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Descrever um cachorro como “alfa” ou “dominante” significa que o animal se acha o “chefão” e líder da casa. Na verdade, a motivação para esse tipo de comportamento é muito rara: o cão só está tentando entender o mundo ao redor. Quando não se tem regras firmes ou o dono não capta as mensagens da linguagem corporal do animal, o bicho pode querer criar as próprias regras. [1] X Fonte de pesquisa [2] X Fonte de pesquisa In Defense of Dogs. John Bradshaw. Publisher: Penguin Para mudar esse comportamento, procure entender o que o motiva, crie regras claras e passe um tempo reforçando-as.
Passos
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Identifique comportamentos que provêm de um treinamento inconsistente. Dê um comando claro e repetitivo para que o cão entenda o que quer. Estabelecida uma comunicação eficiente que faz o animal entender o que você quer, os outros problemas poderão ser atendidos com mais facilidade. Alguns que advêm da inconsistência incluem, mas não são limitados a:
- Recusar-se a sair de cima dos móveis: pode ser que as mensagens referentes ao assunto tenham sido confusas. Se um membro da família diz que pode e outro, o contrário, o cão pensará que pode escolher, indo sentar nos móveis mais macios.
- Recusar-se a obedecer comandos ou ouvir: não se trata de teimosia ou desconsideração à autoridade; o treinamento apenas não foi dos melhores e o cachorro acredita que pode escolher se obedece ou não. Além do mais, ele pode entender que, se responder ao comando, será punido. Assim, deixa de obedecer por medo.
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Determine quais outros comportamentos precisam ser eliminados. Tais comportamentos parecem ligados à dominação, mas a raiz do problema está na falta de treinamento; não é difícil corrigi-los! Estamos falando dos seguintes problemas: [3] X Fonte de pesquisa
- Proteger a tigela de comida: comumente resultado de ter tido a refeição tomada dele ou ter sido perturbado enquanto comia. Afinal, a ração é um recurso importante e defendê-la está na natureza dos cães por motivos de sobrevivência. Caso o animal perceba que seus recursos estão ameaçados, pode ficar agressivo.
- ”Trepar” em outros cachorros ou na perna do dono: esse comportamento tem muitas explicações, nenhuma das quais envolve a dominação; pode ser uma tentativa de brincadeira, de pedir desculpas, ou mesmo porque, quando o Totó fez com o bichinho de pelúcia, todo mundo deu risada.
- Puxar a coleira: ele não está tentando liderar, só ansioso para chegar ao parque, ou talvez acredite que é assim que se anda com o dono. Em suma, o cachorro não aprendeu a andar junto.
- Urinar dentro de casa: trata-se de um alerta aos outros de que aquele território é dele (mas acredite, não é por motivos de dominação). Além do mais, pode ser apenas que o bichinho não saiba o local correto de “fazer o serviço”.
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Faça uma lista dos comportamentos que quer mudar. Eles podem representar a obstinação, teimosia ou dominação. A lista o ajudará a ter prioridades dentro do treinamento e manter um registro do que foi e o que ainda precisa ser feito.
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Identifique como tem deixado tais comportamentos continuarem. Você pode ver padrões novos surgindo enquanto faz a lista. Na maioria dos casos, o cão não recebe um treinamento consistente e claro em relação ao que é apropriado e o que não é. Como dono, esse é o seu trabalho; saiba que a falta de liderança representa metade do problema.
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Comprometa-se a mudar o comportamento através do treinamento positivo. O objetivo do treinamento especial para cachorros dominantes é aprender o que os motiva a agir de tal forma e criar regras para que os animais não façam como bem entender. [4] X Fonte Confiável American Society for the Prevention of Cruelty to Animals Ir à fontePublicidade
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Evite métodos de treinamento que aumentam o estresse e a agressividade. Os métodos tradicionais incluem o rolamento do macho alfa (se o cão não obedecer, é segurado pela garganta de costas para o chão), chacoalhá-lo pelo cangote (o que o imobiliza) e encará-lo até que ele desvie o olhar. No entanto, tais métodos não são aconselhados, pois aumentam o estresse que o peludinho sente e podem fazê-lo se tornar agressivo por conta do medo e confusão. [5] X Fonte Confiável American Society for the Prevention of Cruelty to Animals Ir à fonte
- Em vez disso, o dono deve tentar estabelecer regras claras e treiná-lo bem para que entenda o próprio papel em todas as situações.
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Comece com o treinamento básico. Inclusive, prefere-se que seja baseado em recompensas, como o treinamento com clicker. O importante é ensinar a ligação entre o som de “clique-claque” e a recompensa, além de apertar o clicker na hora exata em que o comando está sendo executado; assim, o cachorro saberá porque está sendo recompensado.
- O clicker ajuda o animal a entender o que está sendo pedido, além de dar uma motivação (a recompensa) por fazê-lo.
- A ideia básica é fazer sessões de treinamento algumas vezes ao dia, todos os dias, para que ele aprenda a ouvir e respeitar os comandos do dono. [6] X Fonte de pesquisa
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Torne o treinamento divertido, mantendo o tom de voz leve e amigável, elogiando-o por acertar e terminando as sessões positivamente. Por exemplo, se o Totó não entender um comando novo, termine a sessão pedindo-o para fazer algo que sabe e elogiando-o por obedecer.
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Faça-o trabalhar para obter privilégios. É importante que o bicho entenda que nada vem de graça, ou seja, ele precisa se esforçar para obter quaisquer benefícios que sejam, incluindo as refeições. O trabalho não precisa ser difícil; pode ser só fazê-lo sentar antes de colocar a ração na tigela. A ideia central é que você lhe peça para fazer algo e ele obedeça antes de obter a recompensa.
- Lembre-se de que o objetivo é ensinar obediência e respeito.
- Peça que ele faça coisas antes de levá-lo passear na coleira, colocar a ração ou permitir que suba no sofá.
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Tenha cuidado no modo como dá atenção. Caso tenha um problema, por exemplo, com os latidos, não grite ou castigue-o, pois o animal pode entender que você está latindo também ou dando atenção ao que ele está fazendo. O melhor a se fazer é ignorá-lo (ou seja, não dar atenção) e ensinar os comandos “Late” (ou “Fala”) e “Quieto” para ter o controle da situação. Tais comandos podem ser ensinados durante as duas sessões de treinamento diárias.
- Caso o Totó seja naturalmente autoritário, você precisará ensiná-lo a ouvir o dono usando a atenção, ou seja: se ele vir pedindo carinho, ignore-o; em outro momento, chame-o e comece a fazer carinho e brincadeiras. Assim, ficará explícito que quem manda na situação é você.
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Lute contra o tédio. Um cachorro entediado tem mais chances de fazer bagunça e sair se achando o alfa. Para que isso não aconteça, ele precisa ter bastante estímulo mental e físico; o nível de exercício deve ser apropriado ao tamanho e nível de energia do bicho em questão. Por exemplo, um jack russell terrier, apesar de pequeno, tem energia para brincar o dia inteiro. Deixe-o correr ativamente (de preferência, duas vezes ao dia) para que fique cansado e satisfeito. [7] X Fonte de pesquisa
- Da mesma forma, um cão entediado pode fazer uma bagunça enorme. Faça das sessões de treinamento um desafio mental. Outra boa ideia é dar um alimentador com quebra-cabeças, de modo que o Totó precise resolvê-lo para poder jantar. Quando precisar ir para o trabalho, deixe-o com algo para se ocupar, como um brinquedo KONG com um petisco dentro.
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Seja consistente com as regras. Todos os membros da casa devem conhecê-las e segui-las também. Talvez seja uma boa ideia escrevê-las e colar o papel na porta da geladeira. [8] X Fonte de pesquisa
- Alguns assuntos que precisam de atenção: o cão pode subir nos móveis e no segundo andar? Ele precisa sentar antes de receber a ração ou de alguém colocar a coleira? Lembre-se: se uma pessoa, que seja, não respeitar essas regras e permitir que o animal as viole, é provável que a “gentileza” seja construída como um convite para fazer o que quer. Assim, todo o esforço será para nada.
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Nunca puna, bata ou grite com o cachorro. Tais atitudes só o deixarão mais ansioso e, dependendo do nível de ameaça, agressivo. Os pequenos comportamentos podem ser corrigidos com um ruído breve e de negação ou mandando-o para outro cômodo por um curto período de tempo (quando retornar, faça-o obedecer a um comando imediatamente, nem que seja o “Senta”). [9] X Fonte de pesquisa
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Entenda a hierarquia entre os animais. Caso tenha vários cães, será possível notar que um é mais mandão que os outros. Os peludões naturalmente criam uma pequena cadeia de comando, parecida com uma família, o que significa que um deles vai esperar que os outros o respeitem como superior.
- Caso note que um cão anda agindo como alfa, é melhor respeitar essa decisão. Dê atenção a ele primeiro, seja na hora de dar comida, colocar a coleira, entre outros. Assim, o cachorro se sentirá mais seguro em seu papel de líder da matilha e haverá menos chance de tentar mostrar autoridade através da agressão física.
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Referências
- ↑ https://apdt.com/pet-owners/choosing-a-trainer/dominance/
- ↑ In Defense of Dogs. John Bradshaw. Publisher: Penguin
- ↑ https://apdt.com/pet-owners/choosing-a-trainer/dominance/
- ↑ https://www.aspca.org/pet-care/virtual-pet-behaviorist/dog-behavior/your-dog-dominant
- ↑ https://www.aspca.org/pet-care/virtual-pet-behaviorist/dog-behavior/your-dog-dominant
- ↑ https://apdt.com/pet-owners/choosing-a-trainer/dominance/
- ↑ https://www.cesarsway.com/dog-training/obedience/how-to-get-your-dog-to-listen-to-you
- ↑ https://www.cesarsway.com/dog-training/obedience/how-to-get-your-dog-to-listen-to-you
- ↑ http://dogtime.com/dog-health/general/1536-dog-training-trouble-with-punishment-dunar
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