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Descrever um cachorro como “alfa” ou “dominante” significa que o animal se acha o “chefão” e líder da casa. Na verdade, a motivação para esse tipo de comportamento é muito rara: o cão só está tentando entender o mundo ao redor. Quando não se tem regras firmes ou o dono não capta as mensagens da linguagem corporal do animal, o bicho pode querer criar as próprias regras. [1] [2] Para mudar esse comportamento, procure entender o que o motiva, crie regras claras e passe um tempo reforçando-as.

Parte 1
Parte 1 de 2:

Identificando maus comportamentos e regras inconsistentes

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  1. Dê um comando claro e repetitivo para que o cão entenda o que quer. Estabelecida uma comunicação eficiente que faz o animal entender o que você quer, os outros problemas poderão ser atendidos com mais facilidade. Alguns que advêm da inconsistência incluem, mas não são limitados a:
    • Recusar-se a sair de cima dos móveis: pode ser que as mensagens referentes ao assunto tenham sido confusas. Se um membro da família diz que pode e outro, o contrário, o cão pensará que pode escolher, indo sentar nos móveis mais macios.
    • Recusar-se a obedecer comandos ou ouvir: não se trata de teimosia ou desconsideração à autoridade; o treinamento apenas não foi dos melhores e o cachorro acredita que pode escolher se obedece ou não. Além do mais, ele pode entender que, se responder ao comando, será punido. Assim, deixa de obedecer por medo.
  2. Tais comportamentos parecem ligados à dominação, mas a raiz do problema está na falta de treinamento; não é difícil corrigi-los! Estamos falando dos seguintes problemas: [3]
    • Proteger a tigela de comida: comumente resultado de ter tido a refeição tomada dele ou ter sido perturbado enquanto comia. Afinal, a ração é um recurso importante e defendê-la está na natureza dos cães por motivos de sobrevivência. Caso o animal perceba que seus recursos estão ameaçados, pode ficar agressivo.
    • ”Trepar” em outros cachorros ou na perna do dono: esse comportamento tem muitas explicações, nenhuma das quais envolve a dominação; pode ser uma tentativa de brincadeira, de pedir desculpas, ou mesmo porque, quando o Totó fez com o bichinho de pelúcia, todo mundo deu risada.
    • Puxar a coleira: ele não está tentando liderar, só ansioso para chegar ao parque, ou talvez acredite que é assim que se anda com o dono. Em suma, o cachorro não aprendeu a andar junto.
    • Urinar dentro de casa: trata-se de um alerta aos outros de que aquele território é dele (mas acredite, não é por motivos de dominação). Além do mais, pode ser apenas que o bichinho não saiba o local correto de “fazer o serviço”.
  3. Eles podem representar a obstinação, teimosia ou dominação. A lista o ajudará a ter prioridades dentro do treinamento e manter um registro do que foi e o que ainda precisa ser feito.
  4. Você pode ver padrões novos surgindo enquanto faz a lista. Na maioria dos casos, o cão não recebe um treinamento consistente e claro em relação ao que é apropriado e o que não é. Como dono, esse é o seu trabalho; saiba que a falta de liderança representa metade do problema.
  5. O objetivo do treinamento especial para cachorros dominantes é aprender o que os motiva a agir de tal forma e criar regras para que os animais não façam como bem entender. [4]
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Parte 2
Parte 2 de 2:

Ensinando o cão a seguir as regras

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  1. Os métodos tradicionais incluem o rolamento do macho alfa (se o cão não obedecer, é segurado pela garganta de costas para o chão), chacoalhá-lo pelo cangote (o que o imobiliza) e encará-lo até que ele desvie o olhar. No entanto, tais métodos não são aconselhados, pois aumentam o estresse que o peludinho sente e podem fazê-lo se tornar agressivo por conta do medo e confusão. [5]
    • Em vez disso, o dono deve tentar estabelecer regras claras e treiná-lo bem para que entenda o próprio papel em todas as situações.
  2. Inclusive, prefere-se que seja baseado em recompensas, como o treinamento com clicker. O importante é ensinar a ligação entre o som de “clique-claque” e a recompensa, além de apertar o clicker na hora exata em que o comando está sendo executado; assim, o cachorro saberá porque está sendo recompensado.
    • O clicker ajuda o animal a entender o que está sendo pedido, além de dar uma motivação (a recompensa) por fazê-lo.
    • A ideia básica é fazer sessões de treinamento algumas vezes ao dia, todos os dias, para que ele aprenda a ouvir e respeitar os comandos do dono. [6]
  3. Torne o treinamento divertido, mantendo o tom de voz leve e amigável, elogiando-o por acertar e terminando as sessões positivamente. Por exemplo, se o Totó não entender um comando novo, termine a sessão pedindo-o para fazer algo que sabe e elogiando-o por obedecer.
  4. É importante que o bicho entenda que nada vem de graça, ou seja, ele precisa se esforçar para obter quaisquer benefícios que sejam, incluindo as refeições. O trabalho não precisa ser difícil; pode ser só fazê-lo sentar antes de colocar a ração na tigela. A ideia central é que você lhe peça para fazer algo e ele obedeça antes de obter a recompensa.
    • Lembre-se de que o objetivo é ensinar obediência e respeito.
    • Peça que ele faça coisas antes de levá-lo passear na coleira, colocar a ração ou permitir que suba no sofá.
  5. Caso tenha um problema, por exemplo, com os latidos, não grite ou castigue-o, pois o animal pode entender que você está latindo também ou dando atenção ao que ele está fazendo. O melhor a se fazer é ignorá-lo (ou seja, não dar atenção) e ensinar os comandos “Late” (ou “Fala”) e “Quieto” para ter o controle da situação. Tais comandos podem ser ensinados durante as duas sessões de treinamento diárias.
    • Caso o Totó seja naturalmente autoritário, você precisará ensiná-lo a ouvir o dono usando a atenção, ou seja: se ele vir pedindo carinho, ignore-o; em outro momento, chame-o e comece a fazer carinho e brincadeiras. Assim, ficará explícito que quem manda na situação é você.
  6. Um cachorro entediado tem mais chances de fazer bagunça e sair se achando o alfa. Para que isso não aconteça, ele precisa ter bastante estímulo mental e físico; o nível de exercício deve ser apropriado ao tamanho e nível de energia do bicho em questão. Por exemplo, um jack russell terrier, apesar de pequeno, tem energia para brincar o dia inteiro. Deixe-o correr ativamente (de preferência, duas vezes ao dia) para que fique cansado e satisfeito. [7]
    • Da mesma forma, um cão entediado pode fazer uma bagunça enorme. Faça das sessões de treinamento um desafio mental. Outra boa ideia é dar um alimentador com quebra-cabeças, de modo que o Totó precise resolvê-lo para poder jantar. Quando precisar ir para o trabalho, deixe-o com algo para se ocupar, como um brinquedo KONG com um petisco dentro.
  7. Todos os membros da casa devem conhecê-las e segui-las também. Talvez seja uma boa ideia escrevê-las e colar o papel na porta da geladeira. [8]
    • Alguns assuntos que precisam de atenção: o cão pode subir nos móveis e no segundo andar? Ele precisa sentar antes de receber a ração ou de alguém colocar a coleira? Lembre-se: se uma pessoa, que seja, não respeitar essas regras e permitir que o animal as viole, é provável que a “gentileza” seja construída como um convite para fazer o que quer. Assim, todo o esforço será para nada.
  8. Tais atitudes só o deixarão mais ansioso e, dependendo do nível de ameaça, agressivo. Os pequenos comportamentos podem ser corrigidos com um ruído breve e de negação ou mandando-o para outro cômodo por um curto período de tempo (quando retornar, faça-o obedecer a um comando imediatamente, nem que seja o “Senta”). [9]
  9. Caso tenha vários cães, será possível notar que um é mais mandão que os outros. Os peludões naturalmente criam uma pequena cadeia de comando, parecida com uma família, o que significa que um deles vai esperar que os outros o respeitem como superior.
    • Caso note que um cão anda agindo como alfa, é melhor respeitar essa decisão. Dê atenção a ele primeiro, seja na hora de dar comida, colocar a coleira, entre outros. Assim, o cachorro se sentirá mais seguro em seu papel de líder da matilha e haverá menos chance de tentar mostrar autoridade através da agressão física.
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