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Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) ou venéreas podem ir de inofensivas e fáceis de se curar a incuráveis e fatais. É importante saber como identificar as manifestações e realizar o tratamento. Corrimento, feridas, inchaço de glândulas, febre e cansaço são alguns dos possíveis sintomas; ainda assim, há algumas DSTs que não possuem nenhum sintoma aparente, e exatamente devido a isso é fundamental realizar exames se for possuir vida sexual ativa. Caso o resultado seja positivo, é imprescindível seguir as orientações do médico para combater a condição e tomar medidas para evitar que a contaminação se espalhe.

Parte 1
Parte 1 de 2:

Identificando os sintomas

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  1. Há DSTs que não apresentam nenhuma manifestação, podendo ser diagnosticadas apenas após exames; caso esteja preocupado, submeta-se ao teste. No SUS, é possível fazer exames para detectar vários tipos de DST, como AIDS e hepatite B e C, gratuitamente e de forma rápida; em caso de dúvida, consulte o seu médico. [1] Alguns dos exames para detecção de DSTs são:
    • Exame de urina: o médico pedirá uma amostra de urina para verificar se há clamídia ou gonorreia, duas doenças venéreas muito comuns. O paciente deve urinar em um recipiente, que será examinado pelo laboratório. [2] .
    • Exame de sangue: uma amostra do sangue poderá indicar se a pessoa tem sífilis, herpes, HIV e algum tipo de hepatite. [3] A enfermeira introduzirá uma agulha para coletar o sangue que será examinado.
    • Teste de Papanicolau: essa é a única forma de detectar o HPV (papilomavírus humano) em mulheres assintomáticas. Quando o resultado exibir mudanças anormais, um exame de DNA poderá revelar a presença desse vírus. [4] No momento, não há uma forma de fazer exames para detecção de HPV em homens. [5]
    • Coleta de material: obter o material de uma área infectada poderá determinar se você sofre de tricomoníase. A enfermeira dará um cotonete, que deverá ser esfregado na região infectada para análise em laboratório. Como apenas 30% das pessoas com tricomoníase desenvolvem manifestações, a única forma de garantir que não está contaminado é através dos exames. [6] Esses testes também podem diagnosticar a clamídia e herpes.
  2. A cor, a textura e o cheio do corrimento podem ajudar a identificar a DST contraída, bem como o desconforto ao urinar. Cada um conhece melhor o corpo, mas corrimento ou urina diferentes poderão sinalizar:
    • A Gonorreia , em homens e mulheres, apresenta aumento de corrimento dos órgãos genitais (que pode ter uma coloração branca, amarela ou esverdeada). Há também possibilidade de queimação ao urinar. [7] As mulheres também poderão sofrer com irregularidades na menstruação e inchaço na vulva. Quatro entre cinco mulheres e um dentre dez homens com gonorreia são assntomáttcos. [8]
    • A tricomoníase , que pode contaminar tantos homens quanto mulheres. Neles, o sintoma é de queimação ao urinar, e nelas, um odor vaginal incomum e corrimento (claro, branco ou amarelado). [9] No entanto, cerca de 70% dos indivíduos infectados são assintomáticos. [10]
    • A clamídia, que infecta homens e mulheres e pode ser detectada pela presença de corrimento ou dor ao urinar. [11] [12] As mulheres também podem ter dores abdominais e maior vontade de urinar do que o normal. Lembre-se, no entanto, de que 70 a 95% das mulheres e 90% dos homens com clamídia não exibem sintomas. [13]
    • A vaginose bacteriana , que se caracteriza pelo corrimento semelhante ao leite e um odor desagradável.
  3. Dependendo do lugar do corpo em que aparecem, elas podem sinalizar a presença de uma DST, portanto, cuidado quando elas surgem na região genital ou na boca, quando estão mais associadas às doenças venéreas. Caso haja uma “crise” de qualquer tipo, vá ao médico ou pronto-socorro o quanto antes para que o diagnóstico preciso seja feito.
    • Feridas indolores podem sinalizar que a pessoa contraiu sífilis em seu estágio primário. Essas lesões cutâneas são mais comuns na região genital e podem surgir de três semanas a três meses após a infecção. [14]
    • Bolhas doloridas ou feridas em regiões genitais ou na boca também poderão indicar que há contaminação pelo vírus do herpes . As bolhas podem aparecer dois dias após a contração desses micro-organismos e permanecerem por uma ou duas semanas. [15]
    • Já as verrugas genitais são características do papilomavírus humano (HPV). Elas aparecem em vários grupos de caroços perto dos órgãos genitais; as verrugas podem ser pequenas, ou grandes, elevadas ou planas, ou ainda com o formato de couve-flor. [16] A infecção pelo HPV é a mais comum e praticamente todas as pessoas com vida sexual ativa são contaminadas por ele em algum momento da vida. [17] Na maioria dos casos, as verrugas somem sozinhas; do contrário, mulheres devem tomar cuidado, já que há risco aumentado de câncer no colo do útero. [18]
  4. É complicado identificar algumas DSTs porque as manifestações são parecidas às de uma gripe comum, como tosse ou dor de garganta, congestão das vias aéreas ou presença de coriza, calafrios, cansaço, náuseas ou diarreia, dor de cabeça ou febre. [19] Ao notar que há sintomas de gripe e desconfia que pode ter sido infectado com uma DST, vá ao médico.
    • Por exemplo: o surgimento das características da gripe logo após uma relação sexual pode indicar uma contaminação com sífilis ou HIV tanto em homens quanto em mulheres. [20]
  5. Às vezes, as DSTs podem fazer com que a pessoa fique com febre e sofra aumento das glândulas, com sensibilidade ou dor ao serem pressionadas. Junto com a febre, por exemplo, é uma condição que pode apontar para a presença de herpes. [21] Na maioria dos casos, as glândulas ficam inchadas perto do local da infecção; quando ela se dá na área genital, são as glândulas da virilha que aumentam de tamanho.
    • No caso do herpes, os sintomas deverão aparecer de dois a 20 dias após a contaminação. [22]
  6. Há muitas razões que podem levar ao surgimento da sensação de exaustão; no entanto, quando ela acompanha a perda de apetite, dores nas articulações, náuseas e até mesmo icterícia, é possível que seja um indício de hepatite B. [23]
    • Um a cada dois adultos com hepatite não apresenta sintomas; se houver, no entanto, eles surgirão entre seis semanas e seis meses após a infecção. [24]
  7. Algumas DSTs podem levar ao surgimento de uma sensação de coceira ou queimação perto do órgão genital, logo, é um sintoma que deve ser levado em conta. Uma irritação peniana pode sinalizar tricomoníase, enquanto a coceira vaginal é um possível indicia de vaginose bacteriana. A clamídia também causa prurido, em especial na região anal.
    • Na tricomoníase, as manifestações aparecem dentro de três a 28 dias (se surgirem). [25]
    • Já os sinais de vaginose bacteriana se desenvolvem de 12 horas a cinco dias após a infecção. [26] Essa condição também pode ser contraída por outros meios além do contato sexual, como ao usar um DIU (Dispositivo Intrauterino) como método contraceptivo, fumar ou tomar banho de espuma com muita frequência, portanto, há divisão de opiniões sobre a classificação dela como DST. [27]
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Parte 2
Parte 2 de 2:

Tratando e protegendo-se contra DSTs

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  1. Em caso de suspeita de DST, marque uma consulta com um médico o quanto antes, ou até mesmo vá a uma clínica de saúde. É fundamental o tratamento precoce contra doenças venéreas para que os efeitos de longo prazo não afetem seu corpo e evitar a transmissão a outras pessoas. Quando não combatidas, problemas como perda de cabelo, artrite, infertilidade, defeitos congênitos, câncer e até mesmo a morte poderão acontecer.
  2. Dependendo de qual for, o tratamento é realizado com antibióticos, enquanto outras sequer podem ser curadas. De qualquer forma, siga as instruções do médico para saber o que fazer para controlar o problema. Ao receber um diagnóstico de DST, o médico prescreverá o tratamento e informará como não a espalhar a outras pessoas.
    • Além disso, medicamentos podem ser receitados para tratar ou minimizar a gravidade dos sintomas.
    • Não há cura para AIDS, herpes ou hepatite B. Ainda assim, há tratamentos que minimizam as manifestações dessas DSTs.
  3. Há várias formas de reduzir a chance de contrair uma DST; escolha uma que esteja próxima ao seu estilo de vida. Veja quais são elas: [28]
    • Abster-se de praticar qualquer tipo de relação sexual, seja oral, vaginal ou anal.
    • Proteja-se durante a relação sexual. Use preservativos de látex para quase anular a possibilidade de contrair uma DST.
    • Seja monógamo. Quando você e seu companheiro não possuírem outros parceiros sexuais, a chance de ser infectado por uma doença venérea é pequena. Converse de maneira franca com qualquer parceiro, perguntando se ele já fez exames para detecção de DSTs antes de se relacionarem de forma íntima.
    • Tome a vacina da hepatite B e do HPV. Dessa maneira, mesmo ao entrar em contato com os micro-organismos na relação sexual, você não contrairá as doenças. Regularmente, o governo brasileiro faz campanhas para vacinação contra as duas DSTs; a imunização contra o HPV poderá ter que ser feita em mais de uma dose. [29]
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Avisos

  • Muitas pessoas infectadas com DSTs são assintomáticas, ou seja, não exibem manifestações da contaminação. A única maneira de saber é fazendo exames para detecção das doenças.
  • Não praticar o sexo seguro pode levar à infecção de outras pessoas.
  • As DSTs podem ser muito prejudiciais ao corpo, portanto, procure ajuda profissional o quanto antes se souber que está contaminado. Não realizar o tratamento pode levar à infertilidade, aumento da possibilidade de ter certos tipos de câncer e colocar parceiros em risco, já que também poderão contrair as infecções.
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