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Fezes muito moles e diarreia são inconveniências que afetam a todos de vez em quando. O problema deve ser minimizado sozinho, mas há algumas técnicas que podem ser usadas para que as fezes tenham maior consistência, como realizar algumas mudanças no estilo de vida e da alimentação. Se não funcionarem mesmo assim, vá ao médico para saber quais opções de tratamento existem para logo voltar à vida normal.

Método 1
Método 1 de 3:

Criando a alimentação correta

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    Experimente uma alimentação BRAT — banana, arroz, purê de maçã e torrada — ao sofrer de diarreia. Coma alimentos que deem mais consistência às fezes, como os da dieta BRAT; você também pode tentar incorporar outros alimentos, como batatas e aveia, para deixar o bolo fecal mais sólido. Fuja de comidas apimentadas, ricas em gorduras ou que possuem adoçantes artificiais, que podem agravar os sintomas. [1]
  2. O corpo vai tolerar melhor uma alimentação com poucas fibras enquanto estiver com diarreia, já que não vai estimular os intestinos. O excesso de fibra também pode amolecer os dejetos, portanto, tente não consumir mais do 13 g por dia para controlar os sintomas. [2] Fale com um médico e peça as recomendações dele.
    • O maior consumo de fibras é um tratamento para diarreia crônica ou fezes moles. Quando o quadro é agudo, como quanto o desarranjo é decorrente de uma virose, cortar um pouco das fibras até que melhore é a opção mais adequada. [3]
    • Cuidado apenas para não exagerar nas fibras. Consumir mais de 38 g por dia pode levar ao surgimento de gases, inchaço e cólicas; fique atento à ingestão delas para não sofrer os efeitos do seu alto consumo. [4]
  3. Mesmo que considere que elas não têm nada a ver com as fezes amolecidas, é importante saber que quanto maior as refeições forem, maiores são as chances de ter mais diarreia. [5] Em vez de se alimentar em grande quantidade três vezes ao dia, espace mais cada refeição e realize-as com maior frequência para que o corpo possa fazer a digestão da melhor forma possível.
  4. Por ser difícil de ser digerida, uma alimentação com muita gordura pode fazer com que os excrementos fiquem amolecidos. O melhor a se fazer é priorizar comidas com pouca gordura, como carne de ave branca e magra, laticínios desnatados, peixes e grãos integrais, facilitando a digestão e minimizando o risco de diarreia no futuro. [6]
    • Comidas fritas, oleosas e gordurosas são todas ricas em gorduras, logo, evite-as.
    • Fique atento também aos molhos cremosos e condimentos. Eles podem enriquecer a quantidade de gordura em sua dieta sem que você perceba!
  5. Todos os açúcares podem piorar a situação do cólon e fazer com que as fezes moles sejam eliminadas. Se você gosta de bebidas e comidas com açúcar, além de sobremesas e bebidas como refrigerante ou drinques, retire-os para não sofrer com o desarranjo intestinal. [7]
    • Tente criar o hábito de ler as tabelas de nutrição para saber a quantidade exata de açúcar em tal comida. Talvez você se surpreenda ao calcular, com exatidão, o quanto de açúcar ingere.
    • Se a diarreia estiver muito forte, um pouco de açúcar pode ajudar. Ele auxilia na absorção de sal e evita a desidratação, mas assim que melhorar, corte-o ou volte a consumi-lo em quantidades pequenas. [8]
  6. Quem sofre com fezes aquosas várias vezes por dia pode ter um quadro moderado de diarreia, [9] e nesse caso, recomenda-se adotar uma alimentação que “prenda” o intestino para que o problema não persista. Arroz, batata, banana, maçã sem casca, torrada, macarrão e ovos são todas boas escolhas, logo, dê preferência a esses alimentos nas refeições. [10]
  7. Elas estimulam a movimentação intestinal e facilitam a evacuação de excrementos moles, portanto, não são recomendadas para não “soltar” o sistema digestivo: [11]
    • Ameixas e suco de ameixa, feijão, figo, farelo de trigo, alcaçuz e frutas silvestres (morango, mirtilo, amora, entre outras) são todos laxantes naturais.
    • Alimentos apimentados também podem fazer com que as fezes fiquem amolecidas. Tente maneirar nos temperos ao cozinhar. [12]
    • Provavelmente, você não precisará se privar de tudo isso para sempre; assim que as fezes estiverem mais consistentes, volte a reintroduzir essas comidas e veja o que consegue tolerar.
  8. Esse passo é importantíssimo para que você tenha movimentos intestinais normais, mas também para não sofrer com desidratação durante a diarreia. Mantenha o organismo funcionando com oito a dez copos de fluidos por dia e verifique se há melhora. [13]
    • A água é sempre a escolha mais adequada, mas sopas, caldos, um chá mais brando, como o de camomila, isotônicos e sucos, com exceção do de ameixa, também vão servir.
    • Após uma forte diarreia, uma bebida que repõe eletrólitos, como Pedialyte, será uma ótima escolha para evitar a desidratação. [14]
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Método 2
Método 2 de 3:

Adotando mudanças no estilo de vida

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  1. Quem bebe bastante cafeína deverá ao menos diminuir o consumo. [15]
    • Lembre-se de que não é apenas o café que a possui: refrigerantes, energéticos e chás também podem apresentar altos índices de cafeína.
  2. Há fármacos, como certos antibióticos e antiácidos, que podem desencadear o desarranjo intestinal ou amolecer os excrementos. Veja todos os remédios que você toma e analise se o distúrbio pode ser um efeito colateral; fale com o médico e peça para trocar a medicação. [16]
    • Pessoas que tomaram muitos laxantes anteriormente podem acabar desencadeando uma diarreia prolongada, portanto, vá ao médico para saber se poderá interromper o uso deles.
    • Nunca pare de ministrar qualquer medicamento sem antes consultar um especialista, principalmente se foi esse médico que prescreveu o remédio.
  3. Não é um método comprovado, mas muitos relatam melhora após consumi-los porque os probióticos podem equilibrar as bactérias intestinais, retomando a formação adequada do bolo fecal. A melhor opção é consumir um suplemento diário e depois analisar os resultados. [17]
    • Lactobacillus e Bifidobacterium são os dois probióticos mais comuns em suplementos. Procure obter ao menos um deles. [18]
    • Os probióticos também podem ser adquiridos pela dieta. Consuma alimentos fermentados, como chucrute, kombucha, sopa missô, tempeh, kimchi, picles e iogurte.
  4. Mais uma vez, o álcool é prejudicial para quem está com diarreia, já que irrita o estômago e pode causar desidratação, já que a pessoa perde muitos líquidos. Recomenda-se evitar as bebidas alcoólicas até que as fezes fiquem mais consistentes. [19]
    • Quem sofre de desarranjo intestinal com muita frequência após a ingestão de bebidas alcoólicas deverá parar de tomá-las. Há indivíduos mais sensíveis ao álcool do que outros.
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Método 3
Método 3 de 3:

Tratando a diarreia aguda

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  1. As fibras até podem ajudar com fezes aquosas, mas em quadros agudos, elas serão mais prejudiciais do que benéficas, portanto, tente limitar o consumo a 13 g por dia, no máximo, em vez da faixa recomendada, que é de 25 a 35 g. Com isso, a movimentação intestinal será desacelerada e o bolo fecal terá mais consistência. [20]
    • Continue não comendo alimentos que são laxativos naturais, como ameixa e suco de ameixa, feijão, figo, farelo de trigo, alcaçuz e frutas silvestres (morango, amora e mirtilo, entre outras).
    • Retome a quantidade normal de fibras assim que a diarreia melhorar, ou você pode acabar desenvolvendo constipação.
  2. Casos agudos de soltura de ventre aumentam bastante o risco de desidratação, logo, é importante repor os sais e eletrólitos com Pedialyte ou bebidas similares, por exemplo. É uma forma eficaz de evitar que o corpo fique desidratado enquanto sofre com o desarranjo intestinal. [21]
    • Beba também outros líquidos, como sucos e água, além de sopa, caldo de galinha ou de ossos para hidratar o organismo.
    • Fuja das bebidas com muito açúcar, como refrigerantes, que podem piorar a diarreia.
  3. Em quadros muito agudos, como os decorrentes de viroses, talvez seja melhor aguardar até que o sistema digestivo consiga eliminar os micro-organismos antes de ministrar medicamentos. Os antidiarreicos, no entanto, podem ser boas opções se nada funcionar e os excrementos continuarem muito líquidos. De venda livre, eles podem ser comprados em qualquer farmácia sem a necessidade de retenção de receita médica. [22] O mais conhecido é o cloridato de loperamida (Imosec).
    • Antes de tomar qualquer medicação, vale a pena consultar um especialista. Se há uma infecção por vírus ou parasitas, a diarreia é um mecanismo utilizado pelo corpo para eliminar os micro-organismos do corpo. Nesse caso é bem possível que o médico recomende aguardar que o quadro de desarranjo intestinal melhore de modo natural em vez de dar um antidiarreico, que fará com que as toxinas não sejam expulsas.
  4. É normal ter diarreia de vez em quando, e é raro que ela indique algo mais grave; por outro lado, quando o problema prosseguir por mais do que dois ou três dias, pode haver uma infecção ou um distúrbio que está irritando os intestinos. Nesse caso, vá ao médico para obter um diagnóstico preciso. [23]
    • Dirija-se ao pronto-socorro se as fezes possuírem sangue, houver sinais de desidratação e febre. São todos sintomas que exigem atenção médica o quanto antes.
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Dicas

  • A intolerância à lactose é uma causa frequente de diarreia crônica, que algumas pessoas sequer sabem que possuem. Ao se sentir inchado e eliminar fezes aquosas com muita frequência após consumir laticínios, vá ao médico para que o problema seja investigado. [24]
  • A diarreia também pode ser frequente em portadores de SII (síndrome do intestino irritável).
  • Durante uma viagem, em especial nas de maior distância, leve uma garrafinha d’água. É uma ótima maneira para evitar o risco de ter desarranjos intestinais durante as férias. [25]
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