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O cyberbullying é caracterizado por mensagens de e-mail, SMS ou publicações em redes sociais contendo ameaças ou humilhações públicas. As vítimas podem ter qualquer idade, mas o mais comum é entre adolescentes e as consequências são tão graves quanto as do assédio físico. É importante destacar que a vítima nunca é culpada; se você está sofrendo assédio virtual, o primeiro passo é bloquear o bully. O próximo deve ser entrar em contato com as autoridades competentes para o caso.

Parte 1
Parte 1 de 4:

Reconhecendo os sinais

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  1. Existem sinais que denunciam o bullying e observá-los é uma ótima maneira de reconhecer se esse é o caso contra você, seu filho ou qualquer outra pessoa com quem você se preocupe. Sua característica básica envolve assédio através de mensagens de e-mail, SMS e qualquer outra plataforma de comunicação eletrônica. O cyberbullying pode ser identificado pelos seguintes aspectos: [1]
    • Mensagens de ódio, ameaças de violência física, ofensas sérias ou chantagem para controlar o comportamento da vítima através de ameaças de exposição de informações sensíveis.
    • Vídeos ou imagens constrangedoras.
    • Mensagens indesejadas por e-mail, SMS ou aplicativos de comunicação massivas, não importa o conteúdo delas.
    • Calúnias e difamação sobre a vítima.
  2. Essa também é uma forma comum de cyberbullying, em que o assediador pressiona a vítima em redes sociais publicamente, mas sem necessariamente entrar em contato com ela diretamente. Uma das táticas mais usadas é espalhar mentiras e rumores, principalmente pelas redes sociais mais conhecidas e WhatsApp. [2] Outras modalidades de humilhação online são:
    • Publicar mensagens embaraçosas ou comprometedoras em blogs, fóruns e outros sites públicos.
    • Compartilhar imagens ou vídeos explícitos da vítima em sites, através de correntes massivas e outras redes sociais.
    • Criar sites com conteúdo difamatório como imagens, insultos e rumores sobre a vítima.
  3. Essa é uma forma mais rara, ainda que igualmente danosa de cyberbullying. Nesse caso, o assediador cria um perfil praticamente idêntico ao da vítima e se faz passar por ela, adotando atitudes vexatórias para causar problemas consequentes. [3]
    • Esses casos são particularmente sensíveis, pois é mais difícil identificar o abusador. O que pode ser feito é denunciar o perfil falso para a plataforma em questão ou provedor de serviços.
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Parte 2
Parte 2 de 4:

Tomando atitudes para acabar com o bullying

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  1. Por mais incrível que pareça, assediadores estão em todos os lugares, podendo ser um amigo, um ex e qualquer pessoa que você conheça bem. Nesse caso, é possível falar com a pessoa diretamente e pedir para ela parar. [4] Prefira ter uma conversa pessoalmente – nada de mensagens. Seja claro e direto, dizendo algo como “Eu li o que você escreveu sobre mim no Facebook. Aquilo foi horrível e eu fiquei muito chateado. Pare com isso!”.
    • Por outro lado, se você não sabe quem é o bully ou se desconfia que é um grupo de pessoas, tentar falar com elas diretamente provavelmente não surtirá efeito.
  2. Mesmo que pedir não tenha resultados, evite responder às mensagens, sejam por quais meios forem. Na realidade, reagir pode tornar as coisas piores – prefira ser indiferente e cortar a comunicação. [5]
    • É importante também resistir à tentação de fazer ameaças ao bully, pois isso o provocará e ele continuará atormentando. Além do mais, você também pode ter problemas como consequência do seu comportamento.
  3. Tire capturas de tela de cada e-mail, SMS, mensagem de WhatsApp e conversas em redes sociais e registre a data e hora das ocorrências. Todas as capturas de tela podem ser copiadas e coladas em um documento de texto e salvas no HD do computador.
    • A ideia é ter o máximo de informações sobre o comportamento do assediador. Isso o ajudará a encontrar a melhor maneira de resolver o problema.
    • Essas evidências também deverão ser mostradas para as autoridades competentes, pois provam que você está sendo vítima de assédio online.
  4. Para dar um basta imediato ao assédio, bloqueie o bully e impeça-o de entrar em contato direto com você. Essa é uma das vantagens das redes sociais; pode-se usar as configurações de privacidade para impedir que ele volte a falar com você pela internet. Para se proteger, siga os seguintes passos:
    • Exclua a pessoa dos seus contatos de e-mail e bloqueie as mensagens instantâneas dela.
    • Exclua a pessoa de suas redes sociais e, através das configurações de privacidade, bloqueie-a para impedi-la de fazer novos contatos nos futuro.
    • Bloqueie o bully em aplicativos do celular.
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Parte 3
Parte 3 de 4:

Conseguindo ajuda externa

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  1. Crianças e adolescentes devem pedir a ajuda de adultos. Eles podem ser seus pais, professores, o diretor da escola, orientador etc.. Essas pessoas irão ajudá-lo a lidar com a situação antes que ela piore. Não ache que o problema passará se você simplesmente ignorá-lo – é necessário tomar uma atitude. [6]
    • É tentador esperar que o assediador simplesmente canse e pare de atormentá-lo, mas deixar que o problema corra por conta própria fará com que o bully ache que pode simplesmente provocá-lo e sair impune.
  2. Procure uma figura de autoridade e explique a situação, diga como o assédio tem acontecido. Se não estiver à vontade para conversar com o diretor, fale com um professor de quem goste ou com o orientador. Cada escola tem diretrizes diferentes para lidar com o bullying, mas todas têm políticas para resolver o problema. [7]
    • As políticas específicas de sua escola não importam – o mais importante é que a instituição precisa se envolver ativamente para parar com o bullying.
    • Levar a situação para as autoridades escolares é a coisa certa a se fazer. É possível que outros alunos estejam sendo assediados pela internet também, e a escola deve ficar sabendo de tudo que for pertinente para tomar atitudes acertadas.
    • Já os pais devem agendar uma reunião com o diretor da escola e tentar chegar a uma solução juntos.
  3. Fóruns, provedores de telefonia celular, redes sociais etc. têm regras de conduta, que são diretamente violadas pelo cyberbullying. Leia os termos de uso e informe o que está acontecendo – os provedores de serviço e administradores podem penalizar o bully com a suspensão ou exclusão permanente da conta. [8]
    • Esse é o momento em que os registros do assédio serão úteis, pois você terá que mostrá-los como prova para que as medidas cabíveis sejam tomadas.
  4. Alguns casos de cyberbullying são considerados crime, o que deve ser resolvido pelas autoridades competentes. Esses casos estão fora da alçada das autoridades escolares e provedores de serviço. [9] Entre em contato com a polícia se o assédio apresenta um ou mais dos aspectos abaixo:
    • Ameaças de violência física ou morte.
    • Fotos ou textos com conteúdo sexual explícito. Caso as imagens tenham menores de idade, trata-se de pornografia infantil.
    • Vídeos ou fotos que foram feitos sem o consentimento ou conhecimento da vítima.
    • Discurso de ódio em relação à raça, gênero, religião ou identidade sexual da vítima.
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Parte 4
Parte 4 de 4:

Prevenindo o cyberbullying

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  1. Cyberbullies usam fotos, atualizações de status e informações pessoais facilmente encontradas online para assediar suas vítimas. É claro que você pode falar de si mesmo na rede, mas suas informações privadas, às quais ninguém deve ter acesso, devem ficar fora da internet. [10] Se você quiser ter uma conversa pessoal e íntima com alguém, prefira fazê-lo pessoalmente. Não use plataformas como o Twitter, Facebook ou Instagram para isso.
    • Não tire fotos explícitas de si mesmo e poste em uma página privada do Tumblr, por exemplo.
    • Todas as informações que você divulgar em comentários no Instagram ou Facebook, publicações no Tumblr etc. podem facilmente cair nas mãos erradas e ser usadas contra você. Mantenha seus segredos fora da internet.
  2. A exclusão e a implicância podem causar sentimentos bastante negativos, abrindo portas para atitudes agressivas e dominantes para gerar uma sensação de poder. Se você se identificou, saiba que as chances de ser um cyberbully são grandes. Seu comportamento influencia as atitudes de outras pessoas, portanto seja um bom exemplo para elas e não assedie ninguém. Mostre que você não admite bullying de nenhuma espécie. [11]
    • Quando seus amigos começarem a provocar alguém online, não participe, peça para que parem e fale sobre as consequências do assédio na vida das pessoas.
  3. Os softwares de monitoramento bloqueiam tentativas de assédio online e impedem que as crianças vejam conteúdo impróprio. [12] Peça para seus pais baixarem e instalarem os aplicativos caso ainda não o tenham feito.
    • Se você é um pai ou responsável, simplesmente baixe e instale o software e ative aplicativos de privacidade como medida de proteção.
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Dicas

  • O cyberbullying não precisa de razões ou motivos; há pessoas que simplesmente descontam suas frustrações e inseguranças nos outros. Você não tem culpa nenhuma disso.
  • Muitos casos de cyberbullying são praticados por ex-companheiros como forma de vingança. Um exemplo disso é o compartilhamento de fotos íntimas.
  • Filmar ou fotografar as pessoas sem o conhecimento e devido consentimento é crime. Não faça isso.
  • Do mesmo modo, nunca compartilhe ou distribua fotos ou vídeos considerados explícitos, humilhantes ou que possam ser usados contra as pessoas de qualquer maneira.
  • Se você está sofrendo assédio online, entre no site da safernet para saber como prosseguir para resolver o problema
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