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Treinar um cachorro (adulto ou filhote) para fazer as necessidades no lugar certo pode parecer assustador, mas quase qualquer colega canino pode ser treinado para esperar à porta e ir soltar a carga no quintal em vez de dentro de casa. Crie uma rotina envolvendo alimentá-lo e levá-lo lá fora. Quando ele fizer o serviço no lugar certo, recompense-o com um petisco. Caso ele tenha um acidente dentro de casa, apenas limpe e continue seguindo a rotina (puni-lo não servirá para nada além de deixá-lo com medo do dono). A paciência e um bom senso de humor são tudo o que você precisa para adaptar o Totó à vida de animal de estimação.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Preparando a rotina

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  1. Essa é a atitude mais importante para ensiná-lo a se aliviar no local adequado: mesmo que pareça excessivo, faça-o com a maior frequência possível, como a cada meia hora. Não deixe nenhum desses horários passar, pois a ideia é que o cachorro associe essas saídas com oportunidades de “ficar mais leve”. [1]
    • Caso se trate de um filhote, as saídas precisam ser ainda mais frequentes em função da bexiga pequena que não consegue segurar o líquido por muito tempo.
  2. Alimente o peludinho nos mesmos horários (de manhã e noite) todos os dias, levando-o lá fora 20 ou 30 minutos após as refeições. Uma rotina consistente facilitará prever quando ele precisa ir ao quintal, bem como todo o processo desse treinamento.
    • Os filhotes precisam ser alimentados três vezes ao dia (nesse caso, adicione um almoço). Lembre-se de que eles também precisam de mais oportunidades de ir lá fora em função do tamanho de suas bexigas.
  3. Eles incluem: andar meio travado, cheirar o chão, móveis e cantos (como se estivesse procurando o melhor lugar), manter a cauda em uma posição incomum, entre outros. Caso note qualquer indício de vontade de ir ao “banheiro", leve-o lá fora imediatamente, mesmo se não for uma hora marcada da rotina. [2] Aproveite para incluir um comando verbal, como “quintal” ou “penico”, antes de levá-lo. Com o tempo, você poderá perguntar se ele está com vontade ao dizer essa mesma palavra e observar se ele vem correndo ou não. [3]
    • No começo do treinamento, ele aprenderá que, quando sentir vontade, é hora de ir ao quintal. Cada vez que ele fizer certinho, a ideia de “banheiro = lá fora” é reforçada.
    • Lembre-se de levá-lo ao local designado 20 ou 30 minutos após cada refeição ou ingestão de água, pois é em tais horas que ele sentirá vontade.
  4. Faça questão de levá-lo nesse mesmo lugar toda vez. Os cachorros criam hábitos, e o seu se sentirá mais confortável e menos ansioso se houver um bom lugar (com o próprio odor) para fazer as necessidades. Use um comando verbal (como “vai xixi”) ao chegar na área. Assim, ele fará a associação. [4]
    • Lembre-se de seguir as portarias e decretos da sua cidade com relação a fezes de animais em locais públicos: caso saia passear com o cachorro, leve itens para pegar um possível excremento (como uma sacola e uma pequena pá) e jogá-lo no lixo.
  5. No começo, você precisará ficar de olho no peludinho para garantir que ele não tenha um acidente dentro de casa. Esse período de supervisão é necessário, pois permite ensiná-lo a associar a vontade de fazer xixi ou cocô com ir no quintal: interceptar as tentativas de fazer as necessidades dentro de casa é a forma mais efetiva desse treinamento. [5]
    • Caso não possa ficar em casa o dia inteiro, peça para um vizinho de confiança vir soltá-lo e levá-lo ao local certo algumas vezes por dia.
  6. Caso o deixe livre, tenha certeza que acabará tendo que limpar uma “caquinha"; preso (porém confortável) em uma gaiola, por outro lado, as chances disso acontecer diminuem, pois os cães não gostam de sujar os próprios “covis” (ou seja, ele tentará segurar ao máximo para só se aliviar em outro lugar).
    • Os cachorros tendem a ver a gaiola como um porto seguro e adoram passar tempo lá dentro. Portanto, nunca a use como forma de punição: se você colocá-lo lá dentro após uma repreensão, ele a associará ao medo em vez do conforto.
    • Não o deixe ficar lá dentro por muito tempo antes de levá-lo para fora. Está achando que a bexiga tem capacidade infinita? Claro que não! Uma hora ele precisará soltar. Além do mais, os cães precisam de muito exercício e brincadeiras: não se deve deixá-los presos por mais de algumas horas por vez ou durante a madrugada inteira.
  7. Caso haja um acidente em local indevido (e haverá), limpe imediatamente e use um desinfetante para remover o odor (se o Totó sentir o cheiro antigo no local, pensará que se trata de outro “banheiro” e que pode fazer as necessidades ali).
    • Não o puna em caso de acidentes; apenas limpe a área e continue com a rotina.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Recompensando o animal por bom comportamento

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  1. Os cachorros aprendem melhor através do reforço positivo, e não demoram a perceber porque estão sendo recompensados. Toda vez que o peludinho fizer o serviço no local certo, dê um petisquinho, muitos elogios e uma coçadinha atrás da orelha. [6]
    • Seja consistente com as recompensas: elas precisam estar presentes toda vez que ele executar a ação desejada.
    • Você também pode recompensá-lo por outros motivos, como aprender a sentar ou ficar. Todo e qualquer bom comportamento deve ser recompensado.
  2. O petisco precisa vir logo após ele terminar de eliminar o conteúdo; se ele vier muito cedo ou muito tarde, o bichinho não o associará com fazer as necessidades no local correto.
  3. Algumas pessoas reportaram sucesso ao usar o método do sino em vez do petisco. Funciona assim: quando o animal fizer as necessidades no lugar desejado, você bate um sino ou aperta uma campainha (o som precisa ser agradável), tudo como parte da recompensa. Na próxima vez, ele ficará ansioso para ouvir o mesmo som (portanto, a fonte de ruído só deve ser usada nessa situação específica). Trata-se da mesma lógica por trás do treinamento com clicker (instrumento disponível em pet shops).
    • A desvantagem desse método é a falta de paciência humana: uma hora ou outra, você vai querer parar de usar o som em questão toda vez que o cachorro soltar as cargas no alvo certo e precisará ir reduzindo o uso gradualmente (mesmo isso será confuso para o peludinho; parar subitamente então, nem pensar!).
  4. Quando for levá-lo ao quintal ou falar sobre "ir ao banheiro” (e suas muitas outras formas), mantenha um tom de voz leve e agradável. Nunca erga a voz ou use um tom ameaçador, ou o cão começará a associar as próprias funções fisiológicas com medo e punição. Caso aconteça um acidente dentro de casa, deixe de elogiá-lo, mas não grite nem faça-o se sentir envergonhado.
    • Ao usar comandos verbais, como “lá fora”, “vai quintal” ou “bom garoto”, seja consistente, pois a repetição juntamente com a ação e ambiente reforçarão onde ele deve fazer o serviço.
  5. Os cachorros não lidam bem com a punição, que os assusta e ensina que devem temer o dono, e não tentar agradá-lo. Nunca grite, bata ou faça qualquer outra coisa que cause medo no bicho.
    • Não esfregue a cara dele na urina ou fezes. Ao contrário da crença popular, essa atitude não ensina o cão a não fazer as necessidades dentro de casa. Na verdade, ele nem entende o que está acontecendo, só percebe que você o está maltratando e fica assustado.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Treinando o cão para fazer as necessidades dentro do apartamento

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  1. Caso more em um andar alto, você não poderá levar o cachorro lá fora toda vez que ele precisar se aliviar. Escolha um local no apartamento que seja de fácil acesso, mas não necessariamente no meio da sala de estar. Um canto da lavanderia ou cozinha servirão (idealmente, em um piso vinílico ou de assoalho; nada de tapetes). [7]
  2. Os jornais são baratos e podem ser usados como penico pelo Totó; tapetes higiênicos que absorvem a urina podem ser encontrados em pet shops. Escolha a opção mais conveniente para a sua situação.
    • Outra opção é a bandeja sanitária para cães, que pode ser enchida com terra, principalmente se você levar o animal para fazer as necessidades em um ambiente exterior também. Dessa forma, ele aprenderá que esse comportamento é aceitável tanto dentro quanto fora de casa, contanto que nas condições certas.
    • Esteja ciente de que o Totó pode acostumar-se a se aliviar apenas em jornais, se você só os usar. Caso planeje utilizar tapetes higiênicos e bandejas sanitárias também, use e abuse de variedade para que ele não estranhe as novidades.
  3. Da mesma forma que o treinamento do quintal, é importante que o bicho vá ao tapete higiênico em horários agendados. Portanto, leve-o várias vezes durante o dia, além de toda vez que ele demonstrar estar apertado.
  4. O odor ajudará o Totó a lembrar que o tapete deve ser usado como banheiro. Portanto, corte um pedacinho do tapete ou jornal usado e deixe ali para que ele saiba, naturalmente, o que fazer. As fezes, por outro lado, devem ser removidas imediatamente.
  5. Da mesma forma que um cão treinado em uma casa, o peludinho do apartamento merece um petisco, elogios e carinho como recompensa por obedecer. Com o tempo, ele virá a associar o ato de se aliviar com sentimentos positivos e aprenderá a usar o tapete sem a ajuda de ninguém.
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Dicas

  • Comece o treinamento assim que possível.
  • Lembre-se de que os acidentes são prováveis e até mesmo inevitáveis. O cão precisa aprender o que é esperado dele. Além do mais, ele só consegue segurar a bexiga por um certo período de tempo; filhotes muito novos, em especial, tem um controle muito limitado sobre o órgão.
  • Caso haja um acidente sobre o assoalho, limpe primeiro com papel toalha e depois com um lenço desinfetante. Assim, o cachorro não encontrará o “penico” no qual se aliviou da última vez, pois não há cheiro.
  • Caso precise deixar um filhote sozinho por oito horas ou mais, saiba que terá que limpar algumas coisas ao chegar. Contrate um passeador de cães ou confine o animal em um local onde não possa danificar tapetes e outros, e que seja fácil de limpar.
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Avisos

  • Sair para fazer xixi e cocô é diferente de sair passear e se exercitar; não pense que um substitui o outro. Exercite o peludinho regularmente!
  • Aquele olhar fofinho de culpa do cachorro não indica conhecimento do que fez errado, mas sim tristeza pelo dono estar brabo. Se ele for capaz de fazer a associação com o acidente, por outro lado, é ainda pior: ele pensará que deve fazer as necessidades em segredo, afastando-se e escondendo-se cada vez mais e, portanto, dificultando todo o treinamento e afetando a relação de vocês.
  • Não tente puni-lo pelos acidentes: gritar, bater e esfregar a cara dele nos excrementos não ensinará nada de útil ao peludinho. Se você não o pegou no ato, ele não entenderá o motivo da sua irritação. E esteja alertado: machucá-lo, seja como for, enquadra-se no crime de violência contra os animais.
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