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A surdocegueira tem vários graus e níveis de necessidades comunicativas. Ela também pode resultar em diversos desafios para a comunicação. Se você conhecer alguém cego e surdo, aprender a se comunicar com tal pessoa demonstra seu amor e cuidado para com ela. Para tal, você pode aprender a linguagem de sinais ou apenas estar presente caso a pessoa precise. A comunicação com aqueles que são cegos e surdos costuma ser tratada como um benefício, em vez de um pressuposto, e deve ser encorajada sempre que possível. Este artigo aborda diferentes formas de comunicação para surdocegos.

Método 1
Método 1 de 3:

Entendendo a perda de dois sentidos

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  1. Pessoas com audição e visão extremamente limitadas também podem ser consideradas surdocegas. Algumas com perda de dois sentidos podem ainda ter um pouco da visão ou da audição, porém limitadas. Elas ainda conseguem falar ou ler em certas circunstâncias. Por outro lado, a comunicação pode ficar limitada ou restrita à expressão de necessidades físicas. As pessoas que não são capazes de se comunicar não são burras; elas têm um grande potencial para o desenvolvimento pessoal.
    • A surdocegueira congênita ocorre quando a pessoa nasce sem os dois sentidos. Dependendo do nível de perda auditiva ou visual e de outros fatores, como o ambiente e outras doenças, isso pode afetar bastante as habilidades de comunicação e os cuidados básicos consigo mesmo.
    • A surdocegueira adquirida se desenvolve mais tarde por conta de um ferimento, uma doença ou pela idade. As pessoas que tiveram a oportunidade de passar por uma infância "normal" costumam ser mais adaptáveis para métodos diferentes de comunicação, especialmente aqueles que envolvem conhecimento, como soletrar e classificar.
    • A surdez congênita e a cegueira adquirida ocorrem quando alguém nasce surdo e perde a visão mais tarde devido a uma doença, à idade ou a um ferimento.
    • Já a cegueira congênita e a surdez adquirida acontecem quando a pessoa nasce sem a visão e perde a audição mais tarde devido aos processos já mencionados anteriormente.
  2. Cada pessoa é diferente. Como há muita variedade no grau de perda sensorial, e superar essas limitações é um grande desafio, as maneiras como os surdos e cegos navegam pela comunicação variam bastante e incluem:
    • Fala;
    • Comunicação escrita;
    • Símbolos gráficos e não táteis;
    • Símbolos táteis e objetos;
    • Gestos e movimentos;
    • Ruídos ou expressões faciais que indicam um sentimento ou uma opinião;
    • Linguagem de sinais manual;
    • Linguagem de sinais tátil;
    • Braille;
    • Toques; [1]
    • Ação simbólica, como levar você até a torneira para indicar que quer beber algo.
  3. Em alguns casos, pode não ser possível para o público geral comunicar-se com os surdocegos. Não é incomum que os parceiros de comunicação treinados tenham dificuldade ou não consigam se comunicar bem com seus parceiros surdocegos. É comum que as pessoas incapazes de se comunicar direito com um surdocego decidam ignorar a comunicação ou a pessoa de vez. [2] Não faça isso; veja se há outra pessoa capaz de entender o que está sendo expressado ou se há outra maneira de fazê-lo. Não desista.
  4. As mãos são os ouvidos, os olhos e a voz de muitas pessoas cegas e surdas. A conexão física permite uma comunicação contínua. Uma pessoa cega e surda pode não perceber que você está tentando falar com ela. O contato físico permite a ela sentir sua tentativa de interação e transmite uma conexão física.
  5. Mantenha a cabeça aberta para tudo o que os especialistas recomendarem. Mesmo uma pequena mudança pode melhorar a qualidade ou a quantidade de visão ou audição, o que, por sua vez, melhora a comunicação.
    • Dobre a busca por avaliações e ações se a pessoa surdocega for uma criança, já que esse é o período mais importante para o desenvolvimento e que afetará a comunicação dela pelo resto da vida.
    • Se possível, faça com que o médico avalie o tipo de perda auditiva que a pessoa tem.
    • Os diferentes aparelhos auditivos podem ter níveis variados de sucesso dependendo de onde está o problema na audição. Além dos aparelhos comuns para o ouvido interno, pergunte sobre os de amplificação sonora via óssea, que podem ser encaixados em faixas e óculos para facilitar a audição.
    • O ideal é que os exames sejam feitos várias vezes, principalmente se a comunicação for uma questão a se considerar. Assim, você garante que os resultados sejam precisos, em vez de representarem um dia no qual a pessoa não estava a fim de se comunicar.
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Método 2
Método 2 de 3:

Recebendo a comunicação

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  1. Em alguns casos, as pessoas com perda de dois sentidos são acompanhadas por um parceiro treinado para facilitar a comunicação para elas. Essa pessoa às vezes terá educação formal na comunicação com surdocegos e terá desenvolvido uma relação de confiança. Pesquisas mostram que o nível de educação a respeito da surdocegueira tem o maior impacto na comunicação com os surdocegos. [3]
  2. Elas podem vir na forma de:
    • Mudanças na linguagem corporal;
    • Notas ou cartões pré-escritos;
    • Gravações ou sons;
    • Mudanças na respiração da pessoa;
    • Alterações na expressão facial;
    • Ações físicas, como levar você até a geladeira para sinalizar que está com fome;
    • Procurar as suas mãos pode ser uma tentativa de se comunicar.
  3. Em seguida, devolva-o, a menos que algo diga o contrário. Uma pessoa surdocega pode se comunicar usando mensagens escritas ou pré-gravadas. Elas são utilizadas para transmitir informações essenciais a respeito das atividades dela. [4]
  4. A comunicação pode ser extremamente difícil para os surdocegos. A pessoa pode precisar de bem mais tempo do que o que você está acostumado para expressar o que está tentando dizer. Se der a ela tempo suficiente para transmitir completamente ou tentar maneiras diferentes de expressar a ideia, você facilita a interação.
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Método 3
Método 3 de 3:

Expressando a comunicação

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  1. Essa linguagem tem diversas formas. Muitas pessoas conhecem os sinais táteis que soletram palavras, além de alguns sinais básicos adaptados da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Para quem não conhece nenhum dos dois, é possível usar o dedo indicador para traçar as letras na palma da mão de uma pessoa surda e cega.
    • Memorize os sinais usados para soletrar palavras.
    • Faça uma aula de LIBRAS.
    • Aprenda "finger braille", um método japonês moderno de fazer sinais com os dedos.
  2. Trata-se de um método de comunicação com os surdocegos no qual as mãos deles são colocadas sobre os lábios de quem fala. A pessoa com perda sensorial dupla sente o formato das palavras conforme elas são ditas. É parecido com a leitura labial. Nem todos os surdocegos conseguem usar o tadoma, e nem todos se sentem à vontade para deixar outra pessoa colocar a mão na boca deles. [5]
  3. Estudos mostram que esperar cinco, dez e 15 minutos é mais útil na comunicação com os surdocegos. Uma espera de zero ou um segundo antes de pedir uma resposta é muito pouco tempo. [6]
  4. Aprenda a usar o Braille , se a pessoa souber lê-lo. Há dispositivos que permitem a você digitar uma mensagem para que uma pessoa cega a leia. Às vezes, eles podem ser bem caros, e talvez você prefira comprar uma impressora em braille mais barata. Há ainda empresas desenvolvendo tecnologia Braille para smartphones.
  5. Se o seu ente querido surdocego não usar nenhum desses métodos, seja sensível às necessidades dele e insista naquilo que der certo para ele.
    • Passe um tempo com a pessoa para conseguir captar até as mudanças mais sutis no comportamento e nos padrões de comunicação dela.
    • Incentive bastante todo e qualquer pequeno sucesso comunicativo que tiver com ela. As coisas precisam de tempo para acontecerem.
    • Fale com professores ou com outras pessoas que passam tempo com seu ente querido. Se a pessoa estiver passando por algum processo de educação, provavelmente haverá objetivos traçados para ela, ou pelo menos lições específicas. Caso ela não esteja sendo educada, você pode buscar educação ou um especialista para ela. Uma alternativa é você mesmo pensar em algumas coisas simples.
    • Procure acompanhar um comando específico com um sinal se achar que ela consegue enxergar. Repita o sinal sempre que fizer aquele comando, até que ela consiga antecipar o que você fará a partir do sinal.
    • Mantenha uma rotina saudável que enriqueça a vida dela, pois no fim do dia, a felicidade do seu ente querido é mais importante do que qualquer quantidade de comunicação.
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Dicas

  • De à pessoa oportunidades para fazer escolhas.
  • Leve os objetos, como alimentos ou brinquedos para escolher, até as mãos da pessoa, em vez de levar as mãos dela até as opções. Assim, ela poderá se comunicar de volta.
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