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Queimaduras químicas ocorrem quando os olhos, nariz, boca ou pele sofrem algum dano devido ao contato com uma substância química. Isso pode ocorrer através do contato direito com o produto ou pela sua fumaça. Produtos químicos industriais ou caseiros podem levar ao aparecimento de queimaduras graves em animais ou pessoas. [1] São poucos os casos de morte devido a queimaduras dessa natureza, mas sempre há a possibilidade; a lesão química pode continuar a atacar o corpo mesmo após o contato inicial, além de fazer com que outras consequências surjam se não houver tratamento imediato. Informar ao médico o que aconteceu e a quantidade do produto que causou a lesão pode ser muito útil para que o profissional decida a melhor forma de solucionar o transtorno. É importante ligar para o SAMU logo após o acidente, ou até para o Disque Intoxicação no número 0800-722-6001. Leia os passos abaixo para saber o que poderá ser feito imediatamente para tratar a queimadura.

Método 1
Método 1 de 3:

Tratando uma queimadura química

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  1. Se os produtos ainda oferecerem perigo à vítima, é importante levá-la para longe do local (se estiverem emitindo fumaça tóxica, por exemplo, ou se há risco de que o componente químico ainda caia sobre a pessoa).
    • Sempre tome precauções para se proteger ao cuidar de uma vítima de queimadura química. Por exemplo: use alguma roupa de manga comprida, luvas, máscara, óculos de proteção e outros equipamentos do tipo para não sofrer um ferimento parecido.
    • Se houver algum produto químico seco ainda sobre a pele do indivíduo, remova-o antes de irrigar o local.
  2. Quaisquer itens contaminados com produtos químicos ou que estejam obstruindo o acesso à ferida precisam ser retirados antes do tratamento. [2]
    • Deixá-los na vítima pode ser prejudicial. É preciso conseguir acessar a queimadura para remover o que sobrou do produto e da parte que já está seca, irrigando a região com água.
  3. A primeira ação a se adotar é a diluição do composto químico, que também é a melhor forma de combatê-la. [3] Para fazer isso, despeje água (fria) à vontade sobre a lesão e a pele em volta, deixando-a corrente sobre o local por 10 minutos ou mais. [4]
    • Não utilize uma corrente de água com pressão para realizar a lavagem, já que a força dela ao sair pode acabar piorando a queimadura, aprofundando o produto químico na pele. Faça uma irrigação leve, deixando essa região embaixo de uma corrente fraca por um bom tempo.
    • Algumas queimaduras químicas não devem ser tratadas com irrigação imediata, como as de fenóis, óxido de cálcio e metais elementares. Combinar tais compostos com água causa uma reação exotérmica (onde há produção de calor) ou liberação de subprodutos nocivos.
  4. Depois de limpar a lesão, cubra-a com um curativo limpo, como gaze, para ajudar na proteção da lesão. [5]
    • Se ela estiver muito dolorida, pode ser melhor aplicar uma compressa fria. Molhe um pano limpo com água fria e coloque-o sobre a lesão para fazer com que o desconforto seja aliviado e ela seja resfriada.
  5. Para diminuir um pouco da dor, você pode tomar um remédio para combatê-la, como paracetamol (Tylenol) ou ibuprofeno (Advil). [6] Em casos de fortes dores, no entanto, apenas medicamentos receitados poderão funcionar.
    • Procure um hospital imediatamente se a queimadura causar muitas dores.
  6. Ela é recomendada para muitos casos de queimaduras químicas; se a vacina não foi tomada recentemente, será necessário se submeter à imunização de reforço. Normalmente, as pessoas devem receber a antitetânica a cada 10 anos. [7]
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Método 2
Método 2 de 3:

Procurando tratamento médico

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  1. Entre em contato com o SAMU (192) se a vítima apresentar qualquer um dos graves sintomas a seguir: [8]
    • Palidez.
    • Desmaios.
    • Respiração curta.
    • Queimadura que toma uma grande parte da pele, como 8 cm de diâmetro ou mais.
    • Em casos em que a queimadura for em volta dos pés, rosto, olhos, mãos, virilha, nádegas ou uma articulação importante.
  2. Esse serviço oferecido pela Anvisa dará instruções sobre como proceder em casos de queimaduras químicas, mas é indicado apenas para quando a situação não for grave e você souber qual é o composto que causou a ferida. A ligação é automaticamente transferida para o Ciat (Centro de Informação e Assistência Toxicológica) mais próximo de sua região. Em alguns casos, pode ser recomendado que o paciente seja rapidamente levado a um hospital ou ao próprio Ciat para atendimento presencial.
    • Ao notar que a queimadura é muito grave, é importante levar o paciente ao hospital mais próximo em vez de entrar em contato com a o Disque Intoxicação. No entanto, os especialistas do Ciat poderão fornecer informações mais específicas para o tratamento, que muitos médicos não têm conhecimento, ou seja, é sempre uma boa ideia o contato com o serviço (enquanto estiver transportando a vítima, por exemplo).
    • Informações indispensáveis, como os compostos que devem ser deixados ao ar livre e os que precisam de um curativo oclusivo, são alguns dos dados que os especialistas poderão repassar. [9]
  3. Ao chegar no hospital, vários métodos serão empregados de acordo com a gravidade do ferimento; se houver bolhas grandes ou partes que precisem de uma lavagem, primeiro será dado um medicamento contra a dor para que a limpeza seja feita. Bolhas grandes serão rompidas de forma controlada para aliviar a pressão, enquanto as menores não serão tocadas.
    • A queimadura será coberta com creme de sulfadiazina de prata e protegida com gaze. Em volta, a bandagem será afixada para segurar a gaze e cobrir melhor a lesão. [10]
  4. Queimaduras químicas oculares são extremamente graves; se possível, tente lavar os olhos jogando água à vontade para diluir o produto. Isso evita que ocorram danos irreversíveis à córnea e à conjuntiva, que podem levar à cegueira.
    • Queimaduras químicas oculares de ácidos ou alcalinos precisam de cuidado especializado o quanto antes, já que há risco de perda permanente de visão.
    • O paciente pode ser levado a um oftalmologista para que ele realize um exame de acuidade visual, em que o grau de dano ocular será determinado.
    • Alguns estudos indicam bons resultados ao realizar a irrigação com água à vontade. O uso de colírios com esteroides, vitamina C e até mesmo antibióticos foram utilizados no tratamento. [11]
  5. No entanto, elas podem ocorrer de qualquer maneira, portanto, fique atento, todos os dias, por indícios de contaminações (aumento da vermelhidão, pus, febre ou corrimento verde). Se qualquer um deles aparecer, vá ao hospital imediatamente.
    • Se necessário, marque um retorno com um médico ou toxicologista. Alguns agentes tóxicos podem ser absorvidos pela pele, causando toxicidade sistêmica, enquanto a fumaça inalada pode levar ao aparecimento dessa condição, bem como problemas pulmonares, como asma. Certas substâncias, ao serem aspiradas, são fatais. [12]
    • Pacientes diabéticos, que tomam esteroides, fazem quimioterapia ou que possuem o sistema imunológico debilitado por qualquer razão, têm maior chance de sofrer uma infecção, precisando de mais cuidado com qualquer sinal de contaminação.
    • Todos os dias, verifique o estado da queimadura, lavando-a e trocando o curativo. Dentro de 10 a 14 dias, a pele deverá começar a descamar e cicatrizar novamente, de acordo com o tipo da lesão. [13]
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Método 3
Método 3 de 3:

Sabendo mais sobre os tipos de queimadura química

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  1. Algumas são primariamente de natureza alcalina (de soluções fertilizantes, amônia, baterias e desentupidores de canos e ralos), que apresentam feridas bastante graves.
    • Apesar da reputação negativa de ácidos (como ácido sulfúrico ou clorídrico), a toxicidade de queimaduras causadas por eles é menor. [14]
  2. Existem dois tipos; o primeiro é quando a queimadura é superficial, caracterizada por vermelhidão e danos na camada superior da pele, com um ferimento apenas parcial na camada inferior. Haverá presença de bolhas e dor, o que é um bom sinal, além de vermelhidão e possível sangramento. Após cerca de duas semanas, a cicatrização será completa.
    • O segundo tipo é a queimadura de segundo grau profunda. Nela, até mais camadas da derme podem ser destruídas, ficando com um aspecto branco, e não vermelho, indicando que houve laceração dos vasos sanguíneos, atrapalhando a circulação. Não há dor devido ao dano nos nervos, e pode haver ou não bolhas. A cicatrização ocorrerá, mas demorará mais do que duas semanas e deverá haver presença de tecido cicatricial.
    • Quando a queimadura de segundo grau ocorrer sobre uma articulação, a cicatrização pode interferir na capacidade do paciente de mover a extremidade ligada a ela. [15]
  3. Elas afetam as camadas superiores e inferiores da pele, como nos outros graus, mas chegam até o tecido subcutâneo. Lesões nessa camada fazem com que ela fique semelhante ao couro e será preciso cirurgia para que a cicatrização ocorra normalmente.
    • Muito provavelmente, o paciente será submetido a um desbridamento ou colocação de enxertos de pele. [16]
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Dicas

  • A prevenção é o aspecto chave ao manusear produtos químicos. Ácidos de piscina e soluções de limpeza são bastante agressivos, exigindo o uso constante de luvas de borracha e proteção para os olhos. Não subestime os efeitos dos produtos no corpo, olhos, nariz, boca e pele.
  • Todos os recipientes químicos deverão ter números emergenciais para casos de acidentes.
  • A Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico fornece dados sobre o possível efeito que ele causa em humanos que respirarem ou entrarem em contato com o produto em questão.
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  1. Emillia C Lloyd, Michael Michner, and Michael Williams, Outpatient Burns American Family Phyisian, Jan 2012, 85(1) 25-32
  2. Harminer S Dua, Anthony J King, and Annie Joseph, A New Update for Ocular Burns, British Journal of Opthamology 2001, 85, 1379-1383
  3. http://www.lung.org/our-initiatives/healthy-air/indoor/indoor-air-pollutants/cleaning-supplies-household-chem.html
  4. Emillia C Lloyd, Michael Michner, and Michael Williams, Outpatient Burns American Family Phyisian, Jan 2012, 85(1) 25-32
  5. R Palaoro, I Monge, M Ruiz, et al Chemical Burns Pathophysiology and Treatment, Burns May 2010 Vol 36 (3), 396-364
  6. Ziyad Alharbi, Andrezj Pialkowski, Rolf Dembiaski, et al Treatment of Bun in the First 24 Hours: A Simple And Practical Guide by Answering Ten Simple Questions In A Step By Step Form, Review 2012 World Journal of Emergency Surgery, 7:13 doi 10 1186/1749 7922-7-13.
  7. Ziyad Alharbi, Andrezj Pialkowski, Rolf Dembiaski, et al Treatment of Bun in the First 24 Hours: A Simple And Practical Guide by Answering Ten Simple Questions In A Step By Step Form, Review 2012 World Journal of Emergency Surgery, 7:13 doi 10 1186/1749 7922-7-13.

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