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A torção de tornozelo é uma das lesões mais comuns de todas, e pode acontecer devido ao rompimento ou extensão exagerada dos ligamentos que dão suporte ao tornozelo. As torções ocorrem, na maioria dos casos, no ligamento talofibular anterior, já que ele fica na parte externa do tornozelo; tais ligamentos não são tão fortes quanto os que ficam no interior do membro, logo, a incidência de lesão neles é bem maior. Através das forças da física, da gravidade e do próprio corpo, o indivíduo pode acabar estendendo o tornozelo de maneira exagerada, acarretando em rompimentos dos ligamentos e dos pequenos vasos sanguíneos que o cercam. A entorse é similar à ação de puxar e estender demais um elástico; ele sofrerá alguns danos em sua superfície, deixando-o fraco e instável.

Método 1
Método 1 de 3:

Examinando o tornozelo

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  1. Pode ser algo complicado, principalmente se a dor tiver sido grande, mas tente se lembrar do que ocorreu ao machucar-se, pois a experiência do momento da contusão poderá fornecer algumas “pistas” para o diagnóstico.
    • A pessoa estava em uma velocidade alta ou baixa? Se era rápida (por exemplo, ao fazer esqui ou ao correr em velocidade), há possibilidade de a lesão ser uma fratura óssea e o tratamento médico ser indispensável. Virar o tornozelo ao trotar ou andar provavelmente causará apenas uma entorse, que sob cuidados adequados, pode ser curada sem intervenção médica.
    • Houve uma sensação de algo rompendo? Isso ocorre em muitos casos de torções. [1]
    • Foi ouvido um som de algo estalando ou quebrando? Esses sons são comuns nas entorses, [2] mas também podem indicar uma fratura óssea.
  2. As torções de tornozelo deixam o local inchado minutos após a lesão. [3] Examine os tornozelos colocando um do lado do outro e analise se o que está machucado parece “maior”. Fraturas e torções de tornozelo geralmente farão com que o indivíduo sinta muita dor e tenha inchaço no membro.
    • As fraturas de tornozelo são frequentemente caracterizadas por dor insuportável e deformidade do local. Ande apenas de muletas e vá imediatamente ao médico.
  3. Torções também causam machucados superficiais. [4] Examine o tornozelo e veja se há descoloração devido aos hematomas.
  4. Tornozelos torcidos ficarão bastante sensíveis ao toque; apalpe-o cuidadosamente com os dedos para analisar a sensibilidade. [5]
  5. Fique em pé e apoie-se lentamente apenas com o tornozelo lesionado. Muita dor indica uma torção ou fratura, logo, é necessário ir ao hospital imediatamente. Movimente-se através de muletas.
    • Verifique se o tornozelo está firme. É normal que as entorses deixem o tornozelo sem força ou instável ao apoiá-lo. [6]
    • Caso a entorse seja grave, o indivíduo pode ser incapaz de apoiá-lo para ficar em pé. A dor sentida é muito grande. [7] Use muletas e procure tratamento médico imediatamente.
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Método 2
Método 2 de 3:

Determinando o grau da torção

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  1. As entorses de tornozelo são divididas em três graus diferentes, com o tratamento sendo determinado pela gravidade da lesão. A de grau I é a menos grave. [8]
    • O rompimento ligamentar é mínimo, não afetando a capacidade de o indivíduo locomover-se e levantar-se. Pode ocorrer desconforto, mas sem prejudicar o andar do paciente.
    • Uma torção de grau I geralmente acarreta dor leve e pouco inchaço.
    • O inchaço deve desaparecer após alguns dias em entorses leves. [9]
    • Na maioria dos casos, não é necessário cuidado médico em torções de grau I, desde que o tratamento seja adequado. [10]
  2. A entorse de grau II é moderada e acontece quando há rompimento incompleto, mas substancial, de um ou mais ligamentos. [11]
    • Na torção de grau II, não será possível que a pessoa utilize o tornozelo normalmente, já que o apoio e a carga exercida sobre ele causarão bastante desconforto.
    • Esse tipo de entorse causa dor, inchaço e ferimentos moderados.
    • O tornozelo dá a sensação de que está “solto”, como se fosse puxado para frente.
    • As torções de grau II necessitam de tratamento médico, acompanhado do uso de muletas e de uma tornozeleira (com tala) por alguns dias para auxiliar na locomoção do paciente.
  3. Essa entorse ocorre quando há o rompimento completo e a perda da integridade estrutural do ligamento. [12]
    • Será impossível ficar de pé ou apoiar o tornozelo sem ajuda.
    • Uma entorse de grau III causa ferimentos graves e dor intensa.
    • O inchaço em volta da fíbula será grande (maior que 4 cm).
    • O pé e o tornozelo podem ser severamente deformados, além da ocorrência de fraturas na parte superior da fíbula (logo abaixo do joelho), que podem ser determinadas apenas através de exames médicos.
    • É fundamental procurar tratamento médico ao sofrer uma entorse de grau III.
  4. A fratura é uma lesão óssea muito comum quando indivíduos saudáveis chocam o tornozelo com produção de muito impacto (enquanto estão correndo, por exemplo) e nos idosos, em pequenas quedas. Os sintomas são geralmente parecidos com os de uma entorse de grau III, necessitando de diagnóstico através de raios-x e tratamento profissional.
    • A fratura do tornozelo causa muita dor e o deixa bastante instável.
    • Um som semelhante a algo estalando no momento da lesão pode indicar uma fratura.
    • Deformidades evidentes do pé ou tornozelo (pé em posições ou ângulos incomuns) são sinais definitivos de fratura ou deslocamento da articulação do tornozelo. [13]
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Método 3
Método 3 de 3:

Tratando as entorses

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  1. Independente do grau da lesão, é sensato marcar uma consulta se a dor e o inchaço persistirem por mais de uma semana para determinar o melhor tratamento.
    • Caso o paciente identifique sinais de fratura acompanhados ou não de entorses de grau II ou III, é importante ir ao médico. Em outras palavras, se ele estiver com dificuldade ou incapacidade de andar, com uma sensação de dormência no local, sofrer com dor muito intensa ou ouviu um som semelhante a algo estalando, ele deverá marcar uma consulta com um ortopedista. [14] É fundamental que um profissional examine e faça o pedido de raios-x para determinar o tratamento adequado da contusão.
    • Em grande parte dos casos, não é preciso ir ao médico se a entorse for leve. Porém, a dor e o inchaço poderão persistir se a lesão não for curada da maneira certa. Mesmo se a torção for de grau I, entre em contato com um médico para que ele aconselhe e indique o tratamento correto. [15]
  2. Enquanto o dia da consulta médica não chega, use um regime de tratamento chamado de DGCE (Descanso, Gelo, Compressão e Elevação). O acrônimo se refere aos quatro passos do tratamento. Em torções de grau I, o DGCE pode ser suficiente para melhorar a contusão. O primeiro passo é descansar o tornozelo. [16]
    • Tente não movimentar o tornozelo, imobilizando-o se possível.
    • Se houver papelão por perto, é possível criar uma tala improvisada que protegerá o membro de possíveis danos. Tente imobilizar o tornozelo de forma que ele fique em uma posição anatômica normal.
  3. O gelo pode reduzir o inchaço e o desconforto, logo, é uma boa ideia obter uma compressa gelada e colocá-la o mais breve possível sobre o tornozelo. [17]
    • Coloque um pouco de gelo dentro de um saco e aplique-o cuidadosamente sobre a articulação. Cubra-o com um pano ou toalha para evitar a queimação da pele.
    • Um saco de ervilhas congeladas também servirá como uma compressa de gelo.
    • Deixe o gelo sobre o tornozelo de quinze a vinte minutos por vez, a cada duas ou três horas. Continue a aplicação da compressa por 48 horas.
  4. Colocar uma bandagem elástica em volta do tornozelo (em entorses de grau I) pode auxiliar na manutenção da estabilidade do membro e reduzir o risco de outra lesão. [18]
    • Enfaixe o local passando a bandagem de um lado ao outro em volta do tornozelo.
    • Não o enfaixe com muita força ou o inchaço pode piorar. Verifique se é possível colocar um dedo entre a bandagem e a pele.
    • Caso acredite que a entorse é de grau II ou III, procure tratamento médico.
  5. Eleve o membro e deixe-o acima do nível do coração, colocando o pé sobre duas almofadas. O fluxo sanguíneo do local será diminuído, o que também ajuda a reduzir o inchaço.
    • Erguer o tornozelo faz com que o sangue não fique concentrado no local lesionado, diminuindo o inchaço e ajudando com a dor.
  6. Para aliviar a dor e o inchaço, tome anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Os remédios mais comuns e de venda livre são o ibuprofeno (Motrin, Advil), naproxeno (Aleve) e aspirina. O paracetamol (Tylenol) não é um AINE e não combate inflamações, mas pode ajudar na redução da dor. [19]
    • Não tome anti-inflamatórios não esteroides por mais de dez a quatorze dias; siga as instruções da bula.
    • Não dê aspirina para crianças com menos de 18 anos, pois há risco de desenvolvimento da Síndrome de Reye.
    • Nas entorses graves (grau II e III) ou ao sentir dores fortes, o médico poderá receitar um narcótico para as primeiras 48 horas.
  7. O médico poderá recomendar a imobilização ou o uso de um equipamento médico para ajudar na locomoção. Por exemplo: [20]
    • Pode ser necessário usar um andador, uma bengala ou muletas. O nível de equilíbrio da pessoa determinará qual equipamento é mais adequado para a segurança dela.
    • Dependendo da gravidade da entorse, o médico poderá recomendar enfaixar ou utilizar uma tala para tornozelo, imobilizando-a. Em casos graves, ele poderá colocar uma tala bastante rígida para imobilizar o tornozelo.
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Dicas

  • Inicie o tratamento DGCE imediatamente, seja qual for o tipo da lesão no tornozelo.
  • Se não for possível andar corretamente, consulte um médico imediatamente.
  • Evite forçar e apoiar o tornozelo lesionado o máximo possível caso suspeite de uma entorse. Não ande e use muletas ou uma cadeira de rodas. Quanto mais o membro for forçado sem descanso, mais demorará a cicatrização completa (mesmo se a contusão for leve).
  • É importante tratar a torção o mais rápido possível, aplicando uma compressa de gelo por períodos curtos em vários intervalos.
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Avisos

  • Um problema bem mais grave pode ser indicado por sensação de frio no tornozelo, dormência total dos pés ou tensão devido ao inchaço. Vá rapidamente ao hospital, pois pode haver necessidade de cirurgia de algum nervo, artéria ou de síndrome compartimental.
  • É importante que o tornozelo seja totalmente curado após a torção. Do contrário, a chance de outra contusão semelhante é bem maior, além de dores e inchaços persistentes.
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