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Os assexuais, que referem a si próprios como “aces”, termo derivado da palavra em inglês, são pessoas que não sentem atração sexual a outros indivíduos de qualquer gênero, apesar de ser uma denominação muito ampla e com vários outros tipos. Caso você ache que se encaixa no grupo de assexuais e deseja saber mais sobre esta orientação, procura por dicas ou sabe que um assexual o ama, continue lendo o artigo.

Parte 1
Parte 1 de 4:

Entendendo a assexualidade

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  1. Caso não seja naturalmente assexual, não há como “virar” uma pessoa desta orientação. Porém, se você for naturalmente assexual , não há como “reverter” a orientação. E nem deve tentar fazer isso por pressão externa, já que é importante ser o que sente que deve ser. É até possível fingir que se sente de uma certa maneira por um tempo, mas é impossível manter a “mascara” por grandes períodos. Não há nada de errado em relação à sua sexualidade e nem as preferências que possui. Seja você mesmo, maravilhoso do jeito que naturalmente é.
  2. O importante a se entender é que a sexualidade humana é muito complexa; não há uma forma de rotular as pessoas, e mesmo ao encontrar uma denominação perfeita, ela não seria tão acertada assim. Sabendo disso, não permita que ninguém o limite e nem se sinta obrigado a se encaixar em um rótulo. Faça o que o deixar à vontade. Porém, rotular-se nem sempre é uma má ideia, já que pode ajudá-lo em certos casos.
  3. Para os assexuais, é importante entender que existem diversos tipos de atração, como a sexual, a romântica, a “mista”, a estética, a sensual e a platônica. Por definição, os assexuais não sentem atração sexual por outros, mas experimentam outros tipos de atração.
    • Atração sexual : sentir interesse em manter relações sexuais – ou qualquer outra atividade sexual – com a pessoa.
    • Atração romântica : ter afinidade romântica a alguém. Alguns descrevem como a vontade de sair com o indivíduo ou realizar coisas românticas com ele.
    • Atração “mista” : sentimento que se manifesta de maneira platônica e romântica, ou que se encaixa em duas das categorias.
    • Atração estética : gostar de alguém pela aparência.
    • Atração sensual : desejo de ter contato físico com uma pessoa. Não são atos necessariamente românticos ou sexuais, mas podem chegar a tais níveis.
    • Atração platônica : ter afeição por alguém, mas de uma maneira amistosa, desejando se tornar amigo do indivíduo.
    • O fundamental em todos os tipos de atração é que eles podem use “entrelaçar”, já que um indivíduo não precisa estar certo de sua orientação em cada um deles e o comportamento não dita a orientação.
  4. Os assexuais geralmente diferenciam a necessidade física de liberação sexual – que consideram como a fome ou a vontade de realizar as necessidades fisiológicas – e o desejo por relações sexuais com outra pessoa. Ao sentir vontade de se masturbar (seja com pornografia ou através de fantasias sexuais), por exemplo, mas perder o interesse ao pensar em uma pessoa específica, é sinal de que você pode ser assexual.
  5. Existem vários endereços e uma comunidade assexual ativa na internet; às vezes, até terapeutas e psicólogos poderão aconselhar boas opções para discutir sobre o assunto com pessoas iguais. Tais recursos darão a você mais informações e o ajudarão a saber mais sobre os próprios sentimentos enquanto conhece outros indivíduos.
    • Há outro “rótulo”, o “Questioning” (questionando a orientação), que muitos também podem considerar cabíveis hoje em dia, principalmente ao não ter certeza de sua orientação.
  6. Conhecer outros indivíduos que também questionam a própria orientação, são assexuais ou que se encaixam em rótulos da incrível bandeira da comunidade LGBT será útil para você discutir sobre o que está sentindo e perceber que é tudo perfeitamente normal. Existem outras pessoas iguais a você! Entre em fóruns e comunidades de internet para encontrar indivíduos que compartilham suas ideias.
  7. Só por decidir que o rótulo de assexual se aplica neste momento, não significa que ele deve permanecer para sempre. Muitos podem ser “sexuais” no passado e voltarem a ser “sexuais” no futuro; porém, não deixe que ninguém faça com que você se sinta culpado, já que os desejos e as necessidades mudam com o passar do tempo.
Parte 2
Parte 2 de 4:

Revelando sua escolha

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  1. Revelar a orientação sexual que possui é uma experiência profundamente pessoal; caso esteja se perguntando a hora certa de expor as preferências que possui, a resposta é “quando sentir que o momento for propício”. No entanto, não deixe que ninguém mude sua cabeça relação a hora certa. Se achar que o momento certo é agora, vá em frente; do contrário, não fale nada. No entanto, lembre-se de que, ao relacionar-se com alguém, contar a essa pessoa a sua orientação é uma boa ideia. Adiar essa conversa não fará com que ela fique mais fácil de se ter e só criará mais problemas.
  2. Ao demonstrar sua orientação sexual a alguém, é uma boa ideia escolher com cuidado o local e o momento, como após o trabalho, quando terão muito tempo para conversar sem serem incomodados..
  3. Diga que você é assexual sem enrolar, evitando deixar dúvidas ou se desculpar pela escolha. O melhor a se fazer é dizer exatamente o que está sentindo, já que não há razão para ter vergonha. Quando a situação for muito sensível, uma boa ideia pode ser fazer um teste antes, tentando descobrir o que a pessoa sabe ou conhece sobre assexualidade; nos outros casos, comece dizendo o seguinte:
    • "Gostaria de conversar com você sobre algo importante para mim, podemos? Vamos sentar. Como você é muito importante para mim, queria te contar que sou assexual."
  4. Assim que contar à pessoa que você é assexual, pergunte se ela sabe o que é isso e diga que explicará como “funciona”. Não é necessário dar mais detalhes particulares sobre suas preferências do que desejar compartilhar.
    • Crie um contexto. Se esse conceito é novo para o indivíduo, é bom contextualizar a assexualidade para que haja um melhor entendimento. Use exemplos que ele poderá entender facilmente, como ao fazer referências a exemplos culturais conhecidos. O personagem Sheldon, da série “The Big Bang Theory”, e algumas versões do personagem “Sherlock Holmes” são representados como assexuais. Figuras históricas também servem, como o Buda.
    • Informe a pessoa. Dar detalhes extras, em especial quando parentes e pessoas amadas estão o ouvindo, é uma excelente ideia, já que é provável que eles fiquem confusos ou preocupados. Imprima uma lista com informações ou envie a elas através de meios digitais. Porém, pergunte se elas desejam tais informações antes de enviá-las. Forçá-las a saber mais sobre algo que estão com dificuldade em aceitar pode levar a um aumento de tensão.
  5. É normal que os outros tenham dúvidas, já que a assexualidade não é muito comum; alguns sequer sabem da existência de tal orientação. Não se sinta ofendido quando não a compreenderem bem; dê um pouco de tempo para que aprendam sobre a assexualidade e diga explicitamente que podem fazer qualquer pergunta que desejarem e você fará o melhor para responder.
  6. É importante dizer o que você não está disposto a discutir, seja antes ou depois de dar a explicação básica sobre o assunto; isso pode ajudá-lo a evitar perguntas consideradas ofensivas. Porém, se não quiser fornecer detalhes sobre o que está sentindo, exponha isso a elas, bem como perguntas particulares sobre sua vida sexual.
Parte 3
Parte 3 de 4:

Encontrando relacionamentos

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  1. A maneira mais fácil de uma pessoa assexual se relacionar é encontrando outro assexual; isso pode ser feito através de grupos de apoio locais, sites de encontros voltados aos assexuais ou pedir para seus amigos encontrarem alguém para você (com um pouco de sorte).
  2. Caso não encontre outros assexuais ou indivíduos com quem tenha uma maior afinidade, pode ser necessário ter um relacionamento com pessoas “sexuais”. Tente se vincular a pessoas que sabem que você possui a cabeça aberta e que o amarão incondicionalmente. Ambos podem fazer com que as coisas deem certo, mas terão que se esforçar bastante.
  3. Nunca tente forçar que alguém goste de você e nem si próprio a gosta de um indivíduo. Só porque encontrou alguém assexual não significa que devem se casar. Priorize os sentimentos e não a necessidade de estar em um relacionamento.
  4. Ao decidir que deseja sair com uma pessoa “sexual”, será preciso revelar a ela que você é assexual. Explique isso o mais cedo possível – desde que esteja se sentindo à vontade –, já que sair com uma pessoa assexual pode exigir um grande comprometimento por parte do parceiro. Nenhum dos dois merece terminar o relacionamento com os sentimentos feridos.
    • Mesmo quando os dois forem assexuais, é uma boa ideia discutir sobre o relacionamento. Cada assexual possui ideias diferentes sobre a orientação que possuem, com o que se sentem à vontade ou não e o que precisam.
  5. Independentemente de como for o parceiro, é fundamental determinar expectativas e regras iniciais para evitar situações constrangedoras no futuro. Lembre-se de que ambos devem ter a chance de falar durante a conversa e que as necessidades de todos deverão ser levadas em conta. É assim que relacionamentos saudáveis funcionam.
Parte 4
Parte 4 de 4:

Mantendo o relacionamento

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  1. O ponto mais importante em relacionamentos assexuais é sempre manter as vias de comunicação desobstruídas; se alguém possuir um problema ou se sentir de uma certa maneira, deve haver um ambiente seguro e de apoio para que discutam o empecilho.
  2. Relacionamentos assexuais geralmente não possuem contato sexual – apesar de não ser uma regra absoluta –, mas incluem muitos outros aspectos que acompanham qualquer tipo de relacionamento: saírem para ir onde bem quiserem, fazer uma maratona de uma série do Netflix, lerem livros juntos, irem a um show de uma banda que gostam, a festas de amigos... enfim, o céu é o limite. Apenas lembre-se de que relacionamentos são muito mais do que sexo e existem várias outras atividades.
  3. Ao se relacionar com uma pessoa “sexual”, é necessário entender que ela terá necessidades sexuais que devem ser satisfeitas; como isso deve acontecer fica ao cargo de ambos. Se quiser, deixe-a fazer sexo com outras pessoas ou mantenha relações sexuais com ela como um ato de amor e não de seu próprio desejo. Além disso, é possível fornecer a ela prazer com brinquedos eróticos e não com o próprio corpo, por exemplo. Discuta isso com ele para chegarem a um consenso.
  4. No final, todo o relacionamento, seja com quem for, será definido apenas pelo que agradar às duas partes. Não deixe que outras pessoas o julguem ou digam como ele deve ser; o importante é que você e o parceiro sejam felizes e estejam satisfeitos um com o outro.
  5. Mesmo ao gostar muito de alguém e se divertir ao sair com tal indivíduo, ele pode não ser o melhor parceiro para você, e vice-versa. Caso ele tenha necessidades sexuais que você não consegue satisfazer ou se não houver um respeito em relação aos seus desejos, talvez o melhor seja terminar o relacionamento.

Dicas

  • Desconfia-se que os assexuais constituam 1 a 2% da população. [1] Desta forma, se você for assexual, não se sinta um estranho ou que está sozinho.
  • O Tumblr é uma excelente opção para pessoas integrantes da comunidade LGBT+, agora chamada de MOGAI (“Marginalized orientations, gender alignments, and intersex“ ou “IIGOM – Intersexo, Identidades de Género e Orientações Marginalizadas).

Avisos

  • Ao considerar que não será possível controlar sozinho seus sentimentos, procure ajuda. É importante que você continue a compartilhar o maravilhoso espírito que possui com o mundo!


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