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A dor nos quadris é um problema comum em cães que têm artrite ou sofrem de displasia coxofemoral. A condição geralmente se agrava quando o animal deixa de usar a perna, o que leva à atrofia muscular. Com a atrofia, há menos musculatura para sustentar as articulações e, assim, dá-se início a um círculo vicioso de claudicação, que se torna cada vez mais intensa. Há diversas técnicas que podem ajudar o cão a ficar mais confortável, incluindo a fisioterapia, o alívio da dor sem medicamentos e os analgésicos. Aprenda mais sobre estas técnicas para que possa ajudar o seu animal de estimação a sofrer menos com a dor nos quadris.
Passos
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Aprenda a massagear cães. Uma massagem pode ajudar a diminuir a tensão, melhorar a circulação e aliviar a dor do cachorro. Este é também um ótimo modo de fortalecer o seu vínculo com o bichinho e pode até mesmo ajudar a detectar lesões ou outros problemas de saúde que precisem de tratamento. [1] X Fonte de pesquisa
- A massagem é uma terapia reconhecida que traz efeitos benéficos e é defendida e praticada na fisioterapia veterinária.
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Saiba quando uma massagem não deve ser feita. Esta nem sempre é a melhor solução para as dores de seu animal de estimação. Em alguns casos, ela pode fazer com que o cão piore. Você não deve fazer uma massagem se ele tiver:
- O quadril quebrado ou deslocado
- Uma infecção nas articulações
- Uma infecção na pele
- Se você suspeitar de alguma dessas condições, leve-o ao veterinário na mesma hora. Tais doenças precisam de cuidado médico imediato.
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Deite o cachorro com o lado problemático dos quadris para cima. Não vai ser muito difícil fazer isso, já que ele provavelmente vai se deitar de lado na tentativa de aliviar o peso do quadril afetado. Ao tocar a região, você pode notar que o local está rígido e tenso mesmo sem uso. Este é um bom sinal de que uma massagem pode ser eficaz. [2] X Fonte de pesquisa
- Se nem a pele nem os ossos dele estiverem lesionados, a massagem vai ajudar a aliviar a dor. No entanto, se notar qualquer problema de pele ou se o cachorro estiver visivelmente com dor, pule esta etapa e vá diretamente ao veterinário para uma avaliação física.
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Massageie o quadril do cachorro com a palma das mãos. Com um movimento de vai e vem, aplique pressão com a base da mão, indo em direção ao coração. Os movimentos lentos e suaves são confortantes, os rápidos e fortes são estimulantes. Para o alívio da dor, um movimento a cada cinco segundos é o ideal. Massageie o membro afetado por um período de 10 a 20 minutos, duas ou três vezes ao dia. [3] X Fonte de pesquisa
- Os músculos de um animal com dor no quadril ficam tensos e enrijecidos. Esta tensão comprime as articulações, fazendo com que as superfícies inflamadas entrem em atrito, o que causa ainda mais dor. A massagem, além de relaxar os músculos, também estimula a produção de endorfinas, um analgésico natural com composição química similar à da morfina.
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Faça movimentos ascendentes partindo das extremidades. Para saber se está massageando o quadril corretamente, imagine-se massageando o sangue de volta ao coração. Os movimentos que seguem no sentido oposto ao fluxo sanguíneo forçam o sangue acumulado que causa o inchaço e a redução da mobilidade a fluir. Além disso, é melhor para o cachorro alongar a musculatura para cima, ao invés de forçá-la para baixo. [4] X Fonte de pesquisaPublicidade
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Considere a ideia de empregar a mobilização passiva. A mobilização passiva é similar ao alongamento. Esta técnica, ao ser aplicada a uma articulação do quadril, envolve o alongamento cuidadoso da pata traseira afetada para trás, no sentido oposto ao da cabeça. A mobilização passiva faz uso de alongamentos delicados dos membros com a finalidade de manter os músculos condicionados e as articulações com mobilidade. [5] X Fonte de pesquisa
- A teoria que dá base à mobilização passiva é a de que a dor restringe os movimentos das patas e então o quadril fica enrijecido, o que causa o aumento da perda dos movimentos. Este círculo vicioso continua até que a dor e a tensão nas articulações se tornem crônicas.
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Decida qual a melhor posição para o cachorro. Você pode utilizar a mobilização passiva com o cão em pé ou deitado. Se ambos os quadris estiverem doloridos, é melhor deitá-lo, já que, em pé, ele vai sentir-se desconfortável com o peso adicional no quadril oposto quando uma das patas for levantada.
- Tente colocar um pequeno travesseiro entre as pernas do cão, para ele ter ainda mais conforto.
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Deite-o do lado que não está machucado. Ao usar a mobilização passiva para alongar o quadril esquerdo, deite-o do lado direito, com a pata esquerda para cima. No caso do quadril direito, deite o cachorro do lado esquerdo com a pata direita para cima.
- De qualquer maneira, a posição escolhida deve ser a mais confortável para ele. Ao deitá-lo do lado oposto ao da dor, tira-se o peso e a pressão do quadril lesionado.
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Comece empurrando a coxa para trás. Posicione a mão esquerda na frente da coxa, na metade do osso e, com a palma em forma de concha, envolva o joelho dele. Aplique pressão delicadamente, mas com firmeza, de modo a empurrar a coxa para trás, fazendo as patas do cachorro se moverem para trás também. [6] X Fonte de pesquisa McGowan, C, Goff, L, and Stubbs, N, (2007), <i>Animal Physiotherapy: Assessment, Treatment, and Rehabilitation of Animals</i>, ISBN 978-1405131957
- Não force o movimento e pare se ele sentir dor. A intenção não é aumentar a flexibilidade do cachorro, e sim tentar alongar o músculo tenso e rígido.
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Segure-o nesta posição de extensão por cerca de 40 segundos e então solte. Tente repetir este procedimento em duas sessões diárias de 10 minutos. Assim, ajuda-se a manter as articulações flexíveis e aliviar a dor. [7] X Fonte de pesquisa McGowan, C, Goff, L, and Stubbs, N, (2007), <i>Animal Physiotherapy: Assessment, Treatment, and Rehabilitation of Animals</i>, ISBN 978-1405131957
- A mobilização é o ato de alongar um membro de forma passiva, com o objetivo de manter a musculatura condicionada e as articulações com mobilidade. Este método se baseia na teoria de que a dor restringe os movimentos das patas, o que enrijece a articulação do quadril, gerando uma intensificação na perda dos movimentos e um ciclo de declínio iniciado pela a falta do uso do membro.
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Comece a medicar o cão com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Os anti-inflamatórios não esteroides são analgésicos prescritos pelo médico que diminuem a inflamação. Eles agem por meio da inibição das enzimas "vilãs" COX-2, mediadoras da inflamação das articulações, ao mesmo tempo em que atuam menos sobre as enzimas "boas" COX-1, que mantêm o fluxo sanguíneo no revestimento dos rins e estômago. Em resumo, eles podem reduzir a dor e a inflamação do cachorro.
- Estes remédios têm uma margem de segurança alta se usados corretamente e tendem a causar menos efeitos colaterais inoportunos, como a úlcera gástrica e problemas de coagulação, se comparados a outros analgésicos. Os anti-inflamatórios não esteroides prescritos pelos veterinários com mais frequência são: meloxicam, carpoflan (Rimadyl) e robenacoxib (Onsior). [8] X Fonte de pesquisa Plumb, D, (2011), <i>Plumb’s Veterinary Drug Manual</i>, ISBN 978-0470959640
- A dose de manutenção de meloxicam via oral é de 0,05 mg por kg, junto ou após a refeição, uma vez ao dia. A suspensão oral contém 1,5mg/ml. Um labrador comum de 30 kg precisa de 1 ml, uma vez ao dia, na refeição.
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Dê aspirina ao cão. A aspirina (ácido acetilsalicílico) pode oferecer alívio à dor leve ou moderada. Caso não tenha nenhum outro analgésico à mão, um cão saudável pode tomar uma dose de 10mg/kg de aspirina, duas vezes ao dia, com a comida ou logo após. A aspirina costuma vir em cartelas com comprimidos de 100 ou 500 mg, sendo que a dose recomendável para um labrador de 30 kg é de 300 mg, duas vezes ao dia, junto com a refeição. [8] X Fonte de pesquisa Plumb, D, (2011), <i>Plumb’s Veterinary Drug Manual</i>, ISBN 978-0470959640
- Entretanto, a longo prazo, seu uso é associado a úlceras gástricas, principalmente se ela for ministrada com o estômago vazio. Isto acontece porque a aspirina diminui o fluxo sanguíneo no revestimento intestinal, estômago e rins. A aspirina tamponada pode ajudar neste problema, mas ainda assim deve ser utilizada com moderação em cães.
- Se o cachorro precisar de doses frequentes para o controle da dor, peça ao veterinário para examiná-lo e prescrever um dos anti-inflamatórios não esteroides seguros.
- A aspirina nunca deve ser administrada junto com um AINE. Quando combinadas, aumenta-se a tendência destas drogas a causar úlceras gástricas com sérias consequências, incluindo a morte súbita.
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Avalie dar acetaminofeno. O acetaminofeno, ou paracetamol, pode ser dado a cães. No entanto, tome cuidado para não exceder a dose recomendada, para não sobrecarregar o fígado com o metabólito tóxico chamado N-acetil-p-benzo-quinonaimina, que pode causar danos ao órgão e até mesmo, em última instância, falência hepática. [8] X Fonte de pesquisa Plumb, D, (2011), <i>Plumb’s Veterinary Drug Manual</i>, ISBN 978-0470959640
- A dose correta é de 10 mg/kg via oral, duas vezes ao dia, junto ou após as refeições. A maioria dos comprimidos vem em doses de 500 mg, portanto, a dose máxima que pode ser administrada a um labrador com 30 kg é de 3/5 de comprimido, duas vezes ao dia. Na dúvida, sempre dê uma dose menor.
- Para cães de menor porte, use somente a suspensão infantil e evite dar uma dose maior a eles.
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Use calor. A aplicação de calor ajuda a dilatar os vasos sanguíneos e a estimular a circulação no quadril. Por sua vez, a circulação ajuda a remover toxinas nocivas que irritam os nervos receptores da dor. Apenas tenha cuidado para não queimar o cachorro. Sempre experimente na própria pele antes, para saber se a temperatura é segura. [9] X Fonte de pesquisa McGowan, C, Goff, L, and Stubbs, N, (2007), <i>Animal Physiotherapy: Assessment, Treatment, and Rehabilitation of Animals</i>, ISBN 978-1405131957
- Um método simples para se usar é o da bolsa térmica de sementes, do tipo que se aquece no micro-ondas. Siga as instruções do fabricante para esquentar a bolsa e deite o cão de lado com o quadril lesionado para cima. Em seguida, coloque a bolsa de sementes aquecida no local. Deixe-a por 10 ou 15 minutos e então faça alguns exercícios de movimento passivo.
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Pergunte ao veterinário sobre a neuroestimulação elétrica transcutânea (TENS). Esse tratamento envolve a aplicação de uma pequena corrente elétrica na pele a fim de anestesiar os nervos sensoriais e bloquear a transmissão da dor. Isto acontece por meio do estímulo das fibras delta que liberam encefalina na medula espinhal, o que, por sua vez, reduz a sensibilidade à dor. [10] X Fonte de pesquisa
- Os veterinários geralmente administram este tipo de tratamento para o controle da dor depois de cirurgias, mas os efeitos só têm a duração de uma hora.
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Procure um veterinário com experiência na aplicação de acupuntura a laser. Os veterinários treinados na medicina tradicional chinesa podem realizar tratamentos de acupuntura a laser no cão que ajudam a reduzir a dor nos quadris. O laser estimula a liberação de substâncias químicas produzidas no corpo do próprio animal para o alívio da dor. Peça uma indicação a seu veterinário se estiver interessado nesta opção de tratamento. [11] X Fonte de pesquisaPublicidade
Dicas
- Peça ao veterinário sugestões de como deixar o animal mais confortável e com menos dor. O profissional pode se dispor a demonstrar algumas técnicas que você pode utilizar para proporcionar bem-estar ao cão, como uma massagem.
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Referências
- ↑ http://iheartdogs.com/5-reasons-you-should-be-giving-your-dog-a-massage/
- ↑ http://moderndogmagazine.com/articles/how-massage-your-dog/2028
- ↑ http://moderndogmagazine.com/articles/how-massage-your-dog/2028
- ↑ http://moderndogmagazine.com/articles/how-massage-your-dog/2028
- ↑ http://healingcareanimalhospital.com/rehabilitation-therapy/
- ↑ McGowan, C, Goff, L, and Stubbs, N, (2007), Animal Physiotherapy: Assessment, Treatment, and Rehabilitation of Animals , ISBN 978-1405131957
- ↑ McGowan, C, Goff, L, and Stubbs, N, (2007), Animal Physiotherapy: Assessment, Treatment, and Rehabilitation of Animals , ISBN 978-1405131957
- ↑ 8,0 8,1 8,2 Plumb, D, (2011), Plumb’s Veterinary Drug Manual , ISBN 978-0470959640
- ↑ McGowan, C, Goff, L, and Stubbs, N, (2007), Animal Physiotherapy: Assessment, Treatment, and Rehabilitation of Animals , ISBN 978-1405131957
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