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Os guppies – também conhecidos como lebistes ou barrigudinhos – exibem belas cores, são fofos e fáceis de cuidar. Ou seja, são os peixes de estimação perfeitos. Se pretende manter o aquário cheio com essas belezinhas, é preciso aprender sobre os cuidados necessários com a saúde e a reprodução desses bichinhos.

Parte 1
Parte 1 de 2:

Reproduzindo os lebistes

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  1. Leve em conta o número de filhotes, a cor e o formato de cauda desejado. As características dos pais determinarão a aparência dos alevinos (como são chamados os filhotes de peixe). [1]
    • Número de peixes: Geralmente, são escolhidas duas ou três fêmeas para um macho. Quando há apenas uma para o macho, ele torna-se agressivo e a persegue por todo o aquário. Mas se há outra ou mais duas, a atenção do macho é dividida entre elas. Como resultado, o processo de cruzamento fica menos estressante para as fêmeas. [2]
    • Cores: Há vários padrões básicos para os lebistes. Eles incluem o Selvagem (coloração cinza ou verde-oliva), Albino (cores claras ou branco com olhos vermelhos), Pastel (cores claras com pigmentos pretos) e Azul cintilante.
    • Forma da cauda: Ela pode variar desde uma barbatana traseira arredondada até o formato de uma espada. A variedade é grande. Os tipos mais comuns são o Delta (formato grande e triangular), o Fantail (do Inglês “fan”, que significa “leque”) e o Round tail (uma cauda pequena e redonda). [3]
  2. Ele deve ter capacidade para 40 a 75 litros com um aquecedor e um filtro suaves. Isso porque um filtro muito forte pode sugar os peixes, o que pode ser fatal. Caso ele seja potente demais, cubra a abertura com uma meia-calça. Esse quebra-galho permitirá que a água continue sendo limpa e protegerá os filhotes.
  3. Infelizmente, os guppies adultos tendem a devorar os filhotes (o instinto paternal e maternal não são o forte desse peixe!). Para evitar esse problema, faça esconderijos para os alevinos para que possam se proteger depois de nascerem. Uma boa alternativa é usar plantas aquáticas flutuantes , tanto as que ficam no fundo como as que ficam mais próximas à superfície. Assim, eles poderão se esconder e, quando quiserem, poderão também nadar até a parte de cima do aquário (como costumam fazer quando estão saudáveis). [4]
    • Não use substrato. Ele é composto de pedregulhos usados para cobrir o fundo do aquário. Mas para criar filhotes, o melhor mesmo é que essa parte do aquário esteja sem nada. Desse modo, a limpeza fica muito mais fácil e você poderá visualizar melhor a quantidade de alevinos vivos e a quantidade de comida que eles estão consumindo.
    • Entre os acessórios que fornecem um bom abrigo para os filhotes estão o musgo de Java e as franjas de lã ou de algodão (você pode até fazê-las em casa mesmo usando lã verde e assistindo a vídeos no You Tube com o termo “spawning mop”).
  4. Regule a temperatura para cerca de 25º C durante o período em que as fêmeas e machos estão juntos. Antes de colocá-los no aquário de procriação, compre uma ração de maior valor nutricional a fim de favorecer o nascimento de uma cria saudável.
  5. Agora, é hora de esperar até que eles cruzem. Assim que notar que a fêmea está grávida , coloque o macho de volta no aquário normal. Pode-se identificar a gravidez através de uma marca escura no abdômen da fêmea (chamado de ponto gravídico). Quando os ovos são fertilizados, essa mancha escura fica ainda mais acentuada. [5]
  6. Geralmente, o período de gestação dura de 26 a 31 dias. Quando ela está pronta para parir os alevinos, o estômago fica enorme e o ponto gravídico torna-se extremamente preto (ou marrom escuro, no caso de guppies albinos e pastéis). O curioso é que a barriga dela fica quadrada feito uma caixa de papelão em vez de crescer arredondada. Outro fato interessante é que essa espécie de peixe dá à luz filhotes vivos em vez de ovos. Será preciso acompanhar de perto a fêmea no período próximo ao parto para que ela possa ser imediatamente retirada do aquário após parir os alevinos. Caso contrário, eles podem acabar virando alimento para a mãe.
    • Alguns dos sinais de que ela vai entrar logo em trabalho de parto são: mudanças no comportamento (ela fica muito quieta, procurando isolar-se), tremedeira (contrações), o ato de tentar ficar o máximo possível perto do aquecedor ou uma mudança súbita no apetite (incluindo se recusar a comer ou cuspir a comida.) [6]
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Parte 2
Parte 2 de 2:

Cuidando das crias

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  1. Embora isso possa parecer uma prática cruel, saiba que eles já nascem completamente prontos para sobreviverem por conta própria. Além disso, como dito acima, as mães às vezes resolvem devorar os próprios filhotes. [7]
    • Caso não possa estar presente no momento do parto, pelo menos deixe várias plantas aquáticas no aquário para que os alevinos possam se esconder nelas.
  2. A cria precisa viver em um ambiente cuja temperatura fica em torno de 25,5 graus Celsius. Procure mantê-la assim até que os filhotes se tornem adultos. Não se esqueça de fazer uma faxina com frequência, usando um sifão elétrico próprio para aquários e de trocar 40% da água a cada dois ou três dias para deixá-la sempre limpa.
  3. Os barrigudinhos gostam de artêmias salinas (um tipo de camarão), micro vermes ou ração em flocos. Eles devem ser alimentados duas vezes ao dia e o cardápio pode incluir carne e legumes. Pode-se usar raspas de legumes e ração em flocos. Só é preciso tomar bastante cuidado para não colocar comida demais, pois os alevinos são pequenos e comem pequenas quantidades por vez. Logo, se você colocar comida demais no aquário, o excesso que acabar estragando dentro da água pode causar uma intoxicação alimentar ou a contração de doenças. Nos piores casos, os filhotes podem chegar a morrer. [8]
    • Filhotes recém-nascidos devem ser alimentados com artêmias salinas que acabaram de sair das ovas. Esse é o alimento que melhor garante um crescimento saudável. E, se quiser deixá-los contentes, experimente colocar uma pequena quantidade de espinafre cozido no aquário.
  4. Dentre eles está a remoção dos mortos. É fácil retirá-los, pois eles ficam boiando na superfície da água. Procure registrar a quantidade de mortos para poder identificar a causa do problema. Algumas das medidas que ajudam a impedir que as perdas continuem são a troca da água e do tipo de ração e de alimentos. E lembre-se de que qualquer resíduo acumulado é prejudicial para a saúde dos guppies filhotes.
  5. Transfira os filhotes para o aquário normal depois que atingirem um bom tamanho (o suficiente para não serem devorados pelos outros peixes). Geralmente, eles ficam maiores com cerca de um mês e meio a dois meses de idade, quando tornam-se aptos para se defenderem sozinhos fora do criadouro. Eles podem ser colocados em um ambiente que comporte peixes não-agressivos, ser vendidos a uma loja de animais de estimação ou dados como presente para amigos.
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Fazendo comida para alevinos a partir de uma ração comum

  • Coloque alguns flocos de ração em um saco plástico (de preferência, com fecho hermético, daqueles usados para guardar alimentos no congelador)
  • Esmague os flocos até que virem um pó bem fininho
  • Distribua a ração com cuidado para não colocar demais
  • Acrescente à ração tipos diferentes de alimentos ricos em proteína
  • É possível que, mesmo esmagados, os flocos de ração continuem grandes demais para os filhotes. Nesse caso, é melhor comprar uma ração especial para alevinos.
  • Pegue um palito de dente e mergulhe-o na água. Em seguida, mergulhe-o na comida e depois na água de novo. Assim você consegue distribuir melhor o alimento e evita colocar demais.

Dicas

  • Tente cruzar fêmeas e machos com uma cor ou padrão específicos de caudas ou cores para garantir uma cria bonita.
  • Se o macho não fecundar a fêmea, experimente colocar outro lebiste macho em uma jarra separada mas que fique próxima do aquário de procriação. Esse é um jeito esperto de estimular o instinto de competição do macho preguiçoso. Mas, caso isso não funcione, é melhor escolher outro lebiste para procriar.
  • Não coloque espécies diferentes de peixes com os guppies. Eles vão estressar o casal escolhido para procriar e, além disso, devorar todos os alevinos que puderem.
  • Doe ou venda o excesso de filhotes. Caso contrário, eles não vão crescer muito e podem chegar ao ponto no qual um come a cauda do outro.
  • Cuidado para manter a população de barrigudinhos sob controle. Caso contrário, se eles não tiverem bastante espaço para sentirem-se à vontade, eles vão passar a ficar estressados, agressivos e até mesmo começar a atacar outros peixes.
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Avisos

  • Se há um macho excessivamente agressivo com as fêmeas, experimente espalhar mais esconderijos para elas como plantas falsas e pequenos abrigos. Se ele continuar agressivo demais e não engravidar nenhuma delas, desista dele e retire-o do aquário. Ele está apresentando uma característica indesejada (um comportamento agressivo que não é comum em lebistes) que pode ser transmitida para futuras proles. Outro perigo é que ele machuque as fêmeas.
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Materiais Necessários

  • Quatro aquários: Um para os machos adultos e guppies (com capacidade para 30 litros), um para as fêmeas adultas (com capacidade para 30 litros também), um para o trabalho de parto (com capacidade para 60 litros) e outro para abrigar os filhotes (com capacidade para 45 a 60 litros).
  • Um aquecedor, um termômetro e um filtro suave para cada aquário
  • Artêmias salinas vivas ou congeladas, micro vermes, ração em flocos esmagados, infusórios ou outro tipo de ração em pó específica para alevinos.
  • Plantas aquáticas (naturais ou artificiais)
  • Uma rede pequena para pegar os peixes
  • Equipamento de limpeza para aquários
  • Conchas são uma boa alternativa para quem não quer gastar com abrigos específicos para filhotes.

Sobre este guia wikiHow

Resumo do Artigo X

Para criar barrigudinhos, junte os machos e as fêmeas da espécie em um aquário bem cuidado. Os machos normalmente têm cores mais claras e vivas do que as fêmeas, além de serem menores. Os barrigudinhos se reproduzem rapidamente por conta própria, e você não precisa fazer nada específico para que eles procriem. O importante é que as condições do aquário sejam adequadas para a espécie. Mantenha a temperatura da água entre 25 e 30 °C e instale um filtro para manter o aquário bem limpo. Você saberá que a fêmea está prenha quando a mancha atrás da barbatana anal dela ficar escura e a barriga começar a crescer. O período de gestação é de 21 a 30 dias. Uma semana antes de a fêmea parir, ou quando você notar que a barriga dela está ficando angulada, transfira-a para um aquário separado para o parto. O fundo desse aquário deve ser vazio, com apenas um pouco de musgo de java para que os peixinhos possam se esconder depois de nascer. Assim que os peixes nascerem, retire a mãe do aquário para que ela não os coma. Se preferir, você pode colocar uma armadilha de reprodução dentro do aquário principal, em vez de usar um segundo aquário para o parto. Coloque a fêmea na armadilha antes dela parir. Os peixinhos conseguirão passar pelos buraquinhos, escapando da mãe sem que ela os coma.

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