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Resolver problemas de cunho ético pode ser um processo complexo, visto que os passos necessários dependem das circunstâncias específicas. De modo geral, você precisa juntar todas as informações disponíveis, avaliar as suas opções e colocar em prática o melhor plano de ação possível. Leia abaixo e descubra mais.
Passos
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Junte todas as informações possíveis. Antes de tomar qualquer atitude para resolver um problema de cunho ético, você precisa compreender o máximo que conseguir da situação. Pode ser que ela não seja tão simples quanto parece. [1] X Fonte de pesquisa
- Reflita se você tem informações suficientes para determinar o que está acontecendo. O ideal é reunir todos os fatos relevantes em relação ao problema. Se isso não for possível, pelo menos tente entender o mínimo para formular uma hipótese.
- Você também tem que refletir se está chegando a qualquer conclusão precipitada. Cada pessoa tem seus vieses pessoais e profissionais. Alguns são baseados em experiências, mas podem acabar afetando a perspectiva e gerando falsas impressões e ideias.
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Identifique as partes envolvidas. Determine quem mais na empresa está ligado ao problema que você quer resolver, seja direta ou indiretamente.
- As pessoas que têm envolvimento direto são aquelas que tiveram participação ativa na violação dos princípios éticos da empresa.
- As que têm envolvimento indireto são aquelas que sofreram impactos dessa violação, mesmo que não tivessem escolha. Isso pode valer para colegas, clientes e acionistas.
- Você também precisa descobrir quem, entre os envolvidos, vai contribuir com a resolução do problema. Como esse processo extrapola os limites do seu poder, é melhor você contar com todo o apoio, a assistência e a orientação dos outros. Nesse caso, é essencial saber quem é confiável de fato.
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Especifique os problemas éticos em pauta. Em vez de ter somente uma noção geral de que algo está errado, você precisa entender especificamente quais princípios éticos foram ou estão sendo violados.
- Algumas violações de princípios éticos são mais óbvias que outras. Por exemplo: se você flagrou um colega furtando equipamentos caros da empresa, é mais fácil ter consciência de que roubar é crime; por outro lado, em situações que envolvam violações menores ou rixas entre departamentos diferentes, o problema não é tão claro ou simples.
- Estude as circunstâncias outra vez e tente entender qual princípio fundamental está sendo afetado. Por exemplo: violações de poder, integridade, honestidade, objetividade, competência profissional, confidencialidade ou justiça.
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Familiarize-se com os procedimentos comuns que a empresa adota. Descubra se a empresa tem algum sistema interno organizado para lidar com esse tipo de problema ético.
- Se você tem acesso a manuais ou outro tipo de documentação da empresa, leia-os com atenção em busca de políticas internas para lidar com questões éticas.
- Preste bastante atenção à cadeia de comando. Descubra quem você deve acionar em cada ponto do processo, bem como qual é o procedimento correto.
- Se a empresa não tem uma estrutura específica para lidar com problemas de ordem ética, você vai ter que partir da sua experiência própria para determinar a quem poderia recorrer.
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Liste e analise as suas opções. Reflita sobre todas as opções à sua disposição, em vez de se contentar com a mais óbvia ou conveniente. Faça uma lista dessas alternativas e pense no impacto de cada uma. [2] X Fonte de pesquisa
- Na hora de avaliar as suas opções, pense em como cada uma poderia ser útil em relação aos procedimentos internos da empresa, às possíveis leis externas e aos valores éticos da sociedade como um todo.
- Tente antever as consequências positivas e negativas de cada opção. Entenda que, em certas circunstâncias, cada alternativa pode ter desdobramentos positivos e negativos.
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Coloque a melhor opção em prática. Depois de refletir sobre todas as suas alternativas, determine qual é a melhor para você executar.
- Na maioria dos casos, você vai ter que relatar o problema a uma figura de autoridade na hierarquia da empresa. A pessoa específica depende de quem causou a violação ética. Além disso, caso se trate de alguém que está no topo da cadeia de comando, talvez seja necessário acionar autoridades externas.
- A melhor opção de ação é aquela que resolve o problema ético de forma produtiva. Se houver diversos valores éticos envolvidos, o certo é que você tente corrigir o maior número possível das violações.
- Seja qual for a opção que você escolher, esteja preparado para defender a sua decisão até o fim — mesmo que alguém a critique (afinal, é possível que a sua identidade acabe sendo revelada durante a investigação).
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Registre tudo que acontece no processo. Infelizmente, a sua participação nesse processo não termina no momento da denúncia. Você tem que ficar de olho em tudo que acontece depois e ver se a questão é ou não resolvida.
- De maneira geral, tente documentar tudo que for possível de forma escrita. Isto vale para as suas investigações próprias, os seus relatórios, as conversas que você teve com outras pessoas sobre o assunto etc. Todo esse registro pode servir de prova em um possível processo.
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Dê um passo a mais quando for necessário. Se a solução inicial que você implementar não surtir efeito, pense em uma alternativa mais eficaz. Continue passando pela hierarquia da empresa até esgotar todas as possibilidades.
- Não tenha medo de contornar a autoridade de uma pessoa específica se ela não cooperar. Por exemplo: seja sensato na hora de avaliar como aquele supervisor lidou com a situação, mas não se deixe intimidar por alguém que esteja tentando agir por baixo dos panos.
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Método 2
Método 2 de 3:
Resolvendo problemas éticos no trabalho enquanto empregador ou supervisor
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Estude o relatório do funcionário de forma objetiva. Quando um funcionário que está sob sua responsabilidade trouxer um problema de cunho ético à tona, você tem a obrigação profissional e moral de ouvir o que ele tem a dizer.
- Se o funcionário explicar o problema em um diálogo verbal, peça para ele também fazer um relatório formal escrito. Apesar de essa documentação ser trabalhosa, ela vai proteger todos os envolvidos — principalmente você e o delator.
- Não se deixe afetar pela sua relação pessoal e professional com as pessoas envolvidas no problema. Talvez você conheça bem o funcionário que está sendo denunciado, mas não seja tão próximo do que está denunciando; pode ser até que a sua intuição dê uma ideia de quem está falando a verdade. De todo modo, dê à denúncia a seriedade e atenção que ela pede.
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Faça a sua própria investigação. Depois de receber o relatório inicial com a denúncia, você precisa reunir e atestar todos os fatos por conta própria. Não deixe nada de fora.
- Converse com outros funcionários que possam ter informações úteis. Leia relatórios, consulte históricos de computador e veja até as gravações das câmeras de segurança que possam ajudar a resolver o problema.
- Se a empresa tem um departamento dedicado especificamente a resolver problemas dessa natureza, acione-o o quanto antes. Você vai ter que cooperar com os profissionais da área durante a investigação.
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Identifique todas as partes envolvidas. Tente entender quais pessoas têm envolvimento direto e indireto com a situação. Você precisa distinguir os dois grupos na hora de tomar as devidas medidas e ações corretivas.
- Da sua perspectiva, as partes envolvidas diretamente podem incluir o funcionário que fez a denúncia e o que foi denunciado.
- Quanto às partes envolvidas indiretamente, talvez elas incluam outros supervisores, clientes, acionistas e afins. Mesmo que essas pessoas não tenham controle direto da situação, você ainda precisa ter os interesses delas em mente.
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Identifique os problemas éticos em questão. Chegue a uma conclusão concreta em relação aos princípios éticos que foram violados. Dependendo do caso, pode ser que haja mais de um problema.
- Se a sua investigação concluir que o relatório com a denúncia estava dizendo a verdade, você vai ter que avaliar as ações dos funcionários sendo denunciados. Os principais exemplos de violações de cunho ético envolvem questões de poder, respeito, honestidade, competência profissional ou integridade.
- Se a sua investigação concluir que o relatório com a denúncia estava mentindo, você vai ter que avaliar as ações do delator. Tente entender se ele cometeu um erro honesto ou se agiu de má fé quando tentou implicar outras pessoas.
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Pense em possíveis soluções. Liste algumas maneiras diferentes de resolver as violações de princípios éticos que aconteceram na empresa, lembrando-se de que essas soluções devem funcionar em curto e longo prazos.
- Avalie as suas opções de acordo com a utilidade de cada uma, além da adequação delas aos procedimentos internos adotados pela empresa.
- Tente antever as consequências de cada uma das possíveis soluções. Essas consequências podem ser boas, ruins ou mistas. Na hora de decidir qual você vai implementar, pense na que tem chances de trazer mais resultados positivos e menos negativos.
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Busque apoio externo. Dependendo da natureza do problema, você pode ter que pedir ajuda a outras pessoas dentro ou fora da empresa.
- Dentro da empresa, esse apoio pode vir na forma do seu supervisor (quando possível), do setor de Recursos Humanos ou de outros departamentos com os quais você trabalhe.
- Fora da empresa, ele pode vir na forma de especialistas em ética. Por outro lado, talvez você se veja obrigado a consultar advogados ou até recorrer à polícia no caso de haver alguma ilegalidade. [3] X Fonte de pesquisa
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Converse com as partes envolvidas. Na hora de buscar soluções de curto prazo, você vai ter que marcar uma reunião com cada parte envolvida. Dependendo das circunstâncias, prepare-se para conversar com funcionários individuais ou com o grupo como um todo.
- Caso o delator do problema não esteja diretamente sob o seu comando na empresa, é melhor você marcar reuniões individuais com ele para proteger a identidade dessa pessoa.
- Se a violação envolver várias partes conflitantes, prepare-se para conversar com todas ao mesmo tempo.
- Tome as devidas medidas disciplinares. Você precisa punir as partes envolvidas na violação dos princípios éticos da empresa. Pense em consequências proporcionais à gravidade da situação.
- Dê conselhos e ofereça o seu apoio. Caso o incidente cause algum tipo de trauma ou gere dificuldades a uma ou mais partes, descubra o que você pode fazer para amenizar a situação.
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Implemente programas educacionais na empresa. Muitas vezes, problemas éticos recorrentes ou que afetam grupos maiores de pessoas levam à implementação de cursos de ética nas empresas.
- Os detalhes variam de acordo com a situação, mas você deve ajudar cada funcionário a entender melhor os procedimentos éticos corretos que eles precisam realizar nesse tipo de situação.
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Pense na situação específica. Cada situação específica envolvendo menores de idade pede uma ação diferente, embora esse tipo de processo seja bem parecido de modo geral.
- A maioria dos problemas éticos envolvendo menores de idade acontece na escola, mas também pode ocorrer na igreja, em cursos e atividades curriculares e até fora de casa, na rua e com os vizinhos.
- A ação do menor de idade também pode determinar a melhor forma de resolver o problema ético dentro dessa situação específica.
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Identifique o problema. Descubra qual é o problema e que questões éticas ele traz à tona, tentando defini-lo em termos intelectuais e emocionais.
- Por um lado, é fácil identificar violações de caráter ético que infringem leis ou regulamentos institucionais. Por outro, você pode ter que quebrar um pouco mais a cabeça quando essas ações não tiverem consequências tão diretas ou óbvias.
- Vai ser difícil resolver o problema se a sua única reação a ele for em nível emocional. Você precisa entender, do ponto de vista intelectual, por que se trata de uma questão que quebra algum paradigma ético (honestidade, responsabilidade, respeito etc.).
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Junte informações. Tente reunir o maior número possível de informações sobre as circunstâncias e as leis ou regulamentações que se aplicam a elas. Não se esqueça de que problemas que envolvem menores de idade são bastante delicados.
- Identifique todas as partes envolvidas. Tente descobrir exatamente o que aconteceu a partir de provas e fatos concretos.
- Tente também juntar dados sobre regulamentações e leis a partir de várias autoridades responsáveis, como organizações profissionais e governos (municipal, estadual ou federal).
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Pense em termos de responsabilização. Você precisa determinar qual é o nível de responsabilidade dos menores de idade e os adultos envolvidos na situação.
- Em relação aos menores, leve em consideração os níveis legal e pessoal. Eles provavelmente não podem ser responsabilizados em sentido legal por determinadas ocorrências, apesar de isso depender de uma série de fatores: sua idade, a transgressão, os envolvidos etc.
- Pais, professores e outros adultos que façam parte da vida do jovem podem ser responsabilizados pelas violações que ele cometeu, sobretudo se essas pessoas tinham a capacidade de evitar que o pior acontecesse.
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Identifique quem tem poder na situação. Talvez você não seja a pessoa mais qualificada para resolver o problema sozinho, mas alguém há de ser. Descubra de quem se trata antes de tomar qualquer atitude. [4] X Fonte de pesquisa
- Não se esqueça dos direitos do jovem e dos adultos responsáveis por ele. Por mais que não caiba a eles solucionar o problema, ainda é interessante contar com essas perspectivas.
- Geralmente, o poder de resolver o problema cabe a várias pessoas, incluindo algum tipo de autoridade. Por exemplo: na escola, é função do coordenador ou diretor lidar com situações adversas; na rua ou em casa, pode ser papel do Conselho Tutelar ou até da polícia.
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Use os recursos que estão à sua disposição. Esses recursos podem incluir hierarquias institucionais, outras pessoas, livros e mais.
- Dependendo da situação, talvez você possa pedir ajuda e conselhos a um supervisor ou colega que já tenha passado por situações parecidas. Quem sabe essa pessoa não tem dicas interessantes para o seu caso?
- Além do mais, você pode até ler artigos ou livros que falem desse tipo de problema em particular. Trata-se de fontes de informação úteis para as suas circunstâncias.
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Avalie as suas opções. Faça uma lista de todas as ações que você poderia tomar, lembrando-se de que a inação também é uma alternativa válida. Em seguida, liste as consequências positivas e negativas de cada uma.
- Na hora de avaliar as suas opções e escolher a mais ideal, veja se ela dá conta de resolver o problema ético de vez. Você vai ter que defender essa decisão com embasamento lógico.
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Comece a executar o seu plano. Depois de elaborar o seu plano, comece a colocá-lo em prática. Fale com as autoridades responsáveis e prepare-se de todas as maneiras possíveis e necessárias.
- Mesmo que você não tenha poder para resolver o problema diretamente, acompanhe o desenrolar do processo de perto até onde for possível. Veja se tudo está seguindo os conformes — e, se não estiver, prepare-se para tomar as rédeas de novo.
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Referências
- ↑ http://www.icaew.com/en/technical/ethics/framework-for-resolving-ethical-problems
- ↑ https://www.iaa.govt.nz/for-advisers/adviser-tools/ethics-toolkit/solving-ethical-problems/
- ↑ http://www.amnhealthcare.com/latest-healthcare-news/10-Best-Practices-Addressing-Ethical-Issues-Moral-Distress/
- ↑ http://www.asha.org/slp/schools/prof-consult/10step/
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