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O porquinho-da-índia é um animal sociável. Em seu habitat natural, ele costuma viver em bando. A maioria dos porquinhos-da-índia domesticados prefere ter a companhia de outro, o que pode provocar mudanças positivas na vida do bichinho, mas, como ele é territorial, tudo deve ser feito aos poucos para que a adaptação corra bem. Tome as medidas necessárias e siga algumas regras básicas ao introduzir um novo companheiro na gaiola do seu porquinho-da-índia. [1]

Parte 1
Parte 1 de 3:

Entendendo a importância do sexo do animal

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  1. Descubra o sexo do porquinho-da-índia . O sexo dos animais faz toda a diferença no convívio deles. Antes de colocá-los na mesma gaiola, é melhor ter essa informação em mãos. Os atendentes de pet shops às vezes cometem erros, portanto, ao comprar um porquinho-da-índia numa lojas de animais, a chance de problemas é maior. [2]
    • Examine os animais no chão ou em uma mesa bem baixa. Dessa maneira, caso um deles fuja e caia, não deve se machucar na queda. Mexa nos porquinhos-da-índia com cuidado, mas segure-os com firmeza em volta do peito e dos ombros. Abra as patinhas traseiras para examinar a região genital. [3]
    • A distância entre a genitália e o ânus é maior no macho. [4]
    • A abertura genital do macho tem um formato circular, enquanto a abertura genital da fêmea é em forma de Y. [5]
    • Para ter certeza, apalpe a região logo acima da genitália. Na fêmea, esse local é macio, mas nos machos dá para sentir um osso. Empurre esse osso para dentro e para cima para que o pênis saia. Na fêmea, não há mudanças.
  2. Alguns pares se dão melhor do que outros. Os porquinhos-da-índia mais jovens têm uma adaptação mais fácil. Eles são como uma folha em branco e, conforme crescem, vão mudando em conjunto. [6]
    • Se você já tiver um animal mais velho, pegar um filhote do mesmo sexo é uma boa opção. O adulto não se sentirá ameaçado pelo bebê e o seu território não será questionado. [7]
    • É melhor castrar o macho antes de colocá-lo junto com uma fêmea. Porém, nunca coloque mais de um macho, castrado ou não, junto com uma fêmea. Eles devem brigar pela atenção dela. [8]
    • As fêmeas adultas se dão bem com mais rapidez do que machos adultos. [9]
    • Entenda que se você abrigar dois animais de sexos diferentes (um macho e uma fêmea) sem castrá-los, vai acabar com filhotes de porquinho-da-índia para cuidar. A gravidez de uma fêmea dessa espécie é de alto risco, tanto para a mãe quanto para os filhotes (¼ das fêmeas morrem no parto), portanto evite-a ao máximo.
  3. Os porquinhos-da-índia machos são muito territoriais. Tome alguns cuidados se ficarem juntos.
    • O segredo é ter uma gaiola bem espaçosa para que os machos vivam em harmonia. Cada um deve ter o próprio espaço para comer, se esconder, dormir e brincar, ou seja, tudo duplicado. Os esconderijos devem ter duas entradas para que um não prenda o outro. [10]
Parte 2
Parte 2 de 3:

Apresentando os porquinhos-da-índia

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  1. É preciso manter os porquinhos-da-índia separados em cômodos diferentes nas primeiras duas ou três semanas. Leve o bichinho novo ao veterinário nesse período para ter certeza de que ele é saudável. Não permita que os animais tenham contato físico durante esse tempo.
    • Colocar o porquinho-da-índia novo direto na gaiola com o mais velho pode provocar um estresse desnecessário, já que eles precisam se adaptar ao novo ambiente e à presença um do outro. Além de tudo, pode haver disputa de território.
    • Além das preocupações emocionais, muitas doenças, que se espalham com facilidade entre os animais adquiridos em pet shops, ficam incubadas por um longo período. Você precisa ter certeza de que o novo porquinho está saudável antes de apresentá-lo ao outro. [11]
    • Coloque os roedores em gaiolas separadas, uma ao lado da outra. Não deixe que eles se vejam, apenas sintam o cheiro e escutem os sons do outro bicho. [12]
  2. Assim que as duas ou três semanas passarem, apresente-os. No entanto, não os coloque juntos na gaiola imediatamente. É melhor apresentá-los em local neutro para que o porquinho-da-índia mais velho não sinta que o seu território está sendo ameaçado.
    • Encontre um novo território onde os bichos nunca estiveram. O lugar deve ser isolado e tranquilo para que os dois animais se sintam seguros. O chão de um cômodo fechado e pequeno, como um banheiro, é uma boa opção. [13]
    • Coloque legumes, petiscos e feno no meio desse espaço para distraí-los de uma briga até que se acostumem com a presença um do outro. [14]
    • Caso os porquinhos-da-índia entrem em luta corporal, tenha algumas toalhas velhas por perto. Use-as para contê-los, evitando que eles se arranhem. [15]
    • Se tudo der certo e eles não brigarem por mais de duas horas, já dá para colocá-los na mesma gaiola, que deve estar bem limpinha. Troque os brinquedos de lugar para deixar o ambiente irreconhecível.
  3. Depois que eles forem apresentados, existem alguns passos a se tomar para amenizar a transição antes de juntá-los na mesma gaiola.
    • Mude elementos da gaiola. O porquinho-da-índia é um animal territorial, portanto deve haver espaço suficiente. Em geral, uma boa gaiola deve ter de 2,5 m² a 3,5 m² para dois animais. Quanto maior, melhor. Se você tiver três roedores ou mais, compre um viveiro com 4 m² no mínimo. [16]
    • Lave a gaiola para remover os cheiros antigos e neutralizá-la. Troque as coisas de lugar pelo mesmo motivo. [17]
    • Passe com delicadeza um pouco do feno da gaiola antiga no novo porquinho-da-índia para que ele fique com o mesmo odor do restante dos animais. [18]
Parte 3
Parte 3 de 3:

Sabendo a hora de intervir

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  1. As primeiras semanas da divisão de espaço podem ser difíceis e você tem que ficar preparado para algumas tensões. Aprenda os sinais de agressividade e a linguagem corporal dos porquinhos para saber quando entrar no meio.
    • A tentativa de acasalar ou de pular em cima de um porquinho-da-índia pode dar início a uma agressão se o outro resistir ou revidar. Fique de olho nesse comportamento, mas não faça nada se não houver uma briga. [19]
    • É comum testemunhar guinchos, perseguição e bater de dentes durante as primeiras semanas. Os porquinhos-da-índia também podem se morder se estiverem irritados e esses comportamentos são necessários para impor limites entre ambos. Somente tome uma atitude se eles se morderem com força suficiente para causar ferimentos. [20]
    • Um deles não para de bater os dentinhos? Esse é um sinal de agressividade que pode ficar sério. Observe-os com atenção, mas não os separe, a menos que eles se machuquem. [21]
    • Alguns sinais de que eles estão se preparando para entrar em confronto são pelos eriçados, principalmente em volta do pescoço, e bater os pés no chão. Você pode deixar isso acontecer, mas observe de perto. Não os separe a menos que eles se machuquem feio. [22]
  2. Só para lembrar: só interfira se houver machucados com sangramento. [23]
  3. Nem toda linguagem corporal é um sinal ruim. Existem certos comportamentos considerados normais, principalmente no início, e você deve saber reconhecê-los para não atuar sem necessidade.
    • Cheirar o traseiro e cutucar o outro são maneiras de cumprimentar um novo companheiro. Esse comportamento é normal e nada ameaçador. Eles também podem querer delimitar o território arrastando o bumbum no chão ou levantando a cabeça em certas ocasiões para mostrar que mandam no pedaço, o que é normal nas primeiras semanas. [24]
    • Os porquinhos-da-índia às vezes fazem uma espécie de dancinha. Eles agitam o traseiro no ar com os pelos eriçados e fazem um barulho parecido com um ronco. Essa é uma demonstração de domínio de território e faz parte do estabelecimento de uma hierarquia, nem sempre levando à agressão. [25]
    • Não se assuste com o som dos guinchos. Embora os ruídos possam ser estridentes e parecerem sinais de dor, são apenas uma maneira de o roedor expressar que se submete ao animal dominante.
  4. Se uma briga começar a ficar sangrenta, aparte-os. Aprenda a fazer isso com segurança para diminuir as chances de se machucar ou feri-los.
    • Seja rápido. Os porquinhos-da-índia têm dentes afiados e são capazes de se ferir gravemente. Se você perceber uma luta mais intensa, entre no meio na hora. Um deles pode ferir e incapacitar permanentemente o outro caso não seja controlado. [26]
    • Não use as mãos desprotegidas. Um bicho irritado pode causar ferimentos graves e mandá-lo para o pronto-socorro. Cubra o animal com uma toalha, com um pano velho ou use luvas grossas para separá-los. [27]
    • Separe-os depois da briga. Deixe-os em gaiolas diferentes, mas na mesma sala, para que eles possam se ver, cheirar, ouvir e se comunicar. Se for mexer neles, continue usando luvas ou uma toalha por algumas horas, pois eles continuam nervosos e agressivos depois do confronto. [28]
    • Deixe-os voltar a conviver devagar em um território neutro com petiscos e comida para distraí-los. Dependendo da gravidade da briga, o tempo de espera varia de algumas horas a alguns dias. Continue de luvas caso eles voltem a se agredir. [29]
  5. Alguns animais simplesmente não vão com a cara um do outro, mesmo depois de o dono seguir todo o protocolo correto para apresentá-los. Fique preparado para tal possibilidade, pois esse risco é real.
    • Não se sinta culpado. Essa é a natureza deles e cada porquinho-da-índia tem uma personalidade. Alguns podem ser mais independentes e agressivos e, por isso, mais difíceis de se adaptarem ao convívio. Mesmo que você tenha feito tudo certo, às vezes é só uma questão de falta de compatibilidade. [30]
    • Se o primeiro contato já causar muitas brigas, é melhor recomeçar tudo do zero com o período de quarentena. Dessa forma, os animais têm tempo de esfriar a cabeça e esquecer a hostilidade anterior.
    • Se um porquinho-da-índia simplesmente não se der bem com o companheiro, o jeito é mantê-los para sempre em gaiolas separadas em um local onde eles possam sentir o cheiro, ver e ouvir o outro sem interagir fisicamente. Eles se beneficiam do convívio social, mas sem o estresse de um ambiente hostil. [31]

Dicas

  • Não é necessário castrar o macho se ele não dividir a mesma gaiola com uma fêmea.
  • A socialização fica muito mais fácil com roedores novos. Prefira adotar um filhote do mesmo sexo do que você já tem em casa.
  • Se possível, adote dois filhotes para eles crescerem juntos. Dessa forma, você já sabe que eles serão compatíveis.
  • Coloque duas vasilhas diferentes de comida e um esconderijo em cada lado da gaiola.
  • Se você tiver mais de um porquinho-da-índia, é melhor fazer um túnel, um iglu e tal para cada um. Dessa forma, eles não brigam pelo território.
  • É legal ter uma divisória removível na gaiola. Se ela for bem grande, é possível dividir o espaço ao meio, colocando comida e esconderijos em ambos os lados. Deixe a divisória aberta para que eles possam se visitar e fugir se for o caso. Você também pode fechar a portinha caso eles comecem a brigar, esperando que se acalmem.
  • Guinchos muito altos e agudos são um indício de agressividade. Se o volume for normal e os guinchos menos espalhafatosos, é porque eles estão felizes.
  • Nunca dê nenhuma fruta cítrica ao porquinho-da-índia, pois elas causam aftas.
  • Às vezes, quando eles querem ficar sozinhos por um tempo, ficam sem se mexer.

Avisos

  • Nunca coloque um macho não castrado junto com fêmeas. Os porquinhos-da-índia se reproduzem muito rápido, sobrecarregando a fêmea. A gestação é de alto risco e uma fêmea que tiver problemas durante a gravidez costuma morrer de forma lenta e dolorosa.
  • O porquinho-da-índia pode ficar muito agressivo com o outro e provocar lesões permanentes no companheiro de gaiola durante uma briga. Separe-os na hora ao perceber que a coisa está ficando muito feia.
  • Esse roedor é pequeno, mas forte. Caso ele se sinta coagido, tome cuidado ao manuseá-lo para evitar ferimentos.

Materiais Necessários

  • Duas gaiolas.
  • Comida.
  • Petiscos.
  • Legumes.
  • Toalhas e panos velhos.
  • Luvas grossas.

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