PDF download Baixe em PDF PDF download Baixe em PDF

A parvovirose canina é uma doença gastrointestinal altamente contagiosa com uma alta taxa de mortalidade. [1] O vírus contamina, na maioria das vezes, os filhotes de cachorros. Mesmo quem já possui experiência em cuidar de cães ou criá-los entra em pânico ao suspeitar de parvovirose em um dos animais, já que sabem como essa condição avança e como pode ser letal. É importantíssimo levar o pet o mais rápido possível ao veterinário para aumentar a chance de sobrevivência; o especialista fará o diagnóstico correto, confirmando a parvovirose ou descartando-a, já que há possibilidade de ser outra doença, como enterite hemorrágica bacteriana, coccidiose canina ou uma infestação por ancilóstomos (ancilostomíase).

Método 1
Método 1 de 2:

Identificando as manifestações da parvovirose

PDF download Baixe em PDF
  1. Geralmente, o primeiro sinal de contaminação por esse vírus é a letargia; o peludo aparenta menor nível de atividade, preferindo ficar quieto em um canto. Talvez seja possível notar, também, falta de apetite ou indícios de que ele está mais fraco do que o normal. [2]
    • A parvovirose canina progride com rapidez; logo após a letargia, o animal apresentará vômitos e diarreia.
  2. A doença causa grande aumento da temperatura, que pode ser medida através das orelhas e do focinho, que devem estar quentes, além de vermelhidão nos olhos. [3] Também é possível aferir a temperatura através de um termômetro retal ou de ouvido; qualquer resultado acima da faixa de 38,3 a 39,2 °C indica febre. [4]
    • Qualquer alteração na temperatura pode ser um sinal de doença; há cachorros que terão temperatura corporal mais baixa do que o normal. [5]
  3. O vírus avança rapidamente contra as células em divisão que revestem o estômago e os intestinos, irritando e causando úlcera nos órgãos, levando a fortes episódios de vômitos. [6]
    • Como nem alimento nem água param no estômago do cachorro, ele poderá ficar desidratado e desnutrido em questão de horas, causando choque e até levando à morte.
  4. Geralmente, a diarreia associada com a parvovirose é muito severa; muitas pessoas ressaltam que o odor é diferente das fezes normais do animal. [7] Além disso, é comum que haja sangue; se isso ocorrer, leve o animal ao veterinário o quanto antes. [8]
  5. Para ver se o cão está anêmico, aperte as gengivas dele; quando saudável, elas logo voltarão à coloração normal, dentro de dois segundos. Caso demore mais, é possível que ele tenha anemia (que também pode deixar as gengivas bastante pálidas). [9]
  6. Ela pode afetar cachorros adultos, porém é mais comum entre os filhotes entre seis e 20 semanas de vida. Além disso, geralmente apresenta quadro grave nos pequenos, já que o sistema imunológico deles ainda não estará desenvolvido por completo. Por fim, a ação da vacina atinge eficácia máxima apenas quando o filhote completar de 14 a 16 semanas de idade, devido à interferência dos anticorpos da mãe presentes no leite materno. [10]
    • Às vezes, é complicado detectar os sinais precoces da doença em filhotes, o que significa, infelizmente, que a taxa de mortalidade pode ser alta para eles. Monitore com atenção qualquer mudança no comportamento dos pequenos e leve-os ao veterinário ao desconfiar de algum problema.
    Publicidade
Método 2
Método 2 de 2:

Diagnosticando a parvovirose

PDF download Baixe em PDF
  1. Essa doença é traiçoeira e progride rapidamente, podendo ser fatal ao cão em apenas 48 a 72 horas após o surgimento dos primeiros sintomas. Levar o peludo ao veterinário logo após essas manifestações iniciais aumenta muito as chances de recuperação. [11]
  2. Para o diagnóstico da parvovirose, uma das melhores opções é o teste ELISA (“Enzyme-Linked ImmunoSorbent Assay” ou Ensaio de Imunoabsorção), que analisa as fezes do cão à procura de sinais do vírus. O próprio veterinário poderá realizá-lo, ficando pronto no mesmo dia, enquanto alguns laboratórios de medicina diagnóstica oferecem o exame. [12]
    • Geralmente, os resultados ficam prontos sem demora, mas falsos-positivos são possíveis. Por isso, o médico poderá recomendar outros exames, como hemograma ou apenas a contagem de leucócitos (glóbulos brancos).
    • Por outro lado, fazer mais testes para confirmar a parvovirose pode ser desnecessário. O vírus é agressivo, e como os cuidados visam controlar os sintomas até que melhorem (não há cura), nem sempre eles serão necessários.
  3. Como o teste ELISA pode oferecer falsos-positivos, às vezes, o veterinário pode verificar a quantidade de leucócitos do cachorro. A parvovirose afeta a medula óssea do animal, logo, um número reduzido de glóbulos brancos é um indicador bastante preciso no diagnóstico da doença (ainda mais se analisado em conjunção com um resultado positivo de ELISA). [13]
  4. Nele, uma amostra das fezes do cão deverá ser enviada para análise laboratorial; os resultados indicarão se o animal possui parvovirose canina. [14]
    • Ele é mais demorado do que o exame ELISA, mas também é mais preciso.
  5. Não há cura para o parvovírus, mas o veterinário pode indicar terapias de apoio e medidas práticas que vão aumentar as chances de sobrevivência do peludo. Algumas delas são: [15]
    • Hospitalização.
    • Uso de antieméticos (contra vômitos).
    • Antidiarreicos.
    • Hidratação por fluidos intravenosos.
    Publicidade

Dicas

  • A vacinação é a única maneira de evitar que um filhote contraia a parvovirose canina. A primeira aplicação pode ser feita quando ele atingir cinco ou seis semanas de vida, e deverá ser repetida a cada duas ou três semanas, totalizando três doses ao menos. [16]
  • A parvovirose é causada por um vírus muito estável e persistente, que resiste a diversos tipos de desinfetantes e sobrevive por vários meses. Por isso, é importante adotar boas práticas sanitárias e higienizar o cantinho em que o cão fica. Procure comprar produtos que são eficazes contra esse vírus ou misture água e alvejante (30 vezes mais água) e passe nos itens que não são degradados pelo alvejante.
  • Por ser uma doença viral, ela não pode ser combatida com antibióticos.
  • A parvovirose canina é mais frequente algumas raças, como os rottweilers, pitbulls, pastores alemães e dobermans. Tenha ainda mais cuidado quando o pet pertencer a um desses grupos. [17]
Publicidade

Avisos

  • Não tente tratar essa doença por conta própria. O vírus pode ser fatal até mesmo após cuidado adequado, logo, não levar o cão ao veterinário só aumenta as chances de óbito.
  • Quem possui vários cachorros deverá isolar o doente, mantendo os outros fora da área contaminada. A parvovirose canina pode ser transmitida pelas fezes infectadas, logo, será preciso realizar a higienização cuidadosa da área para que ela não ofereça riscos aos animais saudáveis. [18]
Publicidade

Sobre este guia wikiHow

Esta página foi acessada 50 059 vezes.

Este artigo foi útil?

Publicidade