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A falta de sensibilidade pode prejudicar nossa capacidade de envolvimento com os demais, causando solidão e isolamento social. Realizar um julgamento objetivo de si mesmo é difícil, portanto, talvez você tenha dificuldade para determinar se é alguém insensível, mas prestar bastante atenção nas próprias reações emocionais e na forma como as pessoas interagem com você poderá ajudar. Além disso, considere a possível existência de algum transtorno psiquiátrico que afete sua capacidade de sentir empatia.

Método 1
Método 1 de 3:

Avaliando o próprio comportamento

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  1. " Eu me importo de verdade com os outros? ". Uma das principais características da insensibilidade é a falta de empatia. Embora esse sentimento exista em diversos graus diferentes e algumas pessoas sejam apenas mais sensíveis do que outras, a ausência de empatia pode fazer com você seja visto como alguém frio ou indiferente.
    • Existem dois tipos de empatia: a cognitiva e a emocional. A cognitiva abrange a capacidade de compreender a perspectiva alheia de forma lógica, vendo as coisas a partir do ponto de vista da outra pessoa. Talvez você não apresente uma forte reação emocional à perspectiva alheia, mas pelo menos deveria ser capaz de compreendê-la até um certo ponto. A empatia emocional é a capacidade de captarmos as emoções dos demais. Você poderia se sentir triste quando alguém recebe uma má notícia, por exemplo. [1]
    • Considere se possui qualquer um dois tipos de empatia. Você busca compreender o ponto de vista da outra pessoa quando ela está explicando alguma coisa? Faz um esforço consciente para ouvir, compreender o que está sendo dito e fazer perguntas a respeito do assunto? Quando alguém se sente triste ou frustrado, você vivencia emoções semelhantes? Você consegue captar facilmente os sentimentos alheios? Sente a necessidade de perguntar o que está acontecendo quando um colega de trabalho parece chateado? [2]
    • Muitas vezes, as pessoas insensíveis não estão em sintonia com as necessidades e os sentimentos dos demais. Pense na frequência com que você tenta, ativamente, compreender o ponto de vista de alguém. Caso passe a maior parte do tempo pensando em si mesmo, talvez você seja insensível.
  2. As pessoas tentem a desenvolver antipatia por indivíduos insensíveis, portanto, muitas vezes podemos descobrir se somos ou não insensíveis ao observarmos a forma como os demais nos respondem.
    • Nos eventos e situações sociais, outras pessoas costumam puxar conversa com você? Caso seja sempre o primeiro a puxar assunto, talvez os outros evitem sua companhia devido à forma como o enxergam. Eles demonstram interesse em continuar conversando ou costumam dar desculpas para se retirarem da conversa?
    • As pessoas riem das suas piadas? Muitas vezes, indivíduos insensíveis fazem piadas que soam inapropriadas para os demais. Talvez você não tenha sensibilidade se suas tentativas de humor são sempre recebidas com silêncio ou com risos silenciosos ou nervosos.
    • Os outros o procuram quando precisam de alguma coisa? As pessoas podem ter receio de pedir ajuda e desabafarem sobre problemas pessoais com indivíduos insensíveis. Se você é sempre a última pessoa a ouvir sobre o divórcio de um amigo ou a perda de emprego de um familiar, talvez sempre diga coisas inapropriadas nesses tipos de momento e esse é um sinal de insensibilidade.
    • Você já foi chamado diretamente de insensível? Embora possa parecer algo óbvio, muitas pessoas ignoram esse tipo de crítica e colocam a culpa no excesso de sensibilidade alheia. No entanto, talvez você realmente seja assim se uma ou mais pessoas já apontaram tal comportamento.
  3. Embora os comportamentos insensíveis variem de pessoa para pessoa, existem certos padrões comportamentais que costumam ser considerados rudes ou grosseiros. Você pode ser alguém insensível caso faça algumas dessas coisas:
    • Falar de um assunto que os outros não entendem ou consideram tedioso. Por exemplo, falar sem parar dos detalhes do seu doutorado, mesmo sabendo que as outras pessoas envolvidas na conversa não tem nenhum conhecimento sobre o assunto. [3]
    • Dar opiniões em momentos inoportunos, como reclamar em voz alta sobre a epidemia de obesidade na frente de um colega de trabalho sabendo que ele tem enfrentado dificuldades para emagrecer. [4]
    • Abordar assuntos inadequados para um determinado grupo ou audiência. Por exemplo: contar histórias envolvendo o uso de drogas bem na frente dos seus sogros. [5]
    • Ficar irritado caso alguém não compreenda um assunto que você esteja explicando. [6]
    • Julgar os erros ou circunstâncias das outras pessoas sem levar a origem e os problemas pessoais de cada um em consideração. [7]
    • Ser grosso e autoritário com os funcionários de um restaurante. [8]
    • Ser muito franco ou crítico com os outros. Por exemplo, quando não gosta da roupa de alguém, uma pessoa insensível pode dizer: "Você fica gordo nesta roupa", em vez de evitar opinar ou de oferecer um conselho mais delicado, como, "Acho que outra cor cairia melhor". [9]
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Método 2
Método 2 de 3:

Adquirindo autoconsciência e empatia

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  1. Talvez você tenha dificuldade para identificar os sinais físicos que expressam diferentes emoções, mas todos os seres humanos nascem com tal habilidade. Como em qualquer outra habilidade, você vai se aperfeiçoar se tomar o tempo necessário para praticar a compreensão das emoções alheias. [10]
    • Observe as pessoas em um lugar lotado (como uma balada, parque ou shopping center) e tente identificar o que elas estão sentindo. Tente usar o contexto, a linguagem corporal e as expressões faciais para saber quem está se sentindo envergonhado, estressado, animado, e assim por diante. [11]
    • Estude a linguagem corporal, principalmente as expressões faciais, e a forma como ela transmite diferentes emoções. A tristeza, por exemplo, é caracterizada por pálpebras caídas, o canto dos lábios apontando levemente para baixo e a parte interna das sobrancelhas levantada. [12]
    • Assista a uma novela e tente identificar as diferentes emoções interpretadas pelos atores. Use o contexto, as expressões faciais e a linguagem corporal como pistas. Tire o som da televisão para não pegar nenhuma dica do diálogo. Quando sentir que dominou as emoções das novelas, comece a assistir dramas mais refinados nos quais os atores usem mudanças sutis de expressão para transmitir os sentimentos das personagens. [13]
  2. Talvez você pareça insensível porque se sente desconfortável ou constrangido sempre que tenta demonstrar alguma emoção. Em vez de falar algo que soe forçado ou insincero quando vir alguém chateado, permaneça em silêncio. Entenda que talvez você soe falso ao oferecer condolências para um amigo ("Sinto muito em ouvir isso..."), mas passará a soar cada vez mais natural caso se esforce e continue tentando. [14]
  3. Talvez você encare a tristeza como um sentimento autoindulgente, sem lógica e sentido, e se pergunte por que os outros não tentam simplesmente refletir sobre uma situação e encontrar uma solução para se sentirem melhor. No entanto, assim como a lógica, as emoções são uma parte essencial do processo de tomada de decisão e podem motivar alguém a mudar de vida, já que muitas vezes o desconforto emocional funciona como um impulso para sairmos da rotina. [15]
    • Os sentimentos são essenciais no desenvolvimento de conexões e de interações sociais saudáveis e bem-sucedidas. [16]
    • Lembre-se de que as emoções são parte do ser humano. Mesmo que você não as compreenda ou as considere inúteis, tenha em mente que a maioria das pessoas não encara as coisas dessa forma. [17]
    • Às vezes, fingir é aceitável. Talvez você não compreenda por que alguém está chateado ou muito feliz, mas, de vez em quando, entrar na onda da outra pessoa é a coisa mais sensível a se fazer. Não custa nada parabenizar e sorrir para uma colega de trabalho que acabou de descobrir que será tia, mesmo que pessoalmente você não se sinta nenhum pouco feliz com a novidade. [18]
  4. Os sentimentos causam desconforto ou confusão em algumas pessoas, enquanto outras foram ensinadas a esconder e reprimir as emoções ou talvez só tenham a capacidade de ouvir o lado lógico do cérebro. Independentemente do motivo, talvez você tenha bloqueado os próprios sentimentos e por isso enfrente dificuldades para desenvolver empatia. [19]
    • Talvez você precise contar com a ajuda de um conselheiro ou terapeuta para trabalhar com seus sentimentos se estiver suprimindo as emoções para conseguir lidar com um trauma ou por estar propenso a ataques de ansiedade. [20]
    • Comece se perguntando, "Como me sinto agora?", várias vezes ao longo do dia. Tomar um momento para saber como estamos pode nos ajudar a identificar os sentimentos assim que surgirem. [21]
    • Identifique todos os truques que usa para evitar suas emoções, como: distrair-se com jogos de videogame ou assistindo à televisão, concentrar-se somente no trabalho, beber ou fazer uso de outras substâncias, ser racional demais a respeito de uma situação ou fazer piadas sobre ela. [22]
    • Permita-se vivenciar as emoções. Não reprima os sentimentos quando estiver em um local seguro e privado, deixe que cada emoção venha à tona e tentar observar a reação do seu corpo. Tomar notas das mudanças físicas (como as sobrancelhas se unindo e os lábios se contraindo quando você sente raiva) poderá ajudá-lo a identificar um sentimento quando ele surgir novamente — tanto em você quanto nos outros. [23]
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Método 3
Método 3 de 3:

Considerando possíveis causas psiquiátricas

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  1. O transtorno de personalidade narcisista é uma condição psiquiátrica na qual um indivíduo apresenta ausência de empatia e se considera excessivamente importante. O transtorno é relativamente raro, já que sua prevalência apresenta uma variação de 0% a 6,2% em amostras populacionais. [24] Entre as pessoas diagnosticadas com o distúrbio, 50% a 75% são homens. [25]
    • Os sintomas do transtorno de personalidade narcisista incluem um grande senso de importância, uma necessidade de reconhecimento ou admiração e de exagerar as próprias realizações ou talentos, a inveja do sucesso alheio ou a crença de que as outras pessoas sentem inveja de você, e a ideia de que os outros lhe devem favores especiais. Os indivíduos narcisistas acham que o mundo gira ao redor das necessidades deles. [26]
    • Críticas ou contratempos simples podem provocar grandes episódios depressivos nas pessoas que sofrem com o transtorno. De fato, muitas vezes são esses episódios de depressão que levam um paciente a buscar ajuda, mas você não precisa esperar tanto tempo. Caso esteja preocupado com a possível presença de alguns sintomas do narcisismo, agende uma consulta com um terapeuta. [27]
  2. Este é um estado altamente funcional do espectro do autismo e, muitas vezes, seus portadores são vistos como pessoas insensíveis, já que diversos sinais de insensibilidade são também sintomas da síndrome.
    • As pessoas com Asperger têm dificuldade para reagir emocionalmente às situações e costumam ser obcecadas por determinados assuntos. Você poderá ter dificuldade para perceber quando um assunto é desinteressante para os demais caso sofra com o transtorno. Além disso, os portadores da síndrome costumam seguir rotinas rígidas e ficam irritados quando os rituais do cotidiano são interrompidos ou modificados. [28]
    • A linguagem corporal também poderá ajudá-lo a detectar a presença do transtorno: lentidão, inquietação anormal, ausência de contato visual e uma falta natural de traquejo são todos sintomas do Asperger. Se você já ouviu que tem uma linguagem corporal “esquisita”, talvez esse seja um sinal da doença. [29]
    • Embora o Asperger seja mais comumente identificado nos primeiros anos de vida, algumas pessoas posicionadas na extremidade de alto desempenho do espectro podem passar vários anos sem perceber que sofrem com a síndrome. Converse com um terapeuta se suspeitar do problema. [30]
  3. Muitos distúrbios de personalidade provocam insensibilidade com as emoções alheias, e esse grupo de doenças mentais provoca padrões duradouros e prejudiciais de pensamento e comportamento. Embora quase todos os transtornos de personalidade possam causar algum grau de insensibilidade, as seguintes condições estão mais associadas à ausência de empatia: [31]
    • Transtorno de personalidade antissocial: envolve a incapacidade de distinguir o certo do errado, comportamentos hostis, agressivos e violentos, ausência de relacionamentos duradouros, a adoção desnecessária de comportamentos de risco e um senso de superioridade. [32]
    • Transtorno de personalidade limítrofe: provoca dificuldade para regular as emoções ou pensamentos, a adoção frequente de comportamentos impulsivos e imprudentes e a incapacidade de manter relações estáveis e duradouras. [33]
    • Transtornos de personalidade esquizoide e esquizotípica: são caracterizados pela falta de relações sociais e pela manifestação de padrões de pensamento delirantes e de ansiedade social excessiva. [34]
  4. Caso desconfie de algum dos distúrbios acima, compartilhe suas preocupações com um psiquiatra ou terapeuta profissional. Embora muitos questionários online possam indicar a presença de sintomas de certas doenças, somente um profissional qualificado poderá diagnosticá-lo corretamente. Para encontrar um bom terapeuta, verifique a lista de clínicas e profissionais cobertos por seu plano de saúde ou solicite um encaminhamento do seu clínico geral. Além disso, talvez sua faculdade ofereça aconselhamento gratuito se você for um estudante universitário.
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Dicas

  • Pergunte a um amigo de confiança se você passa a impressão de ser uma pessoa insensível.
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Avisos

  • Nunca tente se autodiagnosticar com qualquer transtorno psiquiátrico, nem se automedicar. Procure ajuda profissional caso suspeite que a insensibilidade esteja associada a um problema psiquiátrico.
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  1. http://www.succeedsocially.com/empathy
  2. http://www.succeedsocially.com/empathy
  3. http://www.inc.com/lolly-daskal/learn-the-secret-into-decoding-people-s-emotions.html
  4. http://www.succeedsocially.com/empathy
  5. http://www.succeedsocially.com/empathy
  6. http://www.succeedsocially.com/empathy
  7. http://www.succeedsocially.com/empathy
  8. http://www.succeedsocially.com/empathy
  9. http://www.succeedsocially.com/empathy
  10. http://www.succeedsocially.com/empathy
  11. http://www.succeedsocially.com/empathy
  12. http://www.succeedsocially.com/empathy
  13. http://www.succeedsocially.com/empathy
  14. http://www.succeedsocially.com/empathy
  15. American Psychiatric Association (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 5th ed. American Psychiatric Publishing: Washington, D.C.
  16. American Psychiatric Association (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 5th ed. American Psychiatric Publishing: Washington, D.C.
  17. http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/narcissistic-personality-disorder/basics/symptoms/con-20025568
  18. http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/narcissistic-personality-disorder/basics/symptoms/con-20025568
  19. https://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/001549.htm
  20. https://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/001549.htm
  21. https://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/001549.htm
  22. https://www.nlm.nih.gov/medlineplus/personalitydisorders.html
  23. http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/antisocial-personality-disorder/basics/definition/CON-20027920?p=1
  24. http://www.nimh.nih.gov/health/topics/borderline-personality-disorder/index.shtml
  25. http://www.nimh.nih.gov/health/topics/borderline-personality-disorder/index.shtml

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