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A pressão arterial diastólica designa a pressão nos vasos sanguíneos nos intervalos entre batimentos cardíacos. Os valores normais para ela ficam entre 70 e 80 mmHg, enquanto tudo o que fica em 90 ou mais pode aumentar o risco de ataque cardíaco, derrame e outros problemas de saúde. Além disso, dá para diminuir esses valores, assim como os da pressão sistólica: basta manter uma dieta saudável, praticar exercícios, adaptar seu estilo de vida e, em alguns casos, recorrer a tratamentos médicos.

Método 1
Método 1 de 3:

Adotando uma dieta saudável para o coração

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  1. Frutas, verduras, legumes, cereais integrais, nozes, sementes, laticínios com baixo teor de gordura e produtos ricos em potássio melhoram a saúde do coração e diminuem a pressão arterial diastólica naturalmente. Além disso, consuma menos alimentos processados e com altos teores de açúcar e gordura.
    • Por dia, tente consumir 6-8 porções de cereais integrais, 4-5 de frutas e verduras, 2-3 de laticínios, 6 ou menos de carnes magras, frango ou peixe e 4-5 de nozes, sementes ou legumes. Ademais, limite a ingestão de doces a 5 porções ou menos por semana. [1]
    • Alimentos ricos em potássio podem equilibrar os efeitos do sódio. Portanto, coma mais frutas e verduras, como banana, laranja, abacate, feijão, hortaliças, batata e tomate.
  2. Se extrapolar na quantidade, você vai reter mais água e forçar o coração e as artérias a trabalharem mais para bombear sangue para o corpo. Consuma até 1500 mg por dia e evite sal de mesa, que costuma conter aditivos artificiais nocivos à saúde.
    • Uma colher de chá de sal de mesa tem, em média, 2300 mg de sódio, mas pessoas comuns consomem cerca de 3400 mg por dia — mais que o dobro do recomendado.
    • Sódio em excesso pode fazer o corpo reter água, o que faz o coração e os vasos sanguíneos terem de trabalhar mais. Consequentemente, as pressões arteriais sistólica e diastólica aumentam.
    • Leia os rótulos, tenha cuidado com receitas e consuma alimentos que contenham, no máximo, 140 mg de sódio por porção. Limite o sal, o glutamato monossódico, o bicarbonato de sódio, a levedura química, o fosfato dissódico e qualquer outro composto que tenha "sódio" ou "Na" no nome. Troque-os por ervas aromáticas, temperos e ingredientes naturais para melhorar o sabor da comida.
  3. Estudos apontam que moderar a ingestão de bebidas alcoólicas melhora a saúde do coração, enquanto tomar mais de uma ou duas delas por dia aumenta a pressão arterial e provoca efeitos adversos no corpo. Consulte um médico se tiver dúvidas quanto à quantidade ideal. [2]
    • A quantidade ideal de álcool para cada dia pode ser medida assim: 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 45 ml de licor etc. [3]
  4. Esse produto está associado ao aumento da pressão arterial diastólica, já que bloqueia o hormônio responsável pela expansão das artérias. Limite o consumo dele e troque café, isotônicos e refrigerantes por chás brancos, verdes e pretos quando precisar de energia. [4]
    • Tecnicamente, a cafeína pode ou não impactar a pressão arterial. Para quem não tem o hábito de tomá-la, ela pode causar um pico significativo na pressão, mas é menos intenso para quem já consome o produto com frequência. Meça a sua pressão (sistólica e diastólica) 30 minutos depois de tomar algo que tenha cafeína; se uma delas tiver aumentado em 5-10 mmHg, corte o produto.
    • Se decidir reduzir o consumo de cafeína, avance aos poucos, cortando 200 mg por dia — cerca de duas xícaras de café com 355 mililitros.
  5. Se consumidos regularmente, esses produtos aumentam a pressão diastólica e o risco de a pessoa desenvolver doenças cardiovasculares. Troque a carne bovina por opções mais saudáveis, como frango, peru e peixe.
  6. Alimentos ricos nesse ácido graxo podem deixar o coração mais saudável e diminuir a pressão arterial — e, assim, a exposição a doenças cardiovasculares. Coma nozes, salmão, atum, cavala, sardinha e truta.
    • Tente consumir 2-3 porções de gorduras saudáveis por dia. Ômega 3 é uma boa opção, mas qualquer gordura mono ou poli-insaturada também é capaz de diminuir a pressão diastólica. Dentre as opções, estão alguns óleos à base de plantas: azeite de oliva e óleo de canola, de amendoim, de açafrão e gergelim. [5]
    • Evite alimentos que contenham gorduras saturadas e trans, já que elas podem ter um efeito negativo na pressão arterial. Corte, por exemplo, produtos fritos e processados.
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Método 2
Método 2 de 3:

Melhorando o seu estilo de vida

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  1. Atividades físicas fortalecem os músculos do coração e melhoram e facilitam a circulação para todo o corpo. Escolha algo que goste de fazer no dia a dia: caminhar, correr, andar de bicicleta, dançar, nadar etc. Se precisar, pergunte ao médico quais os melhores exercícios para o seu caso. [6]
    • A quantidade ideal de exercícios físicos depende do tipo de atividade. De forma geral, tente fazer 75 minutos de exercícios vigorosos ou 150 minutos de algo moderado por semana — depois de perguntar ao médico o que é ideal, claro. [7] Se tiver problemas no coração, por exemplo, pode ser melhor trocar qualquer coisa que seja muito pesada por algo mais calmo até apresentar melhoras.
  2. Pessoas com as cinturas grossas e um índice de massa corporal (IMC) de 25 ou mais costumam ter a pressão diastólica alta, já que o seu coração precisa se esforçar mais para bombear sangue para o corpo. Faça exercícios regularmente e consuma alimentos saudáveis para perder peso, além de pedir indicações de tratamentos eficazes ao médico.
    • Até perdas de peso "insignificantes", como 4,5 kg, podem melhorar bastante a pressão arterial de quem está com sobrepeso ou próximo à obesidade.
    • Ademais, o acúmulo de gordura na região da cintura pode impactar bastante a pressão arterial. De forma geral, homens precisam deixá-la com menos de 102 cm, enquanto mulheres devem mantê-la em, no máximo, 89 centímetros. [8]
  3. Pare de fumar . A nicotina afina as artérias, endurece as paredes dos vasos e aumenta o risco de derrames, coágulos de sangue e doenças cardiovasculares. Corte o cigarro assim que possível para reduzir a pressão diastólica e, se tiver dificuldade, peça dicas de métodos de combate ao vício ao médico. [9]
  4. Quando está sob tensão, o corpo libera substâncias químicas e hormônios que afinam os vasos sanguíneos temporariamente, fazendo o coração bater mais rápido. Se essa tensão for duradoura, o organismo fica mais suscetível a problemas sérios, como derrames, infarto e afins. Identifique seus estressores e elimine-os da sua vida para controlar a pressão diastólica.
    • Há muitas maneiras de reduzir o estresse, algumas das quais é possível fazer sem grandes problemas: identifique e evite seus estressores, reserve 20 minutos por dia para uma atividade prazerosa, seja grato pelo que tem etc.
  5. Independente de seu tamanho ou peso, é importante verificar o colesterol regularmente. O colesterol alto aumenta a pressão arterial. Faça novos exames sempre que consultar seu médico, especialmente após os 40 anos.
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Método 3
Método 3 de 3:

Buscando tratamento médico

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  1. O número de cima indica a pressão sistólica (dos batimentos em si), enquanto o de baixo indica a diastólica (dos intervalos entre os batimentos). Geralmente, ambos seguem a mesma direção — para cima ou para baixo.
    • Assim, as medidas que você tomar para reduzir a pressão sistólica também vão diminuir a diastólica.
    • Em alguns casos raros, a pessoa pode ter hipertensão diastólica isolada, na qual os valores aumentam sem que a pressão sistólica seja afetada. Esse problema não é perigoso por si só, mas a sistólica também pode aumentar se o paciente não se cuidar — aí, sim, a situação ficaria arriscada. [10]
  2. Dessa forma, você vai poder determinar se a sua dieta e seus hábitos diários estão reduzindo e fazendo efeito. Para isso, use um esfigmomanômetro em casa, em uma drogaria ou no consultório médico. Valores diastólicos acima de 90 mmHg são considerados arriscados, enquanto valores entre 80 e 89 mmHg estão um pouco sujeitos a desenvolver hipertensão. Por fim, o ideal é ficar entre 70 e 80 mmHg. [11]
    • Se for diagnosticado com hipertensão — geral ou só diastólica —, comece a checar seus valores duas vezes por semana (uma de manhã e outra à noite). Depois, passe a fazer o autoexame três vezes por semana. Quando a pressão estiver sob controle, volte a verificá-la só uma ou duas vezes por mês. [12]
    • A pressão arterial diastólica também pode ficar muito baixa. Se for o caso, é porque o coração já não consegue bombear sangue suficiente para todos os órgãos vitais. Assim, o paciente fica sob risco de derrame ou infarto. Tente se manter na casa dos 60 mmHg e, para otimizar a saúde do coração, entre 70 e 80 mmHg — a menos que o médico faça outras recomendações. [13]
  3. Mesmo que consiga medir e controlar a pressão diastólica em casa, nada impede você de buscar ajuda profissional para desenvolver um tratamento que melhore a sua saúde.
    • O médico vai dar orientações para deixar o coração mais saudável e diminuir a pressão diastólica a níveis considerados normais.
    • Consulte um médico sempre que possível para falar sobre a pressão, ainda mais se tiver uma doença crônica ou tomar algum medicamento.
  4. Peça para o médico receitar algo que ajude a controlar e diminuir a pressão arterial. Você também pode aliar esses produtos a adaptações no seu estilo de vida para ficar mais saudável.
    • O medicamento vai depender de alguns fatores, como outros problemas cardiovasculares que você possa ter. Os mais comuns para pessoas relativamente saudáveis são os diuréticos tiazídicos. [14]
    • Se tiver outros problemas cardiovasculares ou um histórico familiar de doenças, o médico pode receitar betabloqueadores ou bloqueadores dos canais de cálcio.
    • Se tiver diabetes, problemas cardiovasculares ou doenças renais, o médico pode receitar inibidores da enzima de conversão da angiotensina ou antagonistas do receptor da angiotensina II.
    • Você não vai precisar tomar medicamentos se estiver com a pressão arterial diastólica elevada, mas com a sistólica normal. Nesses casos, basta adaptar a sua dieta e o seu estilo de vida para resolver o problema — embora ainda seja uma boa ideia consultar o médico, principalmente se não notar resultados palpáveis.
  5. Dessa forma, você vai evitar ou até adiar as complicações associadas à hipertensão, além de ficar menos exposto a outros problemas de saúde. Por exemplo: se o médico recomendar algumas sessões de exercícios por semana, torne-os uma prioridade para ficar mais saudável. [15]
    • Por outro lado, se o médico receitar medicamentos que tenham efeitos colaterais negativos, peça para reduzir a dosagem ou até trocar por outra opção, mas não pare o tratamento sem falar com ele antes.
    • Faça novas consultas depois de alguns meses após começar a rotina de medicamentos. Pode haver um ponto em que você possa parar de tomar o medicamento e controlar a pressão arterial por outros meios.
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Dicas

  • Adote a dieta DASH ( Dietary Approaches to Stop Hypertension , no original, em inglês): consuma cereais integrais, frutas, verduras e legumes e reduza a ingestão de gorduras nocivas para controlar a pressão arterial diastólica.
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Avisos

  • Consulte o médico antes de fazer qualquer mudança à sua dieta, rotina de exercícios ou ao seu estilo de vida. Ele vai poder fazer um exame do seu caso e receitar o melhor tratamento para reduzir a sua pressão diastólica de acordo com o seu histórico de saúde.
  • A pressão arterial diastólica não deve ficar muito alta. Porém, estudos apontam que se acontecer o contrário — ela ficar muito baixa (menos de 70 mmHg) —, o corpo também fica mais suscetível a problemas como infartos ou derrames, já que órgãos vitais deixam de receber a quantidade necessária de sangue. Por fim, nunca deixe a pressão ficar abaixo de 60 mmHg. [16]
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