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Aprender a tocar guitarra pode ser bem divertido, embora tocar acordes possa parecer um pouco intimidador de início. Não tenha medo, pois não é muito diferente de tocar notas isoladas: a única diferença é que você está tocando várias de uma vez só. Este artigo ajudará você a entender o posicionamento dos dedos e como tocar alguns dos acordes mais comuns. Pegue sua guitarra e vamos lá!

Parte 1
Parte 1 de 3:

Compreendendo os acordes

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  1. A melhor forma de começar é se familiarizando com as cordas da sua guitarra e como elas se relacionam com seus dedos. Para facilitar, vamos numerar tudo isso:
    • Verticalmente, as cordas são numeradas de um à seis, da mais aguda para a mais grave.
    • Horizontalmente, o número varia de acordo com a casa.
    • Note que quando se diz “Coloque seu dedo um na terceira casa”, você deve realmente colocar seu dedo entre a segunda e a terceira casa. É a corda que deve estar em contato com a terceira casa.
  2. Olhe para sua mão esquerda (ou direita, se você for canhoto) e imagine que você tem números estampados nos seus dedos. Seu dedo indicador é o dedo um; o dedo do meio, é o dedo dois; o anelar, é o três e o mindinho, quatro. Seu polegar também pode participar na montagem de acordes, mas não para este artigo.
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    Aprenda o acorde C (Dó maior). O primeiro acorde que veremos é o C, que é um dos mais básicos na música. Antes, vamos esclarecer o que isso significa. Um acorde, seja no piano, na guitarra ou cantado por um papagaio treinado, é o conjunto de três ou mais notas tocadas ao mesmo tempo. Um par de notas é chamado de “díada" e, embora útil, não é considerado um acorde. Acordes também podem ter bem mais que três notas, mas isso vai além do que nosso artigo vai cobrir. Este é o modelo do acorde de C:

    • A nota mais grave está na terceira casa, corda A (Lá): C.
    • A nota seguinte está na segunda casa, corda D (Ré): E (Mi).
    • Note que não há dedo na corda G (Sol). Ela fica “aberta” ao tocar o acorde C.
    • A nota mais alta está na primeira casa, corda B (Si): C.
    • As notas mais alta e mais baixa da guitarra não são tocadas no acorde básico de C.
  4. Toque cada uma, da mais grave para a mais aguda. Não tenha pressa: pressione o dedo na corda correspondente e toque-a. Deixe-a soar e, depois, siga para a próxima corda.
    • Pressione seu dedo três na terceira casa, corda A, como indicado acima. Toque a corda e deixe soar. Você acabou de tocar um C.
    • Pressione seu dedo dois na corda D da segunda casa. Toque e solte a corda e você terá um E.
    • Hora do descanso! Toque a corda G, sem pressionar nada.
    • Pressione o dedo um na primeira casa, corda B e deixe a nota C soar bem alto!
    • Toque as notas, uma de cada vez, algumas vezes. Quanto estiver pronto, dê uma palhetada (ou use os dedos) nas quatro cordas, rapidamente. Você acabou de reproduzir o acorde de C.
    • A ponta dos dedos pode doer um pouco no começo, mas assim que você desenvolver calos, vai parar de doer.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Aprendendo mais acordes

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  1. Tocar um acorde de C é legal e definitivamente levará você a explorar um território musical maior, mas há muito mais na música do que isso. Aqui estão outros dois acordes bem comuns que costumam acompanhar o C: F (Fá maior) e G (Sol maior). Para tocar o F, faça assim:
    • As notas no acorde de F são F, A e C. Note que F e C são tocadas com o mesmo dedo: o dedo um será posicionado através da primeira casa na primeira e na segunda corda.
    • Geralmente, esses acordes são montados para que a nota mais grave seja a tônica do acorde, mas, neste caso, o F soa na primeira casa da primeira corda. Isso é chamado de inversão.
  2. Você pode fazer a tônica do F ao tocar a corda D na terceira casa, com o dedo três. Ele não soará muito diferente, apenas mais “cheio".
  3. Assim como o C e o F, o G é um dos três principais na escala de C. Há diversas formas de tocá-lo, e nós mostraremos duas para você. A primeira é bem fácil: o posicionamento é o mesmo do F estendido, só que duas casas para frente.
  4. Aqui está uma forma de tocar o acorde de G com apenas um dedo:
  5. Agora que você sabe os três acordes básicos na escala de C, toque-os em alguma sequência e você provavelmente reconhecerá um milhão de músicas populares. Toque o C quatro vezes, seguido de F, duas vezes e G, duas vezes. Depois, volte para C.
    • Note que após cada acorde há um número romano, que indica a posição da tônica na escala — independentemente da digitação. Depois que você entender todos os acordes básicos nos tons, terá mais fácil apenas olhar uma cifra do que montar os acordes toda vez.
    • Pratique até seus dedos ficarem cansados. Depois, faça um intervalo, mas volte. Você ainda verá os acordes E (Mi) e A (Lá) neste artigo!
  6. Muitas músicas de rock’n’roll e blues são feitas em E. Os três acordes principais são E Maj (I), A Maj (IV) e B Maj (V). Aqui está o acorde de E:
    • Este será um dos acordes mais fáceis de tocar, assim que você já tiver calos nos dedos. Você pode tocar todas as cordas de uma vez. Ligue sua guitarra no amplificador, toque esse acorde com força e você parecerá um rei do rock!
  7. Este é outro acorde poderoso. Há diversas formas de tocá-lo. Você pode usar um dedo nas cordas B, G e D da segunda casa ou qualquer outra combinação de dedos. Para este exemplo, usaremos o dedo quatro na corda B, dedo três na corda G e dedo dois na corda D.
    • Conforme você vai melhorando sua técnica, você será capaz de se deslocar mais rapidamente entre um acorde e outro, talvez não com a digitação correta, mas de alguma forma que ainda funcione. O segredo é fazer o uso mais eficiente dos seus dedos, então, quando se sentir mais seguro, não tenha medo de experimentar.
  8. Você pode fazê-lo da forma simples ou mais complexa. A forma simples está destacada com os números em preto. Você pode acrescentar a nota extra, destacada pelo número em cinza.
  9. Aqui está outro padrão de ritmo para você tocar a escala de E:
    • Tente variar o ritmo, também. Não é preciso seguir tudo que está no papel.
  10. Você já passou da metade do caminho! Para isso, você precisará do A na primeira posição, D na quarta posição e E na quinta. Veja como fazer o acorde de D:
    • Note que o primeiro dedo fica nas primeiras três cordas — este é o início de um acorde com pestana. Um acorde com pestana completo usa um dedo sobre todas as cordas e geralmente se baseia nas formas básicas já mostradas neste artigo.
  11. Ele é bem útil se tocado junto com os acordes de D e E:
  12. Veja aqui outro modelo para tocar seus acordes:
    • Agora, pense em “Down on the Corner” do Creedence Clearwater Revival e toque de novo! [1] [2]
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Usando diagramas de acordes em vídeo

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  1. Seu anelar vai na corda de cima, terceira casa. O dedo do meio fica na quinta corna, segunda casa e o mindinho vai para baixo, na última corda, na terceira casa. Toque todas as cordas de uma vez e você terá o acorde de G. Se quiser, você pode colocar o dedo na terceira casa, segunda corda — não é necessário, mas o som fica mais completo.
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  2. Coloque seu anelar na quinta corda, terceira casa. Depois, coloque seu dedo do meio na quarta corda, segunda casa — note que ele é parecido com o acorde de G, só que um pouco para baixo. Para terminar, coloque seu indicador na segunda corda, primeira casa. Toque todas as cordas, menos a última de cima.
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  3. Esse acorde só exige as quatro últimas cordas. Coloque seu dedo indicador na terceira corda, segunda casa. Seu anelar vai na segunda corda, terceira casa e o seu dedo do meio vai na primeira corda, segunda casa. Se estiver certo, você terá formado um triângulo. Toque apenas essas três cordas e a quarta corda — o D — para fazer o acorde.
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  4. Esse acorde profundo usa todas as seis cordas. Coloque seu dedo do meio e o anelar na segunda casa, na quarta e na quinta corda. Depois, coloque seu dedo indicador na terceira corda, primeira casa. Toque todas as seis cordas.
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    • Para fazer o Em, é só tirar o dedo indicador do lugar, deixando a terceira corda em aberto. [3]
  5. O A maior é um dos acordes mais fáceis: basta colocar o indicador, anelar e médio na segunda casa, na segunda, terceira e quarta corda. Toque todas as cordas menos a última de cima.
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    • Para fazer o Am, basta deslocar o dedo que está segunda corda para primeira casa. O formato do acorde é similar ao de E.
  6. Ele parece um C maior, só que mais comprimido. Ignore as duas primeiras cordas de cima. Coloque seu anelar na quarta corda, terceira casa. Seu dedo do meio vai na terceira corda, segunda casa. E, por fim, o indicador vai na segunda corda, primeira casa. Toque as quarto últimas cordas, de cima para baixo.
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Dicas

  • Quando já tiver dominado os acordes mais básicos, será mais fácil pensar em como eles funcionam dentro de uma escala. Por exemplo, na escala de E, o E (I) é a tônica. É onde os outros acordes querem chegar e é o que dá ritmo para a música ocidental. O A (IV) na escala de E funciona como subdominante — um meio-termo, que interliga o caminho de volta para a tônica. O acorde dominante, como o nome já diz, leva a melodia onde ela deve ir e, no caso do E, é o acorde de B (V) — também chamado de Si —, que induz a volta para a tônica. Quando você ficar mais familiarizado com os acordes e quiser escrever uma melodia, use esse padrão (nessa ou em outras variações) I-IV-V em vez de E-A-B. Será bem mais fácil transpor os acordes se o tom do seu cantor não for o mesmo!
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Avisos

  • Como Ringo Starr já anunciava "I've got blisters on me fingers!” (“Estou com bolhas nos dedos!”) no final de Helter Skelter, você ganhará bolhas e seus dedos ficarão machucados. Porém, como já dizia George Harrison que “All Things Must Pass” (“Tudo vai passar”), incluindo as bolhas, pois esses machucados virarão calos. Pratique com frequência e logo você não se incomodará mais com a dor de tocar.
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