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Não importa se o seu gato fica apenas dentro de casa, se fica no quintal ou se decide passear por aí, ele vai aprontar uma hora ou outra. Por conta disso, não é surpresa alguma encontrar o animal com machucados. Caso seu gato não consiga mover a cauda ou ela pareça quebrada, é possível que ele a tenha machucado. Os ferimentos na cauda normalmente ocorrem por esmagamento (um item pesado caindo sobre ela ou uma porta se fechando nela), puxão (a cauda fica presa quando o gato tenta fugir ou alguém a puxa com violência) ou ambos. [1] Após determinar se a cauda está realmente quebrada, aprenda a cuidar do animal durante a recuperação.

Parte 1
Parte 1 de 2:

Determinando se a cauda está realmente quebrada

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  1. A mudança de comportamento é um dos primeiros sinais de alerta. O animal pode começar a arrastar a cauda ou mantê-la próxima do chão, urinar inconscientemente ou apresentar diarreia. Em alguns casos, o gato pode caminhar de modo estranho ou perder a coordenação das patas traseiras. [2]
    • Urinar inconscientemente ou apresentar diarreia não são sintomas únicos da fratura na cauda. Para confirmar o diagnóstico, além dos problemas com a urina e as fezes, o animal deve estar arrastando o rabo.
  2. Passe a mão cuidadosamente sobre o rabo do gato para procurar sinais de fratura como sensibilidade, inchaço ou torções. Ao notar vermelhidão, sensibilidade e inchaço com presença de fluidos, um abscesso (uma bolsa de pus) pode estar se formando. Caso haja um osso exposto ou a pele tenha sido removida do rabo, o gato sofreu um "desluvamento". [3]
    • Uma torção rígida e que não aparente causar dor provavelmente é antiga e já está recuperada.
    • Nunca puxe ou tente remover uma porção cortada do rabo do gato, pois tendões e nervos sensíveis podem estar presentes. Ao puxar os tendões, você pode acabar prejudicando o funcionamento da cauda, das patas, da bexiga e do intestino do gato. Em alguns casos, você pode causar sangramento arterial, um problema difícil de controlar e potencialmente fatal.
  3. O profissional pode analisar o problema e cuidar dele sem causar mais danos ao rabo do animal. Em casos de desluvamentos ou cortes profundos, é possível que o gato precise de uma amputação parcial ou completa. [4] O veterinário também pode prescrever antibióticos para prevenir infecções. Mesmo na ausência de lesões externas, o veterinário pode procurar outros problemas, afinal, um acidente com a cauda pode causar até mesmo danos neurológicos. [5]
    • O veterinário procurará sinais de danos físicos ou neurológicos. Caso suspeite de danos nervosos, é provável que ele solicite uma eletromiografia e examine o esfíncter anal e os músculos da cauda. Após os exames, o profissional conseguirá identificar se o rabo poderá se recuperar.
    • O gato pode estar com dor no momento da consulta. Fique próximo dele o tempo todo e converse com ele em um tom reconfortante. Enrole-o em uma toalha (sem apertá-lo) ao levá-lo até o veterinário dentro de uma cestinha de transporte para acalmá-lo. [6]
  4. Dependendo do ponto lesionado e de como ocorreu o ferimento, o veterinário sugerirá um tratamento. Caso a cauda esteja paralisada, mas o gato consiga andar normalmente, é provável que ele sugira a amputação. Caso haja uma fratura que não cause problemas para o gato, talvez seja possível deixar o ferimento se recuperar sozinho. [7]
    • Em alguns casos, é necessário deixar o animal no consultório sob observação por alguns dias para repouso ou análise da extensão dos danos.
    • Caso a cauda precise ser amputada, não se preocupe. Por mais que vá demorar um pouco para se adaptar à falta de terminações nervosas e à mudança no equilíbrio, o animal conseguirá se ajustar e a mobilidade dele não mudará no futuro. [8]
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Parte 2
Parte 2 de 2:

Cuidando do gato

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  1. Deixe o gato dentro de casa em repouso para evitar que ele se machuque mais. [9] Coloque-o em um cômodo pequeno (como quarto, banheiro ou lavanderia) para que seja fácil encontrá-lo, administrar medicamentos e checar o ferimento.
    • Os gatos doentes ou feridos preferem ficar longe de crianças, outros animais e ambientes muito ativos.
  2. É preciso prestar atenção no apetite, no consumo de água e no modo com o qual ele faz as necessidades, pois as lesões na cauda podem afetar o funcionamento da bexiga e do intestino. Caso o gato esteja urinando ou defecando sem perceber, ou não esteja fazendo as necessidades, é possível que haja dano nervoso afetando o funcionamento desses órgãos.
    • Caso os problemas não passem, converse com o veterinário. [10] O profissional provavelmente examinará a urina do gato em busca de uma infecção e ajustará os medicamentos. [11]
  3. É mais fácil lembrar de administrar os medicamentos com um horário pré-definido. Os antibióticos serão utilizados para prevenir infecções de feridas abertas. Em alguns casos, o veterinário prescreverá medicamentos contra a dor. Siga sempre as instruções do veterinário e nunca dê medicamentos de humanos para o gato.
    • Muitos dos analgésicos de humanos, como a aspirina e o tylenol, são muito perigosos para os gatos. O consumo deles pode apresentar efeitos colaterais possivelmente fatais. [12]
  4. Cheque as lesões todos os dias, pois o gato pode acabar sujando-as com urina ou fezes. Fique de olho no acúmulo de pelos, de areia, de sangue seco e de outros detritos nas feridas. Na hora da limpeza, talvez seja necessário utilizar água morna ou soluções de betadina ou clorexidina (bem diluídas) em uma gaze ou paninho. Normalmente não é preciso enfaixar nem fazer curativos na cauda do gato.
    • Não utilize sabão ou água oxigenada na limpeza, pois você pode acabar irritando o tecido lesionado. Ao notar a formação de casquinhas, não as puxe.
  5. É importante observar a lesão (ou a cirurgia) de perto. Não deixe o gato lamber as feridas, pois, por mais que a saliva possa ajudar na recuperação, [13] as lambidas em excesso podem irritar a pele e as bactérias na boca podem causar infecções sérias. [14] Os sinais de infecção incluem vermelhidão, inchaço e corrimento verde, amarelo ou branco.
    • Pode ser uma boa ideia colocar um colar elizabetano no gato para evitar que ele lamba a lesão. A recuperação pode demorar até três semanas em alguns casos. Saiba que, por mais que que a lesão não se recupere completamente e deixe uma dobra na cauda, não deve haver dor alguma. Todas as feridas abertas devem ser fechadas.
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Dicas

  • É possível que o gato apresente também outros ferimentos. Um gato que machucou a cauda prendendo-a também pode apresentar distensões nas patas traseiras por tentar escapar. Um gato cuja cauda foi puxada pode apresentar danos nervosos que prejudicam o funcionamento intestinal.
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Avisos

  • Siga as instruções acima apenas caso o gato apresente uma torção nova na cauda. Algumas raças apresentam caudas naturalmente torcidas que não precisam ser tratadas.
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Referências

  1. Lussier, Bertrand: Tail Paralysis. In Cote, E. (ed): Clinical Veterinary Advisor: Dogs and Cats Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2007, pp 1063-1064.
  2. http://www.veterinarypartner.com/Content.plx?P=A&A=1322&S=0&EVetID=3001644
  3. http://www.pets4homes.co.uk/pet-advice/tail-injuries-in-cats.html
  4. Tobias, Karen M. Veterinary Surgery: Small Animal. Published by Saunders, 2012
  5. Lussier, Bertrand: Tail Paralysis. In Cote, E. (ed): Clinical Veterinary Advisor: Dogs and Cats Ed 1 St. Louis, Elsevier, 2007, pp 1063-1064.
  6. https://www.avma.org/public/EmergencyCare/Pages/Handling-an-Injured-Pet.aspx
  7. http://www.pets4homes.co.uk/pet-advice/tail-injuries-in-cats.html
  8. http://www.purina.co.uk/content/your-cat/helping-to-keep-your-cat-healthy/special-cat-needs/coping-with-amputation-in-cats
  9. http://www.petplace.com/article/cats/diseases-conditions-of-cats/emergency-trauma-urgent-care/tail-trauma-in-cats
  1. http://www.petplace.com/article/cats/diseases-conditions-of-cats/emergency-trauma-urgent-care/tail-trauma-in-cats
  2. http://www.petplace.com/article/cats/diseases-conditions-of-cats/emergency-trauma-urgent-care/tail-trauma-in-cats
  3. http://www.vcahospitals.com/main/pet-health-information/article/animal-health/pain-management-for-cats/6584
  4. Brand HS1, Ligtenberg AJ, Veerman EC. Saliva and wound healing. Monogr Oral Sci. 2014;24:52-60. doi: 10.1159/000358784. Epub 2014 May 23.
  5. Lilenbaum W1, Esteves AL, Souza GN. Prevalence and antimicrobial susceptibility of staphylococci isolated from saliva of clinically normal cats. Lett Appl Microbiol. 1999 Jun;28(6):448-52.

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