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Se a sua cadela não é castrada e cruzar com um macho que também não é, é bem provável que ela fique prenha. No entanto, como isso nem sempre acontece (ainda mais se ela não estava ovulando no momento), você precisa de formas de determinar se é ou não o caso. Leia as dicas deste artigo para saber mais sobre o cio e a gestação em cães.
Passos
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Determine se a cadela é castrada. É mais fácil saber se a cadela é castrada (se o útero dela foi removido cirurgicamente) se a tem desde que ela era filhote. Do contrário, as coisas se complicam um pouco. As cadelas não castradas passam pelo cio duas vezes por ano; por isso, se o seu pet não passou pelo período nos últimos nove meses, é bem provável que ele tenha feito o procedimento. [1] X Fonte de pesquisa <i>Reproduction in the Dog and Cat.</i> I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
- A duração do cio (também chamado de estro) varia de cachorro a cachorro, mas é de 18 dias em média. Geralmente, os cães passam pelo período pela primeira vez entre os seis e 24 meses de idade. [2] X Fonte Confiável American Society for the Prevention of Cruelty to Animals Ir à fonte
- Leia os passos a seguir para entender os sinais do cio.
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Determine a existência de anomalias vaginais. Preste atenção à área da vagina da cadela quando ela entrar no cio.
- Vulva inchada: o inchaço na área externa da vagina dura cerca de quatro semanas e começa logo antes do cio ou logo depois de ele terminar.
- Corrimento vaginal: você pode notar sangue na vagina da cadela nos primeiros sete a dez dias. Por isso, coloque um lençol branco na caminha ou casinha dela e veja se ele fica sujo. Por outro lado, se a cadela é malandra, ela pode lamber (lavar) a vulva e acabar disfarçando a secreção. O fluxo diminui nos sete dias do meio do período (quando a cadela ovula e tem mais chances de ficar prenha) e, depois, reaparece nos últimos sete a dez. [3] X Fonte de pesquisa <i>Reproduction in the Dog and Cat.</i> I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
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Observe as mudanças de comportamento. Quando a cadela estiver no cio, ela vai passar por mudanças hormonais que afetam bastante o comportamento. Os detalhes desse período dependem da personalidade do animal: ele pode ficar irritadiço (mesmo sendo calmo no dia a dia) ou querer fugir de casa (mesmo sendo tranquilo ou obediente).
- A cadela não vai apresentar outras mudanças tão radicais. Leve-a ao veterinário se ela ficar desanimada, perder o apetite, vomitar ou beber muita água. Determinados problemas uterinos, como a piometra (presença de pus no útero), podem se confundir com o cio em casos raros — e, quando não recebem tratamento, são fatais. [4] X Fonte de pesquisa <i>Reproduction in the Dog and Cat.</i> I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
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Descubra se é possível que a cadela tenha cruzado com um macho. Todo mundo sabe que a fêmea tem que cruzar com o macho para ficar prenha. Por isso, pense se é possível que a sua cachorrinha tenha se enroscado com algum, mesmo que de rua.
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Determine se o macho é castrado ou esterilizado. Os machos castrados ou esterilizados podem até cruzar com as fêmeas, mas não produzem esperma que as deixem prenhas. O contrário também vale: um macho não castrado pode deixar uma fêmea prenha. Se possível, entre em contato com os donos dele para saber mais.
- Se o macho em questão foi castrado menos de quatro semanas antes de cruzar com a fêmea, há um pequeno risco de ele ter passado espermas residuais para o corpo da cachorra durante a ejaculação. As chances são baixas, mas existem. [5] X Fonte de pesquisa <i>Small Animal Surgery.</i> Fossum. Publisher: Mosby. 4th edition.
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Anote a data em que a cadela cruzou. Essa informação é essencial para saber se ela está prenha. Se cruzou há três meses ou mais, não há perigo — já que o período médio de gestação do animal é de 62 a 64 dias (sendo que alguns casos vão de 57 a 72 dias). Depois de 90 dias, a possibilidade pode ser descartada. [6] X Fonte de pesquisa <i>Small Animal Surgery.</i> Fossum. Publisher: Mosby. 4th edition.
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Calcule as datas em que a cadela estava no cio. Com essa informação, o veterinário vai poder decidir qual é a melhor forma de detectar a prenhez. Os métodos de diagnóstico dependem das mudanças hormonais e físicas e da presença de embriões no útero. Sendo assim, o clínico vai escolher a alternativa ideal de acordo com a quantidade de dias desde o cruzamento.
- Se a cadela cruzou com um macho, mas ainda está no cio, é cedo demais para saber se ela está prenha. [7] X Fonte de pesquisa <i>Reproduction in the Dog and Cat.</i> I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
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Veja se a cadela apresenta sinais de letargia ou outras mudanças de comportamento. Muitos donos notam que elas mudam de comportamento quando estão prenhas: ficam sonolentas e letárgicas e começam a se aninhar pelos cantos. No entanto, esses sinais também estão associados à pseudociese canina — também conhecida como "falsa prenhez". Alguns animais que apresentam o quadro até começam a produzir leite; por isso, o aumento das glândulas mamárias não é um indicador confiável. [8] X Fonte de pesquisa <i>Reproduction in the Dog and Cat.</i> I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
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Veja se as tetas da cadela estão aumentando de tamanho. Um dos principais sinais de prenhez é quando as tetas da cadela aumentam de tamanho e ficam rosadas.
- Ela não começa a produzir leite até quase o fim da gestação (ou, às vezes, só depois que os filhotes nascem).
- Você ainda tem que levá-la ao veterinário para fazer alguns exames, mesmo que as tetas dela fiquem grandes e rosadas por quatro ou mais semanas após o cruzamento. [9] X Fonte de pesquisa <i>Reproduction in the Dog and Cat.</i> I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
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Veja se a cintura da cadela está aumentando de tamanho. Assim como na gestação humana, o principal sinal de prenhez em cadelas é o aumento da cintura — que, ainda assim, exige cuidado. Se a cadela estiver saudável, a silhueta não vai mostrar mudanças óbvias até o 50º ou 55º dia, quando o útero adquire um tamanho muito maior.
- A cadela só precisa ingerir mais calorias por volta do 40º dia de gestação. Ou seja: se você der mais ração a ela no início do período (ainda mais se ele não for confirmado), ela vai ganhar peso, mas não necessariamente ter filhotes. [10] X Fonte de pesquisa <i>Reproduction in the Dog and Cat.</i> I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
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Estude os quadros de saúde que apresentam sinais semelhantes à prenhez. A sua cadela pode precisar de ajuda durante a prenhez. No entanto, pode ser também que ela não esteja prenha, mas sim com um quadro que simule a gestação — como a pseudociese e a piometra. Aquele não é fatal (e, geralmente, é causado por desequilíbrios hormonais após o cio), mas este é. [11] X Fonte de pesquisa A piometra acontece quando ocorre a produção de pus no útero, que leva à sepse, à falência dos órgãos e, em casos extremos, à morte.
- Os sintomas da piometra são semelhantes aos sinais da prenhez, incluindo a expansão da cintura e a falta de energia. A cadela pode ainda perder o apetite e ter mais sede. Se você notar qualquer coisa do tipo, leve-a ao veterinário imediatamente. [12] X Fonte de pesquisa <i>Small Animal Internal Medicine. Nelson and Couto.</i> Publisher: Mosby.
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Leve a cadela para fazer uma palpação abdominal e ver se há sinais iniciais de prenhez. Durante a palpação abdominal, o veterinário faz um exame físico na barriga da cadela para detectar a presença de filhotes. O processo só gera resultados confiantes cerca de 21 dias após o cruzamento — e, nos estágios iniciais, o clínico faz o exame no útero em si (já que os filhotes ainda não estão desenvolvidos nesse ponto).
- A palpação abdominal gera resultados mais confiáveis a partir do 28º dia, quando os filhotes já estão se desenvolvendo a ponto de a barriga da cadela aumentar de tamanho.
- No 35º dia, cada filhote é envolto em uma cápsula própria e o veterinário faz o exame em busca de pontos mais fluidos. [13] X Fonte de pesquisa <i>Reproduction in the Dog and Cat.</i> I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
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Entenda que a palpação abdominal pode ser problemática. Lembre-se de que, no 28º dia, cada filhote tem no máximo 25 mm de diâmetro — e, por isso, fica difícil diferenciar os embriões de alimentos ou até fezes. Além disso, se a cadela ficar tensa e contrair a parede do abdômen, pode ser impossível sentir a presença de qualquer estrutura (seria o mesmo que tentar enxergar através de uma janela pintada). Por fim, pode ser que o veterinário não detecte um dos filhotes ou o confunda com a bexiga, um rim ou até fezes.
- Não se assuste se o veterinário recomendar um teste de prenhez, pois a palpação abdominal pode ser inconclusiva. [14] X Fonte de pesquisa <i>Reproduction in the Dog and Cat.</i> I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
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Leve a cadela para fazer um exame de sangue depois do 28º dia. Os exames de sangue detectam os níveis de progesterona, o hormônio da prenhez. O veterinário só pode fazê-los depois do 28º dia, ou os resultados não vão ser precisos. Antes, ele pode até gerar falsos positivos, já que os níveis hormonais sobem devido à demora de reação do organismo durante a ovulação. Por fim, o exame de sangue é confiável a partir da data recomendada. [15] X Fonte de pesquisa <i>Reproduction in the Dog and Cat.</i> I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
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Leve a cadela para fazer um ultrassom no início do período. O ultrassom é uma forma popular de confirmar a prenhez, já que o operador do equipamento pode detectar a presença de embriões a partir do 18º dia. Existem outras vantagens, como saber a quantidade de filhotes na ninhada — que vem a calhar na hora do parto.
- As unidades placentárias ficam visíveis a partir do 18º dia; a partir do 28º, é possível notar os batimentos cardíacos dos filhotes. [16] X Fonte de pesquisa "The Use of Ultrasonography for Pregnancy Diagnosis in the Female dog." Shille & Gontarek. JAVMA 187, p 1021-1025.
- O ultrassom é um procedimento não invasivo e a cadela fica consciente durante a condução. O equipamento envia um feixe de ondas sonoras de alta frequência até o útero; elas, por sua vez, criam "ecos" que são convertidos em imagens. De forma geral, o exame é seguro, mas o veterinário pode ter que raspar os pelos na barriga da cadela para melhorar o contato da sonda com a pele. [17] X Fonte de pesquisa
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Entenda por que a radiografia (raio-X) não é recomendada. Hoje, a maioria dos veterinários faz ultrassons (em vez de raios-X) para determinar se a cadela está prenha. Como o raio-X só é útil quando a estrutura esquelética do feto está calcificada — o que acontece por volta do 49º dia —, o diagnóstico é muito tardio. Quanto à segurança, o risco para os filhotes é baixo, mas a mãe vai ter que ser sedada (já que os operadores do equipamento não podem ficar no mesmo ambiente em que o exame é feito), pois não vai querer ficar parada, ainda mais no seu estado atual.
- É melhor evitar sedar uma cadela prenha, pois o processo é capaz de afetar a pressão arterial dos filhotes. É por esse e outros motivos que o raio-X já não é uma opção popular entre os veterinários. [18] X Fonte de pesquisa <i>Reproduction in the Dog and Cat.</i> I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
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Dicas
- Este artigo não dispensa a necessidade de consultar um veterinário profissional!
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Referências
- ↑ Reproduction in the Dog and Cat. I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
- ↑ https://www.aspca.org/pet-care/dog-care/estrus-or-heat
- ↑ Reproduction in the Dog and Cat. I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
- ↑ Reproduction in the Dog and Cat. I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
- ↑ Small Animal Surgery. Fossum. Publisher: Mosby. 4th edition.
- ↑ Small Animal Surgery. Fossum. Publisher: Mosby. 4th edition.
- ↑ Reproduction in the Dog and Cat. I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
- ↑ Reproduction in the Dog and Cat. I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
- ↑ Reproduction in the Dog and Cat. I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
- ↑ Reproduction in the Dog and Cat. I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
- ↑ http://www.petmd.com/dog/conditions/reproductive/c_dg_false_pregnancy
- ↑ Small Animal Internal Medicine. Nelson and Couto. Publisher: Mosby.
- ↑ Reproduction in the Dog and Cat. I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
- ↑ Reproduction in the Dog and Cat. I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
- ↑ Reproduction in the Dog and Cat. I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
- ↑ "The Use of Ultrasonography for Pregnancy Diagnosis in the Female dog." Shille & Gontarek. JAVMA 187, p 1021-1025.
- ↑ http://www.vcahospitals.com/main/pet-health-information/article/animal-health/ultrasound-examination-in-dogs/730
- ↑ Reproduction in the Dog and Cat. I. J. Christiansen. Publisher: Bailliere Tindall.
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