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A epilepsia é rara em gatos, e desconhece-se uma causa que explique as convulsões. Por sorte, existem formas de controlá-las no animal que esteja convulsionando com o auxílio de medicamentos. Você também poderá mantê-lo seguro e feliz ao protegê-lo de lesões e fazer algumas alterações no estilo de vida.

Método 1
Método 1 de 3:

Protegendo o gato de lesões durante uma convulsão

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  1. Para diminuir as chances de ele se machucar, verifique se há alguma coisa na qual ele possa se bater. Procure retirar esses objetos do caminho em vez de tirar o gato do local. Seu toque irá estimular o bichano, e, no seu estado já neurologicamente sensibilizado, isso pode piorar ou prolongar a duração.
    • Por exemplo, se o gato tiver uma convulsão perto do pé de uma mesa, coloque uma almofada entre eles para amortecer o impacto, em vez de retirar o animal dali.
  2. Nessas condições, o animal não tem consciência do que está ocorrendo à sua volta. Ele deita de lado, as pernas se debatem, a mandíbula trava e ele pode perder o controle da urinação e da evacuação. Por não conseguir se controlar, ele pode morder ou arranhar alguém que encostar nele. [1] A única exceção a essa regra é se ele estiver sob risco de queda, que será abordado no 4º passo desta seção.
    • Não coloque os dedos perto ou dentro da boca dele, pois ele irá morder e não conseguirá soltar até recobrar a consciência.
  3. Peça para todos saírem do cômodo. É normal chorar ao ver um animal querido convulsionar, mas isso não irá ajudá-lo. Para reduzir estímulos ao bichano:
    • Desligue a TV ou rádio.
    • Apague as luzes.
    • Feche as cortinas.
    • Evite falar com o gato, mesmo que para acalmá-lo. Essa é outra forma de estímulo, portanto, esse ato fará mais mal do que bem, exceto se ele correr o risco de cair (que será tratado no passo seguinte).
  4. Deve-se evitar movê-lo ou encostar nele durante a convulsão, mas, nesse caso, ele corre o risco de se machucar. [2]
    • Por exemplo, se o gato tiver uma convulsão perto do parapeito de uma janela alta, use um edredom macio ou uma toalha grande e espessa para se cobrir e, em seguida, pegue o animal. Isso irá lhe proteger de mordidas ou arranhões acidentais.
    • Com o gato ainda envolto pela toalha, leve-o para um local seguro, como um espaço aberto e reto, e coloque-o no chão. Lembre-se de deixar a cabeça descoberta, para que ele possa respirar, e saia de perto.
  5. Normalmente, ela leva de dois a três minutos, e sua prioridade durante esse tempo deve ser manter o animal seguro. Quando ele começar a se recuperar, mantenha-o dentro de casa, para que ele não se perca, e ligue para o veterinário. Se essa tiver sido a primeira convulsão, ele precisará passar ser examinado e fazer um exame de sangue, para que a causa desse problema possa ser averiguada.
    • O trabalho do veterinário será mais fácil se você tiver uma descrição completa da convulsão. Para isso, procure anotar o horário de início e fim do ataque.
    • Se tiver um telefone à mão, tente filmar a convulsão para que o veterinário possa vê-la.
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Método 2
Método 2 de 3:

Controlando as convulsões com medicamentos

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  1. A maioria dos anticonvulsivos utilizados em cães é ineficiente ou tóxica para os gatos. Entretanto, o fenobarbital se mostrou eficaz e seguro. Esse medicamento serve para evitar que o animal tenha crises convulsivas. [3]
    • O fenobarbital é comercializado como pílulas ou xarope e, normalmente, deve ser administrado duas, ou até três vezes por dia.
    • A dose inicial é de 1 a 2 mg por quilo. Assim, para um gato de porte médio, ela deverá ser de 1,7 ml de 15 mg/ml de fenobarbital duas vezes ao dia.
    • Alguns animais metabolizam essa substância muito rapidamente, de modo que pode ser necessário administrar três doses diárias.
  2. Essas crises ocorrem porque a primeira cria um “atalho” no cérebro que facilita a ocorrência de outras. O diazepam funciona por meio da diminuição da atividade cerebral, de modo que o cérebro fica menos reativo e, portanto, fica mais difícil que as atividades elétricas associadas à convulsão ocorram. [4]
    • Depois de uma convulsão, a forma mais fácil de administrar esse medicamento é via retal, por meio da qual ele será rapidamente absorvido pela mucosa da região. A dose por gato é de 5 mg.
  3. Os imediatos incluem sedação e aumento do apetite e da sede. Ela deve passar depois de alguns dias, conforme o organismo do gato começa a se acostumar ao remédio.
    • Se o gato permanecer prostrado após alguns dias, fale com seu veterinário.
  4. O fenobarbital é metabolizado por esse órgão e, portanto, jamais deve ser dado a animais com problemas hepáticos, pois, como o gato já terá uma capacidade reduzida, o medicamento pode se acumular no organismo e atingir níveis tóxicos. Se isso estiver acontecendo com o seu bichano, ele pode ficar muito sedado, ter dificuldade de andar ou parecer que está dopado. [5]
    • O diazepam é controverso, pois, em alguns casos raros, pode causar falência hepática fatal. Essa reação é idiossincrática, o que significa dizer que os cientistas ainda não chegaram a uma conclusão sobre o porquê de isso acontecer.
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Método 3
Método 3 de 3:

Mudando o estilo de vida

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  1. Se um animal epiléptico tiver o hábito de subir em árvores ou andar por aí, ele ficará vulnerável a convulsões em momentos inoportunos. Se ele perder a consciência e cair de um galho alto, pode se machucar. Da mesma maneira, se tiver um ataque no meio da rua, não conseguirá se defender. Por isso, é melhor mantê-lo dentro de casa.
  2. Não há evidências científicas de que a alimentação influencia na epilepsia. Contudo, há casos relatados de bichanos que não tiveram mais convulsões depois dessa alteração. Uma teoria é que os anticorpos antiglúten agem diretamente no cérebro e são tóxicos para ele. Na medicina humana, os receptores do glúten de trigo acionam receptores de opiáceos no cérebro, o que, por sua vez, causa convulsões.
    • Como os gatos são carnívoros, pode-se argumentar que eles não estão “capacitados” para metabolizar o trigo e, portanto, têm maiores chances de formar anticorpos. Se o gato for saudável, não fará mal nenhum retirar completamente o glúten da dieta, diminuir a quantidade de carboidratos e aumentar a de proteínas.
  3. Se ele tiver convulsões e tomar medicamentos, será preciso fazer consultas de rotina mais frequentemente do que se faria com um animal saudável. É especialmente importante fazer exames de sangue para verificar se o fígado está dando conta das medicações ingeridas.
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Avisos

  • Em um pequeno número de casos, as convulsões persistem apesar do uso do medicamento. Nesses casos, a única escolha é aumentar a dose de fenobarbitais; entretanto, alguns gatos continuam resistentes ao tratamento, e o aumento da dose também aumenta os riscos de intoxicação.
  • Se esse for o caso do seu gato, poderá ser necessário alcançar um equilíbrio, de modo que as convulsões fiquem menos frequentes e acabem mais rápido, mas elas não irão parar de acontecer.
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Referências

  1. Manual of Small Animal Neurology. Simon Wheeler. BSAVA Publications.
  2. Small Animal Formulary. Ian Ramsey. BSAVA Publications.
  3. Manual of Small Animal Neurology. Simon Wheeler. BSAVA Publications.
  4. Manual of Small Animal Neurology. Simon Wheeler. BSAVA Publications.
  5. Small Animal Formulary. Ian Ramsey. BSAVA Publications.

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