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A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível (DST) que afeta principalmente o aparelho reprodutor dos homens e das mulheres, mas também pode afetar o ânus (infecção retal) e a garganta (faringite gonocócica). Uma pessoa pode ter gonorreia e não apresentar sintomas, mas a melhor forma de fazer um diagnóstico é pela identificação dos sinais. Os mais comuns são: dor ao urinar, secreções genitais e inflamação. Eles podem surgir de dois a cinco dias após a infecção, mas também podem demorar um mês para dar as caras. [1] De qualquer maneira, como há quem não apresente sintomas, é bom fazer exames periódicos, principalmente se você não se proteger devidamente no sexo.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Conhecendo os fatores de risco

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  1. Metade das mulheres infectadas não apresenta nenhum sintoma, enquanto nove em cada dez homens apresentam. Os sinais óbvios da doença que afetam ambos os sexos são dor ao urinar, secreção genital e dor abdominal ou pélvica. [2]
  2. É possível pegar a doença ao fazer sexo vaginal, anal ou oral com alguém que esteja infectado. O contato direto é o culpado. Uma mulher grávida com gonorreia pode passar a DST para o bebê durante o parto. [3]
    • Tome medidas preventivas para evitar a doença. Evite a contaminação usando preservativos, diques de borracha (para o sexo oral) ou diminuindo o número de parceiros sexuais.
  3. A DST pode acarretar várias complicações. Nas mulheres, ela pode causar a doença inflamatória pélvica (DIP) se a infecção se espalhar para o útero ou para as tubas uterinas. Sem tratamento, a DIP pode causar dor pélvica crônica, gravidez tubária e danos aos órgãos reprodutores que até mesmo podem levar à infertilidade. A gonorreia também pode facilitar a infecção por HIV nas mulheres. Nos homens, ela pode gerar dor permanente ao urinar. [4]
  4. Não é possível curar a gonorreia com soluções caseiras ou medidas de higiene. Se você for sexualmente ativo e suspeitar que esteve com alguém infectado, vá ao médico imediatamente. [5]
Parte 2
Parte 2 de 3:

Verificando os sintomas

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  1. O sintoma mais comum em homens e mulheres é a dor e queimação ao urinar. Essa sensação pode passar sozinha, mas geralmente dói o suficiente para fazer os homens marcarem uma consulta médica. [6]
  2. Em ambos os sexos, a bactéria da gonorreia produz uma secreção grossa de cor amarelo-esverdeada expelida pelos genitais. Nas mulheres, a secreção também pode ser acompanhada por sangramentos fora do período menstrual. Essa é uma forma que o organismo tem de tentar expulsar o agente estranho. [7]
    • Qualquer secreção vaginal diferente deve ser examinada por um médico.
  3. Esse é um sintoma de doença inflamatória pélvica (DIP) — uma consequência comum da gonorreia em mulheres. Se você tiver DIP, também pode ter febre acima dos 38 ºC. Fique atenta, pois a doença é difícil de detectar e pode levar à infertilidade. [8]
  4. Em homens e mulheres, a gonorreia pode causar inflamação geral na genitália.
    • As mulheres podem ter inchaço, vermelhidão ou dor na vulva (a abertura da vagina). [9]
    • Nos homens, a DST pode fazer os testículos ficarem inchados e inflamar a próstata. [10]
  5. Em homens e mulheres que praticam sexo anal, a gonorreia pode gerar uma secreção no ânus e dor ao evacuar. Além disso, em alguns casos, ela vem acompanhada por diarreia frequente e persistente. Vá ao médico na hora se tiver tais sintomas. [11]
  6. A faringite gonocócica (quando a gonorreia contamina a garganta) gera dor local, desconforto ao engolir, vermelhidão e pus. Os sintomas são os mesmos para ambos os sexos. Quem tem essa forma de gonorreia geralmente não transmite a doença para os outros, mas a contaminação é possível por meio do contato direto com o fundo da boca, o que não costuma acontecer no beijo. Porém, o contato entre a faringe e partes do corpo ou objetos pode levar à transmissão. [12]
    • A maioria das pessoas com gonorreia na garganta costuma confundir a doença com uma faringite ou resfriado comum. Somente com uma consulta média é que descobrem a DST.
Parte 3
Parte 3 de 3:

Indo ao médico

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  1. Se você for mulher e tiver motivos para suspeitar de gonorreia, peça exames. Muitas mulheres infectadas não apresentam sintomas ou então têm sinais tão genéricos que os confundem com outras causas.
    • A gonorreia precisa ser tratada com remédios. Se for negligenciada, ela pode causar inúmeros problemas sérios de saúde, como dor crônica e infertilidade (em homens e mulheres). Ela pode até se espalhar na corrente sanguínea e chegar às articulações, colocando a vida em risco.
  2. O médico deve solicitar um exame de urina e colher uma amostra do colo do útero, do canal vaginal, do reto ou da garganta (onde houver suspeita de gonorreia). Há vários exames que podem ser realizados para detectar a presença da bactéria Neisseria gonorrhoeae. [13]
    • Para fazer um exame de urina, é melhor colher a primeira amostra do dia, ou seja, o xixi que você faz quando acorda. Assim, a bactéria não é eliminada antes do exame. É possível fazer todos os testes necessários em poucos dias.
  3. Em alguns casos, a gonorreia pode ter efeitos duradouros. As mulheres podem ter cervicite, abscessos nos ovários ou nas tubas uterinas e até mesmo uma gravidez ectópica. [14] Os homens podem sentir dor contínua no epidídimo (o duto que liga os testículos ao duto deferente) por até seis semanas depois da infecção. [15]
  4. O tratamento padrão para gonorreia é uma injeção de 250 mg de ceftriaxona junto com 1 g de azitromicina oral. Uma dose única de 400 mg de cefxima pode ser administrada com 1 g de azitromicina caso não haja ceftriaxona. [16]
    • Como algumas cepas de gonorreia tornaram-se resistentes a tais medicamentos, talvez você precise tomar outros antibióticos para complementar o tratamento.
    • É preciso fazer outro exame de gonorreia em cerca de quatro semanas para descobrir se o tratamento funcionou ou se é necessário trocar de medicação. Além disso, repita os testes sempre que trocar de parceiro sexual.
  5. É melhor garantir que a bactéria foi eliminada do seu organismo para evitar a transmissão. [17]
  1. http://consumer.healthday.com/encyclopedia/sexual-health-and-relationships-35/sex-health-news-603/gonorrhea-647670.html
  2. http://www.cdc.gov/std/gonorrhea/stdfact-gonorrhea.htm
  3. http://www.medicinenet.com/oral_gonorrhea_symptoms/views.htm
  4. Lori Newman, John Moran, Kimberly Workowski, Update on the Management of Gonorrhea in Adults in the United States, Journal of Clinical Infectious Disease 2007, 44 Supp 3 S84-S101
  5. Lori Newman, John Moran, Kimberly Workowski, Update on the Management of Gonorrhea in Adults in the United States, Journal of Clinical Infectious Disease 2007, 44 Supp 3 S84-S101
  6. http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/007267.htm
  7. http://www.cdc.gov/std/tg2015/gonorrhea.htm
  8. http://www.cdc.gov/std/gonorrhea/stdfact-gonorrhea.htm

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