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Quando há hemorragia vaginal que não está relacionada à menstruação, a mulher está sofrendo com sangramento uterino anormal, o que pode indicar diversas outras condições. [1] Como são necessários exames físicos e outros testes para determinar a causa da hemorragia uterina, vá ao médico o mais rápido possível. [2] Existem várias opções para tratar esse problema, e o médico poderá ajudá-la a escolher a melhor alternativa.

Parte 1
Parte 1 de 2:

Procurando tratamento médico

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  1. Ao sofrer sangramentos uterinos anormais, é importante ir a um médico o mais rápido possível, já que a hemorragia vaginal pode ser resultado de diversas condições, que vão de leves a muito graves. Veja a seguir algumas das razões que podem levar ao sangramento uterino: [3]
    • Doença celíaca;
    • Alguns tipos de câncer;
    • Endometriose;
    • Gonorreia;
    • Hipotireoidismo;
    • Hipertireoidismo;
    • Síndrome do Ovário Policístico;
    • Gravidez;
    • Interrupção do uso de pílulas anticoncepcionais;
    • Vaginite;
    • Fibroides ou pólipos uterinos.
  2. Um tratamento comum para a hemorragia uterina anormal é consumir um contraceptivo de dose baixa, com estrógeno e progestinas sintéticas. Esse medicamento deve ajudá-la a normalizar o ciclo e reduzir o fluxo menstrual. [4] Caso seja um tratamento considerado adequado pelo médico, peça para que ele forneça a receita de um contraceptivo desse tipo.
    • Lembre-se de que contraceptivos de dose baixa devem ser administrados por curtos períodos, a menos que você também queira utilizá-los como método anticoncepcional.
  3. Doses maiores de estrógeno poderão ser necessárias para normalizar o ciclo no caso de sangramentos uterinos intensos. Não se esqueça de que existem grandes riscos associados com tais remédios, que não devem ser usados se: [5]
    • Você deu à luz recentemente;
    • Fumar mais do que 15 cigarros por dia e tiver mais do que 35 anos;
    • Possuir um histórico pessoal ou familiar de câncer de mama, doenças no fígado, coágulos sanguíneos, problemas cardíacos, pressão alta, transtornos vesiculares, enxaquecas, diabetes ou altos níveis de triglicérides no sangue.
  4. A progesterona (ou progestina sintética) pode ser utilizada sem qualquer outro hormônio em mulheres que não estão aptas ou não desejam tomar estrógenos. Ela também pode ser utilizada se um tratamento anterior com contraceptivos orais não tiver ajudado a controlar o sangramento, ou se exames laboratoriais demonstrarem que as taxas do hormônio estão baixas. A progesterona pode ser administrada em forma de comprimido, DIU (dispositivo intrauterino) ou injeção. [6]
    • Não se esqueça de que a progesterona não evita a gravidez. Para isso, será necessário tomar outro contraceptivo.
  5. Esse tratamento, que pode ser prescrito apenas por um médico, não é um contraceptivo ou hormonal. Os tabletes de ácido tranexâmico são consumidos no início da hemorragia intensa, ajudando o sangue no ventre a coagular e reduzindo a perda de sangue de 29% a 58%. [7]
    • Às vezes, o médico poderá recomendar o uso do ácido tranexâmico junto a um AINE (anti-inflamatório não esteroide). [8]
  6. Em casos raros, o sangramento não responde a nenhum dos tratamentos acima; assim, o médico poderá recomendar o uso de um androgênio masculino, o Danazol, para controlar o sangramento uterino anormal. O Danazol não deve ser administrado em mulheres gestantes ou que estão amamentando, além de não servir como anticoncepcional. Existem alguns outros riscos graves associados a esse medicamento, como: [9]
    • Derrame;
    • Doenças hepáticas;
    • Aumento da pressão no cérebro.
  7. Os dois métodos apresentam bons resultados no objetivo de parar temporariamente o sangramento anormal em algumas mulheres. Durante o procedimento, o colo do útero é dilatado de forma que o médico consiga raspar o excesso de tecido, que também terá que ser analisado para determinar se há alguma anormalidade. [10]
    • Esse procedimento não representa uma solução permanente. Ele pode auxiliar a obtenção de um diagnóstico e estancar a hemorragia temporariamente, mas não resolverá a causa oculta do sangramento anormal.
    • Esse procedimento é feito sob anestesia, logo, você não sentirá nada durante a intervenção.
  8. Em raros casos, a única maneira de parar o sangramento uterino é por meio de cirurgia; existem duas opções comuns para essa condição: [11]
    • Ablação endometrial : é um procedimento que destrói o revestimento uterino, mas não retira o órgão. Ele deve interromper o sangramento anormal, mas a mulher pode continuar apresentando leves menstruações mesmo após sua realização. A maioria das mulheres não consegue engravidar depois de ser submetida à ablação endometrial, mas ainda recomenda-se o uso de anticoncepcionais para garantir a impossibilidade de gestação.
    • Histerectomia : na histerectomia, todo o útero é removido. O procedimento impossibilita que a mulher menstrue ou engravide e, apesar de parar o sangramento anormal do útero, é uma intervenção cirúrgica maior.
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Parte 2
Parte 2 de 2:

Empregando tratamentos alternativos

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  1. É fundamental ir ao médico para que ele analise a hemorragia uterina anormal; no entanto, caso queira experimentar tratamentos naturais para combater o sangramento anormal, é importante que o médico saiba o que você está fazendo.
    • Não esqueça que, mesmo sendo natural, um remédio pode causar efeitos colaterais e interagir com remédios prescritos, e nem sempre ele é seguro.
  2. Existem produtos que misturam ervas e podem auxiliar a combater a hemorragia uterina por meio do equilíbrio dos hormônios, mas que não são comprovadamente eficazes. Além disso, não se esqueça de que, por não serem tão potentes quanto hormônios, eles poderão demorar mais para funcionar. Converse com seu médico antes de tomar qualquer suplemento à base de ervas para combater o sangramento vaginal. Alguns dos produtos mais populares do tipo são (disponíveis apenas nos EUA):
    • ProSoothe: possui vitaminas B6, árvore casta, gengibre, bupleurum, dente-de-leão e inhame selvagem.
    • Slow Flow: contém as vitaminas A, C e K1, gengibre, bioflavonoides, gerânio, pervinca, milefólio, tasneira e bolsa-de-pastor.
    • Progensa 20: também é um creme de progesterona bioidêntico que possui óleo de prímula, camomila, ginseng, lavanda, extrato de semente de uva e raiz de bardana.
  3. Tais itens também auxiliam a combater a hemorragia vaginal porque o fígado metaboliza hormônios; ao agirem no órgão, você terá maior equilíbrio hormonal de forma natural, parando o sangramento anormal. Raiz de dente-de-leão e cardo de leite são algumas das melhores opções.
    • Cardo de leite : o cardo de leite pode ser consumido em forma de comprimido, mas consulte um médico antes. Siga as instruções do fabricante em relação à dosagem. [12]
    • Raiz de dente-de-leão : o chá de raiz de dente-de-leão torrada também pode ser bebido para melhorar o estado hepático. Novamente, o médico deverá liberar o uso. [13]
  4. O chá de gengibre ajuda a aumentar as prostaglandinas anti-inflamatórias, que podem levar a uma redução no sangramento uterino. Tente beber chá de gengibre comercial ou moa uma colher de chá de gengibre fresco, embebendo em água fervida por cerca de 10 minutos. Beba de três a quatro xícaras do chá de gengibre por dia e adicione mel ou limão à vontade.
    • Não consuma mais do que 4 g de gengibre por dia, levando-se em conta também os alimentos. [14]
  5. Incorporar mais ferro à dieta não trata a hemorragia vaginal, mas auxilia a evitar anemia devido à perda de sangue. [15] Diariamente, coma duas porções de alimentos ricos em ferro, como:
    • Carnes vermelhas;
    • Feijões;
    • Legumes com folhas verdes-escuras (espinafre, brócolis, acelga, folha de mostarda);
    • Uva passa.
  6. A vitamina C também não age sobre o sangramento uterino, mas deixa os vasos sanguíneos mais fortalecidos. [16] Consuma de 250 a 500 mg de vitamina C todos os dias ou coma alimentos ricos no nutriente, como:
    • Laranjas;
    • Toranjas;
    • Morangos;
    • Pimenta;
    • Melão cantalupe.
  7. Eles são sintetizados em laboratório e que feitos para corresponderem aos hormônios naturais do corpo em níveis moleculares e químicos. [17] Podem ser feitos de hormônios animais alterados por agentes químicos, ou serem 100% sintéticos. Os hormônios bioidênticos não são potentes como hormônios prescritos na maioria dos casos, mas apresentam menos efeitos colaterais. [18]
    • Eles podem ser obtidos apenas mediante apresentação de prescrição médica. Converse com seu médico ao se interessar por essa opção.
    • Os hormônios bioidênticos não são regulamentados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nem pelo CFM (Conselho Federal de Medicina). [19] Apesar de possuírem ingredientes permitidos, o produto final não foi regulamentado por não ter sido comprovada sua eficácia nem sua segurança. [20] [21]
    • Tome cuidado especial com hormônios compostos. Dependendo do produto, você poderá não saber qual o hormônio que está consumindo nem sua quantidade exata. [22]
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Dicas

  • Tomar ibuprofeno durante períodos de sangramento intenso poderá diminuir a hemorragia.
  • Seja paciente. Pode demorar um tempo para encontrar a causa do sangramento vaginal anormal e interrompê-lo.
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Avisos

  • Não tente parar a hemorragia uterina por conta própria! Existem transtornos médicos graves que podem estar levando a esse sintoma, logo, é fundamental procurar auxílio médico.
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