item do cômodo, que não necessariamente precisa existir na vida real. [7]
    • Por exemplo, se você precisa decorar o Hino Nacional Brasileiro, comece imaginando um quadro com um rio e um sol brilhante na parede do seu quarto (em referência à primeira estrofe); depois, visualize o seu corredor, onde haverá uma estante com livros de guerra e espadas na capa (representando a segunda estrofe); e assim por diante. [8]
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    Caminhe pelo palácio e conecte as partes da obra. Quando entrar mentalmente no ambiente escolhido e andar por ele, verá os trechos que deseja memorizar. Procure criar uma rota, unindo os fragmentos a cada vez que passar por eles. Talvez você precise de vários “passeios” para decorar o texto inteiro, mas a prática reforçará a conexão entre as imagens e o escrito. [9]
    • Se tiver dificuldade com algum tópico, talvez seja melhor atribui-lo a um objeto mais fácil de lembrar, ou dividi-lo em partes menores, ligadas a múltiplos itens do palácio.
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    Utilize a técnica de visualização para relembrar o texto. Quando for apresentar a composição, volte ao seu palácio e vá recitando conforme a rota e objetos memorizados. [10]
    • Esse é um método que exige bastante ensaio. Se estiver com o prazo apertado, melhor deixar esse esquema para a próxima. Ainda assim, vale a pena insistir quando puder, pois é uma habilidade que facilitará muito os demais projetos do mesmo tipo.

    Dica: Caso tenha escolhido um trajeto e não um lugar fixo como modelo, dá para praticar no dia a dia quando passar por ele. Se estiver especialmente inspirado, você pode tentar até na volta, e assim dizer que sabe o texto de trás para frente!

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Método 3
Método 3 de 3:

Experimentando outras técnicas de memorização

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    Como truque, decore a primeira letra de cada palavra do texto. O processo de memorização é basicamente a capacidade de ligar a informação a algo fácil de lembrar. Para exercitar isso, pegue uma folha e escreva as iniciais de todas as palavras da composição, na mesma ordem e pontuação para facilitar. Observe as abreviações e tente recitar o texto a partir delas. [11]
    • Vamos supor que você ainda esteja trabalhando em “O Portão”. Poderia ser assim a primeira estrofe: “E c e f a p/M c m s l/M m c n c/E v”. [12] Faça um teste com esse trecho e veja como se sai.
    • Circule as letras que você não conseguir associar, e faça uma consulta à obra original. Se for necessário, experimente outra técnica de memorização para fixar melhor esses tópicos, e tente novamente só com as iniciais.

    Dica: Esse esquema também é muito útil para quando estiver tentando se lembrar de algo muito antigo. Você ficará surpreso com o resultado!

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    Para memorizar melhor, faça uma musiquinha com as palavras. No caso de uma música, isso já vem pronto, mas você também pode improvisar com redações e outros textos; a melodia e o ritmo ajudam a relembrar os trechos. Tente encaixar as orações em uma canção conhecida, e tudo bem se não rimar: o importante é ter sonoridade. [13]
    • Se souber um pouco de música, experimente se gravar cantando a composição. Para facilitar, talvez você até encontre na internet uma versão instrumental da canção escolhida.

    Dica: Alguns programas e conteúdos educativos, principalmente os infantis, fazem musiquinhas para ajudar na memorização dos temas (quem nunca ouviu o “Abecedário da Xuxa”?). Dê uma pesquisada e veja o que consegue encontrar.

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    Vá caminhando e repetindo o texto para aumentar a fixação. Quando já estiver craque na obra, experimente se movimentar enquanto reproduz as palavras (se puder fazer isso também durante o processo de estudo, melhor ainda). Ao mexer o corpo, você estimula a circulação do sangue no cérebro, o que auxilia na hora de relembrar os assuntos. [14]
    • Caso queira, você pode até gesticular e interpretar o texto. Quanto mais emoção colocar nos versos, mais facilidade terá para gravá-los.
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    Se o seu lance é visual, conecte imagens aos trechos. Às vezes é mais fácil se lembrar de cenas do que de palavras, e nesse caso, uma técnica mais dinâmica pode ser útil. Funciona mais ou menos como o palácio de memórias: escolha uma imagem para atribuir a cada tópico principal. Se você fixar bem essas associações, seu cérebro fará o resto do trabalho. [15]
    • Vamos supor que você esteja tentando decorar “Saudade de Minha Terra”, conhecida na voz de Milionário e José Rico. Comece imaginando um homem triste em um apartamento na cidade, fazendo as malas para voltar para o sertão. Chegando lá, ele se depara com os pássaros, monta seu cavalo e sai passeando pelas estradas. É suficiente para memorizar a primeira estrofe: “De que me adianta viver na cidade/ Se a felicidade não me acompanhar/ Adeus, Paulistinha do meu coração/ Lá pro meu sertão eu quero voltar/ Ver a madrugada, quando a passarada/ Fazendo alvorada começa a cantar/ Com satisfação, arreio o burrão/Cortando o estradão saio a galopar/E vou escutando o gado berrando/ O sabiá cantando no jequitibá”.
    • Se tiver costume de usar emojis, tente reescrever a composição com as carinhas. Como você já as conhece bem, é um truque inteligente para relembrar o texto.
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    Faça uma gravação sua apresentando a obra. Algumas pessoas aprendem melhor com um método mais tradicional, como a repetição sonora. Se for o seu caso, entoe a composição em voz alta, e grave para que possa estudar depois. Esse é um exercício excelente para aumentar sua capacidade de memorização. [16]
    • Caso não curta muito a ideia de ficar se ouvindo, peça a um amigo para ler e gravar o texto para você. No entanto, seu cérebro com certeza fixaria melhor o conteúdo na sua própria voz.
    • Se a obra for relativamente famosa, talvez você encontre o áudio de algum famoso interpretando-a na internet.
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Dicas

  • Quando encontrar um método que funcione, pratique com diversos tipos de composições do seu interesse, como discursos, monólogos e redações. Exercite a memória e você tirará seu projeto de letra!
  • Depois que já souber o texto de cor, procure recitá-lo de vez em quando para não esquecer.
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