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Escrever uma história do gênero fantasia é um processo tremendamente recompensador. Para tornar o mundo mais realista, você precisa descrevê-lo em detalhes, criar regras em relação ao que é mágico e sobrenatural e desenvolver personagens interessantes e com motivações bem fundadas — tudo antes de escrever o enredo em si. Leia as dicas deste artigo para se divertir com o processo e chamar a atenção dos leitores!

Método 1
Método 1 de 4:

Criando o mundo fantástico

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  1. Como esse mundo é? Se quer dar um quê de realidade à história, você tem que ter uma visão clara do lugar onde ela acontece. Descreva o céu, as casas e outras construções, o solo, a flora e a fauna para ajudar o leitor a visualizar tudo. [1]
    • Você pode ambientar a história em um lugar maior ou menor: uma cidade, um planeta, o universo inteiro etc.
    • Se você quiser ambientar a história em um lugar que existe de verdade, descreva-o de forma clara ao leitor. Por exemplo: a saga Harry Potter começa na Inglaterra, nos anos 1990, mas entra aos poucos em um mundo secreto.
    • A Terra Média, de O Senhor dos Anéis , é um ótimo exemplo de universo totalmente criado pelo autor.
    • Incorpore os sentidos às descrições. Qual é o cheiro do lugar? E a sensação de estar nele? O que os olhos dos personagens enxergam?
    DICA DE ESPECIALISTA

    Julia Martins

    Bacharela em Inglês, Stanford University
    Julia Martins é uma escritora aspirante que vive em Sâo Francisco, na Califórnia. Graduou-se na Stanford University e publicou na Rainy Day Magazine, da Cornell University; na Leland Quarterly, da Stanford University; e na Quarterly, da Bards and Sages.
    Julia Martins
    Bacharela em Inglês, Stanford University

    "Lembre-se de que o gênero 'fantasia' pode ser mais amplo ou mais limitado; a escolha é sua" , afirma a escritora Julia Martins. "Você pode criar uma sociedade mágica secreta no mundo real (como J. K. Rowling fez em Harry Potter ) ou pensar em um mundo complexo e que tenha países, culturas e magia próprios (como George R. R. Martin fez em As Crônicas de Gelo e Fogo ). De qualquer forma, o que torna a fantasia 'crível' são os detalhes e o cuidado na escrita!"

  2. Muitos autores famosos incluem mapas dos seus mundos fantásticos nas obras, como o da Terra Média de J. R. R. Tolkien. Isso é ainda melhor quando o enredo passa por vários lugares diferentes. Por isso, comece a mapear a região em papel e inclua os principais pontos históricos, cidades, rios, oceanos etc. [2]
    • Desenhe árvores para representar as florestas, estrelas para indicar as capitais de cada região e ondulações para indicar os rios, riachos e oceanos.
    • Mesmo que você não vá incluir o mapa na cópia final da história, é legal imaginar o mundo em que ela acontece.
    Resposta do Especialista
    P

    Você não está conseguindo desenhar o mapa?

    Julia Martins

    Bacharela em Inglês, Stanford University
    Julia Martins é uma escritora aspirante que vive em Sâo Francisco, na Califórnia. Graduou-se na Stanford University e publicou na Rainy Day Magazine, da Cornell University; na Leland Quarterly, da Stanford University; e na Quarterly, da Bards and Sages.
    CONSELHO DO ESPECIALISTA
    Resposta de Julia Martins :

    "Se você não consegue desenhar o mapa, distribua alguns pedaços crus de macarrão em uma mesa. Depois, forme linhas e outros pontos com eles para representar o mundo em si!"

  3. É aqui que você pode abusar da criatividade. Pense em detalhes como o sistema político, a moeda, as práticas culturais comuns e a história. Tudo isso vai dar mais profundidade ao mundo e torná-lo mais realista. [3]
    • Se você for ambientar a história em um lugar que existe de verdade, descreva os aspectos e a cultura do local de forma a fugir da vida real.
  4. Baseie o mundo fantástico em um momento histórico do mundo real. Se o enredo acontece no futuro, invente avanços tecnológicos que tornem todo o cenário futurista. Por outro lado, se ele acontece em um ponto primitivo da sociedade, inclua apenas instrumentos básicos, como carroças puxadas por cavalos em vez de carros voadores. [4]
    • Pesquise sobre as tecnologias para torná-las mais realistas. Por exemplo: se você quer incorporar uma cura para o envelhecimento, leia textos e artigos sobre esse processo da vida real. Entenda como e por que as pessoas envelhecem para representar o assunto de forma realista nas páginas da história.
    • Se a história acontece na antiguidade, estude como as sociedades da época viviam.
    DICA DE ESPECIALISTA

    Julia Martins

    Bacharela em Inglês, Stanford University
    Julia Martins é uma escritora aspirante que vive em Sâo Francisco, na Califórnia. Graduou-se na Stanford University e publicou na Rainy Day Magazine, da Cornell University; na Leland Quarterly, da Stanford University; e na Quarterly, da Bards and Sages.
    Julia Martins
    Bacharela em Inglês, Stanford University

    A tecnologia gera impacto em todo o mundo fantástico que você está criando . A dica da escritora Julia Martins é: "Não é porque a história é fantástica que ela não deve ter tecnologias. Contudo, depois de decidir em que estágio de desenvolvimento o mundo está, pense em como esse desenvolvimento afeta a vida dos personagens . Por exemplo: se não há carros ou trens, fica muito mais difícil percorrer longas distâncias!"

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Método 2
Método 2 de 4:

Pensando em regras

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  1. Se você quer criar um mundo próprio, descreva as classes e convenções sociais que regem a sociedade para torná-lo mais realista. Quais são os costumes e rituais cotidianos? [5]
    • Muitos escritores de fantasia baseiam as convenções sociais em aspectos do mundo real. Por exemplo: quase toda sociedade tem rituais como aniversário, casamento, velório e data comemorativas específicas, como o Natal. Tente pensar em alguns para o seu mundo. O que os personagens fazem quando ficam mais velhos? E quando alguém morre?
    • Estude outras culturas para ter novas ideias. A maioria dos autores de fantasia se inspira em histórias e culturas do mundo real. Familiarize-se com rituais antigos ou de lugares isolados.
    DICA DE ESPECIALISTA

    Julia Martins

    Bacharela em Inglês, Stanford University
    Julia Martins é uma escritora aspirante que vive em Sâo Francisco, na Califórnia. Graduou-se na Stanford University e publicou na Rainy Day Magazine, da Cornell University; na Leland Quarterly, da Stanford University; e na Quarterly, da Bards and Sages.
    Julia Martins
    Bacharela em Inglês, Stanford University

    Escreva mais do que o necessário . A dica da escritora Julia Martins é: "Nem toda convenção social que você criar tem que entrar na versão final da história. Só o fato de você ter pensado nesses detalhes já deixa o mundo bem mais crível e realista".

  2. Toda história fantástica traz elementos sobrenaturais. Determine se o mundo é mágico, se existem fantasmas, se eles podem interagir com os vivos e fale das origens dos poderes mágicos dos personagens. Por exemplo: eles são concedidos pelos deuses, parte natural do mundo ou conseguidos por meio de certos rituais? [6]
    • Decida também se os poderes dos personagens são secretos. Por exemplo: se o personagem principal consegue conversar com fantasmas, será que os outros sabem disso?
  3. Geralmente, as histórias fantásticas incluem armas ou outros objetos de origem sobrenatural. Se você quer incorporar esses itens ao enredo, descreva como eles funcionam. No universo Harry Potter , por exemplo, a varinha escolhe o bruxo. Use regras assim para dar mais verossimilhança à narrativa.
    • Se os personagens usam um tipo específico de arma para lutar uns contra os outros, pesquise um pouco sobre o assunto. Por exemplo: se o protagonista é arqueiro, estude os termos e a forma de operação básica do arco e das flechas.
    • A parte mecânica da pedra da ressurreição em Harry Potter é um bom exemplo de descrição. Para que ela funcione, a pessoa tem que virá-la na mão três vezes enquanto pensa em quem quer trazer de volta à vida.
  4. Seja consistente com as regras que você criar para o mundo fantástico. Os leitores vão ficar confusos e frustrados se elas mudarem de acordo com a situação ou o conflito. Não mude nada que já está estabelecido. Por exemplo: na série Buffy, a Caça-Vampiros , só é possível ressuscitar alguém quando essa pessoa morre por causas sobrenaturais. Sendo assim, quando Tara é morta por uma bala perdida, Willow não consegue salvar a namorada. É um enredo trágico, mas que não foge das regras criadas antes — e, assim, a série fica mais consistente e crível.
    • Anote as regras conforme você desenvolve mais do enredo para não quebrá-las sem querer no futuro
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Método 3
Método 3 de 4:

Definindo os personagens

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  1. Essa variação dá um tom ainda mais fantástico à história — e a parte da criação em si é bastante divertida. Use criaturas míticas tradicionais, como elfos, fadas, ogros e vampiros, ou pense em algo completamente novo. [7]
    • Se você usar criaturas míticas tradicionais, como vampiros ou sereias, descreva como eles são na sua história. Por exemplo: em Crepúsculo , os vampiros podem optar por não tomar sangue humano e brilham na luz do sol; em Buffy , por sua vez, a maioria deles não consegue controlar as tendências para o mal e morre quando é exposta à luz do dia.
    • Esse passo não é obrigatório em toda história fantástica. Pense bem no que faz sentido para você e o seu enredo.
    DICA DE ESPECIALISTA

    Julia Martins

    Bacharela em Inglês, Stanford University
    Julia Martins é uma escritora aspirante que vive em Sâo Francisco, na Califórnia. Graduou-se na Stanford University e publicou na Rainy Day Magazine, da Cornell University; na Leland Quarterly, da Stanford University; e na Quarterly, da Bards and Sages.
    Julia Martins
    Bacharela em Inglês, Stanford University

    Você não precisa seguir à risca as convenções que já existem , afirma a escritora Julia Martins. "Os seus ogros são inteligentes? As fadas são criaturas perversas? O sol não afeta os seus vampiros?"

  2. Os personagens precisam de motivações próprias e pessoais para que o enredo tenha conflitos e resoluções: objetivos, influências de outras pessoas ou valores internos, por exemplo. O importante é dar pontos fortes e fracos que tornem essas pessoas (ou criaturas) tridimensionais. [8]
    • Por exemplo: imagine que houve um tsunami no seu mundo fantástico e que o protagonista está em busca da família.
    • Pense no que o personagem quer. Por exemplo: talvez a protagonista Ramona tenha sido abandonada pela mãe e, agora, quer fazer parte de uma família. Por isso, ela acaba sendo apegada demais aos amigos — um defeito, mas que nesse caso é compreensível. [9]
  3. Toda história de fantasia tem um herói. Dê a ele traços únicos, bem como a determinação necessária para avançar o enredo. Coloque-o para lutar contra o antagonista e, assim, resolver o conflito central.
    • Geralmente, o herói não percebe que é especial logo de cara. Luke Skywalker não sabia que podia usar a força até conhecer Obi-Wan Kenobi; Harry Potter não sabia que era bruxo até conhecer Hagrid etc. Use um personagem "comum" como herói. Os leitores vão se identificar mais com alguém que tenha uma vida relativamente normal (pelo menos no início).
    • Dê sinais de que o herói vai ser importante. Para isso, você pode contar a história da perspectiva dele.
  4. Muitas histórias fantásticas incluem a figura do mentor: Obi-Wan Kenobi em Star Wars , Hagrid e Dumbledore em Harry Potter e assim por diante. Use-o para orientar o progresso do herói.
    • No geral, o mentor é um personagem mais velho que o herói e está familiarizado com as regras e convenções da sociedade, além de saber desde o início que o herói é especial e importante.
    • Usar a figura do mentor é uma ótima forma de explicar as convenções do mundo de maneira que não pareça forçada. Pense só: não seria estranho se, em Star Wars , Luke explicasse como a força funciona diretamente para os telespectadores? O fato de que Obi-Wan fala do assunto deixa todo o roteiro mais crível.
  5. O vilão é um dos principais elementos de toda história fantástica, já que funciona como um contraponto ao herói. Dê motivações claras ao personagem para torná-lo realista. Por exemplo: em O Rei Leão , Scar quer governar o Reino e se sente menos importante que o irmão, Mufasa. Essa fome de poder guia todas as atitudes que ele toma ao longo do enredo. [10]
    • Os leitores vão simpatizar mais com o vilão se entenderem a motivação dele. Por exemplo: pense em uma história trágica que explique por que ele se voltou para o lado do mal.
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Método 4
Método 4 de 4:

Escrevendo a história

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  1. As histórias de fantasia costumam trazer várias reviravoltas; por isso, é melhor você esquematizar todo o enredo em tópicos antes de começar a escrever a versão final.
    • Você pode dividir esse esquema do enredo em títulos e subtítulos. Os títulos são separados por algarismos romanos, enquanto os subtítulos são distribuídos entre letras minúsculas ou números. Por exemplo: "I. Apresentar Ramona; a. Ramona está no campo, trabalhando; b. Ela é abordada pelo espírito de Janaína, sua tia".
  2. Fale do problema principal no início do enredo para já colocar o herói no conflito (e ajudá-lo a superá-lo aos poucos). Por exemplo: em Jogos Vorazes , Katniss Everdeen se oferece como tributo no início do enredo; em Buffy, a Caça-Vampiros , Buffy entende que precisa aceitar o seu papel de caçadora de vampiros quando os seus amigos são atacados. [11]
    • O ponto-chave de muitas histórias acontece quando o personagem principal sai de casa — talvez para embarcar em uma jornada. Por exemplo: o protagonista pode ficar sabendo que a sua mãe, que vive em outro país, está doente. Então, ele tem que cruzar todo um deserto com o remédio de que ela precisa escondido antes que seja tarde.
  3. Todo evento do enredo tem que servir para desenvolver o herói. Use cada conflito para testar a força, as habilidades e os talentos dele — e tudo virá a calhar quando for hora de enfrentar o vilão.
    • Preste atenção ao que acontece nas suas histórias de fantasia favoritas. Por quais situações Harry Potter passa até aceitar o seu destino de "menino que sobreviveu"? Como Katniss aceita que ela vai liderar a revolução?
    • Insira conflitos menores e que levem ao problema central do enredo para testar a força, as habilidades e os poderes do personagem. Por exemplo: ele pode ter que enfrentar um grupo rival depois de tentar roubar o remédio para a mãe doente.
    DICA DE ESPECIALISTA

    Julia Martins

    Bacharela em Inglês, Stanford University
    Julia Martins é uma escritora aspirante que vive em Sâo Francisco, na Califórnia. Graduou-se na Stanford University e publicou na Rainy Day Magazine, da Cornell University; na Leland Quarterly, da Stanford University; e na Quarterly, da Bards and Sages.
    Julia Martins
    Bacharela em Inglês, Stanford University

    "Apesar de esses conflitos estarem ligados ao problema central, o protagonista nem sempre está a par do que acontece nos bastidores do enredo".

  4. Pense no clímax da história. Geralmente, isso acontece quando o herói enfrenta o vilão. Amarre todas as pontas emocionais soltas, pois os leitores querem ver o quanto o protagonista cresceu ao longo do processo. Por exemplo: talvez ele se reúna com a família e não se sinta mais abandonado. [12]
    • Uma história fantástica pode ter um final feliz ou triste, com o herói vencendo ou perdendo. Você também pode encerrar o enredo com parte dos conflitos ainda no ar — ainda mais se quiser escrever uma sequência com os mesmos personagens.
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Dicas

  • Leia várias obras de fantasia enquanto cria a sua própria. Essa é a melhor forma de melhorar a sua escrita. Se necessário, peça dicas e recomendações aos seus amigos e conhecidos.
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