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Não é porque você está com depressão que é uma mãe ruim. Conviver com esse quadro clínico pode fazer com que os desafios da maternidade (ou paternidade) pareçam imbatíveis, mas não é bem assim: tudo tem solução! Você não está sozinha, já que muitos outros pais passam por circunstâncias parecidas. Leia as informações deste artigo para conseguir entender melhor o seu momento atual.

Método 1
Método 1 de 5:

Entendendo como a depressão afeta mães

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  1. Uma em cada dez mulheres apresenta sintomas de episódios depressivos sérios todos os anos. A maternidade é um período estressante, com várias mudanças hormonais, o que pode levar ao quadro depressivo com o tempo. [1]
    • Pesquisas indicam que uma entre oito mães apresenta a depressão pós-parto nos primeiros meses após o nascimento de seus filhos — sendo que algumas a desenvolvem até durante a gestação.
    • Se você estiver passando por um episódio depressivo, tente entender quando os sintomas surgiram. Pode ser caso de depressão na perimenopausa, em que os sintomas surgem antes da menopausa. [2]
    • Pode ser até que você esteja com outro tipo de depressão, como o transtorno afetivo sazonal, no qual a depressão está associada à época do ano. Quanto mais você entender quando seus episódios acontecem, mais vai conseguir se preparar para eles. [3]
    • A depressão também é comum após o nascimento, muitas vezes devido à pressão social que a mãe sente para deixar tudo seja perfeito com relação ao bebê.
  2. Os exemplos listados a seguir são alguns dos mais comuns. Nem todos acontecem ao mesmo tempo, mas você decerto está depressiva se apresentar vários de uma vez: [4]
    • Um sentimento persistente de tristeza ou vazio.
    • Irritabilidade.
    • Fadiga.
    • Acordar cedo demais ou dormir até tarde.
    • Sentir muita pressão social em seus hobbies e outras atividades.
    • Dores ou cólicas sem motivo aparente.
    • Mudanças no apetite.
    • Letargia e lentidão para se mexer e falar.
    • Pensamentos persistentes de morte ou suicídio.
  3. Enquanto a depressão masculina costume estar associada a comportamentos agressivos ou arriscados, além de abuso de substâncias, as mulheres costumam desenvolver o quadro quando estão extremamente tristes ou não sentem mais prazer.
  4. Apesar de esses dois quadros costumarem acontecer ao mesmo tempo, a ansiedade está associada a uma preocupação, uma obsessão ou um pessimismo persistente e grave, além de sensações como inquietude e agitação física. [5]
    • Embora a maioria das pessoas tenha algum nível de ansiedade ao longo da vida, ainda vale a pena prestar atenção aos sintomas. Se eles começarem a interferir na sua vida diária, você provavelmente tem um transtorno de ansiedade generalizada.
    • O desejo de que tudo seja perfeito para seu bebê pode causar sentimentos de tristeza e ansiedade, principalmente se você achar que não está fazendo tudo como deveria.
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Método 2
Método 2 de 5:

Lidando com os sintomas de depressão em casa

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  1. Por mais que a depressão faça você ter vontade de se isolar de tudo e todos, é essencial manter contato com as pessoas mais importantes da sua vida. Sempre que os sintomas surgirem, mande mensagem ou ligue para alguém com quem você possa desabafar. [6]
    • Você não precisa necessariamente falar dos seus sintomas de depressão, mas fique à vontade. Lembre-se: seus amigos e familiares estão aí para o que der e vier e, se for o caso, também dá para vocês falarem de algum assunto leve e descontraído.
  2. Tente passar pelo menos 15 minutos ao ar livre durante as horas mais claras do dia. Os raios do sol podem aumentar seus níveis de serotonina e melhorar seu humor. Além disso, tente se sentar mais perto de janelas e abrir as cortinas de vez em quando. [7]
    • Se você vive em uma região onde não faz tanto sol, compre uma luminária terapêutica pela internet.
  3. Técnicas como yoga, meditação e exercícios de respiração profunda e atenção plena ajudam a fortalecer a mente. Pratique uma ou mais delas todos os dias para aliviar os sintomas da depressão e melhorar seu bem-estar. [8]
  4. Praticar exercícios ajuda a melhorar o humor e aliviar os sintomas da depressão. Não importa se você não faz atividades há muito tempo: basta criar o hábito de caminhar 20 minutos por dia, por exemplo. [9]
    • Talvez você fique mais motivada se tiver companhia para fazer exercícios. Convide um amigo ou uma amiga para caminhar ou ir à academia!
  5. A depressão pode gerar um ciclo vicioso de pensamentos negativos. Apesar disso, entenda que você é mais que forte o bastante para derrubar essas ideias e retomar o controle da sua saúde mental. Sempre que notar que sua mente está começando a entrar nesse ciclo de dúvidas, críticas e tristeza, pare e pense: [10]
    • "Que provas eu tenho de que isso é verdade?"
    • "O que eu diria a um amigo se ele me contasse que está tendo esses pensamentos?"
    • "Como eu encararia nessa situação se não tivesse depressão?"
  6. Estudos apontam que consumir álcool altera a química do cérebro, aumentando o risco de sintomas de depressão. Se você não quer cortar as bebidas de uma vez, pelo menos não as consuma todos os dias — e nem em excesso. [11]
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Método 3
Método 3 de 5:

Como a depressão parental afeta os filhos

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  1. A depressão parental afeta até os filhos, já que molda a experiência deles no mundo. Estudos indicam que mães depressivas costumam ser menos emocionalmente responsivas aos seus filhos, o que pode mudar a forma como eles lidam com as pessoas. O quadro pode ainda fazer com que elas se isolem de suas famílias, o que reduz as interações dos jovens com os demais. [12]
    • Não desanime por ficar sabendo dessas informações! Repetindo: você não é uma mãe ruim só porque vive com depressão. Estar ciente de alguns desses problemas pode ajudar no combate a eles.
  2. Você não tem que fingir que é invencível. Dependendo da idade e da maturidade dos seus filhos, talvez esteja na hora de conversar com eles sobre o que está acontecendo. Quem sabe eles já não têm uma boa compreensão da seriedade da depressão — e mostrem todo o apoio de que você precisa? [13]
    • Os jovens são bastante antenados e, no geral, percebem quando há algum problema emocional com os pais. Fale da depressão com seus filhos, pois assim pode ser que eles aprendam a confiar na própria intuição sobre o assunto. [14]
    • Comece a conversa dizendo algo como "Vocês sabe que eu amo vocês mais que tudo no mundo, mas às vezes eu fico um pouco magoada. Isso me deixa mais triste ainda, já que não consigo passar tanto tempo quanto eu gostaria ao seu lado". [15]
    • Tome bastante cuidado com a linguagem que você usa para explicar a situação. Por exemplo: evite termos como "sofrendo de depressão". É melhor dizer " vivendo com depressão". Lembre-se de que os filhos costumam imitar o comportamento dos pais! Seja um bom modelo de comportamento para que eles entendem que ter esse quadro clínico não é um bicho de sete cabeças.
  3. Faça o possível para se expressar bem, sem se esquecer de que sempre vai dar para conversar outras vezes com os jovens. Você não é obrigada a (e nem deve conseguir) esgotar todo o assunto de uma vez só. [16]
    • Se você tiver muita dificuldade para falar sobre o assunto com seus filhos, convide-os para fazer uma sessão de terapia ao seu lado. O terapeuta profissional vai facilitar o diálogo. [17]
  4. Todas as pessoas têm experiências negativas na vida, mas você pode ajudar seus filhos a lidar melhor com a sua situação se mostrar as várias formas que eles têm de ser resilientes. Pesquisas indicam que existem inúmeras técnicas úteis nesse sentido, como: [18]
    • Desenvolver um senso de autoeficácia e uma sensação de controle: deixe seus filhos tomarem decisões por conta própria — para que eles se sintam em controle das próprias vidas. Se eles são muito pequenos, comece com escolhas mais simples, como o que comer no jantar.
    • Criar oportunidades para eles contarem com a própria perspicácia: deixe seus filhos resolverem os conflitos na escola e em outras partes da vida sem sua ajuda. Interfira somente quando a segurança deles estiver em risco.
    • Recorrer à fé e a tradições: eduque seus filhos em relação a tradições que eles têm em comum com outras pessoas. Quando eles entenderem que fazem parte de uma rede mais extensa, vão se sentir prontos para encarar o mundo.
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Método 4
Método 4 de 5:

Cuidando das suas responsabilidades de mãe

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  1. Muitas vezes, quem vive com depressão fica impedido até de fazer as tarefas mais básicas do dia a dia. Por exemplo: muitos pais depressivos não se lembram de levar seus filhos à escola a tempo ou todos os dias. Se acontecer algo do tipo com você, crie o costume de montar uma lista de tarefas com antecedência. [19]
    • Quando você for montar a lista, comece anotando todas as suas responsabilidades básicas (como preparar o almoço das crianças); em seguida, acrescente seus compromissos especiais (como ir a uma partida de futebol na escolinha da sua filha). À medida que conclui cada item, risque-o e aproveite a sensação de realização que isso traz.
    • Não tenha medo de delegar tarefas de vez em quando! Pedir ajuda ao seu parceiro, a um familiar, a amigos ou até conhecidos é natural e compreensível. Não é porque você é mãe que precisa fazer tudo sozinha!
  2. É lógico que tudo fica mais difícil quando se vive com depressão. Mesmo assim, busque pessoas em quem você e seus filhos confiem para diminuir a carga de criar todos por conta própria. [20]
    • Até seus amigos e familiares que moram mais longe podem ser grandes aliados nesse seu sistema de apoio! Mantenha contato com essas pessoas, principalmente as que também têm filhos e entendem sua situação em primeira mão.
    • Se você quiser achar outro grupo de mães que ajude com suas responsabilidades, crie o hábito de frequentar as reuniões e outros eventos da escola dos seus filhos. Por mais que as coisas sejam meio estranhas a princípio, você provavelmente vai acabar conhecendo pessoas dispostas a ajudar. E não precisa nem revelar tudo que está acontecendo na sua vida!
  3. Caso seus filhos sejam crescidinhos, eles também podem assumir certas responsabilidades em casa ou até mesmo com você — incluindo coisas básicas, como tomar remédio ou se vestir. De vez em quando, fale sobre a saúde mental deles com frases do tipo "Como você está se sentindo em uma escala de um a dez?". Isso evita que os jovens também fiquem sobrecarregados. [21]
    • Encontre um ponto de equilíbrio entre as responsabilidades e o lazer dos seus filhos — e reserve um tempo toda semana para eles ficarem à toa. Do contrário, eles podem acabar frustrados e ressentidos com essa vida de "adulto" prematura.
  4. Você pode levar seus filhos para uma viagem, comprar algo legal para eles ou até reservar um tempo para todo mundo ficar junto em casa. O importante é prestar atenção às necessidades dos jovens, ainda que você passe por alguns episódios mais tensos. [22]
    • Não leve para o lado pessoal se seus filhos não estiverem dispostos a fazer certas atividades que você propõe. Talvez eles estejam ocupados ou tenham preocupações próprias! Mesmo assim, tente passar tempo com todos quando você estiver se sentindo bem.
    • Lembre-se de que ser "boa o bastante" está de ótimo tamanho. Você não precisa ser a mãe perfeita — o que nem existe, aliás. Muitas vezes, pessoas depressivas cobram demais de si mesmas e acabam sentindo que fracassaram quando não conseguem suprir todas as expectativas. Não caia nessa cilada! [23]
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Método 5
Método 5 de 5:

Tratamento para depressão

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  1. Fale sobre a ansiedade que você sente por ser mãe. O psicólogo é a pessoa mais qualificada para criar um espaço em que você consiga se recuperar e ficar feliz. Ele vai usar técnicas científicas para combater sua depressão, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC). [24]
    • A TCC é muito eficaz com pais e mães depressivos. Ao usar estratégias que ajudem a combater os sintomas da depressão, você vai retomar um senso de controle sobre sua vida. [25]
    • O terapeuta pode recomendar que você consulte um psiquiatra. Muitos pais depressivos fazem terapia e tomam medicamentos para que consigam manter uma rotina adequada junto com seus filhos. [26]
    • Se você já toma medicamentos, marque consultas periódicas com o psiquiatra para falar sobre possíveis efeitos colaterais. Busque o melhor tratamento que você merece para retomar sua vida e voltar a ficar saudável!

Dicas

  • Elabore um plano de ação para sua recuperação e entregue cópias às pessoas em que você mais confia! Nesse documento, inclua informações como o contato do seu terapeuta (psicólogo e psiquiatra), números de telefone de amigos e familiares que já ajudaram no passado e detalhes de coisas que você pode fazer para controlar suas crises.
  • Busque ajuda imediatamente se você tiver pensamentos suicidas. O primeiro passo é ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número 188. Você deve isso não só aos seus filhos, mas a si mesma! Lembre-se do seu valor e do bem que você traz ao mundo, mesmo que nem sempre consiga enxergar essas coisas.
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  1. https://www.helpguide.org/articles/depression/coping-with-depression.htm
  2. https://www.rcpsych.ac.uk/mental-health/problems-disorders/alcohol-and-depression
  3. https://www.yalemedicine.org/conditions/how-parental-depression-affects-child
  4. https://www.mhanational.org/parenting-mental-health-condition
  5. https://www.mhanational.org/parenting-mental-health-condition
  6. https://www.mhanational.org/parenting-mental-health-condition
  7. https://www.mhanational.org/parenting-mental-health-condition
  8. https://www.mhanational.org/parenting-mental-health-condition
  9. https://developingchild.harvard.edu/science/key-concepts/resilience/
  10. https://www.yalemedicine.org/conditions/how-parental-depression-affects-child
  11. https://naobataeduque.org.br/cinco-coisas-que-voce-deveria-saber-sobre-depressao-parental/#:~:text=Existe%20uma%20forte%20liga%C3%A7%C3%A3o%20entre,como%20dormir%2C%20comer%20e%20trabalhar .
  12. https://www.mind.org.uk/information-support/tips-for-everyday-living/parenting-with-a-mental-health-problem/helping-your-children/
  13. https://naobataeduque.org.br/cinco-coisas-que-voce-deveria-saber-sobre-depressao-parental/#:~:text=Existe%20uma%20forte%20liga%C3%A7%C3%A3o%20entre,como%20dormir%2C%20comer%20e%20trabalhar .
  14. https://naobataeduque.org.br/cinco-coisas-que-voce-deveria-saber-sobre-depressao-parental/#:~:text=Existe%20uma%20forte%20liga%C3%A7%C3%A3o%20entre,como%20dormir%2C%20comer%20e%20trabalhar .
  15. https://www.yalemedicine.org/conditions/how-parental-depression-affects-child
  16. https://www.yalemedicine.org/conditions/how-parental-depression-affects-child
  17. https://www.yalemedicine.org/conditions/how-parental-depression-affects-child

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