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O molusco contagioso é uma infecção de pele muito comum. Ele é causado por um vírus e deixa pápulas circulares, firmes, indolores e do tamanho de uma borracha escolar. [1] A doença é contagiosa e pode se espalhar para outras partes da pele se a pessoa infectada ficar arranhando as lesões salientes. Ela geralmente afeta as crianças que têm um sistema imunológico mais frágil, mas os adultos também podem pegar, inclusive como uma doença sexualmente transmissível (DST), caso ocorra nos aparelhos genitais. É normal o molusco contagioso desaparecer sozinho, mas é importante conhecer os sintomas mais frequentes para fazer o tratamento correto e não o confundir com outras doenças mais graves.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Identificando os sintomas do molusco contagioso

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  1. O molusco contagioso é uma infecção tão comum que você já deve ter conhecido alguém que o teve. Ele não atinge apenas as crianças, mas a maior parte dos casos acontecem em crianças de um a dez anos e que têm um sistema imunológico delicado devido à desnutrição ou outra doença. [2] O risco também é mais alto para os pacientes em quimioterapia, os idosos e os soropositivos.
    • Quem tem a dermatite atópica fica mais suscetível a adquirir o molusco contagioso.
    • A prática de esportes de contato é outro fator de risco.
    • De um modo geral, o molusco contagioso está mais presente em climas quentes e úmidos e em ambientes muito cheios.
  2. As lesões mais características são pequenas, arredondadas e protuberantes. [3] Na maioria das vezes, formam-se de 10 a vinte bolinhas na pele. A quantidade pode ir além de 100 para os portadores de AIDS. As cores mais comuns são o branco e o rosado.
    • Os nódulos têm entre 2 e 5 mm de diâmetro, o que dá mais ou menos o tamanho da ponta de um giz de cera ou uma borracha escolar. Elas podem ficar maiores quando ocorrem na genitália.
    • As bolinhas não ocorrem em apenas um lugar do corpo e o mais comum é surgirem no rosto, no pescoço, nas axilas, nos braços e nas mãos. [4] Elas só não afetam a palma das mãos e a sola dos pés. Os sintomas se manifestam cerca de sete semanas depois da contaminação.
    • Os pontos rosados às vezes parecem uma verruga, uma bolha ou um pólipo cutâneo.
  3. Geralmente, não dá muita vontade de coçar, a menos que você passando a mão em cima. Quando você coça ou esfrega as bolinhas, elas ficam vermelhas e inflamadas e causam prurido, o que aumenta as chances de a doença se espalhar por outras partes do corpo e piorar a condição. [5]
    • As lesões saem com facilidade ao passar a mão ou esbarrar nelas, algo que não acontece com as espinhas, as verrugas e outras pápulas cutâneas.
    • Caso as bolinhas fiquem vermelhas e inflamadas mesmo sem você mexer nelas, é um sinal de que o sistema imunológico está resistindo e tentando eliminar a doença.
    • Nessas circunstâncias, elas ficam parecidas com uma espinha normal, um pelo encravado ou até mesmo uma bolha de catapora.
    • Não confunda as lesões inflamadas com uma infecção e não tome um antibiótico.
  4. Os sintomas do molusco contagioso diferenciam-se de outras doenças e infecções de pele porque apresentam uma depressão no meio da pápula, o que é chamado de umbilicação. [6] Essa umbilicação central tem uma secreção branca e espessa com um aspecto perolado. Dá para espremer o líquido, mas não é uma boa ideia, porque facilita o contágio da infecção.
    • A umbilicação faz as bolinhas ficarem com a aparência do cravo, da espinha ou da pústula.
    • A secreção brilhante que fica dentro do nódulo tem milhões de vírus misturados com a oleosidade da pele e, em alguns casos, com o pus, que são os glóbulos brancos mortos.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Prevenindo-se do molusco contagioso

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  1. Uma ótima maneira de evitar o contágio de vários tipos de doenças, incluindo-se o molusco contagioso, é manter a higiene pessoal em dia. Lave frequentemente as mãos com água e sabão, principalmente quando você cumprimentar ou tocar alguém que tenha os nódulos na pele. [7] A higienização das mãos também elimina os vírus (e outros germes) que possam ter entrado em contato com você ao mexer em objetos, brinquedos, roupas ou toalhas.
    • Depois do banho, seque-se com suavidade. Passe a toalha com delicadeza e não a esfregue, porque a infecção aumenta quando saem as bolinhas.
    • Além de lavar as mãos, dê um basta no hábito de colocar o dedo na boca ou esfregar os olhos.
    • O álcool gel também elimina o molusco contagioso e é uma boa alternativa à água e sabão.
    • A doença pode ser transmitida por meio da esponja de banho, toalhas, pedra-pomes e tesouras. Não compartilhe esses itens com ninguém.
  2. Essa doença viral também se transmite pelo sexo porque se formam bolinhas em cima ou em volta dos órgãos sexuais (a parte superior da coxa e a região inferior do abdômen são pontos muito comuns). [8] O uso da camisinha não é suficiente para evitar o contágio porque o molusco contagioso se espalha pelo contato da pele e não pelos fluidos corporais.
    • O melhor que você faz é dar um tempo no sexo e esperar sarar, caso você ou o seu parceiro tenham a doença.
    • O sexo oral também está proibido para quem tem bolinhas perto da boca ou no rosto.
    • É normal as pessoas confundirem o molusco contagioso com a herpes, mas ele não provoca irritação.
  3. Por mais que seja difícil, evite a tentação de esfregar, coçar ou até mesmo encostar nas bolinhas. [9] O simples ato de mexer nelas ou coçá-las faz o vírus se espalhar para outras áreas do corpo e aumenta a probabilidade de transmitir a doença para outra pessoa.
    • Tome ainda mais cuidado com os olhos para não provocar uma infecção (conjuntivite).
    • Ficar mexendo nas partes afetadas pode machucar ou tirar os nódulos, o que faz o vírus se espalhar. Dessa maneira, não ponha a mão no rosto, nas axilas ou nas pernas, caso observe os sintomas nessas partes.
  4. Você já pegou a doença? Não a deixe se alastrar por outros lugares do seu corpo: cubra as áreas afetadas com um pano fino ou uma bandagem leve. [10] Assim, fica mais fácil evitar que você ou outras pessoas toquem essas regiões.
    • Mantenha sempre limpos e secos esses locais cobertos.
    • Use bandagens à prova de água e troque-as com regularidade (diariamente, se entrarem em contato com a água).
    • É muito melhor vestir roupas mais largas de algodão do que uma lã grossa ou fibras sintéticas que não deixam a pele respirar.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Tratando o molusco contagioso

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  1. O molusco contagioso é uma doença autolimitada e geralmente desaparece depois de um tempo em indivíduos saudáveis, não sendo necessário o tratamento médico. [11] Geralmente leva entre seis e 12 meses para cessar a infecção. [12]
    • Nas pessoas que têm baixa imunidade, pode levar até cinco anos para todas as bolinhas irem embora.
    • Alguns médicos indicam o tratamento quando há lesões nos aparelhos sexuais.
  2. Em alguns casos, os médicos sugerem a retirada cirúrgica das lesões porque elas são contagiosas e causam desconforto nos pacientes. [13] Essa situação é mais comum quando a doença se manifesta próximo ao pênis, à vulva e ao ânus. Pergunte a um médico se a remoção é um procedimento apropriado para você.
    • A retirada pode ser feita por meio da crioterapia (congelamento com nitrogênio líquido), a curetagem (raspagem) e o laser. [14]
    • Essas técnicas costumam causar dor e exigem uma anestesia local. A ocorrência de cicatrizes não é algo tão raro.
    • Geralmente, os clínicos gerais encaminham os pacientes ao dermatologista.
  3. Às vezes se prescrevem alguns cremes ou pomadas para aplicar diretamente nas bolinhas, porque eles melhoram os sintomas e aceleram a cura. Os mais comuns são feitos de ácido retinoico, adapaleno, tazaroteno ou imiquimode. [15] Esses medicamentos não podem ser usados por mulheres grávidas porque trazem riscos ao bebê.
    • As soluções de ácido salicílico e hidróxido de potássio também são usadas e ajudam a remover as lesões com a formação de bolhas.
    • Os cremes de podofilotoxina são bons para usar em casa e não precisam de receita médica. Um estudo científico comparou os resultados do grupo de controle, que passou apenas um placebo, aos de um grupo de pacientes que aplicou o creme com a concentração de 0,5% duas vezes ao dia e três dias por semana. O tratamento durou um mês. Ao final, 92% dos indivíduos do grupo que usou a podofilotoxina se curaram. Passe uma boa quantidade do remédio nas áreas afetadas. [16]
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Dicas

  • Não use a toalha, a roupa ou os itens pessoais de alguém que tenha ou possa ter o molusco contagioso.
  • Caso a doença se manifeste nas pálpebras, não coce os olhos para não pegar uma conjuntivite.
  • O molusco contagioso é causado por um poxvírus.
  • Não use os aparelhos e acessórios esportivos (chuteiras e luvas, por exemplo) de uma pessoa com suspeita de ter a doença.
  • Você está com uma irritação na pele (erupções, bolhas e pápulas) há vários dias e ela não está desaparecendo sozinha? Marque uma consulta com um dermatologista.
  • O molusco contagioso não funciona como a herpes, que permanece em estado dormente no corpo por muito tempo e pode reaparecer. [17]
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