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Provavelmente, você vai sair com alguém com herpes em algum momento de sua vida. Esse vírus é comum; cerca de 90% dos adultos foram expostos ao HSV-1, enquanto uma entre seis pessoas de 14 a 49 anos possui herpes genital causada pelo HSV-2 [1] No entanto, a maioria das pessoas não apresenta sintomas e sequer sabem que possuem o vírus no corpo. Caso esteja preocupado com uma infecção por herpes, é possível adotar algumas simples precauções para diminuir essa possibilidade, como evitar o contato com feridas.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Informando-se

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  1. Pergunte a ela se o herpes é tipo 1 (que quase sempre se manifesta na região da boca) ou 2 (mais frequente na região genital). Saber o tipo do vírus que ela possui permitirá saber quais comportamentos poderão diminuir o risco de transmissão da doença.
    • O herpes HSV-1 se manifesta na forma de feridas em volta dos lábios. Elas são pequenas e possuem fluidos que podem vazar e formar crostas. As feridas são espalhadas através do beijo e do sexo oral, mas compartilhar toalhas e talheres, por exemplo, também poderá colocá-lo em risco. [2]
    • Normalmente, o herpes tipo 1 aparecerá em volta da boca, sendo considerada uma condição crônica. Esse vírus também pode atingir a região genital, mas não deve ser muito intenso e não retornando após o primeiro “surto”. [3]
    • Já o herpes HSV-2 é transmitido quase que de forma exclusiva pelo contato genital. É quase impossível contrai-lo com toalhas ou talheres compartilhados, por exemplo; é possível verificar a condição ao encontrar caroços vermelhos ou brancos que podem abrir, com um tipo de líquido e formando uma ferida antes de formar uma crosta e cicatrizar. O tipo 2 pode ser espalhado para qualquer parte do corpo, mas a chance de surgir na região genital é maior. A recorrência também é comum. [4]
  2. Quando estiver com um parceiro com esse vírus, é importante saber se você também é um portador dele. [5] Os exames são fundamentais, já que muitos têm herpes, mas não sabem; há chance de que tenha uma cepa da doença assintomática, acabando com a chance de que seja infectado por essa mesma cepa.
    • Caso você e a garota possuam a mesma cepa de herpes, não há como um “reinfectar” o outro, já que ambos são portadores.
    • Quando elas forem diferentes, há possibilidade de contaminação. Por exemplo: se a menina possuir herpes tipo 2 e você o tipo 1, existe chance de que um infecte o outro com as cepas que possuem.
    • Um simples exame de sangue poderá indicar se você possui algum dos vírus do herpes. É possível fazer esse teste em qualquer laboratório ou clínica, ou simplesmente pegando um pedido médico em consulta. [6]
  3. Apesar de ser muito desconfortável, a infecção não deverá colocar em risco a vida de adultos saudáveis. É raro que haja alguma complicação oriunda do vírus da herpes em adultos.
    • A variação genital pode causar complicações no parto para as gestantes. [7]
    • Apesar de raro, o tipo 2 pode ocasionar inflamação no reto, meningite ou problemas na bexiga.
    • Ter o herpes tipo 2 pode elevar o risco de contrair outras DSTs (doenças sexualmente transmissíveis).
  4. É importante compreender que, até o momento, não há cura para a herpes. [8] No entanto, essa infecção viral pode ser controlada através de medicamentos antivirais prescritos por um médico. [9]
Parte 2
Parte 2 de 3:

Evitando infecções

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  1. Quando a parceira sentir que os sintomas do herpes estão começando a aparecer, é melhor evitar o contato nas regiões afetadas pelo vírus. No caso do herpes tipo 2, é a área genital, e na do tipo 1, você não deverá beijar ou tocar a parte em que os caroços e feridas estão aparecendo. Aguarde até que sete dias se passem após a cicatrização completa para voltar a ter contato com essas partes do corpo dela. [10]
    • Peça para que ela informe a você logo que sentir que as úlceras da herpes vão aparecer. Por exemplo: “Mesmo que se sinta um pouco indisposta, fale para mim! Eu me sentirei mais seguro se sempre me disser quando terá os sintomas".
    • A parceira saberá quando a “crise” do herpes se iniciará, já que ela apresentará sintomas semelhantes aos da gripe, exaustão e sensação de formigamento.
  2. Assim que a garota estiver com as úlceras, não encoste nelas, já que são as partes mais contagiosas do vírus (que também pode ser transmitido por regiões da pele que parecem não ter sido afetadas). [11]
    • Ao tocar acidentalmente em uma das feridas, lave as mãos o quanto antes com água quente e sabão.
    • Não compartilhe copos, toalhas, bálsamos labiais e afins durante, antes e depois do “surto”.
  3. Eles ajudam a evitar a transmissão do vírus do herpes entre as crises em que as feridas vêm à tona. Nesse momento em que estão bem evidentes, nem os preservativos fornecerão proteção suficiente, logo, evite relações sexuais nesses momentos. [12]
    • Os preservativos femininos também podem ser utilizados como proteção, desde que não esteja havendo uma “crise”.
  4. Apesar de incomum, é possível que o vírus se prenda às mãos e infecte outras partes do corpo. Caso seja uma preocupação, você pode usar luvas de hospital, como as de látex ou vinil, que funcionarão como uma barreira contra a transmissão do herpes. [13]
  5. Saiba se ela consumirá um remédio de supressão, o qual diminui a intensidade com que as feridas do herpes aparecem. [14] Além disso, eles reduzem a frequência das “crises” e também o risco de transmissão. [15]
    • Alguns remédios são: Aciclovir, Fanciclovir, Valaciclovir e Valtrex.
    • Há remédios, como os AINEs, que podem interagir com medicamentos para herpes.
    • Esses antivirais podem ser obtidos apenas sob retenção de receita médica, portanto, sua parceira terá que consultar um médico, como um clínico geral ou ginecologista.
Parte 3
Parte 3 de 3:

Desenvolvendo confiança com a parceira

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  1. Diga que a situação é nova para você e precisa refletir um pouco sobre o risco de infecção. Saia com ela, mas sem manter muito contato físico; à medida que conhece melhor a garota, pense sobre as opções disponíveis.
    • Pergunte a si próprio se está disposto a aceitar o risco de transmissão ou se não se sente bem com a ideia de manter relações sexuais com alguém infectado por uma DST.
    • Analise por quanto tempo acha que ficará com essa namorada; você se vê com ela por um longo período?
    • Quando considerar que é mais uma “ficada” do que namoro, você ainda se sente confortável em aceitar o risco de transmissão?
    • Lembre-se de que os dois tipos de herpes são comuns.
  2. De maneira calma e educada, não diga nada que possa ofender a garota ou ser muito dramático. Algumas perguntas possíveis são:
    • Com que frequência ela tem as “crises”?
    • Quando foi a primeira vez que ela sofreu com o aparecimento das feridas?
    • Ela consegue identificar quando terá uma “crise”? Qual a sensação?
    • Que medidas a mulher tomou, com parceiros anteriores, para controlar o risco de infecção?
  3. Você pode consultar um psicólogo ou até mesmo algum amigo que tenha experiência nessa área. Como os dois tipos de herpes são muito comuns, é bem possível que tenha algum conhecido que viva com essa condição. Informar-se com um portador, que tem conhecimento do assunto e possa falar dela de forma racional, o ajudará a tomar a melhor decisão.
    • Você pode entrar em contato com o Disque DST/AIDS do seu estado. Faça uma pesquisa na internet para saber o número de telefone.
    • Sempre respeite a privacidade da garota. Converse com alguém que não a conhece ou com um indivíduo que saiba que não “espalhará” essa discussão de vocês.
  4. Armar-se com fatos relacionados ao vírus, a maneira que afeta a mulher e como ele influenciará o relacionamento entre vocês permitirá que tenha maior capacidade de tomar uma decisão sobre a continuação do relacionamento. Pergunte o que ela precisa a partir desse momento e informe também as suas necessidades.
    • Você tem direito aos seus sentimentos, mas é fundamental que comunique-os de maneira clara, sendo honesto e delicado com a parceira para que ela saiba qual é a sua posição nesse relacionamento.
    • Diga, por exemplo: “Gostaria de continuar saindo com você, mas é importante que me fale sempre que sentir que haverá uma crise de herpes."
  5. O estigma social do herpes é exagerado, ou seja, admitir que possui o vírus pode acabar sendo constrangedor. No entanto, ao confirmar que possui herpes, ela está mostrando que considera seus sentimentos e que se importa com você. Demonstre como você aprecia essa atitude franca e honesta em relação à DST.
    • Caso ela tenha falado isso logo no começo, declare: “Obrigado por me informar disso bem de início. Faz com que seja mais fácil de conversar sobre o assunto."
    • Por outro lado, ao notar que a garota teve dificuldade em falar sobre o herpes para você, diga: “Entendo que foi bem complicado me contar sobre ter herpes tipo 2, mas eu agradeço muito e você foi bastante corajosa!”.
  6. Fora do âmbito sexual e do compartilhamento de certos itens, o herpes nada afeta o relacionamento entre vocês; dessa forma, uma mulher com o vírus deve ser tratada com qualquer outra parceira. Leve-a para programas especiais, surpreenda-a com as flores que mais gosta e demonstre como ela é especial para você.
  7. Não permita que o aparecimento das feridas e a sensação de abatimento evite que vocês se divirtam. Que tal assistirem um filme, desfrutarem de uma bela refeição em um restaurante, ou simplesmente dormirem juntinhos? Mesmo nos momentos em que o herpes ataca, vocês podem fazer carinho ou massagearem um ao outro, aproveitando muito bem o tempo que passam um ao lado do outro.

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