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Seu couro cabeludo está irritado e você não consegue parar de se coçar? A melhor solução é tratar a causa do problema, seja ela caspa ou a reação alérgica a algum produto de cabelo. Dá para resolver a maioria dos quadros com tratamentos simples, mas também pode ser que se trate de dermatotilexomania — uma espécie de transtorno compulsivo. Neste caso, consulte um dermatologista para começar um acompanhamento mais adequado. Por fim, grupos de apoio presenciais e virtuais também podem ser muito úteis nesse processo! Leia o artigo abaixo e descubra mais.

Método 1
Método 1 de 2:

Aliviando a coceira no couro cabeludo

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  1. Se o seu couro cabeludo começar a coçar e apresentar casquinhas brancas ao longo dos fios, então você provavelmente está com caspa (que é muito comum, diga-se de passagem). Nesse caso, comece a usar um xampu que contenha selênio ou piritionato de zinco entre os ingredientes. [1]
    • No geral, você pode passar o xampu anticaspa toda vez que lavar o cabelo. Ele ajuda a tratar e até evitar o quadro.
    • Se o xampu de venda livre não fizer efeito, consulte um dermatologista e peça uma receita de xampu antifúngico. Talvez ele também recomende um creme de cortisona.
    • A caspa tem a forma de casquinhas brancas ou amarelas e costuma ser causada pela dermatite seborreica — que também é relativamente comum. [2]
  2. Alguns produtos para cabelo podem irritar o couro e causar a dermatite de contato. Essa reação alérgica deixa a pele vermelha, além de provocar coceira. Portanto, interrompa o tratamento imediatamente e veja se a situação melhora. [3]
    • Os produtos que mais causam a dermatite de contato são descolorantes, tintas, xampus, condicionadores e agentes químicos usados em processos como alisamento.
    • Consulte um dermatologista se a irritação não passar dentro de alguns dias. Pode ser que ele receite esteroides tópicos ou anti-histamínicos orais. [4]
    • Na dúvida em relação a que agente químico provocou a reação, pergunte ao dermatologista se ele pode fazer algum exame específico para identificar a causa do problema. Você só precisa evitar esse produto no futuro! [5]
  3. Peça para alguém dar uma olhada bem de perto no seu couro cabeludo e nos fios em busca de lêndeas, que são ovos de piolho. Se necessário, a pessoa pode até usar uma lupa! Caso ela encontre algo, passe um xampu medicinal de venda livre que contenha piretrina ou permetrina entre os ingredientes. Cada produto é diferente, siga à risca as instruções do rótulo. No geral basta aplicá-lo, esperar um tempo específico e enxaguar tudo. [6]
    • As lêndeas grudam em fios de cabelo individuais perto do couro cabeludo. A olho nu, muitas delas parecem caspas. Os piolhos, por sua vez, têm o tamanho de sementes de gergelim e são visíveis no couro cabeludo.
    • O xampu medicinal deve matar as lêndeas e os piolhos logo no primeiro contato. Após enxaguar, passe um pente fino ou especializado na cabeça e recolha os corpos das pragas mortas. [7]
    • Repita esse processo a cada dois ou três dias por pelo menos duas semanas. Talvez isso seja suficiente para acabar com os piolhos.
  4. Caso regiões específicas da sua cabeça fiquem vermelhas ou apresentem queda de cabelo, você provavelmente está com a infecção fúngica conhecida como tinha do couro cabeludo (ou Tinea capitis ). Como medicamentos de venda livre não resolvem esse quadro, é melhor consultar um dermatologista que chegue ao diagnóstico e proponha um tratamento com antifúngicos orais. [8]
    • Muitos quadros do tipo também deixam a pele inchada e levam à formação de pontinhos pretos ou mais sutis. [9]
  5. Estes são os sintomas da psoríase, que costuma afetar o couro cabeludo perto da nuca ou da testa. É importante consultar um dermatologista se essa é a primeira vez que você apresenta o problema, pois só ele vai chegar ao diagnóstico e propor um tratamento adequado — que pode envolver cremes especiais, remédios orais e sessões de fototerapia. [10]
    • A psoríase dá um pouco de medo na primeira vez que aparece! O tratamento é bastante eficaz, mas você também pode ter que mudar a sua alimentação, buscar formas de reduzir o estresse e fazer outros ajustes no seu estilo de vida. O dermatologista vai explicar tudo.
    • Caso você já tenha tido crises de psoríase antes e saiba como lidar com a situação, experimente passar xampus medicinais ou produtos que tratem as escamas. Se eles não funcionarem, marque uma consulta urgente com o dermatologista. [11]
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Método 2
Método 2 de 2:

Lidando com hábitos compulsivos

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  1. Se você costuma coçar a cabeça mesmo quando ela não está irritada, pode ser que se trate do quadro conhecido como dermatotilexomania. As pessoas que apresentam esse transtorno costumam coçar e escoriar o couro cabeludo quando ficam ansiosas ou estressadas. Muitas delas nem se dão conta — até que começam a ver sangue ou criar feridas dolorosas na região. [12]
    • Muitas pessoas que têm dermatotilexomania também passam a evitar situações que envolvam convívio social (inclusive na escola, na faculdade e no trabalho) em função do constrangimento que sentem. [13]
    • Embora a dermatotilexomania costume aparecer na puberdade, crianças e adultos também podem apresentar o quadro.
  2. A dermatotilexomania pode assustar bastante. Mesmo assim, lembre-se de que você não está sozinho: milhares de pessoas também apresentam o quadro. Dá para controlar e superar a compulsão de diversas formas, mas é legal começar buscando um psicólogo ou psiquiatra que seja especializado em comportamentos repetitivos focados no corpo (CRFCs). Esse profissional vai ajudar você a entender melhor a situação e formular um plano de tratamento. [14]
    • A terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia de reversão de hábitos (TRH) também são opções de tratamento eficazes.
    • Certos quadros de saúde mental também estão associados à dermatotilexomania. É o caso, por exemplo, da depressão e do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). O terapeuta pode recomendar medicamentos orais, como fluoxetina, fluvoxamina e escitalopram. [15]
    • A escoriação pode ser sintoma de um transtorno dermatológico ou autoimune ou da dependência química. É por isso que é tão importante consultar um terapeuta. [16]
    • Se necessário, peça indicações de terapeutas aos seus amigos e familiares.
  3. Uma das consequências mais diretas da ansiedade é a compulsão por mexer os dedos. Por sorte, talvez você só precise manter as mãos ocupadas para controlar os episódios! Crie o hábito de apertar uma bolinha antiestresse de vez em quando. [17]
    • A bolinha antiestresse é uma excelente válvula de escape, já que reduz o estresse e não machuca a pele.
    • Se você não tiver uma bolinha antiestresse, comece a usar luvas.
  4. Preste atenção aos momentos e aos lugares onde você está quando a vontade de coçar aparece. Faça o possível para evitar essas situações. Como isso nem sempre é possível, pelo menos esteja preparado e leve a bolinha antiestresse ou as luvas no bolso ou na mochila. Por fim, sempre é melhor resolver o problema do que ignorar que ele acontece. [18]
    • Por exemplo: se você ficar ansioso quando está preso no trânsito, encontre uma rota alternativa que seja mais confortável.
    • Espelhos também causam episódios de ansiedade. Se acontecer com você, tire os que ficam no seu quarto ou instale lâmpadas mais suaves no banheiro.
    • Lembre-se de que nem todo fator que causa a vontade de se coçar é necessariamente um estressor. Esses episódios podem acontecer em momentos de tranquilidade, quando você se distrair ou baixar a guarda. [19]
  5. Unhas longas podem exacerbar o transtorno de escoriação, visto que deixam toda a sensação mais prazerosa. Apesar disso, a pele ainda corre o risco de sangrar e ficar infeccionada — e, em casos mais extremos, gerar cicatrizes e danos permanentes. [20]
    • Você não vai conseguir se controlar somente porque cortou as unhas, mas isso reduz o impacto e deixa o comportamento menos interessante.
  6. Conversar com pessoas que entendam o que você está vivendo é uma parte importante da recuperação do seu comportamento repetitivo. Grupos de apoio presenciais ou mesmo virtuais podem ser grandes aliados! Além disso, busque outras formas de comunidade na internet e à sua volta. Não se sinta sozinho! [21]
    • Faça uma busca no Google e veja se você encontra grupos de apoio e outros recursos úteis.
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Dicas

  • Ter dermatotilexomania não é motivo de constrangimento. Quadros desse espectro são mais comuns do que muitos imaginam — e é normal precisar de ajuda.
  • Peça para algumas pessoas de confiança ficarem de olho nos seus hábitos de coçar ou escoriar a cabeça.
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Avisos

  • Se você não conseguir acalmar a irritação com medicamentos e produtos de venda livre, consulte um dermatologista o quanto antes. [22]
  • O mesmo vale se você apresentar lesões, feridas ou cortes inchados ou inflamados no couro cabeludo. O dermatologista vai ajudar a combater a infecção. [23]
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Sobre este guia wikiHow

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