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Às vezes é difícil saber se uma cadela está prenhe ou não. A gestação só fica óbvia nas últimas semanas (ao todo, são nove) de gestação. É nesta fase que a barriga denuncia a presença de vários filhotes prestes a nascer. O ideal é levar a cadela ao veterinário, mas possível identificar certos sintomas físicos e mudanças no comportamento dela. Esses sinais variam de acordo com o estágio da gravidez — a fase inicial, intermediária e avançada.

Método 1
Método 1 de 4:

Observando mudanças físicas

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  1. Um dos primeiros indicadores é quando os mamilos ficam mais rosados, inchados e protuberantes (“como que “saltando”) do que o de costume. [1] Essa transformação geralmente ocorre de duas a três semanas após a concepção.
  2. Ele pode continuar praticamente o mesmo até a segunda metade da gravidez. Entre cerca de 4-5 semanas, a cintura começa a engrossar e a barriga, a crescer visivelmente.
  3. Esse cuidado só é necessário nas últimas 3 semanas. O que costuma acontecer com certa frequência é que os donos passam a dar mais comida assim que começam a suspeitar que a cadela está prenhe. Como resultado, ela acumula gordura no abdômen e passa a impressão de ter vários filhotes no ventre, mesmo sem estar grávida.
  4. Na reta final (da sexta à nona semana), a barriga fica bem redonda e distendida. As glândulas mamárias começam a se desenvolver e tornar-se mais visivelmente inchadas, pois estão se preparando para produzir leite.
  5. Nas últimas três semanas, pode-se sentir as laterais da barriga se movendo devido aos filhotes se contorcendo no útero dela. Basta colocar a palma da mão rente ao lado da barriga para perceber os cachorrinhos se mexendo.
    • Mas não fique decepcionado caso não consiga sentir nada. Pode ser que os bebês estejam muito bem protegidos pela placenta, bem entranhados na barriga. Por isso, é impossível sentir o contorno ou as formas deles (quando muito, pode-se conferir os movimentos).
Método 2
Método 2 de 4:

Mudanças comportamentais

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  1. Cada cadela reage de forma diferente à gravidez. Algumas ficam cansadas e mais reservadas logo no começo (se bem que esses sinais também aparecem quando o animal fica doente), enquanto outras não mudam praticamente nada até a sexta semana.
    • Nas últimas 3 semanas, ela pode enfrentar dificuldades para se movimentar devido ao tamanho do ventre e passar a sentir mais sono.
  2. Quando a reta final se aproximar e os filhotes passarem a ocupar mais espaço na barriga, ela não vai mais conseguir acomodar grandes refeições no estômago. Como resultado, ela vai começar a comer um pouco de cada vez e com mais frequência. [2]
  3. Quando o dia do parto estiver prestes a chegar, ela vai sentir a necessidade de juntar pedaços de pano e levá-los a um local isolado. [3] Esse instinto atende ao desejo de prover um ambiente quentinho e seguro para acolher a nova cria.
    • Se esse for o caso da sua cadela, é porque a gestação já se encontra nas últimas três ou duas semanas antes de ela dar à luz.
Método 3
Método 3 de 4:

Diagnóstico profissional

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  1. Se você suspeita que ela está prenhe, vale a pena ir a uma clínica veterinária ou um pet shop para que esse profissional tire de vez a sua dúvida. Existem vários métodos que confirmam a gravidez de forma definitiva se feitos no período correto.
  2. Nele, examinam-se sinais corporais, principalmente na barriga. Ele vai apalpar a lateral do ventre para tentar sentir os filhotes. O problema é que às vezes pode-se confundir um cachorrinho com as fezes no intestino. O contrário também acontece. [4]
    • O período ideal para fazer o exame de toque é entre 28 a 35 dias após a concepção. Antes disso, não há diferenças suficientes para se confirmar a gestação. E, passado esse tempo, os bichinhos podem ser confundidos com alimentos ou fezes, por exemplo. [5]
  3. A partir da sexta semana, pode-se ouvir o coração deles com um estetoscópio rente à barriga dela. O problema é que este método é muito mais difícil em cães do que em seres humanos, devido ao fato de que a barriga da cadela é arredondada, diferentemente dos ventres planos das mulheres. Outro fator que atrapalha esse exame é o barulho que o pelo dos cachorrinhos faz no útero. [6]
  4. Ele é relativamente mais confiável do que os métodos acima, pois detecta a presença de um hormônio chamado relaxina, o qual se faz presente durante a gravidez. [7]
    • Para evitar um resultado negativo falso, procure realizar o exame somente depois de 28 dias de gravidez (ou seja, a partir da quinta semana). [8]
    • Pode haver resultados negativos em falso, mas se o resultado for positivo, é certeza de que a cadela está prenhe, independentemente da data em que o exame foi feito. [9]
  5. Dependendo da experiência e qualificação do profissional de radiografia, ele consegue detectar a gravidez quando os embriões têm apenas 16 dias de vida. [10]
    • Se o animal for dócil, o procedimento pode ser feito sem o uso de sedativos.
    • Se a cadela for muito peluda, o operador da máquina terá que cortar os pelos da barriga a fim de que a sonda fique bem rente ao ventre. [11]
  6. Ele perdeu espaço para o ultrassom, mas é muito útil para saber quantos filhotes estão presentes no útero no final da gestação.
    • Ao saber o número da cria, pode-se salvar vidas, pois dá para conferir se todos os filhotes nasceram com segurança. O resultado do raio x pode denunciar um cachorrinho que ainda está no útero, mesmo quando o trabalho de parto já parou. Neste caso, o ideal é ter a supervisão de um veterinário por perto.
Método 4
Método 4 de 4:

Identificando os primeiros sinais

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    • Cadelas grávidas sofrem com enjoos matinais, assim como as pessoas. Porém, os enjoos só surgirão 21 dias após o acasalamento. Normalmente, os sintomas duram uma a duas semanas. No dia 21, observe as gengivas da cadela. Se ela acasalou, as gengivas ficarão brancas. A mudança de cor se deve ao feto, que está se ligando ao útero, atraindo o sangue do corpo dela. Portanto, as gengivas da cadelinha ficarão brancas por um ou dois dias. Não há nada com que se preocupar. Chame o veterinário se as gengivas permanecerem brancas por mais tempo.
  1. Há quem comece a suspeitar de uma gravidez quando a cadela fica mais quieta do que de costume. Não há provas científicas para tanto, mas o fato é que, nessa fase, as mudanças nos níveis hormonais afetam cada fêmea de forma diferente. [12]
    • Por exemplo, enquanto algumas ficam mais reservadas, outras tornam-se mais carinhosas e carentes. Há ainda as que começam a isolar-se de tal forma que chegam a rejeitar companhia.
  2. Apesar de mudanças no comportamento e na índole possam ser atribuídas a uma gravidez, não se pode descartar a possibilidade de algum problema de saúde. É importante monitorá-la de perto para conferir se não há sinais de disfunções, tais como perda de apetite, vômitos, diarreia, tosse, espirros ou corrimento vaginal.
    • Se ela acasalou e, algum tempo depois (dias ou semanas posteriores ao cruzamento), começou a rejeitar a comida, é mais provável que isso seja algum problema de saúde que deve ser verificado pelo veterinário do que uma gestação. Outros sinais de alerta incluem corrimento vaginal (o qual NÃO é normal quando elas estão prenhes) ou vômitos frequentes. [13]

Dicas

  • Procure ter cuidado com a barriga da cadela, mesmo que ela não esteja prenhe. Assim, você evita machucá-la ou prejudicar possíveis filhotes.

Avisos

  • Se a cadela que estiver dando à luz não estiver acostumada a ter bastante contato com as pessoas (ser tocada, pega no colo, etc), ela pode acabar mordendo alguém nessa hora. Por isso, tome bastante cuidado! Mantenha crianças e estranhos longe do "ninho" dela. Não deixe, também, que eles se aproximem da área onde os filhotes estão ficando.
  • Um fenômeno conhecido como gravidez falsa é algo muito comum entre cães. Algumas semanas após terem entrado no cio, elas podem começar a exibir sinais de gravidez tais como crescimento dos mamilos e um apetite maior. Isso tudo mesmo sem estarem realmente prenhes. É por esse motivo que o ideal é consultar um veterinário.

Referências

  1. Reproduction in the dog and cat. Christianseen. Publisher: Bailliere Tindall
  2. Reproduction in the dog and cat. Christianseen. Publisher: Bailliere Tindall
  3. Reproduction in the dog and cat. Christianseen. Publisher: Bailliere Tindall
  4. Reproduction in the dog and cat. Christianseen. Publisher: Bailliere Tindall
  5. Reproduction in the dog and cat. Christianseen. Publisher: Bailliere Tindall
  6. Reproduction in the dog and cat. Christianseen. Publisher: Bailliere Tindall
  7. Plasma levels of relaxin in pregnant and lactating dogs. Steinetz. Biol Repro. 1987. Oct, 37
  8. Plasma levels of relaxin in pregnant and lactating dogs. Steinetz. Biol Repro. 1987. Oct, 37
  9. Plasma levels of relaxin in pregnant and lactating dogs. Steinetz. Biol Repro. 1987. Oct, 37
  1. Veterinary diagnostic ultrasound. Nyland. Publisher: WB Saunders
  2. Veterinary diagnostic ultrasound. Nyland. Publisher: WB Saunders
  3. Reproduction in the dog and cat. Christianseen. Publisher: Bailliere Tindall
  4. Small Animal Internal Medicine. Nelson & Couto. Publisher: Mosby

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