A serotonina é um neurotransmissor que afeta o seu humor, sua fome e hábitos de sono. A deficiência dele pode causar depressão e fadiga, mas o seu excesso também pode ser prejudicial. Isso ocorre devido ao uso de medicações que afetam a produção ou absorção do neurotransmissor, exigindo um ajuste da dosagem. No entanto, se você não toma qualquer medicamento ou suplemento que afete a serotonina, a alimentação poderá ter que ser alterada para que os índices se normalizem. [1] X Fonte Confiável Cleveland Clinic Ir à fonte
Passos
-
Vá ao hospital ao detectar sintomas da Síndrome Serotoninérgica. As manifestações dessa condição, também conhecida “Síndrome da Serotonina” ou Toxicidade por Serotonina, vão de leves a fatais; o ideal é ir ao pronto-socorro mais próximo ao notar qualquer um dos indícios abaixo, principalmente se você faz uso de remédios que regulam esse neurotransmissor: [2] X Fonte Confiável Cleveland Clinic Ir à fonte
- Alterações repentinas no humor, em especial irritação ou confusão.
- Diarreia.
- Pupilas dilatadas.
- Ritmo cardíaco rápido ou anormal.
- Aumento da pressão sanguínea.
- Transpiração ou calafrios.
- Febre.
- Rigidez muscular, principalmente nas pernas.
- Recomenda-se ir ao hospital mais próximo para tratamento imediato dessa condição.
Dica: Fique atento aos sintomas logo após ministrar um novo medicamento ou aumentar a dosagem de um remédio que você já usa.
-
Informe ao médico todos os remédios e suplementos que usa. Ao apresentar sintomas de serotonina em excesso, é importante não omitir nenhum fármaco e suplemento que você toma, mesmo que desconfie que não interfiram na produção do neurotransmissor. É mais comum que a Toxicidade por Serotonina aconteça ao tomar em excesso um medicamento ou suplemento que regula a produção ou os índices de serotonina. [3] X Fonte Confiável Cleveland Clinic Ir à fonte
- Além dos antidepressivos, remédios que tratam dores intensas, AIDS, enxaquecas e náuseas também podem alterar o uso de serotonina pelo corpo. Até medicações de venda livre expectorantes e antitussígenas, como as que apresentam dextrometorfano (xarope Vick, por exemplo) podem causar a condição.
- É possível que analgésicos com tramadol interajam negativamente com medicações que interferem na emissão do neurotransmissor, aumentando a chance de Síndrome Serotoninérgica.
- Suplementos à base de ervas, como ginseng e erva-de-são-joão, também podem aumentar a produção de serotonina, principalmente quando ministradas junto com antidepressivos que exigem receita médica.
- Entorpecentes ilegais, como cocaína, ecstasy e LSD também podem desencadear a produção excessiva da serotonina. Se você usou algum deles, não esconda isso do médico.
-
Converse com o profissional sobre seus sintomas. Não existe um exame específico para diagnosticar altos índices de serotonina, logo, isso é feito ao eliminar outras causas para as manifestações que você apresenta. O médico deverá fazer algumas perguntas para identificar outros “gatilhos” possíveis; se os sintomas surgiram logo após tomar uma medicação que interfere com a serotonina, o diagnóstico de excesso do neurotransmissor é praticamente confirmado. [4] X Fonte Confiável MedlinePlus Ir à fonte
- Costuma-se tratar os sintomas e aguardar que os índices de serotonina normalizem. Por exemplo: o médico poderá prescrever o uso de fluidos intravenoso ou um medicamento benzodiazepínico, como o diazepam (Valium) o lorazepam (Lorax), para diminuir a agitação e a rigidez muscular.
- Quando os sintomas forem graves, o médico poderá recomendar a internação por pelo menos 24 horas para que o paciente fique sob observação. Sintomas severos da Síndrome Serotoninérgica podem ser fatais se não forem tratados imediatamente.
-
Siga as indicações do médico sobre como usar os remédios. Quando o excesso de serotonina estiver ligado a algum medicamento ou suplemento, especialista deverá alterar a dosagem para que o problema não se repita. Se as manifestações foram graves, é bem possível que ele realize o desmame desse remédio até que você possa interromper o uso por completo. [5] X Fonte Confiável MedlinePlus Ir à fonte
- Depois de apresentar indícios da Síndrome Serotoninérgica, você pode optar por não tomar mais fármacos que interferem com os níveis do neurotransmissor. No entanto, não pare de ministrar a medicação de uma hora para outra; a abstinência pode causar efeitos colaterais muito desagradáveis.
Publicidade
-
Não ingira muitos alimentos com triptofano. O triptofano faz com que o organismo produza serotonina; se você possui algum problema constante com o excesso dela, vale a pena tentar comer menos alimentos ricos em triptofano. Alguns deles são: [6] X Fonte Confiável PubMed Central Ir à fonte
- Sementes, como as de girassol e gergelim, e nozes, como castanha de caju e amêndoas.
- Comidas de soja, como tofu e feijão de soja.
- Queijo, como muçarela, parmesão, suíço, gouda e o pecorino romano.
- Carnes e aves, como as de cordeiro e boi, lombo, frango e peru.
- Peixe e mariscos, como atum, caranguejo, halibute, lagosta, salmão e truta. [7] X Fonte de pesquisa
Aviso: Ao diminuir o consumo de alimentos com triptofano, tome cuidado para não permitir que os níveis de serotonina caiam muito. Depressão, fadiga, insônia e dificuldade de concentração são alguns dos sintomas da deficiência do neurotransmissor.
-
Evite açúcares e amido refinado. Alimentos com esses dois componentes, como pão branco, arroz branco e massas, desencadeiam uma liberação rápida de insulina no corpo; ela, por sua vez, diminui o índice de todos os aminoácidos em sua corrente sanguínea, com exceção do triptofano, o que pode causar um pico de serotonina. [8] X Fonte Confiável PubMed Central Ir à fonte
- O chocolate também possui índices relativamente altos de triptofano, o que não é ideal para quem sofre com o excesso de serotonina.
-
Incorpore alimentos ricos em lisina à alimentação. A lisina é um aminoácido que ajuda a diminuir a produção de serotonina, em especial nos intestinos, que é o local do corpo em que ela é produzida em maior quantidade. Os seguintes alimentos são ricos em lisina: [9] X Fonte de pesquisa
- Carne e aves.
- Queijo, principalmente o parmesão.
- Peixe, como sardinha e bacalhau.
- Feijão de soja e tofu.
- Ovos.
- Feijão e outras leguminosas [10] X Fonte de pesquisa .
Dica: muitos alimentos ricos em lisina também possuem grande quantidade de triptofanos. No entanto, a lisina pode minimizar o efeito dos triptofanos, diminuindo a produção de serotonina.
-
Consuma mais grãos integrais. Pães integrais, principalmente o de centeio, diminuem a liberação de serotonina no organismo. Cereais com grãos integrais também alteram a produção de serotonina no local em que ela é mais secretada: nos intestinos. [11] X Fonte de pesquisa
- Grãos integrais com proteínas magras fornecerão os melhores resultados relacionados ao controle dos níveis de serotonina. Por exemplo: coma um sanduíche de atum com pão integral. [12] X Fonte de pesquisa
Publicidade
Avisos
- Nunca pare de usar medicamentos prescritos sem antes falar com seu médico. Há risco de desenvolver sintomas severos ligados à abstinência. [13] X Fonte Confiável MedlinePlus Ir à fonte
- Não faça dietas, mude bruscamente a alimentação ou comece a tomar suplementos nutricionais sem antes discutir o assunto com seu médico.
Referências
- ↑ https://my.clevelandclinic.org/health/diseases/17687-serotonin-syndrome
- ↑ https://my.clevelandclinic.org/health/diseases/17687-serotonin-syndrome
- ↑ https://my.clevelandclinic.org/health/diseases/17687-serotonin-syndrome
- ↑ https://medlineplus.gov/ency/article/007272.htm
- ↑ https://medlineplus.gov/ency/article/007272.htm
- ↑ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4728667/
- ↑ https://www.myfooddata.com/articles/high-tryptophan-foods.php
- ↑ https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/6400041/
- ↑ https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(04)01340-X/fulltext