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Ajudar outras pessoas a mudarem de comportamento pode ser gratificante, mas também muito difícil. Você corre o risco de sofrer rejeição por parte do indivíduo, que recusará sua ajuda mesmo que precise, além de colocar o relacionamento entre vocês na berlinda. Se o vício em pornografia de um amigo ou ente querido ocupa muito do tempo dele, levando-o a negligenciar relacionamentos, trabalho, estudos e outras coisas importantes da vida, fazendo com que continue mesmo com as consequências negativas, é hora de intervir a auxiliá-lo. Ao adotar certas técnicas para forçar ações, novas maneiras de pensar e desenvolver um equilíbrio saudável para a vida da pessoa, será possível fazer com que ela supere o vício em pornografia.

Método 1
Método 1 de 3:

Forçando ações

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  1. Provavelmente, o viciado em pornografia esconde isso dos outros; ao conversar, ele conseguirá se livrar da mentira de manter segredos. Falar é extremamente terapêutico e é utilizado em vários tipos de psicoterapia. [1]
    • Se a pessoa falar que possui um vício, deixe-a contar sua história. É importante que ela saiba que está sendo ouvida.
    • Ao perceber mudanças no comportamento dela, aborde o assunto dizendo algo como: “Notei que você está passando muito tempo na internet, e parece que há algo incomodando-o. Quer falar sobre isso?”
    • Não tenha medo de fazer perguntas difíceis, mas francas. Confrontar assuntos difíceis, que podem colocar um relacionamento em cheque, é complicado; a omissão é a raiz do vício, portanto, você deve falar a verdade. [2] Faça perguntas diretas e honestas: “Você acha que está viciado em pornografia?”
  2. Geralmente, quando alguém se dispõe a enfrentar um desafio, esse indivíduo sabe há outro interessado no resultado; há uma tendência em acreditar em si próprio e nas capacidades que possui quando puder contar a alguém sobre o que conquistou. A responsabilidade aumenta os resultados e a eficácia. [3] Você pode ser a pessoa que gostará de saber das novidades, mostrará interesse no sucesso de alguém e vai chamar a atenção desse mesmo sujeito se ele não está atendendo às expectativas. Isso o ajudará a se dedicar a um processo que levará ao fim do comportamento nocivo.
    • Para “forçar” o viciado a ser responsável, diga: “Eu quero ajudá-lo com isso, portanto, vou sempre perguntar como você está e como as coisas estão indo.”
    • Ofereça para monitorar a atividade da pessoa no computador, verificando o histórico de pesquisa diariamente ou uma vez por semana. Ela deverá comprometer-se a não apagar os históricos de busca.
  3. O vício em pornografia, por si só, já é carregado de constrangimento na maioria das culturas; quando alguém está tentando mudar de comportamento, deixar o sujeito com uma sensação ainda maior de vergonha e culpa não será útil ao processo. Ajude-o a encontrar outras atividades que motivem uma mudança positiva em vez de ridicularizar atitudes negativas.
    • Incentive-o a ter um senso saudável de certo ou errado quando for necessário. Isso pode ser feito explicando que ele precisa ver a si próprio como algo separado de seus comportamentos. Apesar de não ser uma pessoa ruim, as decisões que está tomando estão sendo prejudiciais e precisam ser mudadas. [4]
    • Quando as atitudes forem nocivas aos relacionamentos da pessoa, diga: “Os seus relacionamentos melhorarão muito quando mudar seu comportamento. A vida será mais simples, mesmo que não pareça, de início.”
    • Por outro lado, uma frase cheia de culpa e vergonha seria: “Não quer parar de estragar os seus relacionamentos? Não entendo o porquê de querer fazer isso. Não faz sentido algum, além de ser ruim para todos”.
  4. [5] Para largar um hábito antigo, é necessário aprender novos; o objetivo de fazer com que se desprenda de um vício em pornografia é encontrar formas diferentes de se lidar com sentimentos negativos. Uma abordagem cuidadosa sempre será uma maneira eficaz de tratar as mudanças de comportamento.
    • Identifique o “comportamento alvo”. Através das conversas, vocês saberão quais as atitudes que o indivíduo quer mudar. Por exemplo: se ele fica acordado até 3h da madrugada vendo pornografia e faltando à aula ou trabalho, será necessário alterar a programação do sono. Um objetivo, por exemplo, pode ser não ir deitar mais tarde do que 23h30 nos dias de semana.
    • Ajude-o a escolher ou desenvolver um sistema para monitorar e alterar seu comportamento. Alguns deles poderão ser: criar programações para usar o computador por tempo limitado, planos para fazer atividades ao ar livre ou reservar uma hora por dia para escrever sobre os próprios sentimentos em um diário.
    • Caso ele esteja depressivo, ansioso, estressado ou com baixa autoestima, introduza técnicas de relaxamento. Yoga, meditação e exercícios de respiração sempre têm sucesso no tratamento de tais transtornos. [6]
    • Escolha formas de reforçar pensamentos e atitudes positivas. Se a pessoa gosta de ir ao cinema ou a um jogo de futebol, essas saídas poderão servir como “recompensa” se ela atingir metas diárias ou semanais. Isso ajuda a construir autoestima e a acreditar em si próprio. [7]
    • À medida que as melhoras forem acontecendo, diminua seu envolvimento. Distancie-se um pouco ao notar que o indivíduo acumula períodos cada vez maior com atitudes benéficas.
  5. Forneça distrações saudáveis para que o sujeito fique longe do computador; o objetivo é ajudá-lo a realizar atividades físicas e construir um interesse em sentir os benefícios na saúde. Maior será a chance de ele ter uma mentalidade positiva e se motivar a mudar.
    • Sugira uma caminhada, corrida, uma trilha ou musculação. Todas essas atividades ajudam o cérebro a liberar endorfinas, que aumentam a sensação de prazer ao mesmo tempo que reduzem a de dor. [8]
    • Além disso, indique uma aula de dança. Aprender novos passos exige que tenha total atenção, permitindo uma “folga” da mente em relação ao vício. [9]
  6. Ter um vício ocupa grande parte do tempo da pessoa, forçando-a a não ir atrás de novas coisas e evitando experiências que a agradam (e que ela gostaria, se tivesse tempo).
    • Incentive-a a explorar os próprios interesses ao responder as seguintes perguntas: O que está faltando em sua vida? Para onde viajaria, se pudesse? Se o dinheiro não fosse problema, qual carreira seguiria?
    • Talvez o indivíduo tenha interesse em tocar guitarra. Recomende um bom local para ele ter aulas (às vezes, até cursos pela internet servem).
    • Fale para ele se envolver em grupos que compartilham tudo que o interessa (menos pornografia, é claro). Isso pode levá-lo a formar relacionamentos bem próximos. [10] Tire o máximo de tempo dele para se dedicar ao vício; quando o sujeito estiver com vontade de gastar tempo em novas atividades, não haverá como ver pornografia.
  7. Se ele estiver cada vez com mais dificuldade e não houver resultados nas estratégias de autoajuda, será necessário ir a um especialista. Alguns podem lidar com transtornos subjacentes, como os de autoestima, ansiedade e depressão, que são complicados de se resolver; um bom psicólogo será capaz de tratar esses problemas e ajudar o viciado. O objetivo do profissional é fornecer um local para que conversem sem restrições, abordando emoções e discutindo a situação de forma aberta e honesta. [11]
    • Reforce que é necessária muita coragem para realizar mudanças positivas na própria vida, mas que o terapeuta será de grande valia.
    • Confirme que o próximo passo é ir a um psicólogo para conseguir a ajuda especializada. Mesmo que tenha estado sempre presente para conversar sobre o vício, é hora de procurar um profissional. Diga, por exemplo: “Ainda estarei aqui para o que precisar, e agora terá também o psicólogo para conversar, que terá, sem dúvida alguma, maneiras melhores de ajudá-lo”.
    • Descubra qual terapeuta é a melhor opção. Peça recomendações para um amigo, parente ou médico; há psicólogos profissionais que ajudarão os pacientes a tratarem seus vícios, especificamente.
    • Procure por um profissional que realize Terapia Cognitivo-Comportamental. [12] Essa técnica é uma das mais utilizadas para combater dependências, fornecendo um processo passo a passo para interromper o comportamento compulsivo. O terapeuta ajudará o paciente a examinar e a se desfazer do padrão de pensamentos negativos que desenvolveu.
    • Você também pode sugerir que o indivíduo participe de um programa de 12 passos, que é voltado para quem sofre com vícios relacionados à sexualidade. Eles estão disponíveis em todo o mundo; ligue para a administração de grupos de apoio em sua região para saber mais.
  8. [13] A ajuda vem de diversas formas, e às vezes, é necessário focar a abordagem. Essa intervenção é feita por amigos e parentes, que questionarão o viciado; é uma decisão complicada, mas necessária se a dependência está descontrolada e a vida dele está a perigo. Várias pessoas viciadas ficam em negação e não estarão dispostas a procurar tratamento; a intervenção vai pressioná-la, mas o objetivo não é colocá-la na defensiva.
    • É preciso escolher bem quem confrontará o viciado. Os entes queridos poderão descrever como essa dependência de pornografia dele está afetando-os.
    • É necessário que haja um plano para dar opções de tratamento ao indivíduo. Por exemplo: há programas que exigem a internação dele, enquanto outros são realizados sem que ele seja admitido em uma clínica. A terapia será parte de ambos os tipos.
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Método 2
Método 2 de 3:

Dando forma a novos pensamentos

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  1. Se a pessoa está sendo aberta e franca sobre o vício, você deverá se concentrar em dar suporte a ela em vez de sempre ressaltar os pontos negativos. É difícil admitir que há um problema, portanto, para ajudar, você precisa demonstrar que é alguém de confiança, que não fará pouco caso da dependência. Ter um bom sistema de apoio diminui a quantidade de estresse e pressão sobre ela. [14]
    • É necessário coragem para reconhecer transtornos como esse. Se quiser diga algo como: “Primeiro, gostaria de agradecer por contar isso a mim. Não é fácil, é preciso ter coragem, mas saiba que estou aqui para ajudá-lo como puder”.
  2. Ser ouvido e compreendido são aspectos fundamentais para o crescimento pessoal. [15] A experiência e a pressão emocional de lidar com o vício em pornografia forçará o sujeito a crescer, o que não acontece sem dores. Alivie-as ouvindo com atenção o que ele está dizendo.
    • Coloque-se no lugar da pessoa. Aprenda a ter compaixão e a aceitar em vez de julgá-la; encontre recursos que possam ensiná-lo a compreender a simpatizar. [16] Pode ser difícil compreender, mas não custa nada tentar.
    • Trate-a como você gostaria de ser tratado. Provavelmente, você já enfrentou problemas e situações complicadas em sua vida, e sabe o que o ajudou e o que não deu certo.
  3. A pornografia pode ser uma forma de escape quando alguém sofre com pensamentos e sentimentos desagradáveis. Ela captura a atenção e acaba com a ansiedade, a depressão, a solidão, o tédio e o estresse; infelizmente, é uma solução temporária, que não serve como uma forma em longo prazo de lidar com tais sentimentos.
    • Determine se ele possui sintomas de depressão. Na internet, há testes e questionários que poderão auxiliá-los com isso. [17] O viciado poderia estar deprimido antes mesmo de “mergulhar” na pornografia, ou essa condição apareceu devido à dependência? Se quiser, pergunte: “Há algo que está deixando-o em depressão?”
    • Esse mesmo tipo de pergunta pode ser utilizado para o tédio, a solidão, a ansiedade e todas as outras emoções que a pessoa está tentando controlar.
    • Sexo virtual ou vício em pornografia envolvem comportamentos compulsivos. Há desafios únicos, já que o dependente consegue se manter relativamente anônimo, permitindo que mantenha facilmente o comportamento. Além disso, o acesso livre e ilimitado dificulta ainda mais que consiga resistir. [18]
    • Diga que há possibilidade de que ele está usando a pornografia para se desfazer dos sentimentos ruins em vez de tentar controlá-los. Ressalte que você está lá para ajudá-lo a conseguir a ajuda que ele precisa; se isso significa que é necessário restringir o acesso à internet, não hesite.
  4. É difícil mudar o comportamento das pessoas; se o ente querido está exibindo sinais de melhora, demonstre que percebeu o progresso obtido. [19] Não há problema em fazer pequenas comemorações de início, e depois celebrando de forma mais ampla com o passar do tempo. Quando ele falar sobre coisas positivas que conquistou, parabenize-o.
    • Por exemplo: ele poderá dizer que conseguiu ficar uma manhã inteira sem ver pornografia. Parabenize-o dizendo: “Que ótimo, já é um progresso. Você quer conseguir largar o vício, não é? Continue assim”.
  5. É complicado mudar o próprio comportamento, mas é ainda mais difícil fazer com que outra pessoa mude. [20] Há diversas variáveis que estão fora de seu controle; dessa forma, nem sempre será possível auxiliar um ente querido. Você está presente para ser um “guia” e apoiá-lo.
    • Estando sempre presente para ajudá-lo, você fornecerá consistência e segurança.
    • Em alguns momentos, será preciso relembrar a pessoa dizendo: “Você sabe que estou aqui para o que precisar. É difícil vê-lo passar por dificuldades e eu gostaria de fazer mais”. Ao falar isso, a motivação e o esforço da pessoa serão ainda maiores.
  6. Ao ajudar os outros, você perceberá benefícios para sua saúde, como a diminuição da depressão, de dores e incômodos e até um maior prognóstico de vida. [21] No entanto, isso não é fácil, já que sempre há pressão e uma demanda emocional grande. Tome algumas atitudes para manter o bom estado físico e emocional, concentrando-se no seguinte:
    • Durma bastante para não se sentir exausto. [22]
    • Ingira alimentos saudáveis para que a saúde não seja prejudicada e você evite o estresse. [23] Inclua frutas, legumes, proteínas magras, carboidratos complexos e fibra em sua dieta. Fuja de cafeína, açúcar e comidas ricas em gorduras saturadas.
    • Faça exercícios físicos regularmente para lidar com a pressão emocional sentida. [24]
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Método 3
Método 3 de 3:

Criando um equilíbrio saudável

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  1. Esteja sempre presente (seja por telefone ou mensagem, ou então ligue para ele quando possível), mas sempre mantenha-se positivo em suas interações. Ainda assim, é preciso ser direto e franco quando necessário; a pessoa deve saber que os outros estarão por perto para apoiá-lo no caminho para a recuperação, e você faz parte disso.
    • Seja gentil e compreenda a luta dele. Como sempre, trate os outros como deseja ser tratado.
  2. O vício em pornografia causa um desequilíbrio entre o tempo passado online e o gasto na vida real. Para que o indivíduo tenha relacionamentos reais e significativos com os outros, ele precisa ter interações humanas.
    • Convide-o a ir para festas ou locais em que haverá pessoas desconhecidas. Ele poderá se sentir desconfortável de início, mas se você estiver ao lado dele fornecendo apoio, o dependente conseguirá se enturmar melhor.
    • A pornografia distorce a forma com que os relacionamentos sexuais são vistos pelo viciado. Dessa forma, ele precisa ser reeducado sobre a realidade novamente; faça o seu melhor para encaminhá-lo ao rumo da recuperação.
  3. Tome as rédeas na hora de coordenar atividades divertidas, que serão benéficas a você e ao ente querido. Ambos merecem se divertir, e se isso ajudar o sujeito a expandir a visão que possui do mundo, será ainda melhor.
    • Vá para um jogo de futebol ou basquete, saia com ele para ir ao cinema ou para passar um dia na praia. Há algo que você gostaria de fazer? Sempre convide o indivíduo a ir com você.
  4. Você precisa ser a pessoa que garantirá que o senso comum prevaleça; se o dependente tentar negociar com você sobre a promessa que fez de não ver pornografia, confronte as ações dele. Às vezes, ele tentará falar que assistirá apenas alguns minutos e depois largará, mas você sabe que isso não é verdade.
    • Lembre-o das consequências. É preciso relembrar a pessoa das dificuldades que ela enfrentou e de todo o trabalho que teve (que cairá por água abaixo se ele voltar a se viciar em pornografia). Não seja alarmante ao abordar o assunto com ele e explique: “Não estou querendo constrangê-lo ou fazê-lo sentir culpa. É a realidade em que você estava vivendo e que está experimentando agora. Há uma responsabilidade em relação a si próprio e às pessoas que se importam com você”.
    • Observe as mudanças e discuta-as. Ao perceber alterações no comportamento do sujeito, levando-o a desconfiar que pode ter havido uma recaída, vá até ele calmamente, e pergunte: “Percebi que ultimamente você está bem abatido. Está tudo bem? Não está mais vendo pornografia? Se estiver, ainda estou aqui para ajudá-lo, não há razão para mentir”.
  5. [25] Você pode descobrir isso sem querer ou ele poderá informá-lo; de qualquer forma, concentre-se em ajudá-lo a se perdoar, a dar a volta por cima e continuar no caminho de não assistir conteúdo pornográfico. Quando mais sincero e dedicado você se mostrar, mais a pessoa se sentirá confortável em compartilhar seus pensamentos e sentimentos. Isso evita que ela crie segredos que possam minar o progresso obtido.
    • Ajude-a a controlar a tentação de assistir pornografia quando situações difíceis surgirem. Sugira, por exemplo, atividades alternativas, que a distraiam ou prendam a atenção, como fazer uma escalada ou pilotar um aviãozinho por controle remoto. É necessário envolvê-la algo totalmente diferente.
    • Incentive-a a se perdoar por algum lapso em seu comportamento, algo crucial para se recuperar de uma recaída. Isso pode ser feito ajudando-a a comprometer-se outra vez com os objetivos. Diga, por exemplo: “Mesmo que tenha fraquejado, o importante agora é concentrar-se nos pequenos passos para voltar ao programa de recuperação. Comprometa-se a não assistir pornografia na próxima hora e vá no embalo de cada hora que ater-se ao nosso plano. É preciso se esforçar para obter novamente o que havia conseguido, mas não desista”.
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Dicas

  • Seja aberto e honesto ao se comunicar com os outros.
  • Use aplicativos e programas que monitoram seus hábitos, bem como filtros em computadores e smartphones.
  • Caso seu filho esteja viciado em pornografia, leve-o a um psicólogo.
  • Pornografia infantil é crime. É necessário denunciar pessoas que estejam vendo esse tipo de conteúdo (mesmo que seja seu cônjuge ou filho) e encaminhá-las à terapia.
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Avisos

  • Vícios podem arruinar vidas ao ponto de serem irreversíveis.
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