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A virgindade é um assunto complicado e confuso. Se você decidiu fazer sexo pela primeira vez, mas achou que foi um erro, será normal não saber direito o que sentir ou o que fazer a partir deste momento.

Parte 1
Parte 1 de 2:

Fazendo sua decisão

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  1. Não há um exame médico para comprovar a virgindade de uma pessoa; já ter feito sexo não altera, fundamentalmente, o corpo, a identidade ou a dignidade humana. [1]
    • A virgindade nem sempre foi uma ideia enraizada na sociedade. Ela possui ligações com o sexismo e com a ideia de comprovação, pelos homens, de que são pais de seus filhos. Além disso, representava que uma garota ou mulher era obediente ao parceiro.
    • O hímen costuma se desgastar sozinho. Caso você o tenha, ele já deve ter rompido; do contrário, pode ser necessário submeter-se a uma cirurgia para reconstituí-lo e permitir que menstrue normalmente.
    • Cada indivíduo define a virgindade de maneira distinta. Tocar na região íntima de alguém já caracteriza a perda da virgindade? E o sexo entre duas mulheres?
    • Muitas pessoas alegam que você ainda é virgem se foi forçado, manipulado ou coagido a manter relações sexuais. Se não houver consentimento, não é culpa sua.
  2. Transar não é ruim ou “sujo” e ser virgem não faz com que a pessoa seja superior a outra ou que seja “boa”. Sua moralidade não se resume ao que há entre suas pernas, e mesmo que tenha errado ou feito uma decisão precipitada ao manter relações, não significa que você possui má índole. Sujeitos bons podem se equivocar e podem fazer sexo sem que seja errado. [2]
    • Sexo pode ser algo lindo entre dois adultos com consentimento. Às vezes, leva à uma grande alegria: a de ter filhos.
    • Pense nos adultos que são exemplos para você. Se não todos, a maioria já deve ter feito sexo. O que fazem na privacidade do lar, com o consentimento de seus companheiros, não muda tudo de maravilhoso que já fizeram ou inspiraram.
    • Há apenas um tipo de relação sexual que transforma um indivíduo em um mau elemento. É aquela que foi forçada, realizada através de coação ou após uma insistência incômoda, quando o outro não deseja ou é incapaz de consentir. O sexo não é ruim, mas o abuso sexual é perverso.
Parte 2
Parte 2 de 2:

Seguindo em frente

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  1. O primeiro passo para qualquer tipo de recuperação emocional é a aceitação. Não há como mudar o passado, então conforme-se com o que ocorreu com você. [3]
    • Isso não se aplica, necessariamente, aos casos de manipulação, coerção ou quaisquer outros tipos de violência que alguém realizou contra você. Caso tenha sido estuprado ou desconfia que foi, faça acompanhamento psicológico ou desabafe com um ente querido, que não vai jogar a culpa na vítima. Recuperar-se do abuso sexual pode ser bem difícil, e ter uma forte rede de apoio ajudará bastante.
  2. Qualquer ser humano está passível de erros ou de fazer algo que traz arrependimento, no futuro. Pessoas boas podem se equivocar e você também possui esse direito.
    • E se você não se arrepende, não há problema algum. Pode ser bom se você acha que ganhou um melhor entendimento do sexo ou de si mesmo após esse acontecimento.
  3. Caso ainda fale com ele, discuta francamente sobre como se sente; assim, ele poderá controlar as próprias expectativas. [4]
    • “Considero o que aconteceu semana passada um erro. Não estou pronto para ter um relacionamento baseado em sexo e isso é importante para mim, então prefiro praticar a abstinência sexual, por enquanto. Ainda valorizo nosso relacionamento, e se você considera que não fazer sexo não é grave, então eu quero continuar saindo com você."
    • "Me sinto péssimo pelo que aconteceu. Acho que julguei mal a situação e apressei as coisas. Podemos ser amigos, se quiser."
    • "Eu nunca fiz algo assim antes e agora percebi que não estou pronta. Espero que entenda."
    • “Foi uma decisão precipitada. Não me arrependo, mas não quero fazer isso novamente."
  4. A maioria das pessoas não fica a vida inteira sem fazer sexo, e está tudo bem. Pense no que ocorreu e em quais são seus objetivos. Veja abaixo como alguns indivíduos podem optar por manter o celibato por mais algum tempo:
    • "Eu quero esperar até completar 18 anos. Aí, verei como eu me sinto."
    • "Não vou fazer sexo até que tenha mais confiança em dizer ‘não’ às pessoas e em expressar melhor meus sentimentos."
    • "Eu só vou manter relações sexuais após o casamento por motivos religiosos."
    • "Serei celibatário até entrar na universidade. Então, eu avaliarei minha situação."
    • "Eu preciso saber mais sobre DSTs e métodos contraceptivos, primeiro. São aspectos fundamentais antes de tomar grandes decisões."
    • "Vou esperar até encontrar alguém especial."
    • "Sinto vergonha do meu corpo e isso é um problema. Primeiro, preciso superar isso."
    • "Não consigo falar de sexo sem ficar todo envergonhado... Acho que isso mostra que não estou pronto."
    • "Antes de qualquer coisa, quero descobrir minha orientação sexual."
    • “Preciso controlar meu transtorno de ansiedade grave, primeiro. Devo concentrar em cuidar da minha própria saúde, no momento."
    • “Eu vou esperar até entender melhor minha crença religiosa."
    • “Não me sinto pronta. Planejo esperar até que eu julgue ser a hora de mudar."
  5. Agora, talvez você tenha uma melhor ideia do que o sexo engloba, como você se sente sobre isso e o que está disposto a fazer (ou não. Analise o que poderá ganhar com sua experiência e como é possível usar isso para, futuramente, tomar melhores decisões. [5]
    • Não ache, no entanto, que a sua “primeira vez” representará o sexo como um todo. É muito comum que essa experiência seja meio “estranha” e pouco prazerosa. À medida que adquire vivência e seu parceiro conseguir se comunicar de modo eficaz, o sexo será melhor.

Dicas

  • Existe uma cirurgia que reconstitui o hímen e costuma ser realizada em pessoas muito religiosas. No entanto, pode não ser a melhor forma de gastar seu dinheiro.

Avisos

  • O estupro é muito diferente do sexo consensual. Se você sofreu abuso ou uma situação que considerou um estupro, a jornada a sua frente pode ser bem diferente. Fale com um terapeuta ou um ente próximo, que não o julgará, para desabafar. Obter apoio de outras pessoas pode deixá-lo forte e afastar a possibilidade de desenvolver um trauma ligado ao TEPT (Transtorno do Estresse Pós-Traumático).

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