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Quando é a "hora certa" de assumir sua sexualidade ou identidade de gênero? Por mais que exista uma média de idade em que a maioria das pessoas se assume, na verdade essa experiência é completamente pessoal — e o tempo de uma é diferente do de outra. Se é seu caso, cabe a você decidir a quem , quando e como quer contar. [1] Todos sabemos que a experiência é gratificante e assustadora ao mesmo tempo. Mas saiba que você não está só! Leia o passo a passo deste artigo para entender por que as pessoas se assumem, por que outras optam por esperar e o que costuma acontecer após a revelação. No fim das contas, só não se esqueça do quanto você é amado e do seu direito de viver sua verdade!

Método 1
Método 1 de 4:

Qual é a melhor idade para se assumir?

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  1. Embora a maioria das pessoas comece a se identificar como LGBTQ+ ainda no ensino fundamental, por volta dos 11 aos 14 anos, muitas delas só se assumem para valer por volta dos 18 ou mesmo dos 20 anos. [2] [3]
    • Muitas pessoas começam se assumindo para amigos próximos antes de tocar no assunto com a família. [4]
    • Há aqueles que optam por não se assumir para certas pessoas, como parentes mais distantes — e, em alguns casos, até sua família próxima.
    • Pesquisas apontam que as pessoas costumam se assumir por volta dos 20 anos, mas isso vale mais para Millennials e gerações anteriores. [5] Adolescentes da geração Z estão começando a passar pelo processo um pouco antes, à medida que a sociedade fica mais tolerante. [6]
  2. Por exemplo: nada impede você de conversar com algumas pessoas primeiro e esperar semanas, meses ou até anos para falar com outras. De todo modo, nunca se sinta obrigado a nada. E existe também o fato de que você pode conhecer gente ao longo da vida que ainda não sabe da sua sexualidade ou do seu gênero! [7]
    • As pessoas se assumem em vários pontos da vida: algumas passam pela experiência aos 14 anos, enquanto outras começam aos 64. Não existe certo ou errado.
    • Por exemplo: você pode se assumir para seus amigos na escola, mas esperar para contar à sua família quando estiver pronto.
    • Também dá para se assumir para sua família, mas não para seus círculos de convivência mais gerais.
    • No fim das contas, é você que tem controle sobre sua história e jornada. As dicas deste artigo servem mais para dar uma ideia de coisas importantes a levar em consideração.
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Método 2
Método 2 de 4:

Motivos para se assumir

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  1. Levar uma "vida dupla" dá trabalho demais, e assumir sua sexualidade ou seu gênero é um jeito legal de criar relacionamentos mais próximos e genuínos. Dependendo do caso, isso vai até melhorar sua autoestima e trazer um sentimento de orgulho! E imagine só: quem sabe você não se torna um exemplo para pessoas LGBTQ+ mais jovens ao seu redor? [8]
    • A hora ideal de se assumir é quando você sentir que está tomando a decisão por conta própria e pela sua felicidade. [9]
    • Estudos indicam que esconder uma parte tão importante da vida, como a orientação sexual ou a identidade de gênero, pode fazer muito mal à saúde mental. [10]
  2. Depois de se assumir, você vai ter contato com toda uma comunidade de pessoas incríveis — muitas das quais vão recebê-lo de braços abertos. É bem provável também que você se sinta mais confortável para se conectar aos demais por meio de organizações e outros tipos de grupos LGBTQ+. Sem contar que vai ficar muito mais fácil se relacionar com gente que teve experiências parecidas com as suas! [11]
    • O apoio das pessoas, sejam elas LGBTQ+ ou não, faz toda a diferença no bem-estar de quem se assume. [12]
    • Se você achar que não tem um sistema de apoio ou uma comunidade a que possa recorrer, leia a seção Dicas deste artigo.
  3. Namorar (ou mesmo ficar com) alguém antes de se assumir pode ser um processo complicado para os dois envolvidos. [13] Apesar de manter relacionamentos em segredo ser reconfortante a princípio, esconder essa parte da sua vida acaba gerando um baque na autoestima com o tempo. Lembre-se: o ser humano é um animal social, então é difícil não querer incorporar nossos relacionamentos a nossa vida — como família, trabalho, estudos etc. [14]
    • Se você decidir se assumir mesmo, reflita se essa decisão não vai afetar a vida da pessoa caso ela ainda não tenha tomado essa decisão. [15]
  4. Não importa o que os outros digam, assumir sua sexualidade ou identidade de gênero é uma decisão sua — e você pode tomá-la quando, onde e como bem entender. Dito isso, algumas pessoas decidem passar por esse processo quando querem reafirmar ou mesmo reivindicar quem são. Caso alguém na sua vida fique especulando sobre você, a escolha vai ser mais que bem-vinda. [16]
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Método 3
Método 3 de 4:

Motivos para esperar um tempo até se assumir

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  1. Caso você esteja pensando em se assumir, mas acredite que pode sofrer algum tipo de violência ou discriminação, então é melhor esperar um pouco mais. Confie na sua intuição e lembre-se de que não precisa ter pressa. [17] Isto não quer dizer que você vai precisar se esconder para sempre, e sim que está dando mais importância ao seu bem-estar. [18] Veja alguns pontos de reflexão legais para saber se está ou não na hora: [19]
    • Você teria a quem recorrer se fosse expulso de casa?
    • Sua escola ou faculdade tem organizações ou profissionais voltados para o auxílio a pessoas LGBTQ+?
    • Seu local de trabalho apoiaria você nesse processo?
  2. Convenhamos: não saber como as pessoas vão reagir pode até ser pior do que a experiência de se assumir! [20] Dá para você fazer um teste para "sondar" seus conhecidos e descobrir se eles apoiariam esse processo. É só pensar em assuntos LGBTQ+. [21] Veja alguns exemplos legais:
    • "Você ficou sabendo daquele jogador que se assumiu gay?"
    • "Parece que tem muito cerimonialista que se recusa a trabalhar em casamentos gays, né? Você acha isso certo?"
    • "O que você acha de empresas que patrocinam paradas de orgulho LGBTQ+?"
    • "Um colega meu na escola se assumiu não binário, e agora estão pensando em instalar um banheiro sem gênero lá. O que você acha?"
  3. É normal não ter todas as respostas — e até mudar de ideia em relação à sua identificação. [22] Você não tem que passar por grandes experiências românticas ou sexuais para saber que é LGBTQ+ ou se assumir. [23] Embora ninguém tenha o direito de forçar você a fazer o que não quer nesse sentido, certos rótulos podem ajudar a afirmar sua identidade e criar conexões com outras gente parecida. [24]
    • Muitas pessoas LGBTQ+ afirmam que "sabiam" sua identidade por volta dos 17, 18 anos, mas cada um se descobre em um ritmo próprio. [25]
    • Uma pequena porcentagem de pessoas LGBTQ+ descobre sua sexualidade ou seu gênero de verdade só depois dos 30 anos!
    • O preconceito e a intolerância da sociedade podem afetar a visão das pessoas em relação às identidades LGBTQ+, o que faz com que tantas delas não aceitem a si mesmas. [26]
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Método 4
Método 4 de 4:

Experiências comuns de quem se assume

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  1. O processo de assumir a sexualidade ou o gênero abre portas para um espectro enorme de emoções. Por exemplo: é normal ficar ansioso, assim como sentir um peso a menos nas costas. [27]
    • A vida continua tendo altos e baixos mesmo depois dessa experiência. Ainda assim, o futuro provavelmente reserva coisas positivas e que vão colocar você em contato com sua versão mais autêntica.
  2. O processo de se assumir não é fácil, mas quase ninguém que passa por ele se arrepende. Pelo contrário: a maioria dos adultos LGBTQ+ afirma que sua relação com a família melhorou após a revelação! [28]
    • Também é comum encontrar pessoas que afirmam que seus relacionamentos não mudaram em nada.
    • Cada vez menos pessoas LGBTQ+ estão afirmando que seus relacionamentos com a família sofreram algum tipo de baque após a revelação.
  3. Infelizmente, nem todo mundo vai reagir bem à sua revelação. E você não tem que se assumir se achar que isso vai gerar riscos à sua segurança! [29] Contudo, a maioria dos pais e outras pessoas importantes na vida de quem é LGBTQ+ costuma entender e aceitar a situação. [30]
    • Lembre-se de que você precisou de tempo, talvez anos, para entender quem era. Algo parecido pode acontecer com as pessoas que ficarem sabendo da sua sexualidade ou identidade de gênero. [31]
    • Felizmente, a maioria das famílias está ficando cada vez mais tolerante em relação a ter filhos ou filhas LGBTQ+. [32]
    • Se alguém não entender ou aceitar sua revelação, diga "Eu sei que você fica preocupado, mas ainda te amo e continuo sendo a mesma pessoa de sempre.". [33]
    • Você também pode pedir espaço e encerrar a conversa dizendo "Eu preciso de um tempo, mas podemos nos falar de novo depois."
  4. Ao passo que algumas pessoas vão aceitar quem você é, outras vão questionar sua sexualidade ou identidade de gênero. Seja como for, lembre-se: a decisão é sua , e ninguém tem que mandar na sua vida. [34] Dá para se preparar para certas situações, como pensando em respostas para perguntas que provavelmente vão surgir. [35]
    • Talvez alguém pergunte coisas como "Há quanto tempo você sabe?", "Por que você não me contou antes?" ou "Como você sabe? Tem certeza?".
    • Prepare-se para responder com "Existem fontes de informação para pessoas que estão na mesma situação que você. Posso mostrar algumas delas.". Depois, indique alguns recursos úteis à pessoa. [36]
    • Caso você não consiga tirar alguma dúvida das pessoas, é direito seu dizer "Eu não tenho a resposta de tudo.". [37]
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Dicas

  • Busque relatos na internet de pessoas que já passaram pela mesma situação que você.
  • Se você acreditar que precisa de ajuda, busque terapeutas na internet ou peça indicações a pessoas de confiança.
  • Tente encontrar organizações de pais e outros familiares de pessoas LGBTQ+. Não é difícil achar recursos desse tipo!
  • Tente mostrar relatos de pessoas LGBTQ+ às pessoas que questionarem sua revelação.
  • Pense bem antes de se assumir! Nunca coloque sua segurança em risco.
  • Entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo número 188, se você precisar de ajuda urgente.
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  1. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17338603/
  2. https://www.apa.org/topics/lgbtq/orientation
  3. https://www.thetrevorproject.org/wp-content/uploads/2017/09/ComingOutAsYou.pdf
  4. https://kidshealth.org/en/teens/coming-out.html
  5. https://www.psychologytoday.com/us/blog/why-bad-looks-good/201903/the-truth-about-secret-relationships
  6. https://www.loveisrespect.org/resources/dating-in-the-closet/
  7. https://kidshealth.org/en/teens/coming-out.html
  8. https://www.thetrevorproject.org/wp-content/uploads/2019/10/Coming-Out-Handbook.pdf
  9. https://lgbtqia.ucdavis.edu/support/coming-out
  10. https://www.thetrevorproject.org/wp-content/uploads/2017/09/ComingOutAsYou.pdf
  11. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5145776/
  12. https://www.thetrevorproject.org/wp-content/uploads/2019/10/Coming-Out-Handbook.pdf
  13. https://www.strongfamilyalliance.org/how-to-come-out-to-parents/
  14. https://www.apa.org/topics/lgbtq/orientation
  15. https://lgbtqia.ucdavis.edu/support/coming-out
  16. https://www.pewresearch.org/social-trends/2013/06/13/chapter-3-the-coming-out-experience/
  17. https://www.apa.org/topics/lgbtq/orientation
  18. https://www.hrc.org/resources/coming-out-living-authentically-as-lesbian-gay-and-bisexual
  19. https://www.pewresearch.org/social-trends/2013/06/13/chapter-3-the-coming-out-experience/
  20. https://kidshealth.org/en/teens/coming-out.html
  21. https://www.strongfamilyalliance.org/how-to-come-out-to-parents/
  22. https://www.thetrevorproject.org/wp-content/uploads/2017/09/ComingOutAsYou.pdf
  23. https://www.pewresearch.org/fact-tank/2015/06/29/most-americans-now-say-learning-their-child-is-gay-wouldnt-upset-them/
  24. https://www.strongfamilyalliance.org/how-to-come-out-to-parents/
  25. https://hrc-prod-requests.s3-us-west-2.amazonaws.com/ComingOut-LGB-Resource-2020.pdf
  26. https://www.plannedparenthood.org/learn/sexual-orientation/sexual-orientation/whats-coming-out
  27. https://www.strongfamilyalliance.org/how-to-come-out-to-parents/
  28. https://www.strongfamilyalliance.org/how-to-come-out-to-parents/

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