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O valor contábil é um termo da contabilidade usado para contabilizar o efeito da depreciação de um ativo. Embora os ativos pequenos sejam colocados na contabilidade ao preço de custo, os maiores, como as construções e os equipamentos, devem ser depreciados com o tempo. O ativo ainda é contabilizado ao preço de custo, mas outra conta é criada para contabilizar a depreciação acumulada dele. Aprender a calcular o valor contábil é tão simples quanto subtrair a depreciação acumulada do custo do bem.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Entendendo o valor contábil

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  1. O valor contábil de um ativo é o custo de compra original menos a depreciação acumulada. De acordo com o princípio de custos da contabilidade, os ativos são sempre listados no livro-razão ao preço de custo, o que ajuda a dar consistência aos padrões de relatório. Ativos maiores, como equipamentos de fábrica, não mantêm o mesmo valor ao longo de suas vidas úteis, portanto são depreciados com o tempo. Subtrair essa depreciação do custo original gera o valor contábil. [1]
  2. Antes de calcular o valor contábil, você precisará saber qual o valor original do ativo. Este geralmente é o preço pago para adquirir o item. O valor será igual ao custo do ativo no livro-razão. [2]
  3. Depois de determinar o custo do ativo, você precisará saber a soma dos custos de depreciação até o momento. Esses custos são anotados em uma conta chamada de Depreciação Acumulada no livro-razão. No entanto, uma conta de depreciação separada não costuma ser feita para cada ativo, portanto talvez você precise observar a tabela de depreciação do ativo em questão. [3]
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Calculando a depreciação

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  1. Trata-se do valor restante de um ativo depois que ele chegou ao fim de sua vida útil. O ativo pode ser vendido ou transformado em ferro-velho para chegar a esse valor. A maioria das máquinas, por exemplo, pode ser vendida como ferro-velho, se necessário. A vida útil de um ativo pode ser de apenas um ano ou de até 30 anos ou mais, dependendo do item em questão e da frequência com que ele é usado. O valor residual pode ser estimado pelo negócio ou decidido por um corpo regulatório, como a Secretaria da Fazenda do estado.
    • O valor residual é essencial para se determinar a depreciação anual de um ativo, pois esta é calculada como uma redução anual da diferença entre o custo original do ativo e seu valor residual. [4]
    • Por exemplo, imagine um ativo que custa R$ 12000,00 e possa ser vendido por R$ 2000,00 depois de sua vida útil de cinco anos. A depreciação anual seria calculada pela diferença entre o custo e o valor residual, que seria de R$ 12000,00 - R$ 2000,00, ou R$ 10000,00.
    • Usando o método linear, a depreciação anual seria de R$ 10000,00 /5 (para cada ano de vida útil), ou R$ 2000,00.
  2. O custo de depreciação representa quanto do valor de um ativo é gasto por ano como depreciação. Ele pode ser calculado de várias maneiras. A mais comum é a depreciação linear, mas outros métodos, como a depreciação de saldos declinantes e a soma dos anos de vida útil, entre outros, também são usados. A seleção do método depende da natureza do ativo.
    • O método linear é o mais usado por contadores para manter o gasto de depreciação simples e constante ao longo da vida útil do ativo.
    • Os métodos de saldos declinantes e da soma dos anos de vida útil são usados para calcular a depreciação de bens mais produtivos ou úteis no começo da vida, e que se tornam menos úteis no final. As máquinas de produção às vezes são depreciadas dessa maneira, pois podem operar melhor e mais rápido no começo da vida útil.
    • A depreciação é um gasto de negócios deduzido dos cálculos de imposto de renda.
  3. Ela é usada quando a mesma quantidade é gasta a cada período, até que o ativo está totalmente depreciado. Por exemplo, se um equipamento foi comprado por R$ 10000,00 e tem uma vida esperada de 10 anos, a depreciação anual seria 10 % de R$ 10000,00, ou R$ 1000,00. [5]
  4. Esse é um método acelerado no qual a depreciação é maior no começo da vida útil de um ativo do que no final. A taxa de depreciação é encontrada pela multiplicação da porcentagem linear. Por exemplo, a depreciação de saldos declinantes de um bem com vida útil de 10 anos seria 2 x 10 %, ou 20 %. Ou seja, o novo valor contábil no final de um período seria 20 % menos do que o valor anterior. Esses 20 %, no caso do primeiro ano de vida do ativo, seriam o gasto de depreciação. [6]
    • Para exemplificar ainda mais esse método, o gasto de depreciação no segundo ano seria baseado no valor contábil do primeiro ano, que é de R$ 10000,00 - R$ 2000,00, ou R$ 8000,00. A depreciação do segundo ano seria 20 % de R$ 8000,00, ou R$ 1600,00, deixando um valor contábil de R$ 6400,00 para o bem no segundo ano.
  5. Esse método usa uma equação semelhante à depreciação de saldos declinantes, mas é calculado de maneira diferente. A equação é a seguinte:
    • Nessa equação, "n" representa o número de anos de vida útil do ativo restantes no começo da depreciação daquele ano. Por exemplo, no primeiro ano, n seria igual a 5. A parte de baixo da fração representa o total de dígitos da vida útil do bem (se forem cinco anos, 5 + 4 + 3 + 2 +1). [7]
    • Imagine que o valor residual de nosso ativo de R$ 10000,00 é R$ 1000,00, e ele tem uma vida útil de cinco anos. Com esse método, o gasto de depreciação do primeiro ano seria . Simplificado, ele se torna ou . Assim, o gasto de depreciação no primeiro ano é de R$ 3000,00.
  6. Esse é o balanço da conta de Depreciação Acumulada associada ao ativo. Usando o exemplo linear acima, suponhamos que você esteja interessado no balanço da conta após seis anos. Para cada um desses seis anos, uma depreciação de R$ 1000,00 foi registrada, de modo que a depreciação acumulada é de R$ 6000,00. A depreciação para os outros métodos é calculada repetindo o processo descrito para cada ano, até chegar ao ano desejado.
  7. Para chegar ao valor contábil, é só subtrair a depreciação na data do custo. No exemplo acima, o valor contábil do ativo após seis anos seria de (10000 - 6000), ou R$ 4000,00.
    • Note que o valor contábil do ativo nunca pode ficar abaixo do valor residual, mesmo que o gasto calculado naquele ano seja grande o bastante para colocá-lo abaixo desse valor. Se ele chegar a esse valor antes de seu ano final, o valor contábil do ativo ficará no valor residual até ser vendido, quando cairá para R$ 0,00.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Usando o valor contábil

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  1. O valor contábil não pretende ser uma avaliação precisa do ativo, o que significa que ele não vai refletir o valor de mercado. Ele pretende apenas fornecer uma compreensão da porcentagem do valor do ativo que foi gasta (depreciada). [8]
    • O valor de mercado é o preço que um comprador pagaria a um vendedor. Por exemplo, um equipamento de manufatura foi comprado por R$ 10000,00, e a depreciação ao longo de quatro anos chegou a um total de R$ 4000,00. O valor contábil agora é de R$ 6000,00. No entanto, uma tecnologia nova substituiu esse tipo de equipamento, portanto os compradores acreditam que o valor de mercado dele é de apenas R$ 2000,00.
    • Em alguns casos, como nos de maquinário pesado, o valor de mercado será bem mais alto do que o contábil, ou seja, mesmo que esses ativos estejam velhos e bastante depreciados, eles ainda funcionam bem.
  2. Os primeiros são aqueles que podem ser transformados em dinheiro dentro de um ano a partir de uma data em particular. Já os segundos são o valor da propriedade, da planta e do equipamento que possa ser usado por mais de um ano, menos a depreciação. O balanço total de todos os ativos é listado na folha de balanço da empresa. [9]
    • O dinheiro, os materiais e as contas e títulos a receber são típicos ativos circulantes, enquanto o terreno, os escritórios e os equipamentos de manufatura costumam ser considerados ativos realizáveis a longo prazo.
  3. Se estiver pensando em investir em uma empresa, o valor de empréstimos ligados aos ativos deve ser deduzido. Se o valor contável estiver inflacionado, os ganhos têm de compensar a diferença para aumentar o valor das ações no futuro. [10]
    • Por exemplo, se os ativos de uma empresa totalizarem 5 milhões de reais, mas ela tiver 2 milhões em empréstimos, com alguns dos ativos usados como garantias, o valor dos ativos totais da empresa na verdade é de apenas 3 milhões.
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Dicas

  • Note que os cálculos acima também funcionam bem quando expressados em outras moedas.
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