PDF download Baixe em PDF PDF download Baixe em PDF

Qual é a diferença entre um "bom" e um "mau" menino? Talvez o Papai Noel saiba responder tal pergunta, mas o resto de nós nem sempre tem tanta certeza. Você é um "bom" menino se é obediente? Se demonstra respeito? Se vai bem na escola? Ou precisa fazer tudo isso e muito mais? Independentemente do que queremos expressar quando falamos de um "bom filho", essa expressão não significa ser uma criança perfeita — ela envolve, no entanto, qualidades como compaixão, compreensão, autodisciplina e gratidão. Talvez uma boa maneira de refletir sobre o assunto seja a seguinte: os bons meninos são aqueles que seguem o caminho de uma vida adulta feliz e bem-sucedida — qualquer pai ficaria feliz com esse tipo de "bom" filho!

Método 1
Método 1 de 2:

Comportando-se de forma adequada

PDF download Baixe em PDF
  1. É fácil dizer que um bom filho é obediente e sabe ouvir os pais (e outras figuras de autoridade), mas, embora isso costume ser verdade, o mais importante é que a criança aprenda a assumir a responsabilidade pelas próprias tarefas. Como um filho que sempre se esforça para fazer seu melhor, você precisará aceitar que tem certas obrigações, e que precisa fazer tais coisas para beneficiar outras pessoas ou a si mesmo. [1]
    • O objetivo de ser uma boa criança não é simplesmente reduzir o sofrimento dos seus pais (embora essa iniciativa seja muito bem-vinda) — os bons filhos aprendem qualidades que poderão transformá-los em "bons adultos", ou seja, em pessoas felizes e bem-sucedidas.
    • Por exemplo, você deveria assumir sua responsabilidade pela lição de casa e pelas próprias tarefas domésticas, sem reclamar nem precisar de lembretes constantes — isso vai ajudá-lo a se transformar em um adulto mais motivado, autossuficiente e bem-sucedido, tanto na vida pessoal quanto na profissional.
  2. Todos nós (incluindo os adultos) ficamos bravos, frustrados, estressados ou chorosos de vez em quando; e ninguém é capaz de evitar tais emoções, nem deveria fazê-lo, já que essa repressão não seria saudável. No entanto, você poderá esforçar-se para reconhecer e lidar melhor com os próprios sentimentos. [2]
    • Aprender a controlar a raiva é uma das lições mais importantes para as crianças — nos momentos em que a raiva começar a dominar sua mente, você poderá controlá-la e se acalmar se tomar passos tão simples quanto contar até cinco e respirar profundamente, inspirando pelo nariz e expirando pela boca. Dessa forma, você poderá refletir com mais clareza sobre o motivo da raiva, e sobre como poderá controlar esse sentimento da próxima vez. [3]
    • Porém, a raiva descontrolada nem sempre é provocada pelo mau comportamento, já que as crianças podem agir assim quando estão chateadas, tristes, confusas ou solitárias. Talvez você vivencie emoções assim se estiver sofrendo bullying na escola, se foi excluído de uma atividade em grupo, ou se foi rejeitado por um amigo. Converse com um adulto de confiança quando estiver chateado — você poderá melhorar o relacionamento com seus pais se conversar com eles sobre tais emoções. Além disso, não sinta vergonha de procurar um terapeuta ou outro profissional se precisar de mais ajuda.
  3. Talvez você já tenha ouvido alguém dizer que os "bons meninos não contam mentiras", e essa frase costuma ser verdadeira — o mais importante é ter em mente que a honestidade é um elemento fundamental para a construção de relacionamentos baseados na confiança mútua, e que isso vai beneficiá-lo na infância e na idade adulta. [4]
    • Os relacionamentos saudáveis ​​exigem vínculos de confiança que, por sua vez, são baseados na honestidade mútua. Talvez você sinta vontade de mentir para os seus pais para evitar um castigo ou para não ferir os sentimentos deles, mas essas estratégias não costumam funcionar muito bem, e a mentira vai impedi-lo de desenvolver uma relação mais madura com os adultos.
    • Não importa o quanto seus pais se sintam chateados com a verdade (você foi mal na prova porque não estudou, roubou um chocolate do supermercado, tirou sarro de um colega vulnerável, etc.), eles definitivamente também sentirão orgulho da sua decisão de contar a verdade — a honestidade é um importante sinal de crescimento e confiança.
  4. Até as crianças mais comportadas cometem diversos erros, já que eles fazem parte do processo de crescimento e da própria natureza humana. Portanto, o mais importante é a forma como lidamos com nossos defeitos — aprender com os erros é um sinal de maturidade que certamente será valorizado pelos seus pais.
    • Caso tenha tirado uma nota baixa na prova porque não estudou o bastante, você está pronto para aceitar a importância dos estudos? Compreende a importância de demonstrar respeito pelos demais se ficou de castigo por ter gritado com sua mãe em público? Uma criança madura e atenciosa aprende com os próprios erros, e usa tais lições para ser alguém melhor daqui para frente.
    • Até mesmo os pais mais exigentes vão aceitar alguns erros dos filhos, particularmente se não forem repetidos — todo mundo adora identificar evidências de crescimento e amadurecimento nos próprios filhos, e aprender com um erro, em vez de repeti-lo, é sempre um bom sinal.
  5. Geralmente, as crianças que costumam ser vistas como "más" por causa do mau comportamento têm dificuldade em lidar com os problemas de forma adequada, já que a confusão e a frustração levam facilmente às más decisões. No entanto, a capacidade de identificar e solucionar diferentes problemas vai colocá-lo no caminho da autoconfiança e da independência. [5]
    • Lembra como seus pais ficaram orgulhosos quando você montou um quebra-cabeça sozinho ou conseguiu soletrar o próprio nome? Até mesmo quando você aprendeu a abrir o armário da cozinha e fez uma bagunça gigantesca pela casa, é provável que ainda assim seus pais tenham sentido uma pontinha de orgulho, já que eles têm consciência da importância da independência na vida adulta. [6]
    • Para os filhos, muitos dos problemas surgem dos conflitos com outras crianças — portanto, leve as seguintes etapas de resolução de conflitos em consideração, retiradas deste link (em inglês):
      • Compreenda — permita que cada pessoa envolvida expresse o próprio ponto de vista em relação ao problema.
      • Evite piorar a situação — não grite, insulte, nem tome medidas físicas contra a outra criança, não importa o tamanho da sua raiva. Mantenha-se calmo e tente lidar com o problema.
      • Trabalhem juntos. Explique como se sente em relação à briga dizendo algo como "Fico bravo quando...", ou "Preciso sentir que..." — em seguida, ouça atentamente ao que as outras crianças têm a dizer.
      • Procure uma solução. Pensem juntos em diferentes soluções para o problema, e escolham aquela que melhor atender às necessidades de todos os envolvidos.
  6. Aprender a identificar e a solucionar os problemas por conta própria é uma habilidade valiosa para as crianças (e adultos), mas a capacidade de reconhecer e aceitar que você precisa de ajuda para lidar com uma situação também é igualmente importante. [7]
    • "Desistir" da lição de matemática sem tentar resolvê-la por conta própria não vai ser muito útil, mas você também não vai obter nenhuma vantagem se simplesmente se recusar a pedir ajuda porque insiste em fazer tudo sozinho.
    • Nenhuma criança (ou adulto) é capaz de resolver todos os problemas por conta própria — seus pais querem ajudá-lo quando for preciso, e ficarão felizes com sua disposição para procurar ajuda. No entanto, não espere que eles resolvam todos os problemas para você, já que esse é um sinal de imaturidade.
    • Como saber quando é melhor tentar resolver um problema sozinho e quando é hora de pedir ajuda? Essa pergunta não tem uma resposta pronta, portanto, precisamos confiar em nós mesmos na hora de tomar uma decisão — você se esforçou ao máximo para resolver o problema? Não consegue pensar em mais nenhuma forma de lidar com a situação? Nesse caso, é provável que seja hora de pedir ajuda.
    Publicidade
Método 2
Método 2 de 2:

Mostrando que se importa

PDF download Baixe em PDF
  1. Muitas pessoas chamam essa frase de "regra de ouro", já que ela é um importante lema de vida. Uma criança que segue tal regra com os pais, amigos, familiares, ou com quaisquer outras pessoas, demonstra consideração e maturidade. [8]
    • Antes de engrossar o coro das crianças que estão tirando sarro de um colega de escola, pense em como você se sentiria se estivesse no lugar dele; ou, antes de começar a fazer birra porque sua mãe pediu ajuda para dobrar as roupas, pense em como você se sentiria se precisasse de alguma coisa e ela se recusasse a ajudar.
    • Os bons filhos não são respeitosos apenas com os pais ou responsáveis, mas também com todas as outras pessoas, já que tal atitude é outra forma de demonstrar respeito pelos próprios pais. Demonstre respeito se quiser ser respeitado.
    • Por mais difícil que seja, essa regra também vale para a forma como você trata seu irmão caçula ou mais velho!
  2. Caso saiba como uma pessoa se sente e como ela está propensa a reagir, você terá uma grande vantagem na hora de determinar a melhor forma de se comportar. Digamos que seus pais estejam preocupados com as contas do mês — nesse caso, essa não é a melhor hora para pedir um par de tênis ou um videogame novo; ou, se seu irmão estiver chateado porque não foi escolhido para o time de futebol, é provável que esse não seja o momento mais adequado para tirar sarro das habilidades atléticas dele. [9]
    • Estude os rostos das pessoas para praticar a "interpretação" dos estados emocionais delas — visite um local público, como um shopping center, e avalie as expressões faciais dos frequentadores para tentar adivinhar como cada um desses desconhecidos está se sentindo.
    • Identificar os sentimentos alheios é uma habilidade importante para quem quer demonstrar empatia, um sentimento que está no núcleo dos três primeiros passos deste método (tratar os outros como gostaria de ser tratado, interpretar as emoções alheias, e demonstrar compaixão). No entanto, ter empatia não significa apenas saber como uma pessoa se sente e conseguir "colocar-se no lugar do outro", mas também significa valorizar os demais e tratá-los com respeito, mesmo quando não concordamos com os pontos de vista deles.
  3. Quando vir alguém sofrendo ou precisando de auxílio, assuma a responsabilidade de ajudar essa pessoa — o mundo precisa de indivíduos mais solidários e prestativos, portanto, por que não começar na infância? [10]
    • O crescimento envolve a expansão do seu "círculo de preocupações" — as crianças pequenas costumam pensar apenas nas próprias necessidades e desejos (um biscoito, um brinquedo novo, etc.), mas, quando cresce um pouco, o ser humano começa a pensar mais nos sentimentos e necessidades das pessoas próximas, como os amigos e familiares. Com o tempo, você começará a perceber que muitos indivíduos ao seu redor precisam de ajuda.
    • Pense em todas as pequenas formas possíveis de ajudar alguém, desde o trabalho voluntário até o cultivo de mudanças na própria vida — por exemplo, pense no bem que você poderá fazer se doar alguns mantimentos da sua cozinha para uma instituição que trabalhe com pessoas carentes.
    • Você poderia demonstrar compaixão no cotidiano oferecendo apoio para uma criança que esteja sofrendo bullying, e perguntando se ela quer ser sua amiga (pode ser algo tão simples quanto perguntar: "Quer brincar comigo?); ou poderia pedir que seus pais comprem um sanduíche a mais na lanchonete para saciar a fome de uma pessoa em situação de rua. Até mesmo os gestos mais simples poderão ter um grande impacto na vida de outros seres humanos.
  4. Conforme identifica novas maneiras de ajudar os demais, você também deverá prestar mais atenção nas pessoas que o ajudam — diga o quanto aprecia tudo o que elas fazem. Além de definitivamente ser uma qualidade de um “bom filho”, esse comportamento também é uma parte importante do amadurecimento, e poderá transformá-lo em um adulto feliz e responsável. [11]
    • Você sempre deverá demonstrar gratidão por seus pais, portanto, tire um momento para pensar em todas as coisas que eles já fizeram, anotando-as em um papel se necessário. Um presente ou outro símbolo de agradecimento será muito bem-vindo, mas um simples “obrigado” ocasional será suficiente para aquecer o coração dos adultos.
    • Se quiser "ir além", expresse o motivo exato do agradecimento: "Obrigado, mãe, por sempre reservar tempo para me ajudar com a lição de matemática. Minhas notas melhoraram por sua causa, e sou muito grato por isso".
    Publicidade

Dicas

  • Aceite os castigos e não reclame. Diga que você sente muito e que vai tentar agir melhor no futuro — argumentar sobre a punição não adianta, mas talvez seus pais reduzam o peso do castigo se notarem um arrependimento sincero. Nunca se sabe!
  • Faça as próprias tarefas sem que ninguém precise pedir — dessa forma, seus pais saberão que você é uma criança responsável e que está disposto a ajudar em casa.
  • Sempre demonstre respeito pelos mais velhos — eles têm muitos conselhos para oferecer.
  • Nunca se deixe dominar pela raiva. Esforce-se para manter o controle e permanecer calmo quando começar a se sentir irritado e, na pior das hipóteses, vá para o seu quarto e extravase a raiva lá dentro.
  • Nunca brigue com sua família por causa da raiva — simplesmente faça algumas respirações profundas e tente se acalmar.
Publicidade

Sobre este guia wikiHow

Esta página foi acessada 59 090 vezes.

Este artigo foi útil?

Publicidade