A herpes simples é uma infecção viral transmitida sexualmente. Se você for ao médico, ele poderá indicar um tratamento para aliviar os sintomas e a dor, além de evitar que contamine outras pessoas. Essa é uma doença que ainda não tem cura, o micro-organismo causador dela permanece latente, podendo provocar um novo surto de sintomas a qualquer momento. [1] X Fonte de pesquisa Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.). Este artigo pretende informá-lo melhor sobre os sinais característicos, os comportamentos de alto risco que o tornam um sério candidato a ser portador do vírus e o que esperar dos exames que detectam DSTs (doenças sexualmente transmissíveis).
Passos
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Conheça um pouco mais o vírus causador da herpes. Há 2 cepas desse micro-organismo: a herpes simples tipo 1 e a herpes simples tipo 2. Ambas são consideradas genitais, sendo que a primeira é mais comum nos lábios e na boca, podendo ser transmitida via sexo oral – do mesmo modo que o segundo tipo. [2] X Fonte de pesquisa Agabegi, S. (2013). Step-up to medicine (3rd ed.). Philadelphia: Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wilkins. Há formas eficazes de disfarçar e tratar os sintomas de ambas as estirpes quando ocorrem as crises de infecção.
- O tratamento é fundamental para controlar a doença. Se não tomar os cuidados necessários, você pode contaminar sem querer outras pessoas (fato que é ainda mais alarmante para gestantes, pois o bebê pode ser afetado), sua bexiga e seu reto podem ficar inflamados e, nos casos mais graves, o paciente pode vir a desenvolver uma meningite.
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Fique atento à manifestação dos sintomas por volta de duas semanas após o contágio. Geralmente, o primeiro episódio de um surto de herpes é pior do que os subsequentes. Como a contaminação pode passar despercebida, é crucial prestar atenção aos sinais que começarem a aparecer, os quais se assemelham muito a uma virose ou gripe forte. Observe se você não apresenta febre, dores musculares, perda de apetite e cansaço extremo, dentre outros inconvenientes. Se suspeita que está sendo acometido por uma crise de herpes pela primeira vez, o melhor a fazer é consultar um médico. [3] X Fonte de pesquisa Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.). [4] X Fonte de pesquisa Agabegi, S. (2013). Step-up to medicine (3rd ed.). Philadelphia: Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wilkins.
- Como os sintomas podem demorar para ficarem evidentes, às vezes não é fácil perceber que você foi contaminado. Também é difícil saber quem é portador do vírus, pois há portadores que não apresentam nenhum sinal visível da doença.
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Confira se há vermelhidão e coceira. Depois de fazer sexo, observe se há sintomas na região genital ou na área ao redor da boca. O local afetado costuma sofrer com uma sensação de formigamento e calor. Alguns dias após o contato íntimo, você pode ser acometido por erupções na pele típicas da herpes. [5] X Fonte de pesquisa Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.). Fique atento também caso tenha sido exposto a fatores que possam contribuir para a ocorrência de uma crise. Confira abaixo algumas dessas condições: [6] X Fonte de pesquisa Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.).
- Traumas, desgaste físico, mental ou psicológico e o ciclo menstrual. Esses fatores provocam a liberação de cortisol, adrenalina e outros hormônios estressantes, os quais mudam drasticamente os níveis hormonais normais do organismo. Outra consequência indesejada é o comprometimento do sistema imunológico, o que dá ao vírus da herpes a chance de causar uma crise.
- Procure tratar a sensação de queimação e coceira antes de um surto (fase conhecida como prodromal). Ao aliviar esses sintomas ainda no início, você abrevia a duração da crise. Assim, evita-se a catástrofe que acontece quando o paciente deixa a coceira ficar mais grave – como resultado, ele acaba coçando as regiões afetadas, piorando o quadro geral e espalhando a infecção para outras áreas.
- Fique de olho na exposição ao sol e se você tem febre. Os raios solares submetem seu corpo à radiação ultravioleta, que pode irritar a pele e prejudicar as células abaixo da epiderme. É a oportunidade que o vírus precisa para atacar. Já uma febre ou gripe enfraquece o sistema imunológico, tornando o seu organismo mais vulnerável a infecções – o que pode provocar um surto da doença.
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Confira se há bolhas na região genital. É comum o aparecimento de elevações avermelhadas na pele, que se transformam em bolhas dentro do período de 6 a 48 horas após a manifestação de outros sintomas. [7] X Fonte de pesquisa Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.). Quando essas erupções estouram e se tornam úlceras, ocorre a liberação de um líquido amarelado. Essas lesões costumam aparecer nos lábios, na boca, nos olhos e na língua, por exemplo. É possível haver uma sensação de formigamento no local antes do aparecimento das vesículas.
- Nas mulheres, as regiões afetadas podem ser os lábios vaginais, a vagina, o ânus, o cerviz, o bumbum e as coxas. Geralmente, as úlceras levam de 7 a 14 dias para cicatrizar.
- Nos homens, pode-se observar o aparecimento das lesões no escroto, pênis, bumbum e coxas.
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Fique atento para a ocorrência de dor ao urinar. Esse sintoma pode aparecer durante um surto e causar um incômodo por vezes insuportável. Caso você esteja sofrendo para esvaziar a bexiga durante uma crise (muitas mulheres reclamam desse problema), o melhor a fazer é consultar um médico. [8] X Fonte de pesquisa Se você é mulher, preste atenção para conferir se o seu corrimento está anormal. A cor pode ser transparente, branca ou outro tom claro e apresentar um cheiro diferente. Esses sinais variam de acordo com a pessoa.
- Vale lembrar que o corrimento vaginal por si só não pode ser tomado como referência para diagnosticar a herpes. A análise dessa secreção deve ser vista como coadjuvante no quadro geral da doença, que engloba outros sintomas. [9] X Fonte de pesquisa [10] X Fonte Confiável PubMed Central Ir à fonte
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Consulte um médico para que ele faça o pedido dos exames necessários. Se o paciente estiver enfrentando um surto no momento do teste, será coletada uma amostra da ferida aberta, a qual será enviada para um laboratório de análises clínicas. Podem ser feitos também um exame físico e de imagens. [11] X Fonte de pesquisa Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.).
- Normalmente, o diagnóstico é feito por meio de um teste conhecido como reação em cadeia da polimerase. Um cotonete sintético é esfregado vigorosamente na pele lesionada e colocado em um líquido antes de ser encaminhado para o laboratório. No centro de análises clínicas, serão utilizadas técnicas laboratoriais específicas. A amostra é ampliada várias vezes a fim de detectar a presença do vírus causador da doença.
- Dependendo do caso, o médico pode solicitar um exame especializado de anticorpos para a herpes. Nesse procedimento, um anticorpo específico é usado para detectar infecções provocadas pelo vírus da herpes simples tipo 1 ou tipo 2. Praticamente metade dos pacientes infectados apresentam resultados positivos dentro do prazo de três semanas após o contágio. Se já faz mais do que 16 semanas que contraiu herpes, é quase certeza de que o resultado será positivo.
- Outra possibilidade é o exame da ferida aberta através da reação em cadeia da polimerase. Um cotonete esterilizado é esfregado na base da lesão — o movimento deve ser vigoroso o suficiente para coletar células epiteliais mas não forte demais a ponto de causar sangramento—a fim de recolher um pouco de fluido vesicular. O líquido é então encaminhado para o laboratório para que seja realizado o diagnóstico.
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Siga o tratamento à base de medicamentos para a herpes viral. Caso o resultado do exame seja positivo, o médico receitará remédios que ajudam a controlar tanto o vírus quanto os sintomas. Esses fármacos também diminuem os riscos de que você contamine outras pessoas. Listamos alguns desses remédios logo abaixo: [12] X Fonte de pesquisa Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.).
- Aciclovir. Esse medicamento costuma ser a opção mais receitada para lesões genitais ou infecções recorrentes nos lábios vaginais causados pela herpes. O produto pode ser de uso tópico também caso o local afetado pela inflamação sejam os olhos. O Aciclovir é considerado relativamente seguro para a administração em gestantes, lactantes e para o uso pediátrico.
- Penciclovir. Esse remédio é um creme bastante utilizado topicamente para tratar a herpes na região oral.
- Valaciclovir. Outro fármaco frequentemente receitado para os cuidados da doença na fase inicial e em casos recorrentes de herpes genital.
- Foscavir/Foscarnet. Os médicos recorrem a esse medicamento quando o paciente já não apresenta mais melhoras com o uso do aciclovir. Essa situação é comum em indivíduos com o sistema imunológico comprometido devido a uma infecção sistêmica (ou seja, os sintomas não são mais apenas localizados) causada pela herpes. [13] X Fonte de pesquisa Agabegi, S. (2013). Step-up to medicine (3rd ed.). Philadelphia: Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wilkins.
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Saiba como controlar a doença informando-se mais sobre esse mal. É importante conhecer melhor o vírus da herpes e como essa moléstia “funciona”. Desse modo é possível compreender o que está acontecendo com o seu corpo, o que por sua vez facilitará a sua vida quando você for acometido por outro surto ou crise. Há registros e estudos abundantes sobre a herpes e essa doença continua a ser amplamente estudada. É provável que, em um futuro próximo, surjam novos tratamentos disponíveis para combater esse problema.
- Também é possível que o médico tenha várias opções de tratamento para indicar e mantenha você informado sobre os novos medicamentos disponíveis comercialmente.
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Faça o possível para não contaminar outras pessoas. Procure explicar a situação para o(s) seu(s) parceiro(s) sexual/sexuais e tome as precauções necessárias para evitar a transmissão da doença. É preciso adotar algumas mudanças de comportamento, tais como manter relações sexuais com somente um indivíduo, sempre usar camisinha e abster-se de atividades íntimas durante um surto ou crise de herpes. [14] X Fonte Confiável Centers for Disease Control and Prevention Ir à fonte
- Outro cuidado a ser tomado é evitar o contato com qualquer ferida ou lesão. Caso isso aconteça, lave as mãos imediatamente com água e sabão a fim de livrar-se do micro-organismo causador do problema. E se a região afetada estiver na boca ou arredores, nada de beijos – pelo menos enquanto os sintomas estiverem se manifestando. [15] X Fonte de pesquisa
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Analise com sinceridade se você tem adotado atitudes arriscadas. Um fator que complica ainda mais a situação é que muitos portadores da herpes genital não apresentam nenhum sintoma por anos a fio. Mas, ao observar a sua própria conduta, é possível avaliar a necessidade de fazer os exames necessários e chegar a um diagnóstico correto, o que permite tratar a doença ainda no estágio inicial. Listamos logo abaixo algumas das condições que expõe o indivíduo a um risco maior de contrair o vírus:
- Pessoas com o sistema imunológico comprometido. Essa condição por si só não provoca surtos de herpes, mas se houver a contaminação pelo vírus, o organismo terá mais dificuldades em combater os agentes invasores e evitar uma infecção. Pacientes de risco incluem os portadores de doenças preexistentes, pessoas submetidas a um desgaste físico, mental e psicológico, indivíduos que sofrem de AIDS, câncer ou diabetes e, por fim, idosos. Todos esses grupos são mais vulneráveis à contaminação pelo vírus da herpes simples tipo 1 e tipo 2.
- Eczema atópico em crianças (também conhecido como dermatite atópica). O eczema é um problema de pele relativamente comum, e um dos sintomas é a coceira localizada. Caso a região afetada seja contaminada com o vírus da herpes, é possível que o paciente venha a desenvolver uma condição dermatológica bastante grave.
- Exposição ocupacional a fatores de risco. Alguns profissionais são submetidos a condições que aumentam as chances de contrair herpes. Um exemplo é o caso dos dentistas, os quais estão mais sujeitos à contaminação das mãos pelo herpes simples tipo 1. Como resultado, pode ocorrer uma infeção bastante dolorosa no local. [16] X Fonte de pesquisa Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.).
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Fique alerta caso tenha feito sexo sem proteção. Ao manter relações íntimas, você se expõe ao risco de contrair herpes simples tipo 2. É importante saber que, mesmo usando preservativos, o perigo permanece, principalmente se um de vocês estiver passando por um surto ou crise da doença. A transmissão do vírus se dá através das mucosas. Logo, a 8s partes mais vulneráveis são a boca, pênis, vagina e ânus. Isso quer dizer que, se o portador do vírus deixar que uma área mucosa de seu corpo entre em contato com a mucosa de alguém que não tem herpes, a pessoa saudável pode contrair a infecção.
- Vejamos agora algumas das formas de contágio por meio de relações íntimas: sexo oral, anal e vaginal (ou qualquer modalidade na qual uma dessas mucosas do seu corpo entre em contato com outra região mucosa do seu parceiro).
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Procure avaliar o número de parceiros sexuais que já teve. Quanto maior esse número, maiores as chances de ter contraído herpes, pois a doença é transmitida através do beijo e do contato das regiões genitais. [17] X Fonte de pesquisa
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Os riscos são maiores para as mulheres. Elas são mais vulneráveis, e os casos em que os homens transmitem a doença são mais numerosos do que as ocorrências nas quais as mulheres passam a infecção para eles. [18] X Fonte de pesquisa Para comprovar essa afirmação, pode-se observar que, entre as mulheres que contraem a herpes simples tipo 2 e que foram infectadas pelos parceiros, a taxa é de 20,3%. Já a porcentagem de homens contaminados pelas parceiras é de 10,6%. [19] X Fonte Confiável Centers for Disease Control and Prevention Ir à fonte
- No Brasil, há estudos que indicam que o total de infectados possa chegar a 12 milhões. Mas, como mais da metade dos portadores do vírus não apresenta sintomas e pode continuar transmitindo o vírus, esse número pode ser ainda maior. Os riscos aumentam consideravelmente após os 18 anos. Já para a herpes bucal, os dados são ainda mais alarmantes: estima-se que cerca de 85% da população já esteja contaminada. [20] X Fonte Confiável Centers for Disease Control and Prevention Ir à fonte
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Referências
- ↑ Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.).
- ↑ Agabegi, S. (2013). Step-up to medicine (3rd ed.). Philadelphia: Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wilkins.
- ↑ Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.).
- ↑ Agabegi, S. (2013). Step-up to medicine (3rd ed.). Philadelphia: Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wilkins.
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- ↑ Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.).
- ↑ http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/article/000857.htm
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- ↑ http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK281/
- ↑ Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.).
- ↑ Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.).
- ↑ Agabegi, S. (2013). Step-up to medicine (3rd ed.). Philadelphia: Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wilkins.
- ↑ http://www.cdc.gov/std/herpes/stdfact-herpes.htm
- ↑ http://www.plannedparenthood.org/learn/stds-hiv-safer-sex/herpes
- ↑ Domino, F. (n.d.). The 5-minute clinical consult standard 2015 (23rd ed.).
- ↑ http://www.nytimes.com/health/guides/disease/genital-herpes/risk-factors.html
- ↑ http://www.uptodate.com/contents/genital-herpes-beyond-the-basics
- ↑ http://www.cdc.gov/std/herpes/stdfact-herpes-detailed.htm
- ↑ http://www.cdc.gov/std/herpes/stdfact-herpes.htm