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Treinar um cachorro é importante, independente da raça; com um buldogue francês, por exemplo, o treinamento será bem diversificado, pois os cães da raça são muito inteligentes (o que facilita), mas um pouco teimosos. Felizmente, basta um pouco de paciência, carinho e prática, e você terá um companheiro canino bem treinado. [1]

Parte 1
Parte 1 de 4:

Domesticando o buldogue francês

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  1. Não é uma boa ideia deixá-lo fazer dentro de casa, pois o animal pode se acostumar. Caso haja um lugar no quintal onde queira que ele “cuide dos negócios”, leve-o até lá imediatamente (antes mesmo de deixá-lo entrar na casa). Deixe-o cheirar a área até que faça o número um ou dois. [2]
    • Depois que ele estiver mais leve ou com a bexiga menos cheia, cubra-o de elogios e atenção; assim, ele associará essas recompensas com a ação que acabou de executar.
  2. Para que o buldogue francês seja um membro educado da família, comece a treiná-lo assim que chegar em casa; caso você deixe para depois e, enquanto isso, o cachorro faça as necessidades no tapetinho sanitário, ele ficará confuso. “Onde o humano quer que eu solte as cargas?”
    • No começo da domesticação, você precisará ser muito consistente e animador.
  3. Muitos cães dão sinais específicos claros; veja quais são os do seu buldogue francês e dê oportunidades de ir lá fora, quando precisar. Os caninos dão esses sinais das seguintes formas:
    • Ofegando;
    • Andando de um lado para o outro e cheirando os móveis e outras partes da casa;
    • Latindo;
    • Indo para uma área distante e quieta.
  4. Caso não note os sinais acima e o cachorro faça besteira dentro de casa, limpe-a da melhor forma que puder, usando um neutralizador de odores ou um detergente enzimático para remover completamente o cheiro de urina; assim, o cão não retornará demarcar território ali. [3]
    • Não brigue ou bata no cachorro por causa do acidente: ele não associará a punição com a ação (fazer as necessidades dentro de casa), e passará a confiar menos em você.
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Parte 2
Parte 2 de 4:

Usando uma gaiola para domesticá-lo

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  1. Ela precisa ser grande o suficiente para o buldogue francês (ele deve conseguir ficar sobre quatro patas sem se encolher). Caso ainda não seja adulto, compre uma que tenha espaço de sobra, para que o animal cresça normalmente. Além disso, deve haver espaço para se virar confortavelmente. [4]
    • Usar uma gaiola é uma das melhores formas de se domesticar um buldogue francês: é um lugar para o qual ele vai quando quiser um refúgio, ou para quando você precisar deixá-lo sozinho.
  2. Coloque um tapete ou cobertor macio dentro da mesma. Para encorajar o uso dela, deixe uns petiscos lá dentro, mas não outras comidas ou água. O cão se sentirá seguro e confortável dentro daquele espaço. [5]
    • Coloque a gaiola em um lugar quieto, mas também onde o Totó possa interagir com as pessoas; ele não deve se sentir isolado ou sendo punido com a gaiola.
  3. Abra a porta e deixe-o entrar por conta própria. Quando isso tiver acontecido várias vezes, feche a porta e deixe-o lá por 10 minutos (mas não saia de perto). Solte-o quando ele parar de chorar. [6]
    • Não o solte enquanto houver choro e patadas na porta.
  4. Faça-o gradualmente até chegar em meia hora; depois, deixe-o lá dentro por curtos períodos de tempo. Os cães mais velhos conseguem ficar presos por até quatro horas (a bexiga deles não aguenta mais que isso). [7]
    • Nunca prenda o buldogue francês por mais tempo que isso, e nunca use a gaiola como punição, ou ele não vai querer mais entrar nela.
  5. Ela deve ficar em um local onde não haverá fluxo de pessoas. Para deixa-lo lá durante a madrugada, brinque até o Totó cansar e coloque um petisco na gaiola; espere-o entrar, feche a porta e saia de perto. Não volte enquanto houver choro. [8]
    • Você precisará levantar durante a noite para deixá-lo fazer as necessidades lá fora; com um filhote de menos de quatro meses, isso acontecerá a cada duas ou três horas; quando ele for mais velho, a cada quatro horas é o suficiente.
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Parte 3
Parte 3 de 4:

Socializando o buldogue francês

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  1. Trate-o como o membro da família que é, e apresente-o a todos que moram com você (assim que chegar, após levá-lo ao quintal para fazer as necessidades). Não se preocupe com crianças enérgicas e atividades barulhentas, contanto que o cão não se sinta ameaçado. [9]
    • Por exemplo, não o persiga com uma vassoura ou aspirador de pó; ele passará a ter medo daquele barulho e de você.
  2. É bom que o buldogue francês se sinta confortável em veículos; assim, caso precise levá-lo ao veterinário, o processo não será tão traumatizante. Passear de carro fará com que o cachorro descubra os sons e vistas da rua. Para maior segurança, ele deve usar um arreio ou ficar em uma caixa de transporte durante o trajeto. [10]
    • Não o leve junto no carro caso seja um dia muito quente ou úmido: se deixá-lo trancado sozinho (mesmo que por alguns minutos), ele poderá morrer.
  3. Existem parques para cachorros onde o seu pode brincar com outros, além de interagir com humanos (sem falar na queima de gordurinhas que o exercício trará). Lembre-se de que precisam ter tomadas, no mínimo, as duas primeiras vacinas polivalentes (v8 e v10) antes de ir ao parque (para não pegar cinomose, por exemplo); no Brasil, é obrigatória também a antirrábica. [11]
    • Mantenha-o em uma coleira para que não saia correndo ou puxe briga com outros cachorros.
  4. Exponha o buldogue francês ao máximo de cães, pessoas e situações que conseguir; e se, mesmo após isso tudo, você ainda pensar que ele precisa de mais interações, considere inscrevê-lo em uma aula de socialização ou obediência. São treinamentos importantes, e ele estará interagindo com outros humanos e cães. [12]
    • Tais aulas existem em centros comunitários e pet shops; você também pode pedir recomendações para o veterinário.
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Parte 4
Parte 4 de 4:

Ensinando comandos básicos

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  1. Para o filhote de buldogue francês, cada sessão deve ser de cinco minutos (aumentando enquanto o pequeno cresce), feitas entre três e cinco vezes por dia. Quando o cão estiver cansado ou com fome, não o treine, pois ele não prestará tanta atenção. Seja consistente e paciente com o Totó. [13]
    • As lições devem ser cumulativas: comece com comandos simples e só então vá para os mais complicados (aqueles que só os cães que sabem o básico conseguem executar).
  2. Isso será útil para ensiná-lo a não morder ou roer certas coisas (o que vai acontecer enquanto filhote). Caso o cachorro morda você (de leve ou não) ou roa algo que não deve, dê uma batidinha no nariz dele e diga “Não morda” ou “Não roa”. Tire o que quer que ele esteja mordendo ou roendo (o seu braço, por exemplo), e substitua por um brinquedo. [14]
    • Ao dar um brinquedo de roer apropriado, o animal ficará distraído, mas aprenderá o que pode morder e o que não pode.
  3. com o buldogue francês na sua frente, coloque um petisco na mão e mostre a ele; diga (com firmeza, mas amigavelmente) “senta”, e empurre a lombar gorduchinha até que sente; dê o petisco imediatamente e diga “bom trabalho!” ou “bom garoto!”. Afaste-se do Totó e repita o processo: vire-se para ele e comande-o a sentar. [15]
    • Sempre empurre a lombar, e elogie-o antes dessa vez: ele provavelmente sentará por vontade própria.
  4. com o cachorro sentado, pegue um petisco e mostre a ele; estando claro que você tem um petisco na sua mão, coloque-a perto do nariz dele; mova-a devagar até o chão, dizendo “deita” ou “chão”; ele seguirá a mão e se deitará devagarzinho; quando o fizer, elogie-o e dê o petisco. Pratique até obter consistência.
    • Caso o cachorro pule em você enquanto brinca (para chamar a atenção), corrija esse comportamento com uma coleira: quando ele começar a pular, dê o comando “senta” e o recompense a obediência. Ele aprenderá que não deve pular nos outros. [16]
  5. Comande-o para sentar e elogie-o pela obediência; coloque a mão na frente do rosto dele, como um sinal de pare; diga (com firmeza) “fica” e vá para trás devagar. Caso o cachorro corra na sua direção, comece tudo de novo com os comandos “senta” e “fica”; afaste-se novamente. Repita até que o animal compreenda e obedeça. [17]
    • Não saia com ele sem coleira enquanto não tiver ensinado o comando “fica”.
  6. Comece quando o Totó estiver brincando em uma área cercada: agache-se e bata na coxa, dizendo “vem” de forma amigável; ele pensará que você quer brincar e virá correndo; recompense-o com um petisco e muitos elogios. [18]
    • Use esse comando quando o cão estiver fazendo algo perigoso; ele esquecerá a situação e correrá rapidamente na sua direção. [19]
    • Pratique o comando em horários aleatórios, quando o animal estiver distraído. Essa é uma boa forma de testar a obediência e resposta ao comando.
  7. Caso o buldogue francês comece a latir e você precise de silêncio, é bom ter uma sacola de petiscos: quando ele latir, diga “quieto” com um petisco na mão; quando ele prestar atenção na comida e parar de latir, recompense-o imediatamente, jogando o petisco. [20]
    • Assim, o animal associará o comando “quieto” com parar de latir. O processo pode demorar, mas ele logo vai entender que precisa de silêncio (quando você der o comando).
  8. Ensine o Totó a associar o som de “clique” como recompensa por obedecer um comando: aperte o botão e dê um petisco ao cachorro. Durante o treinamento, siga esse mesmo processo quando houver a obediência à um comando. Com o tempo, ele associará o comportamento correto com o som.
    • Quando o buldogue francês estiver familiarizado com o clicker, pare de dar petiscos; a ideia é que o cão obedeça o comando e espere o som como recompensa.
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Dicas

  • Tenha vários petiscos consigo, seja em uma sacola guardada no bolso ou em uma pochete, para reforçar bons comportamentos quando ocorrerem.
  • Nunca grite, bata, ou seja impaciente com o cão. Por exemplo, caso ele não obedeça ou entenda você durante o treinamento, de nada adianta ficar irritado e dar uma bronca: ele nunca aprenderá dessa forma! Termine a sessão e tente de novo mais tarde, após se acalmar.
  • Termine o treino se o cachorro ficar impaciente ou frustrado (e começar a rosnar ou choramingar), e tente brincar um pouco para acalmá-lo.
  • Não treine o buldogue francês (ou qualquer outro cão de nariz curto) lá fora se o tempo estiver quente e úmido: a saúde dele pode ser danificada em função de dificuldades para respirar.
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  1. https://www.avma.org/public/PetCare/Pages/pets-in-vehicles.aspx
  2. Blackwell’s Five-Minute Veterinary Practice Management Consult. Lowell Ackerman. John Wiley & Sons. 2006
  3. Blackwell’s Five-Minute Veterinary Practice Management Consult. Lowell Ackerman. John Wiley & Sons. 2006
  4. http://moderndogmagazine.com/articles/are-you-making-these-10-training-mistakes/29092
  5. Blackwell’s Five-Minute Veterinary Practice Management Consult. Lowell Ackerman. John Wiley & Sons. 2006
  6. http://www.dogbreedinfo.com/training.htm
  7. Canine and Feline Behavior for Veterinary Technicians and Nurses. Edited by Julie Shaw and Debbie Martin. John Wiley & Sons, Inc. 2015
  8. http://dogtime.com/dog-health/general/90-basic-commands-obedience-stay
  9. Handbook of Applied Dog Behavior and Training, Procedures and Protocols. Volume 3. Steven R. Lindsay. Blackwell Publishing. 2005
  10. Behavior Problems of the Dog and Cat 3: Behavior Problems of the Dog and Cat. G.M. Landsberg, W. L. Hunthausen and L. J. Ackerman. Elsevier. 2013
  11. http://www.humanesociety.org/animals/dogs/tips/how_to_stop_barking.html

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