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Queira você controlar uma praga de jardim ou olhar mais de perto estas criaturas fascinantes, apanhar cobras é possível, inclusive por quem não tem experiência com répteis. Trata-se de um animal perigoso, mas algumas precauções minimizam os riscos que se correm ao se tentar manejá-la.

Método 1
Método 1 de 3:

Apanhando a cobra

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  1. É preciso que a rede tenha um cabo longo, que você pode improvisar atando a ela uma raquete de tênis, de badminton ou um cabo de vassoura. Ao ver a cobra, aproxime-se rapidamente. Coloque a rede na frente da cabeça dela, tentando persuadi-la a entrar. O comprimento do cabo deve ser tal que o seu corpo fique a uma distância segura da cobra durante a tentativa de captura. Levante a rede tão logo a cobra a adentre para evitar que ela fuja.
    • A rede deve ser compatível com o tamanho da cobra que se quer apanhar.
    • Posicionar a rede na frente da cabeça da cobra funciona porque ela a tomará por um lugar seguro e tentará abrigar-se nela voluntariamente.
    • Aproxime-se sorrateira e cuidadosamente. Correr com estrépito rumo à cobra vai instigá-la a fugir ou, ainda pior, atacar.
  2. Esta é uma maneira simples de pegá-la sem ter de manuseá-la diretamente. Providencie uma lata de lixo grande e deite-a. Usando a vassoura, conduza o réptil lata de lixo adentro. Tampe-a e transporte-a até a área onde você deseja soltar a cobra.
  3. Feche as hastes da pinça logo atrás da cabeça do réptil. O grau de pressão com que isso deve ser feito depende do tamanho da cobra. Aperte apenas o suficiente para imobilizá-la sem feri-la.
    • Pinças para contenção de cobras, à venda em lojas especializadas, são mais recomendáveis do que ferramentas improvisadas.
  4. Caso uma cobra invada a sua casa e seja necessária a remoção imediata, é possível improvisar rapidamente com objetos que você tem casa: apanhe uma camisa ou toalha de banho velhas e uma fronha. Atire a camisa ou a toalha sobre a cabeça e a parte dianteira do corpo da serpente. Amedrontada, ela se enrolará debaixo do pano.
    • Sem demora, comece a envolver a camisa com a fronha, deslizando, com cuidado, uma das bordas desta pelo chão, embrulhando a camisa e a cobra. Isso também pode ser feito com um saco grande para lavar roupas íntimas, contanto que você se ache capaz de apanhar o réptil sem hesitação e tenha certeza de que ele não é venenoso.
    • Em último caso, é possível esperar a cobra enrolar-se voluntariamente, atirar sobre ela uma toalha grande e pesada, e em seguida apanhá-la e colocá-la numa caixa vazia que a comporte. Retire a toalha, feche a caixa rapidamente e só a abra uma vez que o animal tenha se acalmado. Observe se o fundo da caixa é bem vedado, reforçando-o com fita adesiva, se for o caso. Peça a alguém para segurar a tampa ininterruptamente caso você precise afastar-se da caixa. Liberte o animal a não menos de 8 km da sua casa. Caso seja preciso fazer o transporte sozinho, feche muito bem a caixa para não haver a possibilidade de a cobra escapar para outras partes do porta-malas ou do veículo. Libere-a longe de áreas residenciais, numa região com onde ela tenha condições de viver tranquila.
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Método 2
Método 2 de 3:

Construindo uma armadilha para apanhar a cobra

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  1. A armadilha consiste em uma caixa com um revestimento adesivo no fundo, e deve ser munida com uma isca para que o réptil seja atraído para dentro do dispositivo (de onde não poderá escapar). Use ratos congelados — à venda em pet shops — ou ovos comuns como isca. [1]
    • Verifique a armadilha regularmente. Como a cobra ficará imóvel, poderá morrer de fome se passar alguns dias presa.
    • O tamanho da armadilha deve ser compatível com o da cobra: se for muito pequena, ela pode fugir arrastando a armadilha consigo — o que, da mesma maneira, a matará após algum tempo.
    • Remova a cobra da armadilha usando azeite de oliva ou um óleo vegetal. Quando chegar à área onde você vai soltá-la, despeje o óleo sobre ela para neutralizar o adesivo e permitir que ela saia incólume da armadilha.
  2. Para tanto, providencie uma garrafa plástica de 2 L vazia, uma isca e tesoura. Limpe a garrafa para despi-la de quaisquer odores repulsivos ao réptil. Corte nela um buraco pequeno, apenas do tamanho suficiente para a cobra entrar. O objetivo é que a cobra devore a isca, o que a deixará grande demais para sair pelo buraco pelo qual entrou.
  3. Armadilhas de pesca são ótimas. Deixe alguns ovos dentro dela para atrair a cobra, que conseguirá chegar até eles, mas, uma vez dentro da armadilha, será incapaz de sair. [2]
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Método 3
Método 3 de 3:

Apanhando a cobra à mão

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  1. Toda cobra morde quando provocada, mas a mordida varia em severidade e pode ou não ser venenosa. A alguém inexperiente é impossível identificar uma espécie peçonhenta apenas com base na aparência. Sem ter a certeza de que a cobra não é venenosa, não tente apanhá-la com as mãos. Estas são algumas das cobras peçonhentas mais comuns:
    • Mocassim-cabeça-de-cobre: encontrada no estados do leste e do centro-sul norte-americanos. O nome advém das peculiares escamas cor de cobre que tem na cabeça e esmaecem ao longo do corpo. Possui marcas triangulares. [3]
    • Mocassim-d'água: geralmente de um preto desbotado ou de um tom escuro de marrom, tem entre 1,20 m e 2,15 m de comprimento. É encorpada e tem pupilas em formato de fenda. É encontrada sobretudo no sul dos Estados Unidos, ao longo de toda a Flórida e na região do Mississipi. [4]
    • Cascavel-diamante-ocidental: pode atingir 3 m de comprimento e é conhecida pelos distintos losangos amarelo-claros que possui nas costas. Ela é uma cascavel, e portanto possui na ponta da cauda um guizo que gera ruído quando sacudido. É encontrada no sul dos Estados Unidos e em partes do México. [5]
    • Cobra-coral: identificá-la pode ser complicado, já que ela tem características em comum com outra espécie. É encontrada na metade sul do Brasil; em vários países das Américas do Sul e Central; nas regiões sul, oeste e sudoeste dos Estados Unidos; e na Europa e na Ásia. Ela tem a cabeça negra e o corpo recoberto por listras cujas cores seguem uma sequência específica: vermelho, amarelo, preto e amarelo. Trata-se de uma cobra peçonhenta: se avistar uma, tome cuidado. [6]
    • Jararaca: chega aos 1,6 m de comprimento e tem o corpo amarronzado, repleto de manchas triangulares mais escuras. A parte dianteira do rosto é uniformemente colorida de marrom, o que a ajuda a se camuflar. É encontrada entre o litoral da Bahia e o do Rio Grande do Sul, e continente adentro até o Uruguai.
    • Cascavel: distribui-se por quase toda a América Latina, desde o Brasil até o México. Pode chegar a 1,5 m de comprimento e tem um corpo marrom, todo revestido por losangos escuros e contornados por escamas claras.
    • Cobra-cornuda: nativa de Portugal, o réptil cinza-azulado tem o dorso percorrido por uma mancha escura em ziguezague. Raramente ultrapassa os 80 cm de comprimento.
  2. Apanhar uma cobra à mão não é tarefa fácil e deve ser feito com toda a cautela. No entanto, é a única alternativa quando se está desprovido de ferramentas ou de uma rede. Use um objeto, como um galho, para distrair a cobra e fazê-la voltar a cabeça na direção desejada. Segurando-a firmemente pela cauda, levante a cobra do solo, deixando a porção dianteira do corpo dela ainda em contato com o chão. Mantenha o seu corpo e as suas pernas o mais longe do réptil que puder. Transfira a cobra para uma fronha ou um saco de pano imediatamente. [7]
    • Se você sabe como se aproximar de uma cobra com segurança, pode impedir o bote agarrando-a por trás da cabeça — manobra muito arriscada. Você estará mais seguro se usar uma ferramenta, como uma pinça para contenção de cobras, com que se pode imobilizar a cabeça do réptil sem se aproximar.
  3. Além da propensão a morder, cobras também hospedam bactérias perigosas. As luvas são uma maneira de prevenir infecções.
    • Se não há luvas, você precisará lavar minuciosamente as mãos ao terminar de lidar com tocar a cobra. Enquanto as suas mãos não forem lavadas, não toque em alimentos nem em outras pessoas.
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Dicas

  • Se houver o mínimo risco de você ser mordido, use luvas grossas de couro, material que as presas do réptil talvez não consigam perfurar — mas é de ressaltar que a possibilidade ainda existe. Ademais, as luvas restringirão consideravelmente a precisão dos seus movimentos.
  • É possível apanhar cobras sem uma distração, mas usar uma torna tudo mais fácil e seguro. A distração ainda ajuda a manter a cabeça da serpente apontada para longe de você, que é a posição em que ela precisa estar para que possa ser agarrada.
  • Se não existe por perto uma área para libertar a cobra, coloque-a numa fronha velha e transporte-a a um lugar adequado. Se você vai fazer o trajeto de carro, precisará lembrar-se de fazer um nó firme na boca da fronha, ou pode acabar com uma cobra a perambular dentro do carro!
  • Trate esses répteis com toda a delicadeza e evite enfurecê-los. Cobras temem humanos. Na maioria das vezes é possível espantá-las do quintal sem sequer tocá-las.
  • Se você vai criar a cobra como bicho de estimação, deixe sempre um objeto pesado sobre a tampa do terrário ou compre um modelo de terrário que tenha trava ou espaço para cadeado. Cobras são escapistas notáveis.
  • As técnicas apresentadas neste artigo não devem ser realizadas por crianças.
  • É normal que a cobra tente deslizar para se livrar das mãos de quem tenta apanhá-la. Existem até mesmo espécies que tentam saltar quando pegas. Deixe as suas mãos separadas por uma distância de 25 a 30 cm e mova-as a fim de que a cobra alterne entre elas em vez de se atirar ao chão. Deixe-a correr por entre os seus dedos, se puder.
  • Não mate a cobra, a não ser que a situação o exija (por exemplo: quando existem crianças ou bichos de estimação diretamente ameaçados por ela). Se houver alternativa, entre em contato com uma organização que capture a cobra e faça a sua reinserção na natureza.
  • Faça um curso de manuseio de cobras peçonhentas, se você tem problemas recorrentes com elas. Cursos assim são realizados em todo o globo, sobretudo em regiões com alta população de serpentes, como a Austrália.
  • Lave bem as mãos — cobras e outros répteis portam bactérias nocivas. O risco de contaminação é baixo, mas ela poderia levar a complicações graves ou mesmo a óbito.
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Avisos

  • Evite segurar a cobra pela base da cabeça, região em que ela é muito flexível. Apanhá-la assim não garante que ela não vá mordê-lo, o que deve inspirar cautela se se trata de um animal venenoso.
  • A cobra é um animal selvagem e, como tal, reage imprevisivelmente quando ameaçada — e a sua presença é razão mais que suficiente para ela se sentir ameaçada. Não seja negligente ao lidar com um animal assim.
  • Não pegue a cobra apenas pela cauda, já que a maioria delas é capaz de se contorcer rapidamente e mordê-lo nos pés ou na pelve. Ampare os 30 cm dianteiros da cobra com um galho ou objeto similar. Se a situação o obrigar a segurá-la apenas pela cauda, apanhe-a com delicadeza, mas firmemente, e mantenha-a o mais longe possível do seu corpo.
  • Qualquer engano pode ser fatal. Na dúvida, não se arrisque.
  • Manter cobras como bichos de estimação é ilegal em alguns lugares do mundo. Além do quê, existe a chance de a cobra recusar alimento em cativeiro e morrer de fome. Cabe lembrar: depois de 30 dias de cativeiro, a cobra torna-se inapta para a vida na natureza. Não a capture se não estiver realmente disposto a mantê-la. Antes de tomar a decisão, entenda o compromisso e a responsabilidade envolvidas na criação de um réptil, que é um animal pecilotérmico.
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Materiais Necessários

  • Cobra;
  • Pinça de contenção de répteis;
  • Recipiente para o transporte da cobra;
  • Um lugar para a soltura da cobra;
  • Uma lata de lixo grande com tampa e uma vassoura;
  • Um tubo comprido e um segmento de corda;
  • Uma camiseta ou uma fronha, e mais saco de pano ou uma caixa com tampa;
  • Recipiente plástico com furos para a ventilação.

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