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Caso o seu peixinho esteja com uma doença grave, é bem mais humano sacrificá-lo do que deixá-lo sofrer. Um peixe recém-saído da água certamente vai sentir alguma dor, mas existem diversas formas de minimizar o desconforto do animal e matá-lo rapidamente.

Método 1
Método 1 de 3:

Preparando um peixe de aquário para a eutanásia

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  1. Existem diversas espécies de peixe de aquário. No caso de grande parte delas, a dosagem ideal dos remédios e outras condições necessárias para a eutanásia são pouco conhecidas. Os veterinários são treinados para reconhecer sinais de sofrimento e ajustar o procedimento da maneira necessária para que o seu peixinho morra da forma menos dolorosa possível.
    • Apenas métodos que podem ser reproduzidos em casa estão incluídos neste artigo. Outras técnicas, como a eletrocussão e a injeção letal, são difíceis de serem feitas humanamente sem o treinamento adequado e podem até mesmo machucar você. [1]
  2. Um banho de gelo ou um determinado remédio pode ser ótimo para uma espécie e causar sofrimento em outra. [2] Na medida do possível, as instruções abaixo vão ajudar você a evitar erros. Porém, o ideal é fazer uma pesquisa online a respeito de como realizar uma eutanásia em peixes da mesma espécie que o seu. Assim, você conseguirá recomendações mais concretas. A maioria das espécies ainda não foi estudada adequadamente, mas a pesquisa vale a pena. Quem sabe a fisiologia do seu peixinho já não seja mais conhecida?
  3. Coloque-o em um cômodo silencioso e bloqueie a passagem de luz para dentro do aquário com uma tampa opaca. Outra opção é trocar a lâmpada do cômodo por uma vermelha. Assim, a luz terá mais dificuldade para penetrar na água. Essas medidas servem para reduzir a quantidade de estímulos visuais recebidos pelo bichinho sem que o cômodo fique tão escuro que você não consiga enxergar. [3]
  4. A não ser que o bichinho esteja à beira da morte, deixe-o em jejum por um ou dois dias. Ele absorverá a substância letal mais rapidamente e terá menos chances de vomitar se estiver de estômago vazio. [4]
    • Pule esta etapa se preferir um método não medicamentoso.
  5. Todas as técnicas listadas neste artigo são formas humanas de sacrificar um peixe. Leia atentamente as instruções antes de começar. Nem todos os métodos são apropriados para todas as espécies. Não use um banho de eutanásia em um peixe que pretende comer.
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Método 2
Método 2 de 3:

Preparando um banho de eutanásia

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  1. A não ser que precise sacrificar todos os peixes de um aquário, você vai precisar preparar um segundo recipiente. Passe parte da água do aquário original para um aquário limpo, de preferência com as mesmas condições de arejamento e de controle da temperatura. [5] O peixe pode entrar em choque ou até mesmo morrer de um jeito doloroso se você usar água de outra fonte e em uma temperatura mais alta ou mais baixa.
    • Algumas drogas, como o MS-222, não são eficazes em temperaturas abaixo de 10 ºC.
    • Sacrificar diversos peixes em um mesmo aquário pode ser difícil. Meça bem a quantidade de oxigênio e a concentração das substâncias químicas para calcular corretamente a dosagem do medicamento. [6] O ideal, porém, é pedir para um veterinário realizar a eutanásia para você.
  2. Também vendido como metanossulfato de tricaína, Finquel ou TMS, o MS-222 é a opção mais confiável disponível no mercado. A droga é facilmente encontrada em lojas de produtos para animais [7] e é a única aprovada pela agência de saúde americana para propósitos de eutanásia animal. [8] Use entre cinco e dez vezes a quantidade recomendada para anestesia pelo fabricante, o que costuma dar entre 250 mg/l e 500 mg/l. [9]
    • Não coma peixes sacrificados dessa forma.
  3. Muitas pessoas acreditam que um banho de álcool é uma forma indolor de sacrificar um peixinho. Isso não é verdade. O álcool queima as guelras e pode causar um sofrimento horrível para o animal.
    • Usar álcool para sacrificar um peixe é equivalente a mergulhar uma pessoa num tanque de gasolina para fazer uma eutanásia. Logo, não chegue nem perto do álcool!
  4. Nem sempre é fácil dizer qual a concentração de uma garrafinha de óleo de cravo. Às vezes, não dá nem para saber exatamente o que o líquido contém. Pode ser que o óleo bote o peixe para dormir, mas não seja forte o suficiente para matá-lo. Além disso, o óleo também tornará a carne imprópria para o consumo e pode prejudicar o lençol freático se a água for jogada no ralo. [10] Caso opte pelo óleo de cravo, siga o passo a passo abaixo: [11]
    • Pingue uma gotinha em um copo com água e espere ela ficar leitosa. Em seguida, despeje-a no aquário.
    • Depois que o peixe estiver dormindo no fundo do aquário, pingue mais 13 gotas para cada litro de água.
  5. Após adicionar a droga de sua escolha à água, pegue o peixe com a redinha e passe-o rapidamente para o banho de eutanásia. Mova-o o mínimo possível para não estressá-lo.
  6. Qualquer droga normalmente usada para a eutanásia pode agir apenas como um sonífero se aplicada em pequenas quantidades. A morte costuma levar por volta de 30 minutos para ocorrer. Para ter certeza, o ideal é que você espere em torno de duas horas. [12] Fique atento aos primeiros sinais: [13] [14]
    • Ausência de movimento nas guelras por dez minutos, normalmente depois de espasmos com intervalos de um minuto.
    • Ausência de movimento nos olhos quando o peixe é jogado de um lado para o outro.
    • Batimentos cardíacos muito lentos. O coração pode continuar batendo após a morte. Para saber se o peixe continua vivo, veja se os batimentos ainda estão fortes e persistentes.
    • Caso esses sinais não apareçam após uma ou duas horas ou caso o peixe acorde, adicione mais do medicamento escolhido.
    • Para matar o peixinho sem risco de erros, use um dos métodos físicos abaixo ou coloque-o em água com gelo. Nenhuma das técnicas causará dor se o animal estiver anestesiado.
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Método 3
Método 3 de 3:

Sacrificando o peixe fisicamente

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  1. Os métodos físicos só são humanos se forem realizados rapidamente e com precisão. Volte para a seção anterior se for sensível a coisas como sangue e tripas ou à ideia de um peixinho se debatendo. As técnicas abaixo costumam ser usadas para matar peixes para comer ou para pesquisas em laboratório, e não são tão comuns em aquários domésticos.
    • A não ser que já esteja bem familiarizado com a anatomia dos peixes, comece praticando em animais mortos para realizar a técnica rapidamente e sem erros.
  2. Os peixes com menos de 2 cm de comprimento podem ser sacrificados instantaneamente em um macerador apropriado, que vai picar o animal com lâminas supervelozes. [15] Porém, é essencial que você use um aparelho do tamanho certo para o seu peixe.
    • Quanto maior for o peixe, menos humano esse método será. Mesmo que o macerador seja específico para peixes maiores, o animal ainda pode sofrer.
  3. Bata no peixe logo acima dos olhos com um objeto duro e pequeno para que ele desmaie. Caso ele permaneça consciente, repita com um pouco mais de força. [16] Algumas pesquisas indicam que os peixes de algumas espécies podem permanecer conscientes mesmo após uma decapitação, logo, este passo é altamente recomendado. [17]
    • As espécies habituadas com níveis baixos de oxigênio têm bem mais chances de permanecer conscientes após uma decapitação. [18]
  4. Segure bem a cabeça e, usando uma faca afiada, separe-a do corpo com um corte rápido e forte logo atrás do crânio. [19]
    • Outra opção é inserir a faca logo atrás da cabeça e partir a coluna e a medula espinhal. A transecção da medula não faz tanta sujeira, mas só é recomendada para quem conhece bem a anatomia dos peixinhos.
  5. Mesmo após a decapitação, o peixe pode permanecer vivo por um tempinho. Para que ele morra rapidamente, insira um prego ou uma faca afiada no cérebro do animal, por entre os olhos. Mova o objeto para a frente e para trás para destruir o cérebro e a ponta da medula espinhal. [20]
    • Dê uma olhada na internet para descobrir o ponto mais eficaz para a inserção do prego para cada espécie se pretender comer o peixe. [21]
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Dicas

  • Um peixe sacrificado pode transmitir doenças ou contaminar as pessoas com as substâncias usadas na eutanásia. Para eliminar o corpo do animal de maneira segura, queime-o, enterre-o em um local fundo e longe da água ou embrulhe-o em papel ou plástico e jogue-o no lixo doméstico. [22] Não o jogue no vaso.
  • Jamais dê descarga num peixinho, quer ele esteja vivo ou morto. Caso ele ainda esteja vivo, o animal passará por um terror inimaginável ao ser jogado em um ambiente estranho. Além disso, o peixe pode acabar entrando no ecossistema aquático local e devastar populações nativas. Já o corpo do animal morto pode danificar os equipamentos de tratamento de esgoto.
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Avisos

  • Não tenha pressa. Do contrário, você pode acabar realizando a eutanásia de maneira inadequada e fazendo o bichinho sofrer. Em doses baixas, algumas das substâncias listadas acima podem causar dor, mas não matar o animal. Preste atenção no que você está fazendo.
  • Antes de fazer a eutanásia, veja se não há realmente nenhuma forma de curar o peixinho e se ele está mesmo sofrendo. Não sacrifique o seu bichinho apenas por não querer mais cuidar dele ou por causa de um funguinho bobo. Uma tuberculose é um bom exemplo de doença que pode exigir uma eutanásia.
  • Não use nenhum outro método sem antes consultar um veterinário. Jogar o peixe no vaso, sufocá-lo ou colocá-lo no micro-ondas vai fazer com que ele sofra muito. A fervura e o congelamento são métodos humanos para algumas espécies, mas podem ser extremamente dolorosos para outras.
  • Alguns peixes pode agir de maneira errática ou ficar agitados antes de dormir, principalmente com o óleo de cravo, o que nem sempre é sinal de sofrimento. As drogas listadas neste artigo reduzem o risco disso acontecer.
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