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A síndrome do túnel do carpo é um distúrbio que afeta os braços e as mãos. Na maioria das vezes, é causado pela compressão de um nervo localizado no punho. Certos fatores podem contribuir para o desenvolvimento do problema, como anatomia anormal do pulso, problemas de saúde subjacentes, como fraturas, e padrões do uso da mão, como o posicionamento inadequado do punho ao digitar. Muitos pacientes procuram tratamento através da cirurgia, mas se você quiser evitar essa opção, é possível fazer exercícios, tomar remédios e controlar a dor, assim como experimentar terapias alternativas.

Método 1
Método 1 de 4:

Adotando intervenções físicas e mecânicas

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  1. Esse tipo de intervenção física, através da colocação de um imobilizador ou uma tala, é muito utilizado por ser um tratamento barato e pouco invasivo contra a síndrome do túnel do carpo. Nele, uma tala de plástico ou madeira é colocada sob o punho, o braço e a palma da mão e fica presa em volta dessas áreas para diminuir a movimentação do punho; com ele imobilizado, a dor, a fraqueza e as sensações de dormência e formigamento deverão diminuir.
    • O imobilizador deixará o braço em uma posição neutra, diminuindo os sintomas e permitindo que o nervo comprimido já comece a melhorar.
    • Um ortopedista deverá fazer a avaliação e prescrever a tala ou imobilizador ideais. O médico também determinará por quanto tempo o item ortopédico deverá ser usado, de acordo com sua condição.
  2. Essa é uma maneira de reabilitação que utiliza diversos métodos para restaurar o uso funcional do braço. A terapia manual poderá ser realizada por um fisioterapeuta, que terá a capacidade de avaliar cada paciente com a síndrome do túnel do carpo e a necessidade de utilização dessa técnica. [1]
    • O fisioterapeuta poderá manipular, manualmente, a mão afetada, massagear a área dolorida e aplicar uma fita especial, como a de kinésio, para promover a recuperação. Leia os passos abaixo para saber mais sobre ela.
  3. A massoterapia envolve o alívio e o relaxamento dos músculos inflamados e tensionados da mão e pulso através de movimentos circulares e unidirecionais repetitivos, que ajudarão a melhorar a dor da área inflamada. Há especialistas em massoterapia, mas fisioterapeutas também podem realizar tais tratamentos.
    • Outra intervenção muito utilizada é a manipulação manual. Quiropratas, fisioterapeutas e cirurgiões ortopédicos a utilizam para realinhar articulações e ossos desalinhados; um movimento repentino e direto de extensão e flexão do osso ou articulação será realizado para corrigir a posição anatômica.
    • Por fim, o uso da fita de kinésio permite que o especialista diminua a tensão das fibras musculares, evitando que a região afetada apresente grande dor ou inflamação. Além disso, ela melhora a circulação na área afetada para promover a recuperação e a cicatrização.
  4. Há algumas rotinas para exercitar a mão que podem melhorar seu funcionamento, além de diminuir os sintomas da síndrome. Dois dos exercícios são o deslizamento tendinoso e a mobilização neural; eles serão discutidos em mais detalhes nos próximos passos.
  5. Coloque sua mão praticamente no mesmo nível do rosto, deixando-a em sua frente. O punho deve ficar em uma posição neutra, com a palma da mão oposta ao seu rosto. [2]
    • Feche a mão para formar um punho, mantendo-o na posição reta ou neutra. Estique os dedos e mantenha o polegar próximo ao indicador.
    • Dobre o punho para trás e mantenha a posição por alguns segundos. Leve o polegar para frente, distanciando-o dos outros dedos, e gire a palma da sua mão em sua direção.
    • Com a outra mão, alongue o polegar estendido durante dois segundos.
    • Repita o processo cinco vezes, com três a quatro sessões por dia.
  6. Essa atividade visa fortalecer os músculos que abrem e mão e criam equilíbrio com os músculos responsáveis pelo fechamento dela. [3]
    • Coloque um elástico grosso em volta de todos os dedos e o polegar. Tente separar os dedos contra a resistência exercida pelo elástico e mantenha a posição por dois a três segundos; depois, retorne-os à posição inicial.
    • Repita o processo 10 vezes ao longo de uma hora. Caso considere o exercício fácil, aumente a resistência com mais um elástico. Repouse entre cada repetição.
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Método 2
Método 2 de 4:

Adotando estratégias para aliviar a dor

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  1. Este Passo é muito importante, já que a imobilização do pulso afetado diminui a pressão e a tensão que são exercidos sobre ele na movimentação, possibilitando uma melhor recuperação. Nos movimentos do pulso, os tendões e ligamentos dos pequenos músculos das mãos e dedos que passam pelo túnel do carpo causam uma fricção em outras estruturas de tecido mole. Se isso continuar, a condição poderá se agravar.
    • Uma parte do repouso do punho consiste em usar o imobilizador ou tala como descrito no primeiro passo do artigo. O médico também pode aconselhar que você não realize atividades que exijam que o pulso dobre, como digitar.
  2. Se você estiver durante o período mais agudo da síndrome do túnel do carpo, ou seja, apresenta sintomas por menos de seis semanas, a compressa fria poderá auxiliar a diminuir tanto o inchaço quanto a inflamação. O frio vai contrair os vasos sanguíneos do local, reduzindo a dor e o inchaço. [4]
    • Enrole uma compressa fria, que pode ser também um saquinho de gelo ou um pacote de ervilhas, em uma toalhinha. Não aplique a compressa fria ou o gelo diretamente à pele; a exposição prolongada a baixas temperaturas pode causar danos a ela. Mantenha a compressa sobre a região por 15 a 20 minutos e retire-a para não a lesionar.
  3. Quando o transtorno atinge um estágio crônico, ou seja, está presente há mais de seis semanas, as compressas frias não funcionarão mais; será necessário usar as quentes ou aplicar algum tipo de calor para aliviar a dor. No entanto, lembre-se de que a região afetada não pode estar inchada para receber calor, que aumenta a circulação sanguínea a essa parte do corpo, ajudando na recuperação. [5]
    • A compressa quente (uma garrafinha quente também servirá) deve ser enrolada em uma toalhinha de mão. Segure-a sobre o pulso por 15 a 20 minutos.
  4. O fisioterapeuta pode aplicar parafina no pulso e mão, que estará com temperatura de cerca de 50 °C após ser colocada em um aquecedor especial. É normal ficar assustado e com medo de se queimar, mas a parafina é bem mais fria do que a água aquecida nessa mesma temperatura. [6]
    • O fisioterapeuta mergulhará a mão e o punho do paciente 10 vezes ou mais na parafina, e em cada uma delas, esperará que a parafina endureça antes de recolocar sua mão. Assim, o calor terapêutico ficará preso dentro da luva especial, de modo que combata a dor e acelere o processo de recuperação. A cera ficará em sua mão por 15 a 20 minutos e depois será removida.
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Método 3
Método 3 de 4:

Usando medicações

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  1. Esse tipo de remédio é empregado no combate às dores e inflamações da síndrome do túnel do carpo, o que poderá diminuir a compressão do nervo mediano. [7]
    • Os AINEs podem ser comprados sem a necessidade de receita médica. Aspirina, ibuprofeno e naproxeno são alguns dos mais utilizados. O celecoxibe é recomendado para essa situação, mas pode ser adquirida apenas com retenção de receita.
  2. O EMLA (“eutectic mixture of local anesthetics” ou mistura eutética de anestésicos locais) pode ser de grande valia contra a dor associada com a compressão do nervo mediano. Esse medicamento é constituído de dois anestésicos tópicos, a lidocaína e a prilocaína e pode ser ministrado tanto em forma de pomada quanto de creme. [8]
    • Aplique o EMLA na região dolorida duas a três vezes por dia. O médico poderá indicar uma dosagem diferente, de acordo com sua condição.
  3. Betametasona e metilprednisolona são dois dos remédios mais utilizados no combate à síndrome do túnel do carpo, já que tratam a inflamação, e consequentemente, aliviam a dor. Além disso, podem auxiliar no processo de recuperação. [12]
    • A dose mais prescrita de betametasona para tratamento da síndrome do túnel do carpo é um comprimido de 20 mg uma vez por dia, de manhã. Já a metilprednisolona, que é um corticosteroide similar, tem dosagem diária de 10 a 40 mg, de acordo com os sintomas e a gravidade. [13]
    • As injeções de corticosteroide costumam ser receitadas e ministradas por um médico. Pacientes que não se sentem à vontade ou apresentam tendências a ter hemorragias podem fazer uso oral das medicações.
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Método 4
Método 4 de 4:

Experimentando terapias alternativas

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  1. Esse procedimento alternativo consiste na aplicação de lasers de baixa intensidade ao longo do nervo mediano para reduzir os sintomas decorrentes da síndrome do túnel do carpo. Supostamente, a luz do laser pode penetrar profundamente nos tecidos, fornecendo um efeito “foto-bio estimulativo”. Acredita-se, também, que isso melhora a recuperação celular estimulando o sistema imunológico ou circulatório. [11]
    • Um médico com experiência na laserterapia de baixa intensidade fará o tratamento. A sessão será realizada uma vez e os resultados serão analisados; se as manifestações melhorarem, a terapia poderá ser repetida ao menos uma vez a cada duas a quatro semanas.
  2. Rotinas de yoga também são utilizadas para tratar a síndrome do túnel do carpo, em especial aquelas que focam na parte superior do corpo, no cuidado com o alinhamento estrutural correto e que concentram-se na abertura, no alongamento e no fortalecimento das articulações dessa região do corpo. [12]
    • Um bom programa de yoga para quem sofre com essa condição é a realização de sessões de uma a uma hora e meia, duas vezes por semana, em um período de dois meses.
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  1. Gurcay E. et al. (2009). Evaluation of the effect of local corticosteroid injection and anti-inflammatory medication in carpal tunnel syndrome. Scotland Journal of Medicine. pp. 4-6.
  2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17352635
  3. http://www.yogajournal.com/category/poses/contraindications-modifications/carpal-tunnel-syndrome-contraindications-modifications/

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