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A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum . Ela é altamente contagiosa, potencialmente mortal e pode causar danos irreversíveis aos tecidos do corpo, ao sistema nervoso e ao cérebro. A boa notícia é que ela pode ser facilmente tratada se for descoberta no início, mas em estágio avançado é necessário um tratamento mais agressivo.

Método 1
Método 1 de 3:

Conversando com um profissional

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  1. A sífilis tem três fases com sintomas distintos. No estágio latente pode não haver sinal algum, mas o cérebro, o fígado, o sistema nervoso e os ossos são severamente comprometidos. É necessário ir ao médico o mais rápido possível se desconfiar que está infectado, portanto repare no surgimento de qualquer um dos sinais de sífilis primária: [1]
    • Pequenas feridas (conhecidas como cancro) nas regiões da boca, ânus, pênis ou vagina.
    • Erupções cutâneas que se espalham do tronco para o resto do corpo.
    • Verrugas ao redor da boca e genitália.
    • Dores musculares.
    • Febre.
    • Dor de garganta.
    • Linfonodos inchados.
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    Entenda os sintomas dos estágios avançados da sífilis. Os sintomas iniciais da sífilis desaparecem no estado avançado da doença. Sem tratamento, você pode continuar portando a bactéria da sífilis por anos. De 10 a 30 anos após a infecção inicial, você pode desenvolver os sintomas graves da sífilis, incluindo:
    • Dificuldade para coordenar movimentos musculares;
    • Paralisia;
    • Dormência;
    • Cegueira;
    • Demência;
    • Danos aos órgãos, o que pode levar à morte.
  3. Há alguns exames disponíveis para diagnosticar a sífilis, seu estágio e prognóstico, desde a coleta da secreção das bolhas até ecocardiogramas e punção lombar. Em geral, um hemograma simples é o suficiente. [2]
    • O exame de sangue mostra se o corpo está produzindo os anticorpos necessários para combater a doença. [3]
    • A secreção das feridas é examinada para identificar a presença da bactéria, mas sem feridas isso não é possível. [4]
    • A punção lombar é mais indicada quando a doença se manifesta através de sintomas cerebrais. [5]
  4. Alguns antibióticos são perigosos para o bebê em desenvolvimento, sendo a penicilina a mais indicada para tratar sífilis em gestantes; a benzilpenicilina (ou penicilina G) a única forma de evitar a transmissão da bactéria para o bebê. [6] Contrair sífilis durante a gravidez aumenta significativamente as chances de parto de natimorto. [7]
  5. Outros remédios que podem ser usados no tratamento da sífilis são a tetraciclina, doxiciclina, cefalotina e eritromicina. Converse com o médico para saber como eles funcionam e se servem para seu caso. Não tome nenhum remédio sem recomendação médica.
    • A classe tetraciclina de antibióticos engloba tanto a tetraciclina, quanto a doxiciclina. [8]
    • A cefalotina faz parte das cefalosporinas. [9]
    • A eritromicina é parte dos macrolídeos. [10]
Método 2
Método 2 de 3:

Fazendo o tratamento adequado

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  1. Na primeira fase da infecção você pode tomar uma única injeção, mas será necessário retornar e fazer mais exames dentro dos próximos 12 meses. Caso a bactéria não tenha desaparecido, pode ser necessário recomeçar do zero.
    • Uma reação possível aos medicamentos, a Jarisch-Herxheimer ocorre no primeiro dia de tratamento e passa depois de algumas horas. Ela causa febre, calafrios, náusea, dores no corpo e dor de cabeça. [11]
    • Mesmo que você tome os remédios durante a gestação, o recém-nascido deverá passar por um tratamento também. [12]
  2. Caso a prescrição exija doses de antibiótico por semanas, é de suma importância que você tome todas elas para que surtam o efeito desejado, sob o risco de ter que reiniciar a medicação.
    • Antibióticos só funcionam se forem tomados de acordo com a orientação médica. Além disso, seguir as instruções corretamente impedirá que a bactéria desenvolva resistência aos remédios, garantindo sua eficácia.
    • No estágio secundário o tratamento dura um ano inteiro e é essencial para não desenvolver as formas mais sérias da doença, que ocorrem no estágio terciário.
  3. Repetir os exames periodicamente permite que se descubra se a bactéria foi eliminada, diagnosticar uma possível recorrência e fazer um novo tratamento se necessário. Durante esse período, não tenha relações sexuais e aproveite para fazer um exame de HIV. [13]
Método 3
Método 3 de 3:

Prevenindo o contágio durante o tratamento

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  1. É essencial evitar que outras pessoas sejam infectadas, mesmo que já esteja tomando os remédios e não apresente nenhum sintoma. Caso você tenha sífilis, é sua responsabilidade não transmiti-la para mais ninguém através de contato oral, vaginal ou anal. [14]
    • Não beije ninguém se as feridas surgirem ao redor da boca, elas também são contagiosas. [15]
  2. A sífilis é uma doença que fica encubada e pode durar anos sem sintomas. Todos devem ser comunicados, inclusive parceiros antigos, pois eles também podem ter sido expostos à bactéria. Eles terão que buscar um diagnóstico e, se constatada a presença de infecção, fazer o tratamento. Além disso, é honesto avisá-los para que tenham a opção de não fazerem sexo com você até que a bactéria tenha sido completamente extirpada de seu organismo. Não fazer isso pode aumentar os riscos de transmissão e pode até desencadear uma epidemia. [16]
  3. Essa simples atitude pode ajudar a evitar a propagação da sífilis. Qualquer contato sexual deve ser protegido, seja via vaginal, anal ou oral. Lembre-se de que a camisinha deve cobrir todas as partes que tenham feridas, evitando contato com as mucosas e possíveis áreas vulneráveis de seu parceiro, como rachaduras nos lábios, cortes, etc. [17]
    • Use proteção para a boca se fizer sexo oral em uma mulher. Você pode cortar uma camisinha e abri-la sobre a vagina ou usar plástico filme de PVC, utilizado em cozinhas.

Dicas

  • Ter um relacionamento monogâmico e estável com a mesma pessoa é um bom meio de não contrair sífilis, desde que ela tenha feito o exame e o resultado seja negativo; outras opções incluem a abstinência total de sexo ou usar proteção corretamente.

Avisos

  • Quando a doença chega ao estágio terciário, não existe cura para ela. Faça exames, busque tratamentos e vá ao médico sempre que necessário para não chegar a esse extremo.
  • Feridas nos genitais facilitam a transmissão de HIV durante o sexo.
  • Não faça sexo se sua vagina ou pênis apresentar secreção, erupções cutâneas ou feridas e procure atendimento médico o mais rápido possível.
  • Camisinhas com espermicida não são melhores do que qualquer outro tipo para prevenir a transmissão de DST's.
  • Gestantes com sífilis podem transmiti-la para o bebê e ele pode morrer ainda dentro do útero.

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