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A disfunção erétil, caracterizada pela incapacidade frequente de ter ou manter uma ereção durante atos sexuais, pode ser difícil de enfrentar. Para piorar, ela contribui com problemas como ansiedade, depressão e conflitos no relacionamento. A boa notícia é que há tratamento! A maioria dos casos tem componentes físicos e psicológicos. Se o médico diagnosticar o seu como majoritariamente psicológico, concentre-se em várias estratégias mentais e mudanças no seu estilo de vida para buscar uma melhora. De resto, saiba mais lendo o artigo abaixo!

Método 1
Método 1 de 4:

Buscando soluções com um médico

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  1. É muito raro a disfunção erétil ser 100% física ou 100% psicológica. Para determinar o que contribui com o seu caso, é importante consultar um médico e receber o diagnóstico oficial. Assim, vocês vão poder desenvolver juntos um programa de tratamento adequado para suas circunstâncias. [1]
    • As causas físicas da disfunção erétil costumam estar relacionadas a problemas de circulação — que, por sua vez, podem ter a ver com quadros cardiovasculares. Dependendo do caso, interações entre medicamentos, lesões e obstruções (como tumores) também são fatores importantes.
    • Ainda que você fique constrangido de tocar no assunto com o médico, lembre-se de que a disfunção erétil é um quadro muito comum (inclusive para homens com menos de 40 anos). Não se trata de nada anormal ou inevitável, e sim um problema tratável.
    • Seja direto ao tocar no assunto: "Nos últimos meses, estou com problemas para manter ereções durante o sexo — apesar de estar com a mesma libido de antes."
  2. Caso sua disfunção erétil seja 100% psicológica, concentre-se nesse tipo de tratamento. Por outro lado, se também houver aspectos físicos, é essencial usar tratamentos dessa natureza ( além dos mentais). Discuta as melhores opções com o médico. [2]
    • Há uma série de intervenções médicas capazes de melhorar a sua capacidade de ter e manter uma ereção fisicamente, incluindo comprimidos, injeções, dispositivos manuais e implantes.
    • Tomar um comprimido pode (ou não) ajudar você a ter uma ereção se a disfunção erétil for psicológica. No entanto, isso não resolve as causas do problema. Você só vai estar "disfarçando" as coisas.
  3. Se o médico não encontrar nenhuma causa física particularmente relevante para a sua disfunção erétil, então dá para concluir que ela é em grande parte psicológica. Nesse caso, é importante que você identifique e resolva seus fatores mentais específicos. Conversar com um terapeuta profissional é essencial nesse processo. [3]
    • Dependendo do quadro, o terapeuta pode ajudar você a desenvolver estratégias para lidar com a ansiedade e reduzir o estresse — coisas que não estão diretamente relacionadas ao sexo.
    • Pode ser que ele use a terapia cognitiva sexual (TCS), uma variação da terapia cognitivo-comportamental (TCC), para ajudar você a desenvolver novos pensamentos e comportamentos ligados à atividade sexual.
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Método 2
Método 2 de 4:

Lidando com fatores psicológicos específicos

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  1. Fontes de estresse no dia a dia podem contribuir com a disfunção erétil mesmo quando não têm nada a ver com a intimidade do casal. Esse excesso de tensão impede que você relaxe, o que é essencial para manter uma ereção saudável, além de aumentar a pressão arterial (o que também contribui com o problema). [4]
    • O segredo para aliviar o estresse está em buscar técnicas relaxantes que funcionem para você. Atividades como praticar yoga, meditar, respirar fundo, fazer exercícios leves, conversar com amigos e parentes, ouvir músicas relaxantes, ler um bom livro e afins são muito interessantes.
    • Fazer alguns exercícios de respiração profunda antes de um encontro sexual, por exemplo, também traz um efeito relaxante.
    • Converse com um terapeuta profissional se você precisar de ajuda para lidar com o estresse.
    Resposta do Especialista
    P

    A disfunção erétil é um problema comum?

    Michael DIckerson é Psicólogo com mais de 6 anos de experiência em assessoria pedagógica. É especialista em ansiedade, TOC e saúde mental masculina. É formado em Psicologia pela California State University, Sacramento, e Doutor em Psicologia pelo Wright Institute em Berkeley, California.
    CONSELHO DO ESPECIALISTA

    Com certeza. É por isso que é tão importante normalizá-la. Muitas pessoas enxergam o quadro como um assunto pessoal e tabu, quando, na verdade, trata-se de algo comum e que pode ser tratado com terapia e mudanças no estilo de vida.

  2. Assim como com o estresse, a ansiedade não precisa estar necessariamente ligada à vida sexual para contribuir com a disfunção erétil. Busque atendimento profissional, ainda mais se você se sente impotente (em sentido sexual ou não) devido às ansiedades do dia a dia. [5]
    • O terapeuta pode usar estratégias como a TCC para ajudar você a reconhecer e superar suas ansiedades.
    • Em alguns casos, talvez ele recomende medicamentos que ajudem a combater a ansiedade. No entanto, certos ansiolíticos acabam contribuindo com a disfunção — e é por isso que é importante buscar outras alternativas antes.
  3. Ficar ansioso com seu desempenho sexual pode dificultar bastante as coisas, inclusive contribuindo com a disfunção erétil. Por isso, é importante usar uma série de estratégias para quebrar o ciclo. Em primeiro lugar, seja franco e honesto com sua parceira (ou seu parceiro) em relação às suas ansiedades. Só de falar sobre o assunto já pode trazer um pouco de paz! [6]
    • Em alguns casos, coisas como mudar sua rotina sexual ou até dar um tempo de qualquer atividade do tipo também ajudam.
    • Converse com o terapeuta e peça conselhos específicos.
  4. Estar confiante e confortável consigo mesmo facilita bastante o desempenho sexual. Se um dos motivos para sua disfunção erétil é a baixa autoestima, busque estratégias (incluindo terapia) que resolvam o problema. [7]
    • Crie o hábito de tirar um tempo todos os dias para pensar bastante sobre a vida e suas realizações. Se possível, faça uma lista detalhada dessas conquistas.
    • Busque oportunidades para ajudar as pessoas, como através de trabalho voluntário.
    • Converse com sua parceira sobre o que você sente, mas também não tenha medo de buscar ajuda com um terapeuta profissional.
  5. Apresentar dificuldades em qualquer aspecto do relacionamento pode causar problemas no seu desempenho sexual. Muitas vezes, a falta de comunicação é um dos fatores de origem desses problemas. Tentar melhorar o diálogo com sua parceira é o primeiro passo em busca de uma solução. [8]
    • Escolha momentos em que os dois estejam calmos e focados — para que possam conversar de forma franca e honesta sobre sentimentos.
    • Parta sempre da sua perspectiva ("Eu...") para dizer o que você sente sem atacar ou acusar sua parceira.
    • Dê à sua parceira uma oportunidade justa para falar. Nesses momentos, ouça com atenção.
    • Consulte um terapeuta de casal se vocês precisarem de mais ajuda.
  6. A depressão é um quadro de saúde mental muito comum, muitas vezes contribuindo com a disfunção erétil psicológica. Se você vive triste ou não se sente mais "você mesmo", não ignore o problema: consulte um profissional de saúde mental o quanto antes. [9]
    • O profissional pode usar a TCC ou outras técnicas terapêuticas para ajudar você a reconhecer e lidar com seus sentimentos.
    • Assim como acontece com ansiolíticos, alguns antidepressivos contribuem com a disfunção erétil. Converse bastante com o profissional de saúde para entender suas necessidades e conhecer as melhores opções.
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Método 3
Método 3 de 4:

Colaborando com sua parceira

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  1. Como é quase impossível esconder a disfunção erétil da sua parceira, vale mais a pena ser franco e honesto em relação ao que você está vivendo. Em vez de tentar tocar no assunto durante ou depois de um encontro sexual frustrado, espere até um momento em que vocês dois estejam calmos, vestidos e prontos. [10]
    • Vá direto ao ponto: "Acho que estou com disfunção erétil, e talvez tenha a ver com o estresse na minha vida. Vou marcar uma consulta com o médico."
    • Se sua parceira julgar ou criticar você ou sua incapacidade de ter relações sexuais da forma como ela espera, é melhor repensar até se vocês são compatíveis e devem continuar juntos.
    • Não deixe sua parceira se culpar — como se ela acreditar que não é "interessante" ou "sexy" o bastante para você. Diga algo como "Não tem nada a ver com você. Fico muito excitado quando estamos juntos. É um problema tratável e que preciso discutir com o médico".
  2. Não é porque você está com disfunção erétil — seja física, psicológica ou dos dois tipos — que sua vida sexual precisa parar. Pelo contrário: você pode usá-la como oportunidade para aumentar a frequência e a variedade dos seus momentos de intimidade. Que tal ficar de mãos dadas ou de conchinha, trocar beijos e carícias, fazer massagens sensuais ou pensar em outras atividades que não envolvam o pênis? [11]
    • Aumentar a frequência e a variedade dos momentos de intimidade vai ajudar você a superar as barreiras psicológicas que podem estar contribuindo com sua disfunção. Talvez você fique mais confiante, confortável e relaxado com sua parceira em situações de intimidade, em vez de sentir aquela pressão enorme para ter um bom desempenho sexual.
    • Aproveite a oportunidade para encontrar novas formas de dar prazer à sua parceira. Ela não vai se queixar!
  3. Seu processo de ter uma ereção decerto vai mudar com o tempo, e a ansiedade ligada ao assunto pode contribuir com a disfunção erétil psicológica. Principalmente quando um homem se aproxima dos 40 anos de idade, ele nota mudanças no tempo, no estímulo e na libido que fazem parte da ereção. Se for o seu caso, não coloque o carro na frente dos bois: tenha calma durante seus encontros íntimos. [12]
    • Dê mais destaque às preliminares e trate seus encontros íntimos como momentos de calma, não de pressa. Por exemplo: reserve pelo menos uma hora para a "brincadeira" em vez de fazer uma rapidinha.
    • Se você e sua parceira têm filhos que costumam entrar no quarto à noite, diga a eles que precisa de um tempo a sós com sua parceira e tranque a porta. Ou melhor ainda: leve-os para a casa dos avós para uma visitinha!
  4. A disfunção erétil pode causar ou ser causada por problemas de relacionamento... Ou os dois. Lidar com o quadro psicológico, em particular, fica muito mais fácil quando se tem uma parceira compreensiva e disposta a ajudar. Uma das melhores formas de fazer isso é buscar sessões de terapia sexual a dois com um profissional especializado. [13]
    • Encare a terapia sexual como oportunidade para falar franca e honestamente sobre sua vida com sua parceira. Você e ela podem descobrir de onde vem sua disfunção erétil psicológica, além de buscar possíveis soluções.
    • Se sua parceira não quiser participar das sessões, consulte o terapeuta sozinho.
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Método 4
Método 4 de 4:

Mudando seu estilo de vida

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  1. Cuide melhor da sua alimentação, pratique exercícios e pare de fumar . Mesmo se a sua disfunção erétil for mais psicológica, você pode buscar formas de melhorar sua capacidade física de ter e manter ereções. Adotar uma alimentação saudável, praticar exercícios e parar de fumar (ou nem começar) são meios de reduzir o estresse e a ansiedade, além de melhorar seu bem-estar mental. [14]
    • Coma mais frutas, verduras e legumes, cereais integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Além disso, reduza o consumo de produtos processados e embalados, alimentos ricos em sódio, gorduras nocivas e bebidas com muito açúcar.
    • Tente praticar 150 minutos de exercícios aeróbicos moderados por semana, além de fazer musculação e treinos de flexibilidade duas ou três vezes.
    • Consulte um médico antes de mudar sua alimentação ou começar a praticar exercícios, ainda mais se você tem algum problema cardiovascular ou algo do tipo.
    • Fale com o médico sobre as melhores opções para parar de fumar.
  2. Estar acima do peso é um fator de risco para problemas cardiovasculares, o que contribui com a disfunção erétil física. E mais: ter alguns quilos a mais na região da cintura é mais problemático, uma vez que pode restringir a circulação até a genitália. Embora emagrecer em si não resolva a disfunção psicológica, pelo menos facilita ter ereções e melhora a saúde mental de modo geral. [15]
    • Converse com o médico para determinar se você precisa perder peso, qual é o ideal para o seu caso e como chegar lá.
    • Escolha opções de emagrecimento saudáveis, como melhorar sua alimentação e praticar exercícios.
  3. Faça exercícios com o assoalho pélvico para melhorar sua capacidade de manter uma ereção. Exercícios com o assoalho pélvico, também conhecidos como Kegel, não são úteis somente para mulheres: também fazem bem a homens que querem melhorar suas ereções. Assim como a alimentação e a perda de peso, aprimorar sua capacidade física pode amenizar os aspectos psicológicos da disfunção erétil. [16]
    • Comece cortando o fluxo de urina enquanto você faz xixi. Isto serve para identificar seus músculos da região. Além disso, esvazie a bexiga antes do treino.
    • Contraia os músculos do assoalho pélvico por cinco segundos e relaxe por dez. Repita o processo dez vezes no total.
    • Tente fazer de três a quatro séries desses exercícios por dia, vendo se consegue aumentar as contrações para dez segundos cada.
    • Em homens, os músculos do assoalho pélvico ajudam a reter o sangue no pênis durante a ereção.
  4. Se você consome tipos de pornografia que está muito fora das suas experiências sexuais típicas, pode acabar dessensibilizado física e mentalmente — e, assim, ficar com dificuldade para ter ou manter uma ereção durante suas atividades sexuais de rotina. O mesmo pode acontecer se você se masturbar com muita força e de forma que fuja do seu comportamento sexual típico. [17]
    • Ter moderação na masturbação e no consumo de pornografia ajuda a amenizar os fatores que levam à disfunção erétil psicológica. Contudo, o objetivo é recriar situações mais realistas e que estejam próximas dos seus comportamentos e experiências sexuais com sua parceira.
    • Comece a encarar a pornografia e a masturbação como formas de treinar a mente e o corpo (incluindo seu pênis) para reagir de determinada maneira durante encontros sexuais.
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