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Você decidiu marcar um terapeuta para tratar um eventual problema psicológico ou, de repente, pedir conselhos para lidar com algum tipo de dificuldade da vida. Agora, chegou a hora de ir à primeira sessão de terapia. Embora esteja animado para iniciar o processo, quando chega ao consultório e está prestes a começar a falar, um vazio toma conta de sua mente. É lógico que você entende a importância de conversar com o terapeuta, entretanto, não consegue. Então, aprenda agora a se abrir com ele, deixar livres os canais de comunicação e transpor as principais barreiras que impedem o progresso da terapia.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Aprendendo a se abrir

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  1. Quanto mais rápido colocar para fora os assuntos mais difíceis, melhor. Para facilitar, antes de partir para a sessão, planeje tudo o que pretende dizer. Ficar em silêncio é um mecanismo que se aprende naturalmente para lidar com as dificuldades, no entanto, não o utilize com o terapeuta.
    • Por exemplo, comece praticando se apresentar e dizer a razão pela qual marcou a consulta: “Oi, meu nome é Mateus. Marquei essa consulta porque estou tendo dificuldades em me adaptar à escola”.
    • O consultório é um local seguro, onde você pode se abrir sem medo, tendo a certeza de que encontrará apoio. Além disso, com o tempo, torna-se cada vez mais fácil se comunicar com o terapeuta. [1]
  2. Logo na primeira ou na segunda sessão, conte qual é o problema que deseja tratar, a área da vida que está tentando melhorar ou qualquer que seja o motivo que tenha o levado ao consultório.
    • Contar ao terapeuta quais são os seus objetivos e expectativas tornará mais fácil a criação de pontos de referência para medir o progresso do tratamento. Por exemplo, comece dizendo algo mais ou menos assim: “Quero começar a fazer terapia para corrigir os meus problemas de socialização, pois gostaria de ter mais amigos”. [2]
  3. Não guarde nada. Diga tudo que está sentindo, mesmo o que não ache ser tão relevante. Reter informação pode ser prejudicial para o seu tratamento. Deixar de dizer algo intencionalmente, por vergonha ou constrangimento, dificultará o progresso. Ao não se abrir totalmente com o terapeuta, o tratamento não será eficiente.
    • O terapeuta só poderá ajudá-lo se você for totalmente aberto e sincero com ele. Assim, tente se expressar dessa forma: “Sinto-me um total fracassado, pois, enquanto todos saem para passear com os amigos, eu fico sozinho em casa”.
  4. Lembre-se de que tudo que é dito dentro de um consultório é segredo e jamais será compartilhado sem consentimento do paciente. Nada do que você disser será recebido com críticas ou julgamentos, a não ser que o seu objetivo seja machucar a si mesmo ou a terceiros.
    • O relacionamento entre um terapeuta e seu paciente é especial e confortador, portanto, não há motivos para pensar que ele o abandonará de repente.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Liberando os canais de comunicação

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  1. Procure por um profissional que trate pessoas que possuam problemas parecidos com os seus. Assim, você estará contando com a ajuda de alguém que já viu o seu problemas muitas e muitas vezes antes. [3]
    • Por exemplo, há especialistas em depressão, compulsão alimentar, ansiedade etc.
    • Tente levar vários fatores em consideração quando estiver fazendo a sua escolha, por exemplo: a experiência do terapeuta em tratar o seu problema, o estilo de terapia que ele usa e o nível de afinidade entre vocês durante a primeira sessão. Depois de algumas sessões, analise se está se sentindo melhor e se está se dando bem com o terapeuta.
    • Consulte-se com alguns terapeutas para conhecer diferentes estilos e personalidades. Não desanime se não encontrar o profissional perfeito para as suas necessidades logo na primeira consulta.
  2. Pergunte quais serão os métodos e técnicas usados durante a terapia. Não tenha medo de questionar, mesmo que a dúvida pareça ser pessoal.
    • Por exemplo, caso esteja preocupado com determinadas escolhas pessoais do terapeuta, pergunte abertamente, desta forma: “Você é religioso? Para mim é importante estar me consultando com uma pessoa que acredite em Deus”. Pode ser que você não receba uma resposta direta, mas o profissional explicará o motivo da evasão e comunicará seus limites. [4]
    • Pergunte se há regras de cobrança que possam recair sobre o seu tratamento, como taxas de cancelamento ou prolongamento de sessões.
  3. Esteja ciente de que a terapia é ajustada para cada paciente, portanto, as técnicas utilizadas podem variar, bem como a duração do tratamento. Mesmo que pareçam inúteis algumas das sugestões do terapeuta, acate-as, pois você pode acabar se surpreendendo com os resultados.
    • Ainda que seja necessário sair da sua zona de conforto, anime-se para pôr em prática o que o terapeuta pede. Uma hora ou outra, você acabará experimentando a evolução que tanto almejou. [5]
    • Caso o terapeuta deixe tarefas de casa para fazer entre uma sessão e a próxima, leve-as a sério e dê o seu melhor para cumpri-las, pois elas são desenvolvidas para melhorar certas habilidades pessoais que o ajudarão a progredir no tratamento.
  4. Coloque no papel todas as ansiedades, frustrações, medos, sentimentos e tudo o mais que vier à mente. Você se sentirá livre quando ver no mundo real tudo aquilo que estava agarrado na garganta.
    • Leve o diário para as sessões. Ler os registros para o terapeuta pode ajudar a conversa a fluir melhor. [6]
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Quebrando as barreiras que impedem o progresso

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  1. Dê uma segunda chance ao terapeuta, explicando com mais detalhes ou abordando o assunto em questão de outra perspectiva. Quando sentir que o profissional está interpretando errado o que você está dizendo, não desista facilmente.
    • Diga o que está sentindo e tentem chegar a um acordo sobre qual seria a melhor maneira para explicar algo. Comece da seguinte forma: “Desculpe-me, você não está me entendendo. Deixe-me explicar melhor.”. [7]
  2. Coloque em prática tudo o que o tratamento tem ensinado. A terapia funciona muito melhor quando os ensinamentos não são aplicados somente dentro do consultório. Ao levá-los para o mundo real, será possível explorar áreas da vida que, antes, pareciam assustadoras. [8]
    • Por exemplo, se o terapeuta sugeriu colocar as novas habilidades em uso na escola, vá em frente sem medo. Pense nas estratégias que aprendeu e coloque-as em prática. Puxe assunto com alguém, entre em um grupo, etc.
  3. Procure outro terapeuta se não estiver se sentindo à vontade com o atual ou não tenha tido nenhuma melhora. Esteja ciente de que talvez seja necessário passar por vários profissionais até encontrar aquele que seja o ideal para você.
    • Não importa a razão – talvez o jeito do terapeuta falar não o agrade ou, quem sabe, a sua intuição esteja o alertando sobre algo –, se não estiver feliz com o tratamento, procure outro. [9]
    • Não deixe de comunicar ao terapeuta o motivo pelo qual está interrompendo o tratamento. Um encerramento amigável será bom para os dois e, de repente, ele poderá até recomendar um profissional mais adequado para as suas necessidades.
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    Aprenda quando é necessário buscar ajuda complementar. A terapia é suficiente na maioria dos casos, entretanto, caso os sintomas estejam interferindo no dia a dia do paciente, um tratamento complementar será necessário. Diga ao seu terapeuta que não está conseguindo enfrentar os sintomas. Ele, então, avaliará a necessidade de encaminhá-lo para um psiquiatra.
    • O psiquiatra é um médico especializado em distúrbios psicológicos. Além do tratamento psicológico convencional, ele pode prescrever remédios que atuarão como complementos no combate aos sintomas.
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