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Cada pessoa tem um jeito de ser e deve se orgulhar disso. Mesmo assim, às vezes nossos pais não sentem o mesmo e esperam determinadas mudanças. Coisas desse tipo fazem qualquer um se sentir rejeitado, mas felizmente dá para resolver o problema com algumas dicas simples. Só não vale desistir!

Método 1
Método 1 de 3:

Usando estratégias de comunicação

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  1. Ter uma conversa franca com os pais é um pouco difícil, mas não impossível! Diga que precisa falar com eles em um momento em que todos estejam livres e calmos. O ideal é que a atenção deles esteja voltada exclusivamente a você. [1]
    • Diga "Mãe, preciso muito falar com a senhora. Podemos conversar hoje depois do jantar?".
    • Se os seus pais se recusarem a conversar com você, recorra a outro adulto responsável: seus avós, um professor de confiança etc. Isso é imaturo da parte deles, mas provavelmente não tem nada a ver com o seu jeito de ser — e sim com problemas deles . [2]
  2. Pode ser que os seus pais nem se deem conta de que você se sente rejeitado e, por isso, fiquem na defensiva durante o seu desabafo. Portanto, deixe claro logo de cara qual é o assunto e o quanto ele é delicado, mas ainda necessário de discutir. [3]
    • Fale "Eu preciso falar com vocês sobre uns problemas que estou tendo. Vocês podem ficar magoados, mas por favor me ouçam até o final" ou "Preciso do apoio de vocês. Espero que me ouçam e entendam".
  3. Falar de sentimentos nunca é fácil, mas seja honesto mesmo assim. [4] Explique que você se sente rejeitado e por que acha que isso acontece. Depois, fale como espera que eles mudem. [5]
    • Diga "Eu sinto que vocês só me criticam e nunca veem nada de bom no que eu faço. Queria que se orgulhassem de mim e dissessem que me amam".
    • Você pode "ensaiar" com alguma pessoa de confiança e que tenha a mente aberta antes de falar com os seus pais. É normal sentir um pouco de medo, uma vez que que a conversa vai ser delicada.
  4. Depois que você falar, é a vez de seus pais responderem. Tente entender o ponto de vista deles, mas sem ter medo de discordar. Com sorte, vocês vão chegar a um acordo. [6]
    • Não interrompa os seus pais enquanto eles estiverem falando. Isso vai dar margem para brigas. Se eles disserem algo tenso, conte até dez ou tente imaginar uma cena positiva na sua cabeça até chegar a sua vez de se manifestar.
    • Você tem todo o direito de ficar magoado se acha que os seus pais não gostam e respeitam o seu jeito de ser. Mesmo que não seja necessariamente verdade, os seus sentimentos são válidos.
  5. Nesse ponto, é até normal querer discutir e gritar com seus pais — afinal, você provavelmente já está bastante descontente. No entanto, isso só vai piorar a situação. Peça para interromper a conversa por um tempo se sentir que ela está saindo do controle; se isso não for possível, imagine uma cena feliz na sua cabeça. [7]
    • Experimente meditar ou orar para manter a calma.
  6. É difícil imaginar como nossos pais eram quando eram mais jovens, não é? Ainda assim, isso pode explicar por que eles são como são. Peça para os seus contarem histórias da infância e da adolescência e preste atenção a detalhes que indiquem como era a relação deles com os seus avós, além de outras facetas da vida (estudos, trabalho etc.). [8]
    • Por exemplo: talvez o seu pai pegue no seu pé por causa do seu desempenho na escola porque os pais dele não fizeram isso; talvez a sua mãe insista para você praticar determinado esporte porque é o favorito dela , mesmo não sendo o seu.
    • Existe a possibilidade de os seus pais descontarem em você a frustração que sentem por não terem uma boa relação com os próprios pais. Talvez eles nem percebam que isso acontece! Nesse caso, isso pode até servir como incentivo para a mudança de comportamento.
  7. Defina alguns limites com os seus pais se eles não tratarem você bem. Você merece ser amado, mas não dá para controlar as ações dos seus pais. Decida o que é mais urgente e peça para eles pararem de agir assim. Diga que você não vai responder ou que vai se afastar se a situação tornar a acontecer. Comece com pequenas mudanças e, com o tempo, todo o se relacionamento vai ficar diferente. [9]
    • Fale sempre do seu ponto de vista ("Eu...") para os seus pais não ficarem na defensiva. Por exemplo: diga "Eu fico magoado quando vocês gritam comigo e, por isso, decidi parar de responder quando isso acontecer", e não "Vocês sempre gritam comigo e me magoam".
    • Você também pode falar "Eu sei que vocês não concordam com as minhas escolhas, mas a vida é minha . Eu não vou mais escutar quando vocês me criticarem".
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Método 2
Método 2 de 3:

Melhorando o relacionamento

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  1. É difícil mostrar afeto pelos nossos pais quando eles não fazem o mesmo, então cada um deve ir até onde se sentir confortável. No seu caso, comece dizendo aos dois que os ama e demonstrando carinho com beijos e abraços de vez em quando. Com sorte, eles vão começar a agir da mesma forma com você. [10]
    • Crie o hábito de dizer "Eu te amo" ou "Obrigado por tudo".
    • Faça coisas boas pelos seus pais, como escrever uma cartinha de vez em quando ou dar um presente que você mesmo tenha feito (um quadro ou um mural de fotos, por exemplo).
    • Não faça nada que você não queira. Você não precisa ter contato constante com os seus pais só porque vocês são da mesma família.
  2. Cuidar e arrumar a casa são tarefas árduas e que provavelmente deixam os seus pais exaustos. Você pode até não ficar "à toa", mas pelo menos tente ajudar de algumas formas diferentes para criar um clima de união e apoio mútuos na família. [11]
    • Por exemplo: lave a louça depois que os seus pais fizerem o jantar, tire o lixo no dia da coleta e lave a roupa de vez em quando.
  3. Você provavelmente não quer que os seus pais bisbilhotem os seus perfis nas mídias sociais, mas estudos indicam que interagir nas redes cria laços afetivos mais fortes. Siga-os em pelo menos uma plataforma e dê uma olhada no que eles postam de vez em quando (pelo menos uma vez por dia). [12]
    • Por exemplo: você pode postar algo no Facebook que fique visível para os seus pais, mas também optar por limitar o acesso deles ao conteúdo.
    • Não há nada de errado em limitar o acesso a algumas coisas.
  4. Rir e brincar juntos são duas das coisas mais legais para a família. Pense em uma atividade de que você e os seus pais gostem e concentre-se nesse momento de interação com eles, sem nem pensar nos problemas. [13] Vocês podem:
    • Jogar partidas de jogos de tabuleiro.
    • Fazer uma trilha ou andar de bicicleta.
    • Cozinhar juntos.
    • Praticar algum esporte leve no quintal de casa.
    • Ver um filme juntos.
    • Organizar uma caça ao tesouro.
  5. Qualquer pessoa fica magoada quando se sente rejeitada pelos próprios pais e, assim, passa a prestar mais atenção às suas diferenças em relação a eles. Entretanto, se é o seu caso, você provavelmente tem mais em comum com os dois do que pensa. Tente encontrar esses pontos e criar laços mais estreitos a partir deles. Isso vai facilitar muito a sua vida na hora dos conflitos. [14]
    • Por exemplo: talvez vocês gostem de ver o mesmo reality de culinária, ler os mesmos livros ou tocar o mesmo instrumento! Não precisa ser nada grandioso.
  6. O jeito como os seus pais tratam os filhos tem a ver com eles , não você. Ainda assim, pode acontecer de eles entenderem determinadas atitudes suas do jeito errado. Tente ser franco, mesmo nos momentos mais difíceis, para deixar o clima sempre pelo menos civilizado. [15]
    • Por exemplo: converse com eles sempre que você chegar do trabalho e cumpra com todos os seus compromissos em casa.
    • Tente não descontar a sua frustração neles quando você estiver magoado. Diga "Eu não estou bem hoje. Preciso de um tempo sozinho" ou "Hoje meu dia foi péssimo, mas eu não queria falar do assunto".
  7. Assim como você tem as suas qualidades, os seus pais têm interesses e talentos próprios. Pode até ser que o jeito deles seja diferente demais do seu, mas não quer dizer que a relação não tem jeito. Respeite-os e, com o tempo, eles vão começar a fazer o mesmo. Veja dois exemplos: [16]
    • Talvez você e os seus pais tenham visões políticas diferentes. Não fique discutindo com eles o tempo todo! Aceite que vocês simplesmente não concordam nesse assunto.
    • Pode ser também que os seus pais tenham um estilo conservador, mas você seja um pouco mais ousado. Não tire sarro desse jeito de eles serem!
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Método 3
Método 3 de 3:

Cuidando da sua saúde emocional

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  1. Sentir-se rejeitado pelos pais é péssimo, mas fingir ser outra pessoa é pior ainda. Nunca se esqueça: você merece ser amado do seu jeito! Não viva tentando agradar os seus pais (e ninguém mais). Só assim a sua vida vai ter sentido de verdade. [17]
    • Concentre-se em ser uma boa pessoa, sem tentar fazer o impossível acontecer. Isso é mais que suficiente! [18]
  2. Você pode até ficar magoado quando eles criticarem o seu jeito de ser, mas lembre-se de que isso é um problema deles . Tente não dar atenção às opiniões negativas, já que elas falam pouco a seu respeito e muito a respeito dos dois. Nunca se sinta culpado! [19]
    • Por exemplo: não acredite quando os seus pais disserem "Eu não precisaria gritar se você não fosse tão preguiçoso". Isso não é verdade! Eles só estão descontando as próprias frustrações em cima de você.
  3. Não dá para forçar ninguém a amar e respeitar o seu jeito de ser. Você pode até ter um ideal de relacionamento em mente, mas os seus pais provavelmente não vão mudar de comportamento de uma hora para outra. Aprenda a deixar de lado o que não dá para alterar. [20]
    • Tente apenas se aceitar e se amar . Isso não vai mudar os seus pais, mas vai dar mais forças a você.
  4. Pesquisas apontam que recorrer às artes é uma opção excelente para liberar o estresse e as emoções negativas. Qualquer tipo de expressão serve, desde que combine com o seu estilo: escreva, desenhe, pinte, dance, faça esculturas etc. [21]
    • O seu nível de habilidade e a "qualidade" das suas produções artísticas também não são relevantes. O que importa é que você se divirta! [22]
  5. A sua família não se reduz aos seus pais! Busque apoio de pessoas que também amem você: seus avós, tios, tias, primos, primas etc. E não pare por aí! Recorra aos seus professores, amigos e outras figuras importantes na sua vida. Essas relações são tão importantes quanto (ou até mais importantes que) qualquer laço de sangue. [23]
    • Desabafe com essas pessoas quando você precisar extravasar.
    • Tente passar bastante tempo com essas pessoas. Por exemplo: encontre os seus amigos de vez em quando depois do trabalho.
  6. Pode até parecer que o seu mundo se resume aos seus pais, mas não é o caso. Pense em outras formas de cuidar da sua felicidade: interaja com os seus colegas de turma ou trabalho, participe de eventos culturais variados, matricule-se em cursos do seu interesse e por aí vai. Dê mais atenção ao seu bem-estar! [24]
    • Ocupe todo o tempo possível na sua agenda com coisas interessantes e que não tenham a ver com os seus pais.
    • Se você ainda não tem idade para morar sozinho, pelo menos busque atividades que os seus pais autorizem: algo na escola, na igreja, na casa de outros parentes etc.
  7. Nem todo mundo consegue lidar com as emoções negativas de casa. Se acontecer com você, busque um profissional da saúde mental que seja capaz de melhorar um pouco a situação. Até escolas costumam contar com psicólogos na equipe para os alunos! [25] Se você já é adulto, ache alguém de confiança pela internet e marque uma primeira consulta. [26]
    • Veja se o seu plano de saúde cobre as sessões de terapia.
    • Dependendo do caso, você pode até convidar os seus pais para fazer terapia familiar.
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Dicas

  • Não desista dos seus pais se eles são importantes na sua vida. Talvez o relacionamento possa melhorar com o tempo. [27]
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Avisos

  • Peça ajuda a um adulto de confiança se você for vítima de qualquer abuso dos seus pais (físico, verbal ou emocional). Não se sinta obrigado a aguentar nenhum tipo de violência só porque é filho deles.
  • Não se automutile ou comece a usar drogas ou álcool por causa dos abusos dos seus pais. Busque formas saudáveis de lidar com a situação, como desabafar com amigos, praticar algum esporte, e assim por diante.
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  1. https://kidshealth.org/en/kids/parents.html
  2. https://raisingchildren.net.au/grown-ups/family-life/routines-rituals-relationships/good-family-relationships
  3. https://news.byu.edu/news/social-parenting-teens-feel-closer-parents-when-they-connect-social-media
  4. https://kidshealth.org/en/kids/parents.html
  5. https://blogs.psychcentral.com/imperfect/2018/08/10-tips-for-dealing-with-your-toxic-parents/
  6. https://www.helpguide.org/articles/mental-health/improving-family-relationships-with-emotional-intelligence.htm
  7. https://www.helpguide.org/articles/mental-health/improving-family-relationships-with-emotional-intelligence.htm
  8. https://blogs.psychcentral.com/imperfect/2018/08/10-tips-for-dealing-with-your-toxic-parents/
  9. https://kidshealth.org/en/kids/parents.html
  10. https://psychcentral.com/lib/teens-coping-with-being-unwanted-unloved-and-unhappy/
  11. https://drjonicewebb.com/how-to-deal-with-your-emotionally-neglectful-parents/
  12. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5836011/
  13. https://drexel.edu/now/archive/2016/June/Art_Hormone_Levels_Lower/
  14. http://psychcentral.com/lib/teens-coping-with-being-unwanted-unloved-and-unhappy/
  15. https://psychcentral.com/lib/teens-coping-with-being-unwanted-unloved-and-unhappy/
  16. https://kidshealth.org/en/teens/school-counselors.html
  17. https://www.helpguide.org/articles/mental-health/finding-a-therapist-who-can-help-you-heal.htm
  18. https://www.psychologytoday.com/us/blog/gay-and-lesbian-well-being/201103/should-you-come-out-your-parents

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