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Então você descobriu que tem o estilo de apego evitativo... Quer dizer que agora se conhece mais! Mas como “passar” para um estilo mais seguro? No geral, o apego evitativo é atribuído a uma falta de proximidade emocional entre uma criança e seu cuidador primário nos primeiros anos da infância. Embora não dê para se transformar da noite para o dia, é possível usar certas estratégias para desenvolver relações mais estáveis aos poucos. E você pode começar lendo este guia completo!

1

Faça uma ação vulnerável por dia.

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  1. É difícil transformar todo o seu estilo de apego em pouco tempo. O segredo é se abrir gradualmente, já que assim fica mais fácil ver mudanças reais na sua forma de lidar com as pessoas. Quanto mais tranquilo for o processo, mais sólidos vão ser os resultados. Veja alguns exemplos de ações vulneráveis para praticar: [1]
    • Passar tempo com alguém quando você preferiria se isolar.
    • Confessar uma fraqueza sua a alguém.
    • Pedir ajuda.
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2

Comunique suas necessidades abertamente.

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  1. Não importa o tipo de relação, sempre é importante entender bem a responsabilidade de cada pessoa para com a outra. Sempre que você for lidar com alguém, deixe claro logo de cara que precisa de espaço pessoal. Isso impede que os outros criem mágoa e ressentimento com o tempo. [2]
    • É legal falar coisas do tipo “Valorizo muito nossa relação, mas preciso de espaço pessoal. O que posso fazer para te mostrar que gosto de você?”.
    • Antes de se afastar de alguém ao primeiro sinal de impasse ou conflito, fale “Acho que preciso me distanciar da conversa, mas me comprometo a continuar hoje à noite”.
    • Se você tem dificuldade para se mostrar vulnerável, diga “Nem sempre consigo me abrir sozinho, mas me disponho a responder a qualquer pergunta que você tiver.”
3

Mostre respeito pelas pessoas sempre que for pedir espaço.

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  1. Quem tem o estilo de apego evitativo costuma confundir essa preferência por espaço com uma espécie de “carência” dos outros. Ao admitir que se trata de uma necessidade sua , você vai conseguir manter relações estáveis para todos os envolvidos. Além disso, sempre parta da sua própria perspectiva na hora de se explicar. Veja exemplos: [3]
    • Em vez de dizer “Você é carente”, diga “Sou grato por você gostar de mim, e sinto o mesmo por você. Mas preciso de espaço para me sentir confortável.”
    • Em vez de “Você demanda muita atenção”, diga “Tenho dificuldade de me abrir com os outros. Sei que você é gente boa e confiável, e vou dar o meu melhor para me abrir mais.”
    • Em vez de “Você é muito grudenta”, diga “Sei que você quer conversar com mais frequência. Fico estressado quando sinto pressão para responder imediatamente, mas juro que te retorno em poucas horas.”
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4

Afaste seus pensamentos evitativos.

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  1. Sempre que notar a necessidade de se isolar ou sentir emoções negativas quanto à ideia de expressar o que sente, reflita sobre o quanto essas ideias são racionais. Criar esse hábito pode ajudar você a superar o estilo de apego evitativo. Veja alguns exemplos de reflexões: [4]
    • “Será que aquela pessoa está sendo carente mesmo ? Ou é um pensamento?”.
    • “Será que meu próximo relacionamento vai ser ruim só porque o último foi?”.
    • “Será que estou sendo muito rígido com esta pessoa com base em um único acontecimento?”.
    • “Será que passar mais tempo com aquele colega significa mesmo que eu não sou autossuficiente?”.
    • “Será que estou errado em presumir que sou e sempre vou ser assim?”.
5

Registre suas emoções em um diário.

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  1. Ao registrar emoções, você vai conseguir entender certos padrões nos seus relacionamentos e sentimentos — e, por consequência, compreender como seu estilo de apego opera no dia a dia. [5]
    • Na hora de escrever o diário, faça reflexões do tipo “Como me expressei para as pessoas hoje?” e “Será que sinto algum medo quanto às minhas relações no momento? Por quê?”.
    • Releia suas entradas no diário todas as semanas. Quem sabe você não se surpreende com o próprio progresso?
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6

Comece a se colocar no lugar das pessoas.

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  1. Muitas vezes, quem tem o estilo de apego evitativo não consegue entender muito bem os sinais emocionais que as pessoas emitem. Ao se colocar no lugar delas, você vai entender melhor que as necessidades dos outros não precisam causar medo nem repulsa, pois são normais e naturais. Veja alguns exemplos de reflexões: [6]
    • “O que fulano sentiu com meu comportamento?”.
    • “Que necessidades sicrano tem? E como posso atendê-las?”.
    • “Será que minhas necessidades são diferentes das de beltrano? Onde fica o meio-termo?”.
7

Demonstre afeto de formas verbais e não verbais.

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  1. Muitas pessoas com o estilo de apego evitativo pensam que só podem expressar afeto em contextos específicos, como durante o sexo. Mas se você fizer um esforço consciente para demonstrar esse afeto de outras maneiras, vai mergulhar cada vez mais em relações seguras sem se sentir acuado ou obrigado a nada. Por exemplo:
    • Observe sua linguagem corporal em suas relações. Tente ficar cara a cara com as pessoas, inclusive fazendo contato visual.
    • Elogie as pessoas e indique o quanto gosta delas em palavras.
    • Se você e as pessoas se sentirem confortáveis com a ideia, toque-as na forma de abraços e outros gestos não sexuais.
    • Até um tapinha nas costas e pegar na mão de alguém são formas legais de demonstrar afeto não verbal.
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8

Passe mais tempo com pessoas de estilo de apego seguro.

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  1. Pense em quem na sua vida parece ter esse estilo: sua namorada (ou seu namorado), uma amizade platônica, um parente etc. Só de estar na presença desses indivíduos já é capaz de reduzir suas tendências evitativas. Veja alguns sinais do apego seguro: [7]
    • Conforto com a expressão de sentimentos, desejos e necessidades.
    • Abertura para contar com a ajuda dos outros (e também oferecer ajuda a eles).
    • Capacidade de se comunicar de forma aberta, respeitosa, clara e sem conflitos.
    • Senso de apreço pelo próprio valor.
9

Construa mais segurança com perguntas que gerem mais intimidade.

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  1. Pesquisas indicam que quem possui o estilo evitativo pode se sentir mais confortável em demonstrar vulnerabilidade ao trocar perguntas e respostas mais íntimas com outras pessoas. Faça (e responda a) alguns dos seguintes questionamentos com os demais: [8]
    • Quais as funções do amor e do afeto na sua vida?
    • O que você gosta nessa pessoa que não contaria para alguém que acabou de conhecer?
    • Você se lembra de algum momento especialmente constrangedor na sua vida?
    • Fale sobre um problema pessoal com a pessoa e peça conselhos a ela. Em seguida, peça para ela dizer como você parece estar se sentindo sobre a situação.
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Pratique exercícios que gerem mais intimidade.

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  1. Estudos indicam que participar de certos exercícios físicos gera mais segurança até em quem tem o estilo de apego evitativo. Ou seja: se você namora ou é casado, chame sua parceira para alguma atividade. E isso também vale para amizades! [9]
    • Caso yoga não seja muito sua praia, opte por outro tipo de atividade física a dois: escalada, caminhada, pedalada etc.
11

Busque ajuda profissional.

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  1. A terapia dá ao paciente o espaço necessário para lidar com experiências de infância que tenham contribuído com o estilo de apego desenvolvido até a idade adulta. Para isso, você precisa encontrar um terapeuta profissional — de preferência, que tenha conhecimento prático no assunto — capaz de ajudar a transformar seu estilo evitativo em seguro e saudável. [10]
    • Caso não dê para fazer terapia, você pode ler um livro de autoajuda sobre o tema ou até procurar recursos no YouTube e no Google.
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