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É importante estar ciente de que o engasgo em gatos raramente oferece risco à vida deles, já que esses animais discriminam o que colocam na boca, o que significa que a chance de mastigarem ou deglutirem coisas que podem causar engasgo é bem menor que em cães e até em crianças. O engasgo ocorre de fato quando um objeto bloqueia a parte traseira da garganta, em especial a traqueia, mas é bastante incomum que um gato engula algo tão grande para ficar entalado. No entanto, em certos casos, os gatos emitem sons que dão a entender que estão engasgados, quando na verdade não estão. Por causa disso, a primeira coisa que o dono deve saber é como identificar se há algo preso na garganta do bichinho e aprender como proceder se o engasgo realmente estiver ocorrendo. [1]

Parte 1
Parte 1 de 2:

Determinando se o gato está realmente engasgado

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  1. É importante identificá-los rapidamente. Os principais indícios de um gato engasgado são: [2]
    • Incapacidade de respirar.
    • Tossir com força.
    • Engasgos e muita salivação (baba).
    • Levar a pata à boca.
  2. Entre eles, estão os esforços exagerados para respirar que envolvem o corpo inteiro ao mesmo tempo que o gato emite um tipo de assobio quanto tenta expirar. Tais movimentos e sons podem ser bastante intensos, dando a impressão de que o gato está passando muito mal. [3] Além disso, esses animais podem preocupar os donos ainda mais pela mania de expelirem bolas de pelo ou de terem ânsia de vômito, deixando o dono preocupado com a possibilidade de um engasgo. Na verdade, a ânsia de vômito é comumente confundida com engasgos pelos donos de gatos, já que é um sintoma comum nesses animais. [4]
  3. Pense no que ele estava fazendo antes de apresentar tal comportamento; se o bichano estava dormindo ou andando calmamente pela casa, é pouco a chance de que ele esteja de fato engasgando, já que o gato não pegou nada com a boca, logo, não teve acesso a nada que pudesse bloquear a traqueia.
  4. Esses episódios podem ser causados pela respiração profunda de um gato, puxando parte do palato mole contra a laringe (a entrada das vias aéreas). Ao tentar respirar profundamente mais uma vez, o animal continua “sugando” o palato mole contra a via aérea. Para que ele pare, basta acalmá-lo e fazer com que ele volte a respirar com tranquilidade normalmente.
    • Converse gentilmente com o animal, faça carinho na pelagem e também sob o queixo dele.
    • Em alguns casos, ajudar o gato a engolir retira a sucção do palato mole, reorganizando a anatomia do gato. Para que o animal engula, dê a ele o petisco que mais gosta. [5]
  5. Se nada der certo, verifique como estão as gengivas do animal para determinar se a quantidade de oxigênio é suficiente. Se elas estiverem com uma coloração rosa, isso indica que a quantidade de oxigênio é boa e o gato não está a perigo; no entanto, a cor roxa ou azul significam que há falta de oxigênio e que a situação do bichano é de risco.
    • Se as gengivas estiverem azuis ou roxas, entre em contato imediatamente com o veterinário ou leve o animal a um pronto-socorro veterinário.
    • Quando as gengivas apresentarem tais colorações, observe a boca do animal. Se não encontrar nenhuma obstrução ou removê-la com facilidade, não perca mais tempo e leve-o rapidamente ao veterinário. [6] Remova a obstrução ser for possível.
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Parte 2
Parte 2 de 2:

Administrando os primeiros socorros a um gato engasgado

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  1. A laringe felina é extremamente sensível; se espasmos ocorrerem no local, as vias aéreas podem ser bloqueadas, asfixiando o animal. Não há tempo para esperar a assistência do veterinário, mas o dono ainda deverá ligar para obter conselhos do profissional, se possível.
  2. Deixe apenas a cabeça exposta para dar apoio a ele, permitindo que tenha controle dos membros dianteiros. [4] [7]
  3. Deixe a cabeça dele um pouco inclinada para trás, permitindo que o dono possa abrir a boca e observá-la melhor. Com um dedo, empurre levemente a mandíbula inferior dele para baixo e use pinças para remover o objeto preso. Se não conseguir ver o que está causando a obstrução ou o corpo estranho estiver entalado muito profundamente, não tente removê-lo. [4]
    • Evite colocar os dedos na boca do gato. Além de correr o risco de ser mordido, o objeto pode ser empurrado ainda mais profundamente.
    • Se alguém puder ajudar, a tarefa ficará muito mais fácil.
  4. Com a palma de uma mão, dê uma pancada firme, mas sem força, entre as omoplatas do animal. Outra opção é realizar várias compressões rápidas nos dois lados da caixa torácica. [2] Para fazer as compressões, siga os Passos a seguir: [7]
    • Sente-se no chão com o gato na sua frente, mas virado de costas para você.
    • Levante as patas traseiras dele e segure-as entre seus joelhos.
    • Coloque uma mão em um dos lados do peito do animal e aperte com firmeza suficiente para comprimir cerca de um terço do peito dele. Não aplique força em excesso ou as costelas do bichano poderão ser quebradas. Ao apertar, faça movimentos irregulares. [8]
    • O objetivo é fazer com que o gato “tussa”. Apertar de quatro a cinco vezes deve ser o suficiente para forçar o animal a expulsar o objeto.
  5. Ele poderá desmaiar ou ficar inconsciente devido à falta de oxigênio. Se isso acontecer, faça o seguinte: [9]
    • Abra a boca dele quanto mais for possível. As mandíbulas não serão danificadas ao serem bem abertas. Procure por uma obstrução; se ela estiver fácil de ser detectada e não estiver entalada, use uma pinça para removê-la. Nesse caso, o dono pode usar os dedos, mas apenas se houver como evitar aplicar pressão sobre o objeto, já que ele poderá acabar ainda mais entalado nas vias aéreas.
    • Retire fluidos com um pano ou papel de seda. Deite o felino em um declive, deixando a cabeça dele em uma altura menor do que o coração. Isso ajuda os fluidos da boca a serem retirados e a não voltarem pela garganta, evitando que sejam novamente ingeridos pelo gato. Evite algodão, já que o material pode ficar preso à garganta.
    • Ao garantir que as vias aéreas e a garganta dele estão desobstruídas, comece a fazer ressuscitação cardiopulmonar no gato, reanimando-o através da boca e nariz, o que pode salvar a vida do animal.
  6. É importante que o gato seja examinado para avaliar se o corpo estranho causou danos à garganta. Mantenha-o calmo até chegar ao veterinário.
  7. Verifique se há algum método de transporte que não o deixe nervoso (alguém para ajudar é importantíssimo nesse caso) e com bastante ventilação durante o trajeto. Ligue para o veterinário para que ele saiba que você está a caminho ou leve o animal diretamente a um pronto-socorro veterinário.
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Dicas

  • Uma lanterna (ou qualquer outro tipo de luz direcionada) pode ajudar a encontrar alguma obstrução na boca do gato.
  • O veterinário poderá ter que aplicar anestesia no gato para verificar o que está deixando-o engasgado. Além disso, em alguns casos, o profissional realiza raios-X e outros exames, estabilizando a condição do animal através de um balão de oxigênio e medicações, dependendo das preferências do veterinário.
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Avisos

  • Um gato semiconsciente ainda pode morder. Cuidado.
  • Há risco de o gato morrer asfixiado ao se engasgar; trate dele imediatamente e com urgência.
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Referências

  1. Merck and Merial, The Merck/Merial Manual for Pet Health , p. 1052, (2007), ISBN 978-0-911910-99-5
  2. 2,0 2,1 Merck and Merial, The Merck/Merial Manual for Pet Health , p. 1052, (2007), ISBN 978-0-911910-99-5
  3. Caroline Davis, Essential Cat , p. 161, (2005), ISBN 0-7621-0496-1
  4. 4,0 4,1 4,2 Andrew Gardiner, A-Z of Cat Health and First Aid , p. 62, (2002), ISBN 0-285-63638-3
  5. Airway evaluation and Flexible Endoscopic Procedures in Dogs and Cats. Vet Clin North Am Pract, Endoscopy, Vol 39.
  6. Tracheostomies in the management of feline upper respiratory disease. Hedlund. Vet Clin North Am Small Anim Pract 24 (5)
  7. 7,0 7,1 Caroline Davis, Essential Cat , p. 161, (2005), ISBN 0-7621-0496-1
  8. http://www.petmd.com/cat/emergency/common-emergencies/e_ct_choking_and_heimlich_maneuver
  9. Andrew Gardiner, A-Z of Cat Health and First Aid , pp. 62-63, (2002), ISBN 0-285-63638-3

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